Análise da época 14/15 - parte 2

sábado, 30 de maio de 2015

Análise da época 14/15 - parte 2

(clicar na imagem para melhor definição)

Retomo a tomada do escalpe da época que termina no próximo domingo, centrando-me agora nos golos marcados pelos 19 jogadores mais utilizados por FCP e SLB.

Em termos absolutos, é evidente a maior concretização do Benfica (86 vs. 74), pelo que o interesse estará nos detalhes (ao colo do diabo, certamente).

Começando pelos principais artilheiros, no Porto houve "apenas" Jackson a distinguir-se da multidão, contribuindo com 28% do total dos golos marcados pela equipa nesta edição da liga, o que aliás acabou por lhe valer o troféu de melhor marcador. Já nos vermelhos e brancos, houve o duo Ele e Ela, perdão, Lima e Jonas que à sua conta somaram uns valentes 39 golos, com o segundo a superiorizar-se neste duelo fratricida por um golinho apenas. Em conjunto, valeram 45% do total da sua equipa.

Jonas foi mesmo o jogador que necessitou de menos minutos em campo para fazer um golo: 111, contra 122 de Jackson, 144 de Aboubakar e 147 de Lima. Aproveito aqui para fazer o elogio ao camaronês portista, que teve uma eficácia muito apreciável no (pouco) tempo que teve de jogo e numa altura crítica (substituição de Jackson por lesão).

Na segunda linha de tiro, no lado encarnado encontramos Talisca e Sálvio, com 9 golos cada a valer (quase) 10% cada do total da equipa.
Já do lado portista, tivemos 3 jogadores com 7 golos (com destaque para Tello, já fora do 11 mais utilizado) e 2 com 6 tentos, sobressaindo Danilo por consegui-lo apesar das suas funções mais defensivas.

Outra nota relevante resulta da comparação entre a produtividade dos "onzes" face aos "bancos", com o banco portista a ser muito mais aplicado que o benfiquista, ao contribuir com 20% do total de golos da equipa (contra os apenas 8% do do SLB). O reverso da medalha é óbvio: o onze mais utilizado pelo Benfica fez quase a totalidade dos golos, 91%!

Na minha interpretação, é mais um dado que reforça a ideia de que o Porto tinha mais soluções ofensivas, facto acentuado pela (excessiva) rotatividade feita por Lopetegui. Já o Benfica concentrou-se em tirar o melhor rendimento do seu onze principal, deixando menos espaço para quem entrava brilhar. E aqui volto a frisar um ponto já abordado na parte 1 desta análise: a contribuição decisiva que o sector defensivo do SLB deu em termos ofensivos (golos e assistências).

Como sempre, comentários são bem-vindos. A parte 3 vem já a seguir.

Até lá, despeço-me,
Do Porto com Amor


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