Nada Perdido, Tudo para Ganhar!

sábado, 15 de outubro de 2016

Nada Perdido, Tudo para Ganhar!


O início de época acidentado parecia sugerir que o comboio azulebranco iria descarrilar cedo, ainda mal saído da estação de partida. No entanto, percalços alheios e uma vitória robusta na Choupana voltaram a reequilibrar a locomotiva Portista, do novo embalada para alcançar todos os destinos gloriosos traçados no percurso desta época. Teremos maquinista para a conduzir sem perder gás em mais nenhum apeadeiro?


Bruno Sousa
 

A derrota em Alvalade deixou cicatrizes. Não por termos sido derrotados de forma convincente, entenda-se, mas antes porque não evidenciamos aquela pujança extra essencial para vencer adversário e arbitragem em simultâneo. Mas, lá está, como a derrota não convenceu ninguém excepto o treinador do jovem Fontelas Gomes, ficou no ar a ideia de que com mais jogos e trabalho chegaríamos ao patamar pretendido - o do topo.

O pior veio depois, com os dois empates consecutivos, fruto de exibições sombrias e errantes. Primeiro em casa contra os dinamarqueses do FC Kobenhavn e logo de enfiada em Tondela, contra o então lanterna vermelha. Foram penalizadores os resultados para as nossas ambições nas duas provas, mas mais ainda os desempenhos de jogadores e especialmente do treinador, dando mostras de não saber (ainda?) o que fazer com o imenso potencial que tinha à disposição. Alguns já temiam e anunciavam o pior, outra época penosa e "a seco", acompanhada de maus resultados financeiros. Not just yet.

A derrota em Leicester foi "normal". Sim, Leicester fica em Inglaterra, onde ainda não vencemos. Jogámos pouco de início, melhoramos já perto do final e acabámos por não ter a sorte necessária para pelo menos empatar. Mas, tal como havia antecipado, uma derrota nesse jogo em pouco ou nada alteraria as nossas possibilidades de apuramento para os oitavos. O Grupo G é realmente acessível e não me passa pela cabeça ficar pelo caminho - simplesmente o primeiro lugar deixou de depender apenas de nós.

Ainda na ressaca, fomos então à Madeira lidar com o Nacional e fantasmas recentes. E saímos de lá de barriguinha cheia, reconfortados com a certeza de termos ganho mais um argumento de peso para as batalhas que se avizinham - Diogo J.

Seguiu-se esta frustrante interrupção onde ainda nos encontrámos, ainda que apenas por mais algumas horas. Una lástima, diriam os nossos hispânicos.

Com os trambolhões do Sporting e o empate madrugador do Benfica, acabámos por não ficar em má situação no campeonato. Na Champions, deverá "bastar" vencer os dois jogos com o Club Brugge KV e na Dinamarca para seguir em frente (só não será assim se o Leicester se portar mal no duplo confronto com os nórdicos). Na Taça, temos o GD Gafanha. Céu pouco nublado a limpo, portanto. Nada perdido, tudo para ganhar.


 

Torna-se por isso essencial que NES e os jogadores tenham consciência da importância capital deste próximo ciclo de seis jogos até nova pausa para Seleções e afins. E que por sorte (nossa, digo eu) termina com o sempre muito ansiado FC Porto - SL Benfica. 

A fórmula? É simples: vencer todos os jogos até ao clássico e depois esmagar os lampiões sem dó nem piedade com um seis-a-zero (cinco já sabe a pouco e a déjà vu).

Vamos a isso, malta fixe (e que aprecia os dentes que tem)? Começando já hoje, no Municipal de Aveiro, contra os bravos da Gafanha da Nazaré.


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Agora Hélton. Tinha tudo a seu favor para sair em grande e credor de todo o carinho, simpatia e gratidão de (quase) todos os Portistas, mas não resistiu e serviu uma pequena vingança neste vídeo de despedida, referindo-se no seu agradecimento reiteradamente a todos os adeptos sem destacar os que deram sentido e projecção à sua boa carreira. Ficou-te mal, rapaz (mesmo não sabendo o que te terão feito entretanto...).


Bruno Sousa


Não será este momento menos bom que me fará mudar de opinião. Hélton era a única referência do balneário, o único que sabia o que é ganhar títulos com regularidade (Varela também, mas é diferente). Tudo tem um fim, mas convinha ter preparado a sua "rendição" neste aspecto tão importante.

Além disto, apenas ele e Quaresma se atreveram a levantar a voz quando a máquina de terraplanagem basca se lançou a todo o gás Dragão adentro. Só isso já lhe(s) daria crédito para 100 vídeos deste calibre. 

Acresce que Hélton foi mais, foi um bom guarda-redes, (é) uma excelente pessoa e fartou-se de ver (e contribuir para) a lampionagem enfardar que nem burros famintos. 

