A Importância do Contexto (Speakers' Corner)

terça-feira, 30 de agosto de 2016

A Importância do Contexto (Speakers' Corner)


Meus caros leitores, é com muita satisfação que inauguro uma nova rubrica no DPcA - o Speakers' Corner - que mais não é do que dar espaço à voz de outros. Para ter acesso a este espaço de opinião, o leitor interessado apenas terá de me enviar um email e sugerir um tema, de preferência já com o artigo semi-estruturado e formatado. Não vou diminuir o espectro possível de acção, fazendo aliás jus (sort of) ao título que encontrei para esta aventura.



Dando mérito a quem o tem, devo esclarecer que quem propôs dar o pontapé de saída não fui eu mas antes o estimado Pancas, que ao sugerir-me debater o assunto em epígrafe me levou a avançar para a criação de uma coisa mais estruturada e duradoura e à inauguração oficial do Speakers' Corner.

Sem mais demoras, senhoras e senhores, mister Pancas.

(LAeB)


A Importância do Contexto


Nos comentários deste espaço tem-se falado muito em estatísticas, performance, avaliação de jogadores e contexto. Ora, é sobre este último que este post vem falar.

O contexto é uma parte crítica da análise no futebol. É através da compreensão do contexto que se percebe como o Marega goleador no Guimarães foi um flop no FCP ou como o Gonçalo Paciência teve um ano fraco na Académica mas poderá ter um grande ano no Olympiacos.

Há muitos tipos de contexto na avaliação da qualidade de jogadores, sejam eles a equipa em que se joga, o adversário, as acções concretizadas e a influência no sucesso da equipa, entre outros.

Recentemente fiz uma análise de 2 jogadores no mesmo jogo. Essa minha análise consiste em detalhar todas as acções concretizadas por esses 2 jogadores durante os 90 minutos. Não sendo uma análise profissional que iria envolver mais informação (contexto), esta análise já nos permite perceber a dificuldade das acções, a capacidade do jogador as concretizar e a influência no sucesso da equipa.

O desafio para os leitores é o de identificar qual destes jogadores mais gostariam na sua equipa. Não vou identificar os jogadores imediatamente para não haver parcialidade. Mas posso dizer que jogam na mesma posição. Será interessante também que os leitores tentem identifica-los e que comentem sobre o que esta informação lhes proporciona, ao invés de simplesmente ver o jogo corrido uma vez.

Para isto ser mais rápido, uso as seguintes abreviações/definições:

Longo – Um passe aéreo de 40+ metros

Vertical – um passe rasteiro de 10+ metros a rasgar as linhas adversária

Lateral – um passe que não avance a equipa mais que 5-10 metros

Diagonal – um passe para um extremo/lateral com ganho de 10-20 metros

Atraso – qualquer passe para trás

Avança – corre com bola 10+ metros a rasgar linhas

Recupera – recolhe uma bola perdida

Intercepta – activamente corta um passe e fica com a bola

Rouba – tira a bola a um adversário


Na tabela em baixo podem ver as acções de cada jogador, assim como o minuto em que as tomou.



Acções do Jogador A
Acções do Jogador B
0 - Longo falhado
0 – Recupera, lateral falhado
4 – Sofre falta
6 – Intercepta, avança, sofre falta
12 – Cabeceamento falhado, depois fintado
16 – Recupera, lateral
16 – Longo falhado
18 – Diagonal
19 – Lateral
21 – Lateral
21 – Lateral
22 – Intercepta, lateral
30 – Atraso
30 – Lateral
31 – Vertical falhado
32 – Avança, lateral
33 – Lateral
36 – Balão com bola a cair junto a própria meia-lua
40 – Cabeceamento falhado, intercepta, atrasa
41 – Perde bola, faz falta, cartão amarelo
43 – Lateral
44 – Rouba e sofre falta
45 – Avança e atrasa
46 – Lateral
48 – Lateral
50 – Recupera, avança, perde bola
58 – Recupera, perde bola
59 – Cabeceia, perde bola
62 – Lateral
66 – Lateral
68 – Lateral
69 – Lateral
69 – Diagonal
76 – Diagonal
77 – Vertical
78 – Diagonal
78 – Vertical
79 – Atraso
81 – Diagonal
82 – Vertical
87 – Intercepta centro para canto
2 – Recupera, vertical
2 – Lateral
3 – Sofre falta
4 – Recupera, faz falta
6 – Intercepta centro para canto
6 – Amortece de peito para GR
6 – Vertical falhado
11 – Lateral falhado, recupera, diagonal
12 – Vertical
16 – Vertical
17 – Atrasa
18 – Vertical
19 – Lateral
21 – Intercepta, sofre falta
22 – Intercepta, avança, vertical
24 – Avança, vertical
25 – Rouba, vertical
29 – Diagonal
31 – Intercepta, lateral
31 – Diagonal
35 – Recupera, lateral
35 – Lateral
36 – Vertical
37 – Lateraliza
42 – Avança, diagonal
45 – Atrasa
45 - Vertical falhado
45 – Ganha de cabeça
45 – Lateral
49 – Vertical
50 – Lateral
51 – Lateral
51 – Recupera, lateral
52 – Diagonal
53 – Vertical
53 – Diagonal falhado
54 – Lateral
54 – Avança, lateral
54 – Ganha canto
55 – Remate para defesa do GR, ganha canto
59 – Faz falta, cartão amarelo
61 – Sofre falta
69 – Lateral
70 – Lateral, avança, lateral, remate para defesa do GR
73 – Vertical
74 – Rouba, lateral
80 – Sofre falta
81 – Lateral
86 – Ganha de cabeça
88 – Remate para defesa do GR
89 – Lateral
90 – Lateral, lateral
 


