"Termina hoje a minha carreira de Árbitro, agradeço a todos as sentidas
mensagens que recebi, foram muitos os amigos que quiseram deixar uma
palavra de amizade, gente do futebol, da sociedade em geral desde a
política até aos desconhecidos, a todos o meu muito obrigado... Dediquei
20 anos a esta nobre causa, sendo 9 deles no futebol profissional,
abdiquei da minha profissão de 12 anos na Banca, dos meus amigos e até
da minha família quando o dever chamava por mim, todas as minhas
ausências eram compreendidas por quem gosta realmente de mim. Não me
arrependo de nada, de nenhuma palavra que disse contra o "SISTEMA"
enraízado. Saio neste momento não por deixar de gostar de arbitragem,
muito pelo contrário, saio para poder ganhar a minha liberdade de
expressão e acabar com as pessoas que destruiram e continuam a destruir
anos e anos de conquistas que a arbitragem portuguesa alcançou. Tantas
injustiças ao longo destes anos e não entendo como continuam a prestar
vassalagem a incompetentes, todos se queixam mas infelizmente só o fazem
no silêncio. O 25 Abril deu-nos liberdade, está na altura de perderem o
medo, de levantar a cabeça e enfrentar as pessoas de frente, unidos
venceremos e podem ter uma certeza, estarei na linha da frente como
sempre estive nos momentos e nos sitios certos e se optarem uma vez mais
em serem submissos façam-no de forma a que todos os dias consigam se
olhar ao espelho e questionem, tenho orgulho em mim? Sou um bom exemplo
para os meus filhos? Se a resposta for "sim" continuem que um dia os
vossos filhos vão demonstar que estavam errados... Não saio por querer,
levei um "cartão vermelho" por ter carácter, por ser sério e por não
pactuar com injustiças, talvez estas infrações estejam este ano nas
alterações às leis de jogo. Estudem bem para não seguirem o meu
exemplo... bem hajam..."
É esta a declaração de despedida do agora ex-árbitro Marco Ferreira, que como sabemos desiste da arbitragem após ter sido despromovido como resultado de ser o último da classificação em 2014/15, algo inacreditável se recordarmos todos os artistas do apito que fizeram o bicampeão.
Já escrevi sobre a contundente e gravíssima acusação que fez após ter sido divulgada a classificação, bem como sobre a clarificadora entrevista que deu à RTP mais recentemente.
Tendo passado praticamente um mês desde as primeiras declarações, continua tudo na mesma.
Vitor Pereira ainda não se demitiu.
O sorteio ainda não foi aprovado e provavelmente nunca o será.
E, tanto quanto se sabe, nenhuma investigação judicial teve ainda início para apurar da veracidade das graves acusações do cidadão Marco Ferreira.
Ele promete nesta despedida acabar com as pessoas que "destruíram" as "conquistas da arbitragem". Logo veremos se terá mesmo coragem para o fazer ou não passará de uma ameaça vã de um árbitro no seu último suspiro.
Se hoje morreu o árbitro Marco Ferreira, que das suas cinzas renasça um homem de convicções inabaláveis, disposto a ir até ao fim para limpar o seu nome.
Em todo o caso, vou estar atento aos sinais. E se puder ajudar de alguma maneira, estou à disposição caro Marco.
Do Porto com Amor
Do Porto com Amor
Imbicto LAeB,
ResponderEliminarNão passa de uma mosca à espera que as 24H de vida acabem... Até lá, só chateia.
É triste, mas é a realidade.
Imbicto abraço!
Provavelmente, mas pode ser que não. Haja fé.
ResponderEliminarNos velhos tempos do Herman, este projectou uma vedeta de nome Alexandrino que só tinha rival num outro que escreveu um livro de título" um cagalhão na cabeça". O Alexandrino contemporâneo também é famoso e manda prender quem não lhe agrada, mas curiosamente, é cego, surdo e mudo a tudo o que se passa no seu feudo e que seja das cores das quais tem simpatia. É o país que temos, talvez por não termos massa crítica.
ResponderEliminarAh, o saudoso professor Herrera :-)
EliminarQuanto à justiça que temos, certamente é a que merecemos (ou no mínimo, toleramos)
E tinha começado a época tão bem, com aquele golito anulado à malta da Rotunda contra os lampiões. O que se terá passado com este rapaz?... ;)
ResponderEliminarAbc.
Sem ironia, sempre o achei daqueles sem dono, que se engana contra todos. Imagino que tenha tido azar de, no resto da época pós-bessa, estar em derrotas indesejáveis.
Eliminar