Valente Merda

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Valente Merda


Chega, Sérgio. Já são vários os avisos e as tentativas falhadas nas mesmas circunstâncias. Campos pequenos, equipas medíocres mas hiper-motivadas e cheias de "saúdinha", árbitros sempre "atentos" a tudo o que podem fazer para impedir as nossas vitórias e, por fim, incapacidade para impor de forma inequívoca a nossa indiscutível superioridade.


"Quem garantir que está offiside, é mentiroso ou mentecapto (ou ambos)"

Concordo com todas as críticas que o treinador fez na conferência pós-jogo, referindo-se precisamente ao que acima referi - neste e noutros jogos - mas há que acrescentar as culpas próprias, que se traduzem num jogo fraco do Porto em Moreira de Cónegos.

Apostámos na entrada directa de Paulinho para o onze, perante a ausência de Danilo, com Herrera e Óliver a assumirem o duplo pivô defensivo - ou melhor, alternando nesse papel. E aí começaram os nossos problemas. Se ao recém-chegado brasileiro nada se pode apontar (estreia razoável, com bons pormenores e natural falta de entrosamento), aos outros dois tudo se pode: ambos foram demasiado maus para ser verdade, e sobretudo, para que a equipa conseguisse ser perigosa e acutilante.

O Moreirense foi uma nulidade em termos ofensivos. O único lance de quase-perigo nasceu de um ressalto, ainda na primeira parte, e foi devidamente "limpo" por Felipe. De resto, um deserto. Remeteu-se a tarefas defensivas, com marcações muito cerradas aos quatro avançados e aos dois extremos, assim que passavam a linha de meio-campo. No meio, dois jogadores fisicamente poderosos e com "liberdade" para abusar dessa sua mais-valia.

Perante este cenário e após uma primeira parte confrangedora, não entendo a demora de Sérgio Conceição em mexer no que claramente não estava nem ia funcionar. 

Porquê desperdiçar mais vinte e dois minutos até finalmente meter outro avançado (Tiquinho)? 

Porque não tirar do jogo um ou ambos os médio(cre)s perante tão más exibições, dando uma oportunidade decente a Sérgio Oliveira

E Abou, fez sentido abdicar dele com o resultado a zero, metendo um jogador com mais velocidade mas sem capacidade física para disputar bolas aéreas na área? Não seria de esperar pela última substituição e então arriscar tudo, tirando um médio ou até um central? 

E já agora, também me pareceu haver excesso de desinspiração a mais, de forma quase transversal a toda a equipa. O que se passa, realmente? Se fosse um ou dois, era normal; quase todos...

Soube realmente a pouco, coach. Outra vez.

Não faltaram os habituais lances de perigo, as ocasiões de golo, mas em dias em que não há eficácia, são precisas mais para garantir pelo menos um golo. Ou então uma arbitragem competente, mas com isso já sabemos que não podemos contar. 

E agora, o mantra do costume: mesmo a jogar assim, mal, teríamos ganho o jogo se a arbitragem fosse correcta e/ou isenta. Onde lagartos e vigaristas ganham pontos à custa de erros e/ou paixões do apito, nós perdemo-los. E assim fica a dúvida se vale a pena participar nesta farsa.






Notas DPcA 


Dia de jogo: 30/01/2018, 21h00, Estádio Comendador J. A. Freitas, Moreirense FC - FC Porto (0-0)


José Sá (6): Nada a declarar.

Ricardo (5): Não gostei. Muita parra e pouquíssima uva. E no futebol pretende-se qualidade, não somente quantidade. Vi-o pensativo no final e percebo bem porquê: sabia que não conseguiu estar ao seu nível.

Alex Telles (7): Deu de bandeja o golo a Brahimi e ainda tentou (bem) fazer o seu, ambos os lances a partir de livres directos. Qualquer um destes bastaria para resolver o jogo, mas ainda acrescentou outros, que ninguém quis/soube aproveitar. Isto num jogo onde até não esteve particularmente inspirado.

Reyes (6): Ele esforça-se, mas aquela lentidão natural parece impedi-lo de chegar a outro patamar, aquele onde "moram" os bons centrais do Porto. Disto isto, lá foi cumprindo à sua maneira.

Felipe (7): O melhor da equipa, o que é uma dupla surpresa. Primeiro, pelo pouco que tem jogado; segundo e mais grave, porque significa que os demais estiveram abaixo do exigível. Quanto ao brasileiro, só faltou mesmo ser mais expedito na altura de empurrar de cabeça para o fundo da baliza, porque de resto esteve quase impecável, com destaque para o providencial desarme no único lance de perigo do adversário.

Herrera (5): O Errera voltou na pior altura, é tudo o que se me oferece dizer. Cada lance é um suplício, um sufoco, pela imprevisibilidade do desfecho. Até que começa a ser previsível, no mau sentido.

< 89' Óliver (4): Estou baralhado. Andei tanto tempo a defender a sua utilização para isto? Passes sem nexo, ou atrasados, ou adiantados, ou com força a menos, ou a mais, ou, ou, ou!! Irra, pá. Nem uma para a caixa? Que 89 minutos de nulidade.

