Noite de São Patrício

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Noite de São Patrício


Há jogos que não "deveriam" poder acabar a zero. Quando as duas equipas jogam para ganhar, com alternância no domínio e nas oportunidades, havia de ser obrigatório golos. Havia. De. Não se deduza daqui que vi um jogo muito renhido, equilibrado ao milímetro: bem pelo contrário! Nos anos mais recentes, este foi o clássico em Alvalade em que o Porto foi claramente melhor. Claramente, ainda que com momentos diferentes, de ambas as equipas, ao longo dos 90 minutos.


Foto: Carlos Alberto Costa

Uma grande primeira parte em casa de outro candidato ao título, por sinal o mais bem colocado nesta altura. Dominador, autoritário e ameaçador, perante um Sporting absolutamente incapaz de se reajustar para impedir este desfecho. Notável, digo eu, para uma equipa recém-formada por um treinador recém-chegado e inexperiente nestas andanças de candidatos.

A intensidade foi tal nesse primeiro período que, no regresso e perante um adversário finalmente adaptado para o desafio que lhe foi lançado, já não conseguiu manter o registo. Compreensível, diga-se. Primeiro, porque se exigia muito mais ao grande mestre da táctica e às suas grandes (e caras) contratações. E segundo, porque não temos um treino adequado para permitir que os jogadores aguentem manter o ritmo elevado jogando de três em três dias.

Mesmo assim, até na segunda parte tivemos mais oportunidades para marcar do que os anfitriões. E se não o conseguimos, tal se deve a dois tipos de factores: um, o desacerto (por vezes, infantil) dos nossos, com Aboubakar e Marega à cabeça; dois, uma exibição portentosa e memorável do guarda-redes adversário.

Tivesse sido realizado a 17 de Março e ninguém duvidaria que se tratava de um jogo sob o desígnio de São Patrício, tão decisiva foi a influência do keeper sportinguista. Antes do jogo, quem o diria? Muita gente, admito, mas não eu. Esperava mais do Sporting e menos do Porto

Pese a exibição, o resultado e a consequente liderança, não creio que se devam tirar grandes conclusões ainda. Muito menos em relação ao "comprimento" do plantel. O que era curto continua a sê-lo, evidentemente. Não é de um jogo, por mais relevante que ele seja, que se pode inferir decisivamente se o plantel é ou não suficiente. 

Será, se alguma vez esse dia chegar, quando houver lesões, castigos ou ambos em simultâneo - e em mais do que uma posição. Aí sim, num espaço temporal mais alargado, se poderá tirar alguma conclusão mais válida. Eu mantenho o que disse antes do mercado fechar: tirando nas laterais defensivas, o plantel não tem extensão suficiente para permitir fazer mudanças na equipa mais titular sem relevante perda de qualidade. O centro da defesa e a posição "6" são os lugares mais expostos a um qualquer flagelo.

Por agora, estamos bem. Óptimos, para ser sincero. Melhor, só mesmo tendo feito justiça à exibição com uma vitória. Que ninguém se magoe nas selecções.


Foto: Carlos Alberto Costa



Notas DPcA 


Dia de jogo: 01/10/2017, 19h15, Estádio de Alvalade XXI, Sporting CP - FC Porto (0-0)


Casillas (6): Nem ele acreditaria no parco trabalho a que afinal foi sujeito neste jogo, sendo um mero espectador em grande parte do encontro. Não me lembro de uma grande intervenção, apenas de uma saída em falso que dificilmente teria consequências gravosas. Regular, portanto.

Layún (6): Boa resposta face à ausência forçada de Ricardo e à subalternização do Maxi no entendimento do treinador. Nunca brilhante, mas esteve mais atento do que é seu hábito nos lances defensivos e ainda se conseguiu ir aventurando na frente, mesmo se sem grandes "feitos" a relatar. Mais um que voltou "a contar para o totobola" de SC.

Alex Telles (6): Não esteve globalmente pior do que qualquer um dos seus parceiros de defesa (até porque "levou" com Gelson), mas teve uma paragem cerebral naquele lançamento lateral que só por aselhice não resultou em golo e que deve ser penalizado. É uma gota na exibição, mas uma de veneno, que facilmente poderia ter inquinado toda a "bebida".

