A propósito de um estudo da Fundação dos Santos e Pecadores que será apresentado na íntegra amanhã e a que a TSF teve acesso antecipado, eis alguns excertos a propósito do Hospital de Santa Maria (Lisboa):
"há dez anos a situação
estava fora de controlo, não havendo registos de utilização do
equipamento e verificando-se roubos regulares, por parte de médicos e de
outro pessoal, que se serviam a seu bel-prazer dos armazéns do hospital
para fornecer as suas clínicas privadas"
"as condições deterioraram-se
a um ponto que se ponderou o fecho do hospital".
"O nível de corrupção
era tal que o novo presidente do hospital e a sua família tiveram várias
ameaças de morte, passando a ser acompanhados por escolta policial
durante algum tempo".
O que vale é que hoje a situação é bem melhor, apenas "está dominado por interesses pessoais e pela "pequena corrupção"": "Amigos e familiares passam à frente nas listas de espera. E médicos que encaminham doentes para os seus laboratórios privados."
Sinceramente não sei o que me choca mais:
- se é esta tendência inexorável de aproximação aos níveis de corrupção das mais obscuras ex-repúblicas soviéticas a que os nosso medíocres (ou menos) governantes nos têm condenado;
- se é "alarvidade" e o despudor com que gente em quem o país investiu muito dinheiro para formar se deixa corromper e corrompe, subvertendo por completo o seu espírito de missão e traindo a confiança que nós (utentes) neles depositamos;
- ou se é a nossa (leia-se gente honesta) aterradora e quase-criminosa passividade perante tudo isto.
Em qualquer caso, quo vadis Portus Cale?
- "Welcome to Portugalistan, papers and 100 dollars, please !"
Sem comentários:
Enviar um comentário
Diga tudo o que lhe apetecer, mas com elevação e respeito pelas opiniões de todos.