< 67' Paulinho (6): Estreia talvez demasiado precoce, para uma posição onde é fundamental conhecer as rotinas para que o jogo flua e as coisas saiam com naturalidade. Sentiu essas dificuldades, pois claro, mas não se rendeu e do seu talento saíram dois ou três bons passes de ruptura que poderiam e deveriam ter tido outro desfecho.

Brahimi (4): Noite para esquecer. Creio que nada lhe saiu bem, nadinha. Zero. Nem o golo cantado conseguiu aproveitar. Que má altura para um enguiço deste calibre.

Marega (5): Quase nunca teve o espaço de que necessita para explanar os seus pontos mais fortes e quando o teve, não conseguiu grandes resultados. Creio que o posicionamento também o condicionou, algo que não será da sua (maior) responsabilidade.

< 74' Aboubakar (5): Pouco em jogo, quase sempre sufocado por uma muralha de adversários, teve um par de lances onde poderia ter conseguido melhor desfecho. Saiu, não por estar a ser pior do que os outros, mas por opção técnica no mínimo duvidosa.

> 67' Soares (5): Causou impacto imediato, infelizmente não soube dar sequência e mostrou-se absolutamente incapaz de atirar com precisão à baliza, para lá de algumas faltas escusadas. Acrescentou enquanto novo elemento no jogo, mas individualmente nada trouxe

> 74' Waris (6): E pronto, ao segundo jogo já sabe o que significa vestir esta camisola. Aqui nunca se pode festejar um golo até que o diabo acabe de esfregar os seus mil olhos. Vestidos a rigor, os encarnados do apito não validaram. Para lá desse lance decisivo, nada. Mas chegava, não chegava?

> 89' Sérgio Oliveira (6): Foi rápido a demonstrar que já há muito deveria estar em campo. Três ou quatro colocações a preceito na área e os lances perigosos a reaparecerem, com destaque para o último, o do golo anulado. Em seis minutos, conseguiu fazer mais em termos ofensivos do que Óliver e Herrera juntos.




Sérgio Conceição (4): Não, mister, assim não. Atirem-se à cara dos outros as suas culpas - que existiram, como tem existido em quase todos os jogos, mesmo nos que ganhámos - mas tratemos de ser mais competentes no que nos toca, até para prevenir essas "golpadas" do costume. Onze mal organizado, disfuncional, a desperdiçar outra parte. E ainda mais vinte minutos, sem melhorias evidentes. Não dá para esperar tanto tempo, Sérgio! Há que dar aos jogadores o sinal de que têm de resolver o jogo logo no início, porque de outra forma podem nunca o chegar a fazer. Erros vários e a vários níveis, num dos piores jogos do seu consulado no Dragão. A rever, com muita urgência. 



Outros Intervenientes:



Nesta equipa do Moreirense que nunca quis jogar futebol a valer, destaco o único que merece, por ter tentado fazê-lo e pelo muito (bem) que defendeu: Rúben Lima.


Outra arbitragem implacável, no pior sentido da palavra. Luís Ferreira e restante gang juntaram-se ao já extenso rol de árbitros que nunca hesitam em não validar lances capitais a nosso favor, mesmo quando disso resultam claros atropelos às Leis do Jogo. Um penálti evidente, porque Johnatan não joga na bola, mas apenas na cara de Felipe; um golo invalidade sem a mínima evidência de existir um offside claro e indiscutível; e muita, muita permissividade perante o anti-jogo do Moreirense, quer através de faltas, quer nas múltiplas e variadas perdas de tempo. Um sério candidato a árbitro internacional.


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Infelizmente, aconteceu o que eu temia. Fraquejámos neste jogo, abrindo o flanco para artistas como Luís Ferreira. Mais dois pontos desperdiçados, que em si podem não representar muito, mas que teriam sido um golpe rude nas aspirações dos sem-vergonha. Com mais penálti, menos fora-de-jogo, amanhã a lagartada vai ganhar e anular a vantagem que era nossa, aumentando a pressão para a segunda parte do jogo do Estoril. Não havia necessidade, mesmo. Mas o destino continua nas nossas mãos, nada de desesperos: apenas mais rigor e competência.



Do Porto com Amor,

Lápis Azul e Branco




19 comentários:

  1. Ok, é um problema de lentes. Resta saber se as minhas ou as tuas.

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    1. Quem é o Cavaco?

      O sobrenome, não ajuda nada. :)

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    2. Deve ser o outro. Raramente me engano. :)))

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    3. Se também não lê jornais, cuidado.
      O meu querido Presidente, gosto muito dele mas... não passa bilhete às redes sociais e veja o chinfrim que para aí fazem. :))
      Não queira passar pelo mesmo.

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  2. Um treinador que insiste em jogar com Oliver é a mesma coisa que um caçador ir à caça com um cão morto.

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    1. Por uma vez, quase concordamos neste assunto. Cão morto é exagero, diria um cachorro imberbe, que nunca antes tinha experimentado a caça e não fazia puto de ideia sobre o que deveria fazer.