Em Resumo
Jogador A
Jogador B
# de Acções
41
52
Remates
0
3
Ganha terreno
11
21
Não ganha terreno
18
19
Ganha bola
10
15
Perde bola
10
5
 


Por último, é de notar que o raio de acção do Jogador B esticava cerca de 20 metros mais a frente do que o do Jogador A.

Fico à espera dos vossos comentários.


Pancas


(Do Porto com Amor)




14 comentários:

  1. Primeiro acho que ninguem prefere um jogador pela analise de um simples jogo, depois aqueles passes verticais e diagonais se nao tiveram uma percentagem bastante alta podem significar muitas perdas de bola,
    Mais importante do que a amostra é a posiçao, se está a comparar dois numero 10 ele tem de ter muitos passes de risco (diagonais e verticais) e por isso até é normal que execute bastante esses passes mesmo sabendo que vai falhar bastantes. Já no caso de comparar dois numero 6 já é o oposto, e é o oposto porque os passes verticais e diagonais nao serao tao proveitosos no sentido de oportunidades claras de jogo e o facto ter uma zona de acçao 20 metros mais à frente pode ate ser um problema!!! Alem de que depende da dinamica ofensiva da equipa, porque dependendo de como a equipa ataca pode nao haver problemas em haver demasiados passes laterais caso o jogador em questao seja um 6.

    Bom topico, faz falta falar deste futebol!!!

    Bruno Pinto

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    1. Bruno,
      Obrigado pelo comentario.
      Concordo que nao se deve tomar decisoes baseado so num jogo. No entanto devo dizer que os comportamentos de cada um destes jogadores foi o que eu esperava e que me habituei a ver neles em outros jogos.
      Quanto aos passes, todos foram bem sucedidos excepto os que eu qualifiquei como "falhado".

      Discordo quanto aos outros pontos que levanta.
      Nao acho que um passe vertical ou diagonal seja necessariamente de risco. A linha de passe pode estar completamente aberta, mas cabe ao jogador ter a visao e compreensao de jogo para meter a bola nesse colega. Por outro lado, se um jogador faz um passe lateral em que ha varios adversarios perto da linha de passe, esse sim e de risco.

      Nao acho que haja diferenca em avaliar estes comportamentos se os jogadores sao numeros 10 ou 6. Qualquer posicao no campo tem como objectivo ofensivo ganhar terreno e colocar a equipa o mais proximo da baliza adversaria e com o minimo de adversarios pela frente. Se um numero 6 estiver constantemente a passar para o lado, a equipa nao ganha terreno nem poe adversarios atras da linha da bola - com isso, o trabalho dos seus colegas fica mais dificil. Repare como os centrais e medios defensivos da Alemanha se comportam como distribuidores de jogo, e avancam ate terem oposicao - oposicao essa que fica fora da jogada quando eles finalmente passam a bola. Dessa maneira eles nao ficam em inferioridade numerica como quando os centrais e trinco simplesmente esperam que um medio mais avancado venha buscar jogo.

      Por ultimo, se um jogador consegue ter a mesma performance e ao mesmo tempo esticar a zona de accao 20 metros mais, isso deve ser sempre positivo, porque causa o adversario a recuar mais. Pense por exemplo nos centrais do Bayern que sistematicamente se posicionam a meio do meio campo ofensivo de maneira que o adversario recua para dentro da area e eles passam a ser unidades uteis ofensivamente - alem de tudo o resto eles obrigam o adversario a gastar jogadores para os marcar porque eles ja estao proximos suficiente para causar perigo.

      De qualquer modo, como diz, este tipo de discussao de facto faz falta!

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  2. Isso de haver oposiçao na altura do passe parece-me obvio que é mais provavel uma equipa ter jogadores atrás da linha da bola do que na zona lateral à bola, o que faz com que passes diagonais e verticais sejam a longo prazo mais arriscados.

