Q U A R E S M A

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Q U A R E S M A



Escrevo quando ainda não é conhecido o desfecho final do "caso Quaresma", mas dada a sua previsibilidade, assumo o risco de o fazer enquanto o juri ainda está a decidir.

Aliás, nem sequer é risco nenhum, porque o eu tenho a dizer já nem sequer depende do desfecho. Nem uma miraculosa reintegração daqui a 1 semana, 1 mês ou meio ano faria diferença.




Primeiro, sobre Quaresma.

É um ilusionista. Faz o público e sobretudo os adversários pensarem que vai para ali e a bola para acolá e depois é tudo ao contrário.
É um desafiador das leis da física. Atreve-se a fazer viajar a bola "boldly as no man has ever" had. Houve o bend it like Beckham e há o Trivela it like Quaresma. Mágico. Fabuloso. Um jogador autêntico, puro, imprevisível, indomável, G E N I A L.

E além disto é raçudo, não vira a cara à luta e não leva "desaforo" para casa. E não gosta dos lampiões. É dos nossos, carago. Se ainda há mística, ele é dos poucos que a carrega. À sua maneira.


Mas também consegue ser um sacana de um gajo. Mal comportado, às vezes mal educado, egoísta e insolente.

Nunca privei com ele em grupo (nem a dois), pelo que não posso avaliar com precisão suiça o impacto que ele terá no espírito de grupo quando se comporta mal. Mas pela amostra dos Quaresmas desta vida que eu conheço, diria que nesses momentos deve dar cabo da paciência aos mais "certinhos", chegando a fazê-los sentirem-se injustiçados pela diferença de tratamento, mas igualmente fazer desesperar até os que mais gostam dele (sim, porque certamente há vários companheiros que gostam verdadeiramente dele). E então a dirigentes, staff e especialmente treinador, deve dar uma daquelas enxaquecas de caixão à cova.

Mas Quaresma não é sempre assim. Nem sequer muitas vezes assim. São episódios, incidentes que acontecem de longe a longe (com menor intervalo se a tendência for contraria-lo apenas porque sim, evidentemente). E não é novidade nenhuma, ele sempre foi assim.

Saber geri-lo, como aos restantes jogadores, é missão de quem o contrata e sobretudo de quem o treina.

No caso vertente, Lopetegui não gosta de Quaresma. Ponto.

Os porquês não são difíceis de descortinar, tem obviamente a ver com o seu temperamento e mais concretamente, com a sua imprevisibilidade comportamental.

Lopetegui, dizem, é um disciplinador (para mim é simplesmente um homem pouco carismático que se protege e esconde atrás do autoritarismo, mas isso fica para um post posterior). E portanto não concebe ter nas suas fileiras alguém que o desafie, porque não sabe como lidar com estas situações. Mesmo que isso implique sacrificar um dos maiores talentos da equipa, mesmo que isso signifique abdicar do jogador que num determinado momento lhe oferece maiores condições de desbloquear um jogo apenas e só com o seu talento, como tantas vezes sucedeu na época passada.

Lopetegui foi injusto com Quaresma, tratou-o mal. Sabendo-se do que Quaresma é feito, alguém poderia esperar que ele ficasse feliz e fizesse de conta que nada se passou?

O que fez Antero e seus pares quando isto aconteceu? Explicaram ao treinador a delicadeza da situação? Ou simplesmente desistiram dele (Quaresma), deixando-o arder em lume brando? Não estou com isto a dizer que deveria ser tratado como uma criança birrenta, mas caramba, não há gente no clube com suficiente inteligência emocional para o ajudar a equilibrar-se e o direccionar no caminho certo? Não são os grupos um conjunto trabalhado de egos e personalidades, alinhados em prol de um superior objectivo comum?

Querem jogadores à Porto ou preferem jogadores que passam pelo Porto?

O que fez Quaresma de tão grave para ser proscrito desta maneira? O abraço a Jesus? A entrevista no Expresso? Impossível ser apenas isto. Terá certamente feito muito pior e a obrigação da "estrutura" é explicar aos sócios e adeptos o que aconteceu para se permitirem deitar ao lixo um dos símbolos do clube sem mais nem menos.

