Mid-Season Review: Parte 3 - Produção Ofensiva e Pontos DPcA

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Mid-Season Review: Parte 3 - Produção Ofensiva e Pontos DPcA


Continuando para bingo a "avaliação intercalar" da equipa, abordemos agora a produção ofensiva - ou melhor, o resultado mais visível dessa produção: os golos e a melhor forma para os conseguir, as assistências.




O grande líder dos marcadores é o rei Aboubakar, somando 25 golos na primeira metade da temporada, 14 dos quais na Liga. Não satisfeito, ainda se assume como um dos terceiros melhores "assistentes", com 6 passes para golo. Grandes números, sem dúvida, mas que escondem uma realidade menos animadora: não fosse o homem tão perdulário e o seu pecúlio poderia (deveria) ser já bem mais robusto. 

Em segundo está Marega, um mousso que se tem provado bestial, sobretudo na Liga, onde soma 14 dos seus 15 golos. E sim, também contribuiu com 6 assistências, tal como Abou. Que grande e maravilhosa surpresa. Pena sofrer do mesmo mal do seu companheiro camaronês, mas enfim, considerando de onde partiu, está excelente. Sábios mesmo são os lagartos, que já há vários anos que nos andam a dizer para o meter...

Em terceiro, Brahimi, o Mago do Magreb. Deve ter sido o Arch-Mage Madjer a virar-lhe aquela cabecinha do avesso (a par do bom do nosso treinador, é claro), para que finalmente mostrasse a todos o que realmente vale e ainda pode vir a valer (em todos os sentidos). Oito golos, 9 assistências (2º melhor) e muitas, muitas dores de cabeça aos adversários. Este ano sim, tem sido bastas vezes o íman que atrai adversários e liberta espaço para os companheiros. Que continue em crescendo até final da época...

Nas assistências, o líder incontestado é Alex Telles. São 13 mas poderiam ser 20 ou mais, fossem os seus companheiros mais eficazes na hora de fuzilar. Em todo o caso, assume-se com um dos jogadores fundamentais desta equipa e - ó drama - sem um substituto de raiz (nem à altura, nem "abaixo" dele). Destaque também para Ricardo e Óliver (5 cada).

Considerando que Soares ainda não "começou" a marcar, creio que em termos de zona de finalização estamos bem servidos para atacar o resto da época, sendo mais importante reforçar as alas e sectores mais recuados. 


- - - - - - - - -


Avancemos então para o epílogo de todos estes dados objectivos - minutos, jogos, golos, assistências - e revele-se o que sobra de todos esses esforços: as exibições individuais e, a elas associadas, as Pontuações Do Porto com Amor (DPcA) e as distinções de Melhor em Campo (MeC).

Estas pontuações foram atribuídas por mim, jogo a jogo, em todos os jogos oficias da época e em função do que consegui (ou não...) observar de cada desempenho. São evidentemente subjectivas, como é qualquer avaliação qualitativa, mas alicerçadas nesta bela tabela de pontuação.

Vamos a contas:


Brahimi! Brahimi! Brahimi!


Creio que não surpreende muita gente o facto de Yacine liderar esta tabela (195 pontos), mesmo não sendo o jogador mais utilizado. O mérito está em conseguir uma média praticamente de 7 (de 0 a 10) num somatório tão considerável de jogos. Participar em 2 ou 3 e ter essa média pode acontecer a qualquer, consegui-lo numa série de 28 jogos é que já é para os chosen few

Reparem que Aboubakar - o segundo mais pontuado com 183 pontos - apresenta uma média bem inferior, muito mais próxima dos 6,5. E mesmo Telles e Marega, que apresentam a segunda e terceira melhor média, estão já algo distantes (considerando que estamos a falar de médias e não de valores absolutos).

Sem surpresa, Brahimi é também o homem por mais vezes nomeado para MeC, somando já 6 distinções, boa parte delas obtidas neste último terço de "ano novo" com algumas exibições soberbas. Seguem-se Abou e Marega, também eles várias vezes os mais decisivos para resolver as partidas. 

Pela negativa, Corona, Felipe, André André e Soares, todos com médias abaixo de 6 (a primeira nota "positiva" da tabela). E se o mexicano ainda equilibra a coisa com outras métricas, Felipe e AA não têm desculpa alguma, exibiram-se realmente abaixo que lhes é exigido e só podem melhorar daqui para a frente. 

A questão de Soares tem mais a ver com a(s) longa(s) paragem(ns) por lesão, o que lhe limitou quer a capacidade (forma), quer o tempo de utilização (poucos minutos de cada vez), factores que condicionam decisivamente a média. 



Sobre a metade inferior da tabela de pontuação, não sobra muito para destacar. Nela constam os jogadores menos utilizados, o que logo à partida lhes condiciona a possibilidade de somarem grandes pontuações. Normalmente "saltam" do banco ou, como no caso de Reyes, tiveram pequenas séries de jogos. 

Ainda assim, vou destacar Sérgio Oliveira, o homem dos grandes jogos de Conceição. Participou em apenas 6 jogos, mas simplesmente nos mais importantes - ou difíceis, se preferirem: Mónaco, Sporting, Leipzig, Besiktas, Benfica e, vá lá, Belenenses. E ainda assim consegue média positiva, um redondo 6. Não terá mais para dar à equipa além destes jogos, caro mister? 

Quero também abordar o caso de Otávio, pela esperança que mantenho nele. Tem sido fustigado por lesões (logo ele, que demora sempre a ganhar ritmo) e ainda não se mostrou realmente a Sérgio Conceição. Tenha mais sorte com a parte física e conto que venha a ser uma das boas "surpresas" da segunda metade da temporada.

Quanto aos "meninos da B", creio que dificilmente terão oportunidades daqui para a frente, salvo alguma catástrofe, pelo deverão continuar a evoluir e a mostrar serviço na sua equipa-base. Sim, que gostava de ver Dalot no Dragão, mas creio que terei de esperar por 2018/19. Não tenho pressa e talvez seja melhor que ele também não tenha.


Para terminar a análise intercalar: Mid-Season Review: Parte 4 - Reforços



Do Porto com Amor,

Lápis Azul e Branco


Sem comentários:

Enviar um comentário

Diga tudo o que lhe apetecer, mas com elevação e respeito pelas opiniões de todos.