Da Gafanha a Brugge em 80 Linhas

sábado, 22 de outubro de 2016

Da Gafanha a Brugge em 80 Linhas


Pois é, foi uma semana complicada a vários níveis, o que me retirou a possibilidade de escrever sobre os jogos contra o GD Gafanha para a Taça e contra o Club Brugge KV na terceira jornada da Champions League.


Puooooooooooortooooooooooo!


Mas como não sou pessoa de deixar coisas por fazer, vamos a isso, em versão redux para não enjoar ninguém. Sim, porque nem servidos na hora os "petiscos" foram grande coisa, quanto mais requentados uns dias depois. É que não estamos a falar de tripas.


Dia de jogo: 15/10/2016, 20h15, Estádio Municipal de Aveiro, CD Gafanha - FC Porto (0-3)


Um jogo relativamente tranquilo se analisado globalmente, mas cujo adversário merece uma palavra de simpatia pela boa postura e futebol que conseguiu apresentar. São muitos níveis de diferença entre o Gafanha e o Porto, mas neste jogo parecerem ser menos.

Surpreendeu-me NES pela ausência de alterações no onze inicial. Sou defensor acérrimo de nunca mudar mais do que 3/4 jogadores seja qual for o adversário, mas esperava e via com bons olhos duas ou três mudanças, sobretudo para dar oportunidades a quem pouco ou nada jogou esta época. Nuno optou por incluir apenas Maxi e Boly como novidades face ao jogo anterior. Tudo bem, mas poderia ter mudado mais um médio e um avançado, por exemplo (não incluo José Sá - seja bem aparecido - nestas "contas" porque não se aplica a teoria).

Em contraste, fez uma tripla substituição ao minuto 65, quando o resultado era de apenas 1-0. E se algum jogador se lesionava? Ou era expulso? Não terá sido excesso de confiança quanto à capacidade do Gafanha fazer um golo? Corajoso, dirão uns. Imprudente, dirão outros. Eu alinho pelos outros.

Fiquei feliz com os golos de Corona e Depoitre (ufa!), só faltou o de Brahimi. E claro, o momento da noite foi a pequena masterpiece do pequeno Otávio. Golaço. Venha de lá o Chaves.


Golaço a caminho...


Notas DPcA

MeC (8): Otávio
Nota (7): Marcano, Telles, Óliver, Corona 
Nota (6): José Sá, Maxi, Boly, Danilo, Herrera, Jota, André Silva, Brahimi, Depoitre


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Dia de jogo: 18/10/2016, 19h45, Estádio Jan Breydel, Club Brugge KV - FC Porto (1-2)


Não sei a que santos o nosso Espírito Santo anda a rezar, mas é garantido que lhes anda a cobrar uns favores antigos...

Quando a miserável exibição em Tondela já quase não se vislumbrava no retrovisor, eis que voltámos as abordagens paupérrimas aos jogos, numa espécie de repetição de Leicester com as agravantes de se tratar de um jogo decisivo e de um adversário bem mais modesto. Tipo Tondela, em versão europeia.

Na Champions nunca nenhum jogo são favas contadas. Nunca. Só quando as equipas põem em campo o seu real valor (?) é que as eventuais diferenças qualitativas se fazem sentir. Nuno fala muito, com ponderação e tranquilidade, mas o que a sua equipa produz é incapaz de nos transmitir confiança.

A primeira parte foi uma absoluta miséria de exibição. Extrema dificuldade em encadear jogadas que terminassem em zonas de finalização, muito por culpa da boa opção táctica do saudoso Preud'Homme. Envolvida por um colete de forças no meio do terreno, a equipa revelou-se incapaz para se libertar dele durante quase uma hora de jogo. Demasiado pobre, para um treinador de Champions.


"Aquí se hace, aquí se paga!"
 

O Club Brugge fez um golo onde Layún facilitou (e assumiu) e o Porto não foi capaz de reagir convenientemente antes dos 60 minutos. Aliás, quem teve duas boas oportunidades para aumentar a vantagem foram os belgas... Finalmente, lá saiu o empecilho Herrera e a equipa passou a jogar com onze - parece que não, mas faz diferença. Saiu também o desaparecido em combate Jota e entraram Brahimi e Corona. Boas decisões, ainda que tardia no caso de Herrera.

O que se seguiu foi moderadamente empolgante a princípio, teve um pico de excitação no golo do empate, um coitus interruptus na terceira substituição e um clímax impróprio para cardíacos. Todos vimos, não vale a pena descrever. Destaco apenas a frieza de AS na conversão do penálti - parece fácil, mas não é.

Conseguimos o resultado de que precisávamos mesmo em cima do apito final. Sortes destas não vêm muitas vezes, espero que não a desperdicemos mais adiante. Vitórias assim valem mais do que três pontos, valem moral e confiança. Que nos sirva para alguma coisa...

Em jeito de conclusão, NES chumbou claramente neste teste. Chumbou pelo que a equipa não fez durante a primeira hora. Chumbou pela inacreditável substituição de Otávio por André André (satisfeito com o resultado?). Até nos comentários ao jogo chumbou: não sei se seria da excitação, mas deu a entender aquilo que a última substituição sugeriu: que o resultado não teria sido mau resultado. Teria sim, Nuno - teria sido muito, muito mau. E pior do que não conseguir é nem sequer tentar.


"Tem ali lugar, senhor..."


Notas DPcA
 
MeC (8): André Silva
Nota (7): Iker, Marcano, Otávio, Corona 
Nota (6): Layún, Telles, Felipe, Danilo, Óliver, Brahimi, André André
Nota (5): Herrera, Jota


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Segue-se o Arouca, já amanhã (hoje). Um daqueles jogos perigosíssimos, na ressaca da semana europeia, onde muita coisa pode correr mal se não houver concentração e um bom plano de jogo desde o primeiro até ao último apito do árbitro. Por favor, não se arrisquem a desperdiçar os ventos que nos correm de feição...

Lá estarei, como sempre. 


Lápis Azul e Branco,

Do Porto com Amor



 

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