Por que será que durante toda a época passada Quaresma foi sempre o jogador mais aplaudido e acarinhado pelos portistas?

Independentemente de todo o sucesso desportivo que certamente teremos nesta próxima época, este é para mim outro lamentável episódio que nos empurra para mais longe da nossa essência. E um erro grosseiro.

Mística? Procurem em Istambul ou Moscovo, parece que vai a caminho...


32 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Concordo em Absoluto contigo Jorge como bem sabes.

      Todos este texto são desculpas de mau pagador e lamentavelmente injurioso para o nosso treinador... LAMENTÁVEL!

      Quaresma só tem aquilo que merece e a ir hoje já vai tarde!

      Eliminar
    2. Compreendo.
      Mas não tem a ver com o meu gosto por Lopetegui. Até porque acima dele está quem o contratou, tal como a Quaresma.
      É verdade que as feridas da época passada continuam em carne viva e por muito que venha ainda a fazer, as cicatrizes ficarão para sempre. Mas não é por aí.
      Até porque eu não sou do Lopetegui, nem do Quaresma, nem do PdC. Sou do Porto.

      Eliminar
    3. Caro João

      Este texto (como todos os outros) não é desculpa de nada nem pede desculpa a ninguém.
      Pode concordar, pode discordar ou nem por isso. Mas será sempre comigo ou de mim.

      Quanto a Lopetegui, mantenha os cães presos e à mingua, que em breve lhe darei todos os motivos para os soltar cheios de raiva.

      Um abraço,
      LAeB

      Eliminar
    4. Isto também é ser taxativo? Brincadeira...

      Eliminar
    5. esta visto que este blog nao é isento na analise ao nosso treinador

      Eliminar
    6. Caro Anónimo, não me diga que tenho que pagar algum imposto... é por esse motivo que fala de isenção, confirma?

      Certamente que não se refere a Lopetegui, pois sendo a minha análise como poderia ser isenta? Ou melhor, isenta de quê? Pensamento crítico?

      Eliminar
  2. Meu caro, para quem não gosta de benfuqistas, este menino abraça-os muito. Mas até concordo que não é por aí. É por tudo o que o Jorge Vassalo tão b explica no seu mais recente post.
    Mas lá está, no fim do dia, resume-se de a maneira ainda mais simples: você não grama do Lopetegui e tem urticária ao Antero e à estrutura. E tudo é bom para lhes chegar a roupa ao pelo, do Quaresma aos equipamentos. Terá as suas razões, não quero sequer discutir isso.
    Pelo contrário, eu admiro a estrutura e estou encantado com o treinador.
    Resultado: discordamos!
    Mas ao menos não fazemos de conta acerca da motivação. Somos claros, ok? Porque não creio que você coloque o Quaresma no patamar do João Pinto, do André e afins. Really? Nop! Não em consciência...
    Abraco.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Repito o que respondi ao Jorge: é verdade que não gosto mesmo de Lopetegui, por tudo o que nos fez e deixou de fazer. Feridas em carne viva que um dia serão só cicatrizes mas ainda assim eternas. Quanto a PdC, Antero e demais, ainda não escrevi o suficiente para que perceba como os sinto.

      Mas nada disso tem a ver com esta caso. Insurjo-me porque acho um grave caso de lesa-Porto. E é isso que me interessa, é isso que eu sou: portista. Nada mais

      Eliminar
    2. Sem insinuações meu caro, se tem a dizer, diga! Eu não sei o que nós fizeram de tão fantasticamente mau, mas sou todo ouvidos e coração aberto.
      Quanto ao caso específico, lesa-Porto parece-me um exagero, que quer?
      Abraco.

      Eliminar
    3. Não pretendi insinuar nada, tentei ser taxativo.

      Sobre a "estrutura" escreverei muito em breve, assim consiga tempo.

      E possivelmente de novo sobre o treinador, antes que comecem os jogos a doer.