Marcano (7): Exibição autoritária, como vem sendo hábito. El (sub-)capitán a fazer jus ao epíteto. E quase assistia, de forma inesperada, uma tolada de Marega.

Felipe (7): Bom jogo, quase irrepreensível, com destaque para um corte providencial quando Gélson já se isolava. Par ideal para o bom do Iván.

Danilo (7): O seu melhor jogo da época, precisamente quando a equipa mais precisava dele. Intenso, poderoso e bem a distribuir, foi a âncora da equipa. Devagarinho, lá vai evoluindo. Bom.

< 74' Herrera (7): É tão difícil avaliar positivamente uma exibição que, entre muitos lances bem definidos, inclui disparates que não lembram ao diabo... Apetece penaliza-lo, porque são realmente idiotas esses lances, caricatos até: desde aquela arrancada onde, tendo um companheiro de cada lado e em superioridade numérica, optou por rematar a mais de 30 metros da baliza; até ao passe em forma de petardo, salvo de estourar apenas pela magia do pé de um certo argelino. Enfim, a montanha-russa do costume, mas com mais para elogiar do que o contrário.


Mais do que 1000 palavras...

Sérgio Oliveira (7): Outra grande resposta à aposta do treinador, a segunda consecutiva. Muito importante a manter a consistência do meio-campo defensivo, foi também fundamental nos inícios de construção da equipa, porque se colava aos centrais e, como elemento surpresa do jogo, beneficiava de um pouco mais de liberdade para iniciar essa construção. Muito intenso nos duelos e recuperações, apenas pecou (outra vez) por uma certa dose de imprudência que, noutras circunstâncias, poderiam ter efeitos nefastos. Parece estar mesmo confirmada a chegada de mais um reforço ao plantel.

< 88' Brahimi (8): Uma das suas exibições mais consequentes, que merecia mais acerto de Aboubakar. No entanto, também ele as desperdiçou - pelo menos uma, num remate demasiado colocado. Do muito que jogou e fez jogar, não posso deixar de me deliciar com alguns domínios de bola excepcionais, que disfarçam um passe falhado e o transformam num lance ainda viável. É, de facto, um regalo de ver. Pena o objectivo final do futebol ser outro...

< 86' Aboubakar (6): Lutador incansável, teve boas combinações com companheiros, em especial Brahimi, que por mais de uma vez deveriam ter acabado no fundo das redes. No entanto, a sua missão primeira é sempre a de marcar e nisso voltou a falhar, uma vez mais. E não foi pela falta de oportunidades. É isto Aboubakar, admito. Há que adaptar as expectativas.

Marega (7): Pela primeira vez, terá sido vítima da sua recente fama, alvo de marcações apertadas e apertões sucessivos para o tentar "acalmar". E na verdade resultou, porque ficou combalido logo num dos primeiros atropelos de que foi vítima. Ainda teve algumas das suas arrancadas, mas sempre bem controlado. Ajudou, isso sim, a libertar espaço para a entrada de outros, como Herrera. Teve na cabeça a melhor possibilidade de surpreender Rui Patrício e nos pés a ocasião mais flagrante do jogo. Bem-vindo aos clássicos, Moussa. Daqui em diante, tudo vai ser um pouco mais difícil.

> 74' Otávio (5): Entrou "a frio", perdeu a primeira bola que teve e demorou a encontrar o fio da meada. No lance mais relevante, reagiu rápido e meteu a bola em Marega com razoável qualidade.

> 86' Soares (-): Entrou sobretudo para ajudar o cronómetro a passar. Sem tempo útil de jogo para ser avaliado.

> 88' Corona (-): idem 

Sérgio Conceição (7): Um desempenho bipolar do nosso mister; excelente no plano montado, hesitante na altura do inadiável refrescamento de uma equipa fatigada. A primeira parte foi mesmo uma lição histórica do pupilo ao mestre, tal a superioridade do Porto e a incapacidade dos de Lisboa para alterarem o rumo dos acontecimentos. O segundo tempo foi mais equilibrado, com alternância no domínio do jogo, mas onde a nota mais relevante foi o indisfarçável desgaste dos jogadores de ambos os conjuntos. E aí pareceu-me que Sérgio poderia e deveria ter sido mais audaz, mais cedo. Percebo que tivesse medo de, ao mexer, provocar a desagregação de uma equipa presa por arames, mas... o jogo estava lá para o vencermos, como raras vezes tem acontecido neste duelo em Alvalade. 

