Análise da Época 17/18: Parte Três - Produção Ofensiva e Pontos DPcA

terça-feira, 19 de junho de 2018

Análise da Época 17/18: Parte Três - Produção Ofensiva e Pontos DPcA


Após a observação do desempenho colectivo e dos tempos de utilização, segue-se a dissecação dos desempenhos individuais ao nível da sua contribuição ofensiva (medida pelos golos e pelas assistências) e da qualidade das exibições (medida pelos Pontos DPcA).


Quadro 1 - Golos e Assistências (clicar para ampliar)


Começando pelos golos e assistências - o sal e a pimenta deste jogo fabuloso - podemos falar numa época marcada pela magia africana

Magia na finalização mas também na sua antecâmara, porque os nossos goleadores de 17/18 também se distinguiram por uma notável contribuição ao nível do último passe antes da felicidade.

O rei absoluto dos goleadores foi o "monarca" camaronês Aboubakar I, que teve uma primeira metade da temporada fulgurante mas depois se "esvaziou" ao ponto de perder a titularidade, após interregno forçado para debelar problemas físicos (e de outra ordem, possivelmente). Em todo o caso, fez o suficiente para terminar a temporada como o melhor marcador da equipa com 26 golos bem distribuídos pelas várias competições. Não satisfeito, ainda contribuiu com 7 assistências.

O segundo melhor goleador foi o inesperado príncipe maliano, Moussa Marega de seu nome, que foi também o melhor marcador Portista no campeonato: 22 dos seus 23 golos foram marcados em jogos da Liga. Bem mais constante ao longo da temporada do que Abou, foi somente travado por arreliadoras lesões que o obrigaram a ausentar-se por várias partidas, com impacto negativo imediato na produtividade pontual da equipa.

Ainda ao nível dos golos, destaque para Brahimi, o Mago do Magreb, que finalmente fez uma temporada (minimamente) condizente com as suas capacidades técnicas. Com 12 golos foi o terceiro melhor marcador e as 10 assistências deram-lhe a "prata" nesse ranking. Todos sabemos que ainda pode dar mais e melhor, mas já foi bem bom. Bem bom!

Ainda na finalização, destaque também para Soares (11 golos entre várias lesões), Marcano (7 golos) e Herrera (com 5, mas um deles a valer por 10).


Passando para as assistências, o "rei" foi o mesmo mas o pecúlio não: Alex Telles conseguiu somar 20 assistências em 17/18, o dobro da época passada! Um registo a todos os títulos brilhante e que nos pode valer um grande dissabor neste defeso...

Brahimi foi então segundo com 10, seguido por Marega com 8 e por um grupo com 7 assistências, no qual destaco Ricardo e Herrera sobre os avançados Abou e Soares. Nota ainda para as 5 assists de Óliver, apesar da fraca utilização.


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Avançamos agora para a segunda metade deste capítulo, a dos Pontos DPcA e das designações de Melhor em Campo (MeC), as proxys utilizadas com o intuito de medir a qualidade das exibições de cada jogador em cada um dos jogos em que participou.


Quadro 2.1 - Pontos DPcA e Mec (clicar para ampliar)


Apesar dos muitos pretendentes ao trono, Brahimi manteve a liderança que já era sua a meio da temporada e sagrou-se o jogador mais pontuado da temporada, totalizando uns notáveis 313 pontos e um avanço de 15 sobre o segundo classificado. 

Sendo certo que parte deste avanço se justifica pelo facto de ter participado em 49 jogos (mais 4 do que o segundo), não se pode retirar nem um cêntimo do mérito do argelino, até porque pelo meio teve algumas notas muito fracas. Além disto, e apesar das 49 aparições, não ficou sequer no top 3 em termos de minutos, o que em teoria lhe retiraria possibilidades de melhores pontuações.

A par de Marega, o argelino foi ainda o mais destacado como MeC, com 8 nomeações no total.

Tudo somado, uma época muito positiva de Brahimi, que, mesmo assim, deixa água na boca em relação ao que ainda poderá melhorar. Logo saberemos se aqui ou noutro lado.

Nem Abou, nem Marega: os segundo e terceiro classificados em termos de pontuação foram dois defesas

Em segundo, o inevitável Alex Telles, dono e senhor do seu lado e o verdadeiro artesão de golos da equipa. Participação em 45 jogos e o recordista de minutos jogados, somou 298 pontos. Grande, grande temporada do brasileiro: é realmente importante que por cá continue, no meio de tanta anunciada sangria. 

A fechar o pódio, o já "defunto" Ivan Marcano. Jogador do ano em 16/17, voltou a realizar uma época de muito bom nível e vai mesmo deixar um grande vazio por preencher. Esteve em 45 partidas, foi o segundo mais utilizado e somou 287 pontos.

De entre os mais utilizados do plantel, destaque ainda para Soares e sobretudo para Sérgio Oliveira, que conseguiram pontuações muito interessantes se considerados os minutos de jogos que tiveram. O primeiro foi "saltando" de lesão para lesão, conseguindo pelo meio dar importantes contributos à equipa. O segundo foi mesmo a grande revelação da segunda metade, assumindo a ausência de Danilo - num registo totalmente diferente, como é evidente - e assim conquistando o seu espaço no plantel. Boas indicações para o que está para vir? 

Quanto às distinções de MeC, Aboubakar ficou na terceira posição com 4 (metade de Brahimi e Marega), seguido por Soares com 3 nomeações.


Quadro 2.2 - Pontos DPcA e MeC cont. (clicar para ampliar)


Deixo também as estatísticas dos elementos menos utilizados do plantel, para destacar pela negativa uma vez mais, André André e Hernáni, que registaram as piores médias de pontos por jogo. No fundo, a confirmação do que já se vinha escrevendo desde o início desta análise.

Abaixo dos 500 minutos de jogo, não valorizei nenhum dos indicadores, precisamente pela insuficiência de dados para análise. A única vertente que se pode considerar é mesmo a da escassa utilização. Aqui, destaque para Otávio, que só reapareceu já perto do final da época, mas não a tempo de o fazer subir nos rankings. Veremos se terá oportunidade de fazer melhor em 2018/19.



Continua em:  Análise da Época 17/18: Parte Quatro - Reforços & Regressados



Do Porto com Amor,

Lápis Azul e Branco




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