A pesada bagagem trazida de Londres já ficou para trás. Houve novo embarque, rumo à ilha agora bendita, o que serve na perfeição como metáfora de um novo começo.
Não há volta a dar, a Champions só regressa em Setembro de 2016. Antes disso, haveremos de voltar à Europa pela porta menor. Mas para já, apenas este jogo interessa. Este jogo, não o que virá com o ano novo.
É com o Nacional da Madeira que vamos disputar "o jogo mais difícil do ano". E poderá mesmo vir a sê-lo, se não for encarado com a atitude certa. Com os fantasmas de Londres e outros que tais à espreita, prontos a assombrarem-nos ao primeiro sinal de fraqueza, dúvida ou desconfiança, será (mais uma vez) fundamental abordar o jogo com a força mental que caracteriza os campeões, assumindo sem hesitar a sua superioridade e demonstrando-o ao adversário.
Como sempre, caberá a Lopetegui dar o tiro de partida rumo a uma indispensável vitória. Mesmo que tenha desejado sair após a carinhosa recepção de que foi alvo no aeroporto, acabou por ficar, bem segurado por quem de direito. Por isso, terá de provar aos jogadores que continua merecedor da sua confiança. É um comandante que se dispôs a abandonar o barco ao primeiro sinal de tormenta e os seus marujos precisam de acreditar que ele não os abandonará antes de chegarem a porto seguro.
A minha sugestão é back to basics. KISS ( Keep It Simple Señor) como lema. Pôr os melhores nas suas posições naturais e jogar como sempre treinaram. E depois atitude. E mais atitude.
O meu onze para hoje:
Tudo dito.
Vamos a eles!
Do Porto com Amor
Aloísio: «Os adeptos do FC Porto cobram (não são parvalhões), pois sabem que o clube tem condições de ir mais longe»
ResponderEliminarO meu verdadeiro ídolo de juventude. Enough said...
EliminarO que temos visto de Lopetegui:
ResponderEliminar1º- Jogadores andam do banco para o campo, da bancada para o banco e do bancada para o campo. Depois Lopetegui deve querer que estejam motivados, integrados no "sistema" e que, basicamente, lhe salvem a pele depois de os culpar e castigar por derrotas da equipa.
2º- Jogadores desconfiam do treinador, treinador desconfia dos jogadores, adeptos desconfiam do treinador, adeptos desconfiam da direcção, direcção não diz nada pois as catacumbas da torre são mudas. Ambiente de cortar à faca e rancor entre as estruturas e adeptos cresce diariamente e torna-se palpável no próprio ar.
3º- Porto precisa de empatar um jogo para apurar-se mas o treinador inventa a composição e muda a receita perdendo redondamente e sem justificação contra uma equipa inferior e com uma exibição miserável.
4º- Porto defronta equipas de "grande qualidade" como União da Madeira e Tondela. O sofrimento para marcar um golo é horripilante e a pobreza apresentada inaceitável. Ninguém sabe ao certo quem é a equipa grande e a pequena não fosse o génio de Brahimi.
5º- Porto necessita de uma vitória em Londres pois tem tudo já perdido e não tem outra solução. Entra com 5 defesas e sem avançado (Aboubakar e mais 10 dizia a capa de certo jornal) criando, na prática, uma sabotagem deliberada.
6º- Aos 30 minutos, não fosse já a situação desesperada, já perde e o outro jogo apresenta o pior resultado possível. A única solução passa por marcar golos. Não altera a equipa deixando a estar neste inócuo vácuo inconsequente sem justificação possível.
7º- Intervalo. A equipa volta exactamente na mesma, sem avançado, numa situação que escandaliza qualquer pessoa que tenha visto futebol nem que seja meia dúzia de vezes na vida.
8º- Sofre o 2º golo e está definitivamente arrumado. Resolve carregar no ataque desequilibrando a defesa ao tirar um lateral chave na dinâmica da equipa. Sujeita-se a ser goleado depois de ter passado o jogo todo a recusar assumir as suas despesas isso contra o pior Chelsea da década que, há 3 dias atrás, perdeu em casa contra uma equipa quase de 2ª divisão e que brada aos céus estar fragilizada e à mercê de qualquer equipa que queira jogar de igual para igual.
9º- Chelsea é comido de cebolada por todos mas, Lopetegui, consegue fazer com que o Chelsea tenha o seu melhor jogo da temporada. Um feito para a sua carreira.
10º- Pinto Da Costa, com 77 anos e numa posição de intocável no clube tal o respeito devidamente conquistado que toda a gente lhe tem, não se importa. Depois de escolher Paulo Fonseca e Lopetegui em vez de Jardim e Marco Silva, o foco está mais nas ligações com os comissionista que lhes arranja os jogadores muitas vezes de qualidade muito duvidosa. E talvez por isso tenhamos visto Herrera, um jogador profundamente desprezado por grande parte dos adeptos, entrar a capitão de equipa depois de 2 meses sem jogar (ao que chegamos), dar-lhe um Dragão de Ouro por uma razão que ninguém entende, e permanecer titular apesar de, jogo após jogo, ser uma nulidade difícil de verbalizar. No fundo, há que capitalizar e vender. Trouxe-se um treinador que se dá bem com as ligações e não se importa de por em campo o interesse financeiro em vez do desportivo.
Extra - Ri-me quando Bruno de Carvalho cortou violentamente ligações com os fundos. O tempo dirá se ainda terei de engolir as risadas ou não mas, até ver, cada vez me convenço mais que a teimosia da idade deu origem a um perigoso hábito de vender a alma ao diabo.
Gabriel Mendes da Costa
Caro Gabriel
EliminarAgradeço sinceramenta a detalhada exposição, com a qual concordo inteiramente até ao ponto nono.
Daí em diante, tenho duas notas a fazer:
1 - Podemos acusar o presidente de tudo menos de "não se importar" com o que acontece com o clube, em particular com não ganhar o campeonato. Até que eventualmente perca a lucidez, não acredito que deixe de sofrer com as não-vitórias até ao seu último sopro. Sei razoavelmente do que falo. Isto não invalida que concorde com o restante do seu ponto décimo: concordo e subscrevo. Mas gerir (seja o que for) é fazer compromissos e quanto mais anos, mais compromissos. É o lado perverso dos reinados longos.
2 - Eu rir-me-ei sempre de BdC porque - tal como LFV - não passam de aprendizes de feiticeiros cujo sonho é chegar aos calcanhares de PdC. Podem triunfar (como LFV já o fez a espaços), mas não deixam de ser cópias rascas. O gordo lagarto começou por copiar a desenvolvimento dos inimigos externos e nesse contexto, aproveitou para adiar pagamentos nos tribunais. Há muito para dizer sobre a Doyen, mas o Sporting perdeu esse direito ao entrar em incumprimento.
Abraço portista e volte sempre!