Adiou, hesitou... e quando mexeu, foi mais para evitar que o Sporting ficasse por cima do que para tentar dar a machadada da vitória. Talvez por isso, voltou a não ver ganhos em lançar a clarividência de Óliver, não entendo por que motivo. Foi pena. No entanto, o empate serve-nos muito mais do que ao Sporting, vamos para a paragem à frente e seguimos isolados. Tudo pesado, foi um bom trabalho, mas longe da excelência. Crescemos juntos, Sérgio. Bambóra!


Foto: Carlos Alberto Costa



Outros Intervenientes:



Se é só isto o Sporting, desilude-me. Contra os fracos, parecia bem mais forte. Talvez o cansaço explique a pobre exibição, mas é um cansaço que não tem explicação (tal como o nosso, aliás) -  quando há equipas de futebol noutras paragens a jogarem de 3 em 3 dias sem se ressentirem, creio que há motivo para reflexão sobre o que (não) se anda a fazer por cá.

Em todo o caso, o Sporting do inimitável Jorge Jesus deu ao jogo o melhor em campo, na figura do seu guarda-redes Rui Patrício. Uma exibição de topo, daquelas que se exige apenas aos jogadores de eleição. E nem a minha embirração de estimação com o labrego me impede de o reconhecer. Grande exibição de um grande GR. Em segundo plano, bem distante, gostei de Acuña. Bom jogador.


Da arbitragem do faz-títulos Carlos Xistra e sus muchachos (incluindo o VAR Hugo Macron), veio a segunda maior surpresa da noite. Claro que fomos prejudicados, mormente na diferença de critérios disciplinares, mas, caramba, para o que estamos habituados neste estádio, foi um upgrade notável. Apesar de ainda inclinado, desta vez os nossos conseguiam ficar de pé sem ter de se agarrar a algo. Notável...



Segue-se mais um deprimente período de selecções, agravado pelo facto de no final haver fim-de-semana de Taça. Contas feitas, 15 dias de paragem, visita ao Lusitano de Évora e deslocação a Leipzig antes que o campeonato possa regressar. Vá lá que estamos em primeiro; de certeza que aos outros custará bem mais. 



Do Porto com Amor,

Lápis Azul e Branco




33 comentários:

  1. No Sporting penso que ainda a destacar a grande exibição de Mathieu, que lhe terá passado despercebida. Aliás, o francês tem apresentado um nível exibicional notável esta época. De resto, concordo no geral com a análise, apesar de achar que o empate se aceita. A haver um vencedor, seria o Porto. Vai bem embalado o Porto para poder ser campeão. Equipa solidária, unida e que trabalha para o mesmo objectivo.

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    1. Caro Verde Protector (assim mesmo, à maneira antiga que foi como aprendemos), concordo com a sua observação sobre o Mathieu (vi-o no Valência fazer grandessíssimos jogos quer a defesa esquerdo, quer a central). Continua a ser um muito bom jogador e a par do Bruno Fernandes acho que foram as melhores aquisições do SCP.
      Bem haja pela participação neste espaço FCPortista de debate de ideias. Mestre Lápis, decerto, terá a mesma opinião.

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    2. Caro Luís, o Verde (apesar de verde) é um amigo de longa data, pelo que se se portar mal, leva no cachaço :-)

      E sei que está a ser sincero, apesar de parte ser o calimerismo intrínseco dos lagartos a falar.

      Concordo, Verde, Mathieu é bom jogador, ainda que se tenha destacado a lateral e não a central, para o nível da nossa liga serve muito bem. O problema dele são as lesões, veremos como se aguenta.

      Sobre o embalo, descordo em absoluto. Foi apenas um jogo, que acabou empatado, ainda no primeiro quarto do campeonato. Um qualquer deslize do Porto iguala tudo. Dois, inverte.

      Claro que é melhor estar na frente, mas tudo - absolutamente tudo - está ainda em aberto para os três candidatos.

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  2. Nem me atrevo a dizer que o Herrera foi o melhor jogador em campo.
    Há muito pouco tempo citou Tom Petty e.....
    Nhaga ?!! Qual Nhaga, tenho amor à pele.

