E logo a dobrar! Quis a providência cósmica que os astros se alinhassem de forma a que as equipas de futebol e de ciclismo vestissem de amarelo e mostrassem significativos progressos em simultâneo uma com a outra.
E é já aqui que paro de escrever sobre ciclismo, menos pela falta de interesse sobre a modalidade do que pela falta de conhecimento para o fazer. Vestem de azul e branco e usam o meu emblema ao peito, pelo que é sempre um prazer vê-los ter bons resultados e disso dar conta. Ouro sobre "amarelo" seria conseguir manter a amarela num dos ciclistas da equipa até final da Volta. Como prémio, mandava-se pintar o Lambo de azul e branco com um dragão dourado no capô.
Avançando para o futebol, foi uma agradável surpresa para mim (e para muitos, suponho) a exibição de ontem em Guimarães contra o Vitória local. A primeira metade teve coisas interessantes e a mais interessante de todas terá sido mesmo a sua duração. Não foram obviamente 45 minutos à Porto, mas em cerca de 30 (divididos por vários períodos) jogou-se benzinho e houve salpicos de genialidade e bom futebol. Ambos os golos resultam de grandes trabalhos individuais, primeiro por Corona sobre a esquerda e depois pelos olhinhos do pé de Otávio. Ambos acabaram por proporcionar (ainda que de forma diferente) oportunidades que André Silva não desperdiçou (o nosso ÁS, aproveitando a feliz "criação" de um amigo).
Avançando para o futebol, foi uma agradável surpresa para mim (e para muitos, suponho) a exibição de ontem em Guimarães contra o Vitória local. A primeira metade teve coisas interessantes e a mais interessante de todas terá sido mesmo a sua duração. Não foram obviamente 45 minutos à Porto, mas em cerca de 30 (divididos por vários períodos) jogou-se benzinho e houve salpicos de genialidade e bom futebol. Ambos os golos resultam de grandes trabalhos individuais, primeiro por Corona sobre a esquerda e depois pelos olhinhos do pé de Otávio. Ambos acabaram por proporcionar (ainda que de forma diferente) oportunidades que André Silva não desperdiçou (o nosso ÁS, aproveitando a feliz "criação" de um amigo).
Mas houve mais para lá dos golos. Houve fluidez no jogo, muita gente a cercar e a "invadir" o castelo vitoriano e algo parecido com uma defesa sincronizada. É neste sector que por agora moram os piores fantasmas. A questão dos centrais é mesmo central, mas as laterais também podem vir a dar que falar. Importante mesmo é que rapidamente consigam funcionar como "um só corpo".
Com a segunda parte vieram as substituições, mais espaçadas e em menor quantidade, e o jogo ressentiu-se. Mas não logo no recomeço, onde do nosso lado apenas entraram Adrián e Layún para os lugares de Otávio e Danilo. Alterou-se o esquema mas não o rendimento. Adrián está ainda longe de se assumir como solução consistente mas deu uns passos nessa direcção. Arrancou uma expulsão (não consumada) após grande passe de Corona e envolveu-se no jogo da equipa, coisa rara nele.
Destaques individuais para os "reforços" Otávio e Telles, o primeiro a subir a cada jogo que faz (que passe aquele...) e o segundo a fazer a primeira exibição convincente e indicativa dos seus pergaminhos, espero que a primeira de muitas. E ainda... Adrián. Duas grandes toladas e alguns sinais de que as notícias da sua morte futebolística possam ter sido exageradas.
Quanto aos "velhos", José Sá e Corona de novo bastante bem, André André subiu muito de rendimento e evidentemente o nosso AS, que começa a dar forma à peça do puzzle de grande avançado que ainda lhe falta: marcar golos.
Menos positivo o ensaio para Maxi, JC Teixeira e Rúben. Nada de preocupante, mas a rever.
Divido os destaques entre os golos de André Silva e as oportunidades para fazer mais, estas últimas repartidas por todo o encontro e por vários jogadores, desde o próprio AS até ao inesperado Adrián, passando por Felipe. Os verdadeiro sintomas das melhorias. Jogar, marcar e criar oportunidades. Já soube a campeonato e já fizemos mais em Guimarães do que nos últimos três anos.
Por último, se na derrocada contra o PSV fiz questão de salientar a grande valia do adversário, agora também não posso deixar de referir a fragilidade actual do Vitória. Pouco para quem começa o campeonato contra o grande rival, mas isso é problema deles. E não retira nenhum mérito ao que nós fizemos no jogo, apenas o contextualiza melhor.
Segue-se a apresentação no próximo sábado, em casa contra o Villareal, onde espero poder assistir a novo salto qualitativo no jogo colectivo. Bilhetes para a festa já a seguir.
