Quase deixava passar a entrevista de Rui Cerqueira a Aloísio Pires Alves, mais conhecido por somente Aloísio. Quase, mas não deixei, nem poderia, porque afinal ele é de um dos meus jogadores preferidos de sempre e o modelo que procurava imitar sempre que jogava futebol (em termos técnicos, porque emocionalmente sempre estive mais próximo do Fernando Couto...).
Chegou em 1990 e saiu em 2001, pelo meio ficaram 474 jogos, 18 golos, 6 treinadores, 7 títulos de Campeão, 5 Taças de Portugal e 7 Supertaças e muitos, muitos momentos de pura classe, ilustrações perfeitas da arte de bem defender. Destaco as duplas (e quartetos) que formou ao longo desses 11 anos de Porto:
1990/91: Aloísio - Geraldão / Fernando Couto (+ João Pinto / Bandeirinha & Branco / Paulo Pereira)
1991/92: Aloísio - Fernando Couto / Zé Carlos (+ João Pinto / Bandeirinha & Paulo Pereira / Vlk)
1992/93: Aloísio - Fernando Couto / Zé Carlos (+ João Pinto & Bandeirinha / Vlk)
1993/94: Aloísio - Fernando Couto / Jorge Costa (+ João Pinto / Secretário & Rui Jorge / Secretário)
1994/95: Aloísio - Zé Carlos / Jorge Costa (+ João Pinto / Secretário & Rui Jorge)
1995/96: Aloísio - Jorge Costa / João M. Pinto (+ Secretário & Rui Jorge)
1996/97: Jorge Costa - Aloísio (+ João M. Pinto / João Pinto & Fernando Mendes / Rui Jorge)
1997/98: Aloísio - João M. Pinto / Jorge Costa (+ Secretário & Fernando Mendes)
1998/99: Aloísio - Jorge Costa (+ Secretário & Fernando Mendes)
1999/00: Jorge Costa - Aloísio (+ Secretário & Esquerdinha)
2000/01: Aloísio - Jorge Costa / Jorge Andrade (+ Secretário / Nélson & Esquerdinha)
1991/92: Aloísio - Fernando Couto / Zé Carlos (+ João Pinto / Bandeirinha & Paulo Pereira / Vlk)
1992/93: Aloísio - Fernando Couto / Zé Carlos (+ João Pinto & Bandeirinha / Vlk)
1993/94: Aloísio - Fernando Couto / Jorge Costa (+ João Pinto / Secretário & Rui Jorge / Secretário)
1994/95: Aloísio - Zé Carlos / Jorge Costa (+ João Pinto / Secretário & Rui Jorge)
1995/96: Aloísio - Jorge Costa / João M. Pinto (+ Secretário & Rui Jorge)
1996/97: Jorge Costa - Aloísio (+ João M. Pinto / João Pinto & Fernando Mendes / Rui Jorge)
1997/98: Aloísio - João M. Pinto / Jorge Costa (+ Secretário & Fernando Mendes)
1998/99: Aloísio - Jorge Costa (+ Secretário & Fernando Mendes)
1999/00: Jorge Costa - Aloísio (+ Secretário & Esquerdinha)
2000/01: Aloísio - Jorge Costa / Jorge Andrade (+ Secretário / Nélson & Esquerdinha)
Foi bom voltar a ver e a ouvir Aloísio, mesmo sabendo que não é o comunicador mais entusiasmante do planeta. Pareceu-me demasiado exaustiva a entrevista, ao percorrer, época a época, toda a carreira do jogador no Clube, mas isso será da responsabilidade exclusiva do entrevistador. Se nos focarmos no conteúdo e sobretudo nas mensagens que Aloísio foi passando, vale muito a pena. Um verdadeiro senhor do futebol que (me) deixa muita saudade.
Como curiosidade, deixo o link do post sobre as melhores duplas de laterais que eu vi jogar no Porto, para quem ainda não tiver lido.
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Encerrado que está o mercado de transferências de inverno nas principais ligas europeias (com a russa a destoar, como é hábito), segue-se um breve olhar sobre as principais movimentações.