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    1. Eu nunca poderia considerar como melhor em campo alguém que comete erros primários, incompreensíveis do meu ponto de vista. Tirando esses lapsos, esteve muito bem, sim senhor.

      Hehe, rico Tom, que enquanto viveu, viveu tudo. De que serve andar a arrastar-se? Que descanse em paz, com uma boa musiquinha de fundo.

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    2. Não fazia a minima que o Tom Petty do "American Girl" tinha morrido!!!!

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    3. O Lápis rogou-lhe uma praga mais potente que a que lançou ao Herrera. :)))
      É de ter mais medo que dos grupos organizados de adeptos do sr, vieira.!!!

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  3. pois.......... bom jogo, vieram ao decima as dificualdades tecnicas dos nossos avançados mas nao se pode ter tudo. Com este futebol sera dificil contar com andre2, corona, layun, hernani, oliver que bonzinho tecnicamente mas lento e macio simeone nao sera parvo de todo. A Otavio deve ser dado o beneficio da duvida mas precisamos claramente de 2 a 3 medios intensos e fortes fisicamente para prolongar a dinamica e intensidade e esperar que brahimi nao rasgue. Lembro que temos na equipa B luizao que me parece ser um medio com as carateristicas que precisamos, tera de entrar aos poucos mas ..... e melhor que andre2 que so marca com os olhos e tem duas velocidades muito devagar e parado, e oliver se nao fica rijo e aumenta a velocidade de execuçao vai acabar na liga inglesa e desaparecer.

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    1. Talvez o treinador esteja a desafiá-lo precisamente a melhorar o seu jogo, mas a verdade é que me faz confusão como, perante o que tem ao seu dispor, abdica dele sem pestanejar. A ver o que dão os próximos capítulos...

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    2. Nao esquecer as outras grandes conclusoes do Vidente, nem ha 3 semanas:
      "Agora quem aposta em mexicanos que por norma sao acomodados ... e nos temos layun uma nodoa, corona outra nodoa, herrera que SC colocou de lado apesar de ter um plantel curto"
      "Como se deixa fugoir battaglia e o cap da seleçao de sub 21 que ate e portista para lugares carenciados??"

      Tantos bitaites!!!

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    3. Nonetheless, true. Pelo menos em relação às "fugas"...

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    4. O Lapis acha que o Battaglia foi uma fuga? Que nos ficamos a perder? O gajo faz o Herrera parecer o Maradonna!!!

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    5. Acho que tem potencial e teria valido o (parco) investimento

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    6. O Rafa é que era. Os incompetentes da SAD não sabem que aquele flop encobre mais um artista da bola.Quem sabe, sabe.

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  4. Neste jogo finalmente vi a "grande exibicao" que outros viram no Monaco. vi uma equipa adversaria manietada, sem cheirar. vi um Porto a criar oportunidades suficientes para ganhar. nunca senti que podiamos perder o jogo. vi um Porto a jogar no meio campo adversario com autoridade.
    Nao ganhamos porque nao marcamos e nao marcamos em parte porque nao tivemos a estrelinha dos ressaltos que tivemos no Monaco.
    E porque Rui Patricio fez um exibicao monstruosa - para mim ele e dos melhores do mundo na situacao especifica de 1x1 com um avancado e ontem la tirou mais 2 golos feitos dessa maneira (similar ao jogo Sporting Chelsea de ha 2-3 anos em que fez o mesmo umas 5 vezes mas nao conseguiu manter as redes invioladas)

    Neste jogo vi finalmente um bom jogo do Danilo esta epoca. Forte na zona defensiva (em defesa organizada) e a contribuir algo na construcao. Logicamente e mais facil para ele se destacar contra uma equipa forte que nos obriga a fazer defesa organizada em vez de uma que causa contra-ataques e requer mais velocidade nos posicionamentos. Mas, repito, um bom jogo.