      Admito que seja exagero, mas isto também é emoção...

      Eliminar
  3. Como o meu caro tem razão. Lopetegui serve-se simplesmente da rédea larga que lhe deram (juntamente com o cofre do Dragão) e para disfarçar a sua enorme incompetência, faz uso dum autoritarismo digno dum discípulo franquista, para eliminar quem, sem lhe dar troco, o ridiculariza com a bola a rolar. Lopetegui tentou humilhar Quaresma e foi humilhado por este no relvado. Essas humilhações, tais como as de Munique, da Madeira ou da Luz, Lopetegui disfarça-as com o "agarrem-me senão eu mato-os" que o careteriza e que são do agrado da turba. Por isso você já tem a matilha Lopeteguista a tentar achincalhá-lo. Esses estão-se borrifando para o F. C. Porto, porque esses só querem umas tertúlias e encherem-se de lambecuzismo uns aos outros.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro anónimo,

      Eu não seria capaz de o dizer assim tão cruamente, mas no fundo é isso. Isso mesmo.

      Excepto no que concerne aos que adjectiva como "matilha Lopeteguista": pelo menos nos casos de quem aqui previamente comentou, estou seguro de que são tão portistas como nós os dois e que querem ao clube o mesmo bem. Simplesmente pensam de maneira diferente, o que não me parece ser motivo suficiente para criar divisões artificiais entre portistas e muito menos ser grosseiro com eles.

      Agradeço a franqueza, mas peço elevação e respeito pelos outros.

      Volte sempre,
      LAeB

      Eliminar
    2. Eu, que me estou borrifando para o FCP e gramo mesmo é de lamber traseiros, chamo-me Silva. O anônimo que me insulta só porque não penso como ele, chama-se o que quisermos. Nada, na verdade. Oh well...

      Eliminar
    3. Caro Lapis Azul e Branco,
      Apresento as minhas desculpas pelo meu excesso de rudeza, não medindo que estava a escrever num espaço que é o seu e que lhe pode trazer inimizades desnecessárias. Sobre o portismo, já pensei da mesma forma que a sua, que eram portistas com o ego do Quaresma elevado à oitava, mas já não penso assim. São campanhas demasiado organizadas para serem coincidências (digamos que são como as nomeações do Vitor Pereira). Como bem disse, salvo erro o Pedro Mota, as desculpas não se pedem, evitam-se, Eu deveria ter evitado algo, mas muita gente tem que ir para a porta da igreja penitenciar-se durante muitas novenas, mesmo que seja agnóstico.
      Silva, os seus gostos apenas a si dizem respeito e o F. C. do Porto é de todos, ciganos, pretos, brancos, com os olhos em bico, quer se chamem Silvas, Pagens, Vassalos, Miguéis, Manuéis ou McIntosh, pois há muito ultrapassou as fronteiras deste rectangulozinho mal frequentado e não...não foi o Lopetegui que fez a viagem de circum-navegação.

      Eliminar
    4. Por mim está encerrado.

      Só me faz confusão por que motivo as pessoas têm tanta dificuldade em lidar com opiniões contrárias sem partirem para a agressão e criando barricadas artificiais, quando todos querem o mesmo.

      Eliminar
  4. Texto corajoso e muito acertado em alguns pontoa, só não concordo que Lopetegui deva ser criticado por não querer o Quaresma, Helton etc etc. O treinador tem que ter autonomia e direito a escolher quem ele acha ser melhor para equipa,da mesma forma que o ano passado , para tristeza de muitos Lopeteguistas, colocava Quaresma a jogar muitas vezes, pois achava que era o melhor para a equipa. O Treinador tem que ter todo poder e autonomia para geriri a equipa,depois terá que arcar com as responsabilidades do êxito ou fracasso. Ganha ou perca Lopetegui não terá desculpas de nada por parte do poder que lhe foi dado para construir a equipa.
    Abraço

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Do balneário para o relvado, estamos de acordo Pedro. Não deve haver qualquer interferência nem da Administração nem de empresários. Na feitura do plantel.... a carta branca dada a Lopetegui e Louis Van Gaal não foi lá muito feliz.