Duas notas finais:
- Um abraço portista ao herói Hugo Laurentino que foi agraciado pela sua maior defesa de sempre, a defesa de uma vida humana (agradecido, Anónimo);
- Condolências à família e amigos do Senhor Professor Mário Moniz Pereira, que para além de todos os méritos desportivos que lhe são reconhecidos, foi também (sobretudo?) uma grande pessoa.
Do Porto com Amor
O capitão não jogou? Ia jurar que o tinha visto a pressionar forte e ordenar o meio campo, no entanto, tudo é digno de nota menos o pobre e feio Herrera. Talvez quando o virmos brilhar em outro clube/liga, lhe atribuiremos o devido valor (últimamente bem típico nos adeptos(?) portistas(?)). Para já ficam as notas dos treinadores de Blogs. Uma relíquia portanto...
ResponderEliminarJogou o Herrera, tal como o Danilo, o Evandro, o Marcano, o Bueno... e não me referi a nenhum deles, notou? Presumo que saiba a definição da palavra "destaque". Eu não sou de embirrar, mas se fosse mais depressa embirraria com comentários destes do que com o Herrera.
EliminarOlha que quando o Ruben e o Evandro entraram, acabou aquela correria de bolas divididas a meio campo. Passaram a ser só eles a correr atrás da chicha. Para quem está a ganhar doijazero isso é bom. Também acho quero Lopez vai dar um belo príncipe, oxalá o NES lhe dê a beijoca...
ResponderEliminarAbraço
Admito que possa ser essa a leitura mais correcta, mas eu vi algo diferente. A entrada dessa dupla coincidiu com várias trocas no adversário e com tantas alterações o jogo perdeu nexo, em particular a tentativa de resposta deles. Rúben pareceu-me mais uma vez mal a entregar a bola, temo que seja relegado para o banco.
EliminarBanco, claro. Sempre que jogarmos com um...trinco. Esse lugar é do Danilo.
EliminarEm katrodoistrejum, o Ruben conta para o Totobola. Penso eu de que.
Espero que assim seja e não porque se optou por recuar o Danilo para central (se os Bolys que ainda aí vêm nos saírem de... Berlim).
EliminarCaro LAeB,
ResponderEliminarOra aqui está uma crónica sobre o jogo, que subscrevo, não por comodismo mas tão só porque vai de encontro à minha análise ao mesmo, inclusivé nos destaques. Tenho para mim que foi até o teste mais proveitoso para o FC Porto, já que se tratou de um jogo com os condimentos próprios de uma partida de campeonato, rasgadinho, alguma intensidade, mormente na primeira parte e até alguma picardia aqui e ali. Nota-se de facto evolução no jogo da equipa, que nos permite vislumbrar algumas abertas de optimismo e confiança, num horizonte que se apresentava carente dos mesmos, pelo menos para uma grande parte dos Portistas, já que eu continuo a acreditar que os responsáveis do FC Porto, tendo noção das necessidades da Equipa, agirão em conformidade em devido tempo.
Subscrevo também, naturalmente, as notas finais do caro Lápis.
Um abraço e...
FC PORTO SEMPRE
É positivo que se observem melhorias de jogo para jogo, esperemos pelo Villareal para ver se se confirma a tendência.
EliminarUm abraço
Sem dúvida o melhor teste até à data, mas como realçou, o Vitória está muito fraquinho. De qualquer forma, no nosso campeonato, 80% das equipas serão da mesma igualha e se mantivermos a atitude, vontade e ambição, já é meio caminho andado.
ResponderEliminarCom Danilo a 40% a equipa fica desde logo mais equilibrada. Otávio, embora concorde que não é extremo, tem sido o elemento mais em destaque. José Sá e André Silva, com mais tranquilidade e traquejo, podem ser as grandes "aquisições" do F. C. do Porto. Finalmente gostei da atitude de Adrian. Se não tiver as habituais Maiconadas, poderá finalmente ser útil e evitar mais aventureirismos. Vai ser um problema arranjar lugar para Layun. É um elemento útil, esforçado, mas julgo que a defesa esquerdo é para esquecer.
Hugo Laurentino, ora essa. O feito desse Homem era suficiente para não terem que ser vocês (os tais donos de blogs) a enaltecer a coragem desse homem, devia ser destaque em tudo o que é orgão de comunicação social deste pobre país. Mas como sabemos que estavam todos ocupados a acompanhar o adepto francês ao museu cospe damião e ao nosso salão de festas...
Fico preocupado quando não discordo de si...
EliminarJá agora, sobre a visita do francês deprimido, o melhor que encontrei foi isto:
"Peço desculpa mas desta vez o meu clube não percebeu a intenção do Turismo de Portugal, que só queria mostrar ao jovem que cá também há clubes que perdem e choram nas finais, para o francês não se sentir tão sozinho. Chama-se empatia..." Kudos ao autor :-)
Uma nota para si: a partir do próximo post, deixa de ser possível comentar como anónimo. Tenha lá o trabalho de criar um perfil, nem que seja como... "Anónimo"!
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