    Continuo a achar que Oliver tem lugar na equipa seja no meio campo seja na nova posicao que HH vem exercendo de segundo avancado / terceiro medio centro. Nao vislumbro uma area do jogo em que Sergio Oliveira ou Herrera lhe sejam claramente superiores mas vejo varias areas onde o Oliver lhes e superior. Espero que tenha uma oportunidade no futuro proximo para que se tire as teimas. "I don't buy" a ideia de que perde porque tem menos corpo (se isso valesse tanto, o Oliver nao teria as recuperacoes de bola que tem ou as poucas perdas de bola) ou verticalidade (ser vertical nao implica necessariamente que se seja melhor, basta olhar para a jogada do Herrera em que preferiu ser vertical - rematou - do que perceber que um passe para o lado teria mais sucesso).

    Finalmente uma palavra extra para o Sergio Conceicao - a maneira como ele aplicou uma dose de JJ ao JJ foi sublime. A mesma ideia que o JJ usou contra o Barcelona de secar o Messi ao nao deixar que a bola lhe chegasse virou-se contra o feiticeiro, ja que Sergio montou as zonas de pressao claramente para que a bola nao chegasse ao Gelson, o mais perigoso do Sporting a construir e a dar mais espaco ao Jonathan e Battaglia que sao pessimos com bola! De verdadeiro mestre da tatica!!! (viu-se finalmente Gelson quando o cansaco se apoderou dos nossos mais adiantados)

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    1. Começando pelo final, também li assim a lição do pupilo ao mestre. Desiludiu-me o Sporting, em particular Bruno Fernandes, mas não duvido que rapidamente se voltarão a reerguer e lutar até final pelo título.

      Já abordei a minha inquietação com Óliver, tendo a pensar que está a ser "convidado" a melhorar alguns aspectos do seu jogo. Se irá ou não aceitar o desafio, não sei. Espero que sim.

      Creio que lhe saiu a fava pela derrota com o Besiktas, injustamente em minha opinião. Mas, desde então não tivemos maus resultados, mesmo se este empate sabe agora a pouco. E assim sendo, quem tem razão é o treinador.

      Fico contente que já tenha visto alguma coisa no Danilo, é o princípio de algo maior, tenho a certeza :-)

      Sobre a exibição, só não concordo em absoluto porque na segunda parte quebrámos muito e - ao contrário do que pensa - penso que nos arriscamos a perder ao tardar nas substituições. Menos bem aí Sérgio Conceição.

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    2. Não se entende que Oliver esteja a ser convidado alguns aspectos do seu jogo se acha que ele é que joga e os outros fazem numero.
      Danilo já jogou bem! Até se olvida que a única oportunidade de golo do Sporting foi oferecida infantilmente por Danilo. Coerências.
      O que se aprende com quem percebe ou julga perceber da coisa.

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    3. O ideal era o leitor do blog do treinador de gajas compor o trio do meio campo com Oliver, "Trump supporters" e André André.

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    4. Verdade. Com os jogadores que esses catedráticos, que dão a entender que foram formados nas imediações da UCLA, querem impor, não ganhávamos a Tondelas, V. Setubal, Feirense, Braga, Maritimo, Moreirense.
      Sérgio Conceição fez ligeiras alterações. Com as exibições e resultados que temos conseguido, só apontam defeitos. Argumentam que o 11 titular é só pernas de pau. Mesmo ganhando fora de portas a Monacos, cheguemos a Alvalade e mostremos quem joga futebol.
      A vida não está fácil para os teóricos da desgraça. PPC que o diga.:)

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  5. Penso que o Porto fez uma escolha acertada no tocante ao treinador. Era um preciso um treinador que soubesse passar uma mensagem de motivação e espírito guerreiro.
    Concordo inteiramente com Jaime Pacheco quando disse que Conceição seria o melhor treinador, a seguir a ele próprio. E porquê? Porque Pacheco seria um "upgrade", quer no seu passado como jogador do Porto (foi campeão europeu em 1987) quer como treinador (campeão nacional pelo Boavista).

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    1. Funny Bunny - se assim pensa, vou mandar embrulhar o Pacheco e entregar em Alvalade quando JJ sair :-)

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    2. Porra - Pacheco??? Prefiro que o NES volte!!!!

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  6. queria acrescentar que nao podemos agora ficar bonzinhos, temos de denunciar o polvo, temos de continuar a denunciar aquilo que deu um tetra da treta a alguem, e aprobveito para dizer que oliver e brahimi sao incompativeis em jogos a serio, ou joga um ou joga outro.

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    1. Totalmente de acordo quanto à vigilância. Aliás, alerto mesmo que o penta ainda é bem passível de se concretizar. Vou escrever sobre isso em breve.