    A questão de ganhar terreno nao é tao linear assim porque futebol nao é ragueby. Dependendo da forma e estrategias da equipa para chegar ao golo pode nao ser bom por exemplo determinados jogadores arriscarem passes longos (verticais e diagonais). Quando fala que na Alemanha os centrais e os medios defensivos tem um papel preponderante na construçao eu concordo e discordo, nao é por ser na alemanha mas sim em grandes equipas (excepto aquelas que abdicam disso por questao de filosofia do treinador).
    Eu sei que uma equipa grande que tenha um medio defensivo com muita qualidade de passe (principalmente diagonais e verticais longos) é muito bom, mas esse medio defensivo tem de ter uma inteligencia e ocupaçao de espaços a defender que so existem uns 5 no mundo com essas caracteristicas.
    Busquets por exemplo é um deles mas se pensar ele tem um papel assim tao preponderante no jogo ofensivo do barcelona? Nao creio.

    Bruno Pinto

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    1. Paulo, nao sao o mesmo jogador. PRIMEIRA DICA - Os jogadores A e B defrontaram-se no Domingo.

      Bruno, Acho que tem toda a razao em como descreve uma equipa grande (a Alemanha era so um exemplo, ha de facto muitos mais exemplos) - a necessidade da construcao comecar atras, ter jogadores que tenham tecnica e visao para fazer passes a romper linhas e aproveitar espacos.
      E, pelo menos eu, tenho esperanca que o nosso Porto jogue como uma equipa grande, especialmente num campeonato em que se tem de ter mais de 80% de vitorias para ter hipotese de ser campeao.

      eu acho que o Busquets tem bastante influencia no jogo ofensivo do Barca - ele avanca, poe a bola em jogadores que estao em boas posicoes (em termos de espaco) e acima de tudo faz com que os medios e/ou avancados do Barca tenham menos defesas entre eles e a baliza, porque os passes verticais dele deixam varios adversarios atras da linha da bola. E nesta mesma linha de pensamento que se poem jogadores como o Pirlo ou o Modric a jogar nessas posicoes.

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    2. Obvio que o Porto deve e tem de jogar como uma equipa grande porque a maior parte dos jogos do campeonato sao com equipas que dao a iniciativa ao Porto. A questão é que eu dou muito importancia a um jogador que jogando na posição 6 seja um verdadeiro tampao e que consiga secar quase todas as iniciativas de contra ataque das equipas adversarias. É esta caracteristica que faz muitas vezes para o adepto sentir que se está a sufocar o adversario. E digo isto porque uma equipa grande geralmente tem atacantes muito bons e quase que marcam em todos os jogos, por isso quando perdem pontos é quando sofrem golos. Vou até mais longe e acho que para ganhar campeonatos em portugal passa por ter os melhores extremos do campeonato (desequilibradores) (veja os campeões e os respectivos desequilibradores).

      Quanto a Busquets repare que o Barcelona quando passa a primeira linha de jogadores oponentes nao partem em direção à baliza mas quase que "esperam" que a equipa adversaria se recomponha, É Messi ou Iniesta que vao causar o desiquilibrio. EM 100 ataques do Barcelona 99 passam por Iniesta ou Messi. Por isso como ve o passe longo para as alas do Busquets nao é tao relevante assim como situação iminente de perigo.
      É curioso que quando fala de modric, o 6 é casemiro ou Kroos e estes dois (mais casemiro) descai na linha e entrega a bola a Modric para que construa, ou seja, casemiro e kroos vao fazer muitos passes laterais e poucos de rotura. Apesar de haver passes longos no Real Madrid de forma a atacar a profundidade por ter jogadores rapidos como Bale

      Bruno Pinto

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    3. Acho que temos visoes diferentes do futebol. Na minha visao o GR e o primeiro construtor de jogo e o PL e o primeiro defesa. Por isso eu nao imagino um 6 cuja quase exclusiva responsabilidade e ser um tampao - eu imagino que a maior parte dos contra-ataques do adversario sao mortos pelos avancados e outros medios atraves duma pressao alta e reaccao a perda.

      E repare, nos tivemos um treinador que fazia exatamente este controlo em que mal marcavamos, ja sabiamos que ganhavamos porque os adversarios estavam numa teia da qual nao se conseguiam livrar. Infelizmente o tipico adepto acefalo achou que ele (VP) nao era suficientemente bom.

      Tambem nao vejo os extremos como tendo uma importancia desmedida em relacao aos outros jogadores (mesmo em Portugal) - nos ultimos 3 campeonatos que ganhamos os extremos que foram mais utilizados foram Hulk e Varela (este ultimo definitivamente nao um desiquilibrador de classe), ja para nao falar de Cebola Rodriguez - o James jogava como falso extremo (e mesmo assim com menos minutos que o Varela).
      Se disser so desiquilibradores (e nao necessariamente extremos) entao 100% de acordo. mas esses podem ser avancados como Jonas ou Jackson, Slimani ou Cardozo ou ate medios criativos como Pizzi ou Otavio.