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    2. Discordarmos é o menos. O pior é que a teimosia de SC na utilização de Oliver já nos custou a taça Lucilio Calabote Batista e quiça o campeonato.

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    3. Sim, foi por culpa do Oliver que o Soares Dias viu o fora-de-jogo. Também foi o Oliver que no último lance do jogo não vê o Waris ao lado com a baliza aberta, ah espera mas foi ele que isolou o Marega nesse lance!

      Ganhem juízo

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    4. Óptimo. Que jogue sempre o Oliver para satisfação duns quantos.

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    5. JB, se foi no ultimo lance do jogo, o Oliver já tinha tomado banho.
      Não é o guarda-redes do Moreirense, por acaso, o caro JB?

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    6. Acho que o Anónimo é que deve estar com os mesmos sintomas que o guarda-redes do Moreirense senão tinha percebido facilmente que me estava a referir ao jogo da Taça da Liga com o Sporting

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    7. Peço desculpa JB, sou só um curioso que vai à bola e que acerta pouco no placard.

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    8. Se me oferecessem uma mala de "Rangeis" sem o "meia branca" detectar, para não sofrer golos e aos 95 ver a bola entrar, é evidente que ficava como o pobre GR.
      De qualquer forma, confesso que também fiquei abananado (e ainda estarei), pelo fiscal de linha (bandeirinha, vá) não ter, sequer, a mínima dúvida!!!

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  3. SC formatou um grupo de jogadores, agora nao consegue que os outros tenham ritmo, a potencia fisica nao dura sempre em especial quem esta em todas as frentes, entraram 4 bons jogadores assim SC nao seja teimoso e burro. Se oliver e hernani nao servem despachem nos, se andre2 nao serve despachem no, SC e demasiado teimoso e parece me que o designio e sermos campeoes da segunda liga, ontem a equipa B tinha ganho ao moreirense de caras.

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  4. Que somos roubados em todos os jogos já todos o sabemos. Que perante situações iguais os padres julgam de maneira diferente também sabemos. Os viscondes falidos ganharam em Vila de Conde com um golo do Dost em fora de jogo claro, e nem o padre nem o fiscal de linha nem o Var viram nada. Marcam um golo ao setubal que lhes dá um empate tendo um jogador em fora de jogo que acaba por ter interferência na jogada e lhes dá acesso aos penaltis. Como nestes casos já foram beneficiados em muitas situações. Nem falo nos jogos dos corruptos pois para esses o rol ainda é mais extenso.No nosso caso a ladroagem até vê o que não existe.
    Finalmente a Sad acordou e vai pedir uma reunião ao CA para ver se põe fim a esta escandaleira. Era uma boa medida se no tal CA existissem pessoas sérias e que se importassem com a verdade desportiva. Sabemos que isso não existe por aqueles lados, pois quem faz as nomeações de padres declarados, como aquelas a que temos assistido, veja-se a do Calabote paixão em Belém, diz bem que a verdade desportiva para eles é só uma palavra. Por isso acho que é uma perda de tempo falar com tais incompetentes. É o mesmo que eu ser roubado e ir ter uma reunião com o ladrão. Quanto a mim só há uma solução que é pedir uma reunião mas á UEFA, mostrando-lhes num dossier bem preparado a incompetência e a desonestidade aqui existente. Este campeonato não tem o mínimo de verdade desportiva falta saber a quem é que isso interessa.
    Atenção que também temos muita culpa na perda de pontos que temos tido. É inadmissível cometermos o mesmo erro já por três vezes pois no Estoril, nas Aves e ontem, entramos a dormir, apáticos , displicentes e sem garra. Sergio Conceição é o principal culpado desta situação pois ainda não conseguiu inverter esta tendência. Tem estado mal a ler os jogos e nas substituições tardias que tem feito. Ontem Abou, Brahimi e Oliver estiveram completamente desastrados e ele não conseguiu ver isso. Teve medo de mexer na equipa. Fazer uma substituição 3 minutos dos noventa quando ela já devia ter acontecido há muito,e quando precisava de ganhar é de génio. Infelizmente esta equipa e o treinador falham quando não podem falhar e isso tem um nome: Falta de estofo de campeão. Veremos o que sucede contra os lampiões do norte no Sabado.

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    1. Concordo com a generalidade do que expõe, mas duvido muito da eventual exposição à UEFA. Primeiro, porque eles próprios têm imensos telhados de vidro; segundo, porque não interferem nos campeonatos nacionais, a não ser que haja bastante dinheiro a ganhar com isso (o que claramente não é o caso).

      Mesmo sabendo da inocuidade da exposição, acho que tem de ser feita e só peca por demasiado tardia. Mais, tem que haver nota pública do Clube após a reunião, dizendo o que foi dito e prometido, ou imputando ainda mais responsabilidades ao CA. Infelizmente, acredito pouco em tudo o que não sejam posições duras e públicas, de modo a agitar a massa Portista, porque no silêncio dos bastidores já se viu que nada vai mudar.

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