      Sobre a incompatibilidade, discordo. Mas não vou rebater porque não conheço sequer os seus fundamentos para o afirmar.

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  7. A questão é o que quer o treinador. Creio que prefere que se chegue à entrada da área e se chute para a bancada, do que hipotecar a capacidade para fazer os metros que Herrera fez com bola na jogada que referes. Oli definiria melhor, só não chegaria aquela zona. Ser vertical não implica ser melhor, implica ser mais o que o treinador quer para a equipa. Pelo menos neste momento. Mas o Oliver vai jogar e vai pegar de estaca. E vai ser mais vertical também.

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    1. Pois, tenho escrito ao longo dos comentários, acho que está a ser desafiado para se reinventar. Falta saber se estará disponível para isso. Se for inteligente, estará com certeza.

      No entanto, lembro-me bem de Óli no malogrado tempo do Lorpa. Estava sempre nas zonas de decisão, com a diferença que nunca recuava tanto. Mas não estava ancorado. Quero com isto dizer que, com 3 médios,, Óli poderia ser o mais adiantado e funcionar na mesma.

      Estou realmente inclinado para pensar que o Sérgio o elegeu como bode respiratório do Besiktas, e com isso, isolou o resto dos jogadores de grandes responsabilidades nesse desaire. Psicologia de grupo, dizem os espertos.

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    2. Silva, ja vi muitas vezes o Oliver chegar-se a frente com velocidade. Nao e comum porque normalmente joga numa posicao mais recuada do que o HH tem jogado. Mas nao tenho duvidas que tivesse o Oliver na mesma situacao quando o HH recupera a bola, faria o mesmo que ele, excepto que saberia passar quando fizesse sentido...

      Eu nao consigo acreditar na teoria da reinvencao - temo mais que tenha sido alguma discussao no balneario e o castigo seja mais extra-futebol. E nao acredito na reinvencao porque ainda nao ouvi de ninguem uma explicacao futebolistica sobre como e que o Sergio Oliveira ou o HH oferecem mais a equipa... (se me dissessem "o SO e um eximio marcador de livres" ou que "o HH ganha todos os duelos de cabeca" ainda compreenderia, mas sabemos que nada disso e verdade...)

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    3. Sobre o SO, ainda é cedo. E eu sou suspeito. Mas o que ele deu em ambos os jogos de forma clara foi a "cola" que uniu a equipa e uma fluidez simples mas essencial ao jogo a meio-campo. Aqueles toques fáceis mas que HH não consegue fazer. Aquelas tabelas curtas que permitem ganhar terreno e vantagem sobre ele. Perde na questão da intensidade, que por tanto querer, acaba por confundir com excesso de vigor, exppondo-se a uma expulsão prematura.

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    4. E Lapis, nao leve os meus comentarios como uma detraccao ao que o SO ou o HH fizeram - eu sou dos que acham que qq desses e melhor que o Andre2 por exemplo e sempre me pareceu que o SO devia ter mais oportunidades.

      Pois, e para essas tabelas curtas e toques faceis (ou mesmo os dificeis) que eu gostava de ver o Oliver, que nao precisa de excesso de vigor para mandar no meio campo, mesmo nos tempos em que o Danilo so ficava ao pe dos centrais e ele tinha que fazer tudo.

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  8. Eh pá, outra dose não!!!
    Depois do FC Quaresma, por favor não venham com o Oliver FC!!!
    Também eu acho que o Oliver deveria ter entrado em detrimento do Otávio, mas se andamos todos neste mar azul a tecer loas ao Sérgio, não podemos espetar facadinhas nas costas só porque SC vai pelo meu parte sofás (Marega quase que lhe tirava o lugar no domingo quando mandou aquela bola á trave:-)!!!!
    E depois, para quem jogou futebol, um bom jogador não significa que seja aquele que tenha sempre a bola nos pés. Muitas vezes é preciso o contrário, ou seja alguém que impeça que os outros a tenham! E Herrera é muito, mas muito, para cima de muito mais estanque que Oliver!

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    1. Felisberto, não se trata de espetar a faca, apenas de trocar opiniões e dar palpites, como bons adeptos que somos. O que seria do futebol sem isto?...

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