André duas vezes

quarta-feira, 27 de maio de 2015

André duas vezes



Confesso que estou intrigado com esta novela do André ao quadrado.


Depois, ainda nem tinha chegado e ia ser dado à troca ao Málaga por um tal Darder, supostamente mais um Lopeniño (on Niñotegui se preferirem).

Agora, circula a ideia de que o Porto afinal o quer, mas ainda não o têm e para que tal aconteça, terá de indemnizar o Málaga.

Descontando a habitual contra-informação, há aqui alguma coisa que não bate certo.
Somando tudo, o que me parece é que teremos perdido a corrida pelo Darder para o Inter ou outro qualquer e que agora vamos accionar o plano B. Talvez o espanhol seja um bom jogador e uma futura mais-valia, mas por que raio tinham que cruzar a sua vinda com a de um português talentoso cujo passe não excederia €1,5M? Ainda nem chegou, mas André Jr. já sabe que é uma segunda escolha, a moeda de uma troca falhada? A ser verdade é lamentável, digo eu.

André André é filho do nosso grande André (cuja recente Entrevista de Carreira no Porto Canal é das mais maravilhosas lições de portismo a que alguma vez assisti), o que à partida o sobrecarrega com uma carga emocional maior.

Não seria razoável nem benéfico para ninguém ter a expectativa que fosse uma cópia do pai, em abnegação e dedicação ao clube, mas o talento poderá ser equiparável. Os tempos são outros e a própria vivência que o pai lhe proporcionou, fruto da sua carreira, obrigatoriamente resultam numa pessoa diferente, mais concentrado em si e nos benefícios que poderá retirar da sua vida de futebolista do que propriamente em "dar tudo" pelo Porto.

Mas isto não invalida que não pudesse ser um herdeiro espiritual da mística que o pai tantas vezes lhe terá explicado. Tem talento, não há dúvida. Acredito que tenha força mental suficiente para se dedicar e lutar por um lugar no plantel e na equipa. Para mim, já tem meio caminho andado. E se de facto crescer e se tornar num grande jogador, certamente não ficará muitos anos no Porto. Mas enquanto cá estiver, pode ser um dos grandes obreiros da reconstrução da mística, da garra, do "até os comemos!".

Por isso, não me f**** com mais Darders (Casemiros, Angels, Fernandez, Campañas), que por muito talento que possam ter, apenas sonham com uma rápida passagem por cá com o único intuito de voltar à (maior) casa de partida.

Para a nossa SAD, parece que mais vale um Darder a voar que dois Andrés na mão...



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