Fazendo fé na notícia d'A Bola (e não se tratando de desporto, é de dar o benefício da dúvida), realiza-se hoje a sexta greve do ano no Metro de Lisboa. É mais do que uma por mês, o que para muitos teenagers até seria um delírio, mas tratando-se de "causar prejuízo e aumentar o endividamento de uma empresa pública", é simplesmente obsceno. Já para não falar no transtorno que causam a milhares de pessoas que - essas sim - precisam do Metro para ir trabalhar.
O problema?
Ser empresa pública. Se fosse privada, já não havia greve.
A solução?
Privatizar. (Ou mudar a CRP, o que me parece ainda mais improvável).
Não haveria candidatos?
Claro que sim, desde que não se quisesse impor uma série de restrições que os impediria de transformar a empresa num negócio rentável.
E isso não iria por em causa a qualidade deste serviço público fundamental?
Possivelmente.
Mas se fosse essa a conclusão, então o Estado (central e local) que se comprometesse a, pós-privatização, continuar a subsidiar a parte necessária para manter um negócio saudável e um serviço público de qualidade, eficiente mas sem luxos nem mordomias.
Uma renda perpétua, apurada de forma clara e inequívoca e conhecida de todos, actualizável e indexada à qualidade da gestão privada dos novos proprietários. Ou seja, gestão privada ao abrigo da lei laboral que regula o sector privado, com subvenção pública por se tratar de um serviço de cariz público e essencial.
E os trabalhadores do Metro de Lisboa?
Bem, em primeiro lugar, "trabalhadores" talvez não se deva aplicar a todos os assalariados da empresa.
Depois, os "trabalhadores" não são do Metro de Lisboa, nem da Carris, nem da CP, nem da TAP, nem dos STCP, são apenas trabalhadores que num determinado momento estão ao serviço destas empresas. Não são nem prisioneiros nem captores destas empresas.
O mercado é livre; não gostam, façam o favor de procurar melhor. Não encontram? Sujeitem-se.
Mas não tenham a pretensão de continuar a esbanjar os meus impostos nas vossas quimeras de uma vida melhor. Para ser mais claro, sou o primeiro a incentivar que procurem a melhor vida possível e a congratular-me se o conseguirem. Não pode é ser à custa do trabalho dos outros.
Ontem, por causa desses *$#%&#&" fui a pé de Santa Apólonia ao Marquês!
ResponderEliminarDesejo aos "trabalhadores" uma carruagem em andamento pelo rabo acima por cada trabalhador prejudicado pela greve!