MERECIA TER SIDO TRATADO COM MAIS RESPEITO PELO CLUBE. Obrigado e até sempre, as tuas fintas viverão para sempre na minha memória (naquela zona ali ao cantinho, o da tragicomédia). 

Ponto final parágrafo.



Lápis Azul e Branco,

Do Porto com Amor




9 comentários:

  1. Beca, beca, beca, tudo muito lindo. É tratar o Clube com respeito, para ser merecedor da reciprocidade, não vai? Um dia ainda descobres que o Helton pagava um salário chorudo ao FCP, pobre rapaz.
    Abraço

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    1. Percebo a ideia mas discordo. Em determinado momento confiava mais nele para fazer a defesa dos interesses do clube do que nos próprios dirigentes. Não imagino que seja perfeito nem sequer candidato a beato, mas foi um jogador importante durante muito tempo. Isso tem que contar.

      Abraço

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    2. Sabes, estou a fazer um esforço de memória para me lembrar de uma ocasião em que o Helton tenha sido relevante, num mau momento. Lembro a exibição em Braga, repetidamente.
      De resto, só muito "levantar a cabeça" e muito, e muito, e ainda mais, "isto não se faz ao Helton, que sou eu, mas gosto de falar na 3a pessoa".
      Sendo que tens razão quanto ao respeito que merece, por ter sido da casa tanto tempo enovela posição de destaque que ganhou. Com mérito. Sejamos capazes de demonstrar maior sentido de justiça e maior respeito por ele, do que ele por nós. Pronto, por outros, que eu não sou um adepto do futebol, sou um adepto do FUTEBOL...CLUBE DO PORTO.

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    3. Aí o problema é que discordamos quanto ao que são ocasiões relevantes; em particular, se estivermos a falar de um certo basco.

      E porque não vale a pena inventar o que já foi inventado, aqui reproduzo o que já escrevi:

      "Para muitos portistas, Hélton é desde há algum tempo uma pedra no sapato. Isto porque após 8 ou 9 épocas a dizer "ámen" a tudo e a todos, decidiu mudar de postura após alguns atropelos de que considera ter sido vítima. Atropelos ao próprio mas também ao clube. As coisas agudizaram-se com o basco e foi aí que Hélton subiu muito na minha (já razoável) consideração. Sendo o único jogador do plantel com passado firme no clube para perceber como se ganha(va) e credor de respeito (de todos, desde dirigentes a adeptos, passando pelo treinador), optou por não se calar, dando conta não só da sua revolta como também do mal que se estava a fazer ao clube, perante a complacência dos "mestres". Essa atitude será sempre merecedora do meu respeito e admiração, mesmo percebendo que pelo meio se estava a defender a si próprio."

      Quanto ao video de despedida, fui o "primeiro" a dizer que esteve mal.

      É já passado, mas é destes pequenos nadas que se constrói (ou destrói) um forma de ser...

      Quero o meu Porto de volta.

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    4. Pois discordamos. Acontece que o Helton tratou, agora mesmo, de me dar toda a razão e demonstrar-te que se riu muito da tua ingenuidade. Pois não era com o clube que estava de facto preocupado. Apenas consigo. Revoltado com o facto de ter sido ultrapassado. Nada mais. Contra o Basco apenas é só porque lhe convinha. Ou não fosse o Helton um adepto do futebol...

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    5. "Agora" claro que não, apenas exibiu o seu ressabiamento. Referi-me (como bem entendeste) aos anos em que esteve no clube, não já depois de ter sido corrido. Aliás, até nisso o clube esteve mal. NES demorou mais de um mês para lhe comunicar a dispensa, quando deveria ter resolvido o assunto mal chegou (porque não tinha dúvidas quanto a isso, suponho).

      Insisto, gone. Mal feito, mas já não pode ser desfeito. Siga.

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  2. Um clube que renova com um jogador de 30 e tal anos, lesionado e que o treinador não queria, demonstra mais do que respeito por esse jogador. Esse jogador merece respeito, por ter levantado a voz, quando o basco estava em acelerada demolição do clube, sem dúvida. Mas, pela experiência, estatuto e conhecimento do clube deveria ter sido muito mais afirmativo e não enigmático. Agora, não demonstra gratidão, mas extorsão.
    Adeus Helton, muita saudinha.

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    1. Concordo. Mas antes da renovação já tinha sido mal tratado. Imagino que a direção estivesse dividida e alguém (o presidente?) impôs a sua vontade de renovar. Foi isso que ele nos ensinou a ser.

      De resto, só posso concordar. Claro que se tivesse sido mais afirmativo, tinha sido corrido com processo disciplinar e rescisão com justa causa, mais uns milhões de impropérios dos portistas. Mas era de homem, não era?

      "Agora" esteve mal, como reacção.

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    2. Era de Homem, Profissional, Portista. O património que o basco arrasou, também lhe pertencia.
      Os impropérios de "portistas!!?!!" isso, são como as bocas do Máximo taxista. De onde vêm, têm o valor proporcional.

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