Globalmente, a nota mais relevante vem da Grande Muralha. O capitalismo chinês chegou finalmente ao topo do futebol mundial, não pela qualidade, mas pela capacidade financeira.
Como país, dominaram as atenções neste mercado de inverno, tendo gasto mais de €140M apenas 5 jogadores do Top-10 das transferências em valor. Duas curiosidades, a propósito: a) uma dessas transferências foi entre clubes chineses e b) repare-se no grande diferencial entre o valor de mercado estimado pelo site transfermarkt e o montante pago pelos clubes. Não haja dúvidas sobre o que está a levar jogadores para a China...
Apesar deste novo-riquismo chinês, a Premier League continua a ser o mercado que maior valor movimenta neste Top-20, envolvendo mais de €147M em compras. Note-se, no entanto, que €65M são relativos a transferências entre clubes ingleses.
Em terceiro lugar, aparece, de forma algo surpreendente, a Liga francesa. PSG, Marselha e Lyon apostaram forte em algumas contratações sonantes.
A nível de clubes, o PSG foi quem mais esbanjou os seus petro-dólares, €70M em apenas dois jogadores. E se Draxler é um valor seguro, Gonçalo Guedes ainda está por se afirmar a este nível.
Quanto a jogadores, para mim a melhor aquisição de todas foi a do Leverkusen, que pagou uns "míseros" €13,5M por um dos craques do futuro próximo, o extremo jamaicano Leon Bailey. Não tivéssemos andado nós a estourar couro e cabelo em Adrians e Depoitres, talvez agora pudesse equipar de Dragão ao peito... enfim, outros quinhentos.
Tenho também grande expectativa em relação a outro ex-Genk, o médio defensivo Onyinye Ndidi, embora a sua opção pelo Leicester possa condicionar muito a sua progressão.
Estou também curioso para ver se Gabriel Jesus se conseguirá afirmar na Europa e no caos organizado de Pep Guardiola... ou de quem vier a seguir. A estreia contra o West Ham foi muito promissora, veremos o que se segue.
Por cá, nada de realmente novo.
- Nós, a comprar um avançado a outra equipa da Liga e a manter um exército de emprestados;
- O Benfica, a comprar laterais e a vender espermatozóides por muitos mendilhões;
- O Sporting, a despachar as contratações de verão, substituindo-as pelos miúdos dispensados no verão;
- Braga e Rio Ave, a beneficiar da Lavandaria Mendes;
- O Chaves, a fazer de tudo para ainda conseguir descer de divisão;
- Os restantes, a fazerem os possíveis para conseguir não descer de divisão.
Como elemento inovador e potencialmente perigoso para os clubes cujos mercados já fecharam, a pujança financeira do futebol chinês. Não só continuam em período de transferências por mais um mês, como têm dinheiro para seduzir muito boa gente, desde jogadores a dirigentes e, sobretudo, empresários sem escrúpulos.
A propósito disto, fica uma sugestão para a FIFA: criar uma regra que desobrigue os clubes com o seu mercado já fechado de ceder jogadores mesmo se batida a cláusula de rescisão. Por outras palavras, que as vendas se façam à mesma (até porque as leis do trabalho a isso obrigariam, presumo), mas que os clubes não sejam forçados a ceder o jogador se já não tiverem como contratar outro para o render. Havendo vontade, há-de haver maneira de o fazer.
Lápis Azul e Branco,
Pá, tu és o Nirvana dos centrais! Então:
ResponderEliminarComo modelo,o Aloisio. O temperamento do Couto. O cabelo do Mangala. A técnica do Freitas. E o tempo de utilização do...Boly :)))))
Abraço. Cincazero pá!
É mais assim: classe do Aloísio, garra do Jorge Costa, vontade de arrear do Couto, velocidade do Ricardo Carvalho, apetite do Jorge Andrade e cabelo do Lula. O que tenho do Mangala, não posso dizer... :-)
EliminarAbraço e vamos a eles!