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    4. Os acéfalos do Porto que achavam que V.P. não era suficientemente bom são iguais aos gregos e turcos que comprovaram a excelência desse treinador.

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    5. o Kostadinov esta-se a referir ao facto de que ele ganhou o campeonato grego e ficou em segundo lugar (bem disputado) no turco? Ou sera que para ser excelente ele tinha de ganhar os dois campeonatos a terceira jornada?
      E ja agora, em Portugal, conseguiu o que mais nenhum treinador do Porto conseguiu desde entao - nao so ganhar campeonatos como ganhar jogos a equipas do JJ

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  4. Indo directo ao palpite, diria que se fala de Danilo (A) e WC (B). Poderia também ser por exemplo Herrera e Adrien, mas aposto na primeira dupla.

    Tenho uma mente essencialmente racional e "científica", pelo que nunca desprezaria a frieza dos números. No entanto, sem o tal contexto, são apenas isso, números.

    Se por acaso estivermos mesmo a falar de Danilo e WC, poderiam espetar-me com todos os números que quisessem que eu não mudaria de opinião: não trocava meio Danilo por 2 WC (homem e senhora :-).

    Mas regressando ao cerne da questão, creio que no futebol toda e qualquer análise estatística terá sempre que ser complementada por outros tipos de análise para que uma final faça sentido. Os passes, mas quais passes? Aqueles banais, simples, que nada acrescentam ao jogo? Ou aqueles que criam desequilíbrios, são origem de golos? E em que momentos do jogo? Quando a equipa está à procura do resultado, pressionada por um score desfavorável ou quando está ainda (ou finalmente) tranquila? É mesmo fundamental contextualizar... E claro, a opinião sobre um jogador nunca se pode formar num único jogo, nem em 5 ou 10. É preciso ver como reage em diferentes circunstâncias, o que em minha opinião implica pelo menos duas épocas para se ter uma visão mais correcta do potencial de um jogador.

    De resto, muito interessante o tópico e os desenvolvimentos.

    Abraços Portistas


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    1. Parabens Lapis - acertou - realmente estas foram as accoes de Danilo e William no classico.
      E concordo com 99% do que diz - ja falo do 1%...

      Em termos de contexto acho que o que eu tentei foi exatamente dar um contexto extra aquelas estatisticas que so dizem X passes, X% completos. Nesta analise pode-se ver quem passa muito tempo a fazer passes basicamente banais sem acrescentar nada (Lateral) e quem se preocupa em fazer passes que empurram a equipa para a frente e causam problemas ao adversario (Vertical, Diagonal).

      Quanto ao 1% que discordo - preferir o Danilo ao WC... Esquecendo em que equipas jogam, e portanto sem parcialidades, o Lapis pode-me explicar como e que tem essa preferencia?
      Eu posso facilmente explicar pq acho o WC melhor jogador - participa (e muito) no momento ofensivo, recua para a sua posicao quando e necessario, cria linhas de passe quando os companheiros tem a bola. Nao vejo o Danilo a fazer qq destas coisas. A unica coisa em que acho que o Danilo e melhor e em bolas paradas ofensivas. (Alias, todas estas razoes sao tb porque prefiro Ruben a Danilo)

      De qualquer modo, deixo aqui mais um agradecimento pelo Speaker's Corner - hei-de contribuir outra vez!

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    2. Eu é que agradeço, volte sempre.

      A minha preferência pelo Danilo escapa às estatísticas e é muito emocional ou intuitiva, se quiser. Gosto muito da postura, da atitude, da comunicação não-verbal (e verbal também!) do Danilo. Para mim encarna de forma quase perfeita o modelo do jogador à Porto.

      O WC, além do nome, enerva-me desde sempre. Aquele bigodinho só à chapada. Pior só vê-lo a varrer tudo à charutada ou a passar a bola para o lado, à velocidade de uma tartaruga com artrite.

      Não gosto do WC. Gosto do Danilo. Sorry.

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  5. Concordo com o pancas. Sem dúvida que a manobra ofensiva do porto perde ou melhor, não ganha muito com o Danilo principalmente naqueles jogos de sentido único em que se pede que toda a equipa contribua para o ataque.

    Nesse contexto penso que teríamos mais a ganhar se jogasse o Rúben que é o nosso mini iniesta lol

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    1. Com isso até posso concordar, em casos muito específicos.

      Não vejo Rúben como trinco, mas concebo que seja suficiente nesses jogos de sentido único. E talvez mais útil até do que Danilo, excepto nas bolas paradas.

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