      Eliminar
    2. Caro Pedro Mota

      Estou de acordo que o treinador deve ter liberdade para escolher os jogadores que quer ou não. Mas a liberdade dele termina quando começa a do clube, que aliás se lhe sobrepõe.

      Não me parece possível que numa estrutura como a nossa seja possível existir um treinador com poder absoluto no que toca à composição do plantel e logo aí se esvazia a questão da responsabilidade total que lhe poderia ser assacada no final.

      Além disso, é apenas (...) o início do segundo ano dele no clube e os contratos dos jogadores são mais longos, pelo que como qualquer treinador tem que se adaptar ao que existe quando chega e ir moldando à sua imagem à medida que conquista créditos no clube.

      O caso do Quaresma parece-me estar fora disto, porque é um jogador com um peso diferente e foi nitidamente marcado pelo treinador como alvo a abater. É um ponto que para mim o define de forma negativa. Mas o que me choca mais é a forma como a "estrutura" permite (ou até estimula) que isto se passe assim.

      E no caso de Lopetegui vislumbro uma potencial agravante: quando ele deixar o clube, o que se faz ao contentor de jogadores "dele" (essencialmente espanhóis)? E pior, onde andarão os "nossos", os da casa?

      Eliminar
    3. Caro anónimo

      Creio que levanta outro ponto essencial, mas que ajudaria a perceber melhor o puzzle.
      Neste momento, quem faz realmente as escolhas (seja do plantel, seja de quem joga) ?
      Não tenho resposta, mas tenho algumas dúvidas.

      Eliminar
    4. Caro Lápis AZUL e BRANCO, ora aí está, colocou mesmo o dedo na lesão. Custa a crer que uma estrutura experimentada, vencedora e com provas dadas, se tenha enredado nas práticas que eram comuns apenas nas selecções e nos clubes nossos adversários. Eu, pelo passado, ainda tenho as minhas dúvidas. Quero acreditar que tudo o que se passou na última época é apenas responsabilidade do treinador a quem foi dado demasiado poder. Os jogos de Munique, da Madeira e da Luz, espelham a real valia de Lopetegui e a sua incapacidade para lidar com desafios decisivos. No entanto, dúvidas... há sempre, os empresários, os fundos, têm muito mais poder do que imaginamos .... mas, a estrutura alinharia em depreciar o Quintero da forma que o foi? O mesmo para o Brahimi a partir de Janeiro? Aboubakar durante a época toda? Ricardo numa posição que nunca cumprirá satisfatoriamente? Indy como se fosse um Naby Sarr? Já nem falo no Quaresma, para não ser mordido. Esses são nossos, jogadores do F. C. Porto e custa-me mesmo muito a crer. A não ser que Pinto da Costa estivesse transformado numa espécie de Cavaco, o que parece não ser ainda o caso.
      Saudações Portistas

      Eliminar
    5. É como lhe disse anteriormente, tenho (muitas) dúvidas. Os sinais que volta e meia são dados para o exterior não são os melhores, mas neste caso concreto terá mesmo que ser "wait and see".

      Eliminar
  5. ....ora aqui está um tasco que jamais terá o meu click......

    ResponderEliminar
  6. Comento neste espaço pela 1ª vez e para dizer tão só que estou de acordo com o Lápis...
    Enquanto portista, jamais me verão a crucificar Lopetegui, Quaresma, Maicon ou seja quem for. Todo o ser humano tem direito á sua opinião, e não me lixem com essa treta da blindagem do balneário, não dar entrevistas (era o que faltava, a supressão da liberdade de expressão, aqui muito apoiada por... Charlies!!!).
    A mistica não se constroi com palavras, mas sim com actos. E foi com actos que desde 1893 o FC PORTO cresceu e tornou-se gigante entre os gigantes! Vozes discordantes? Sempre houve a começar por José Maria Pedroto e Pinto da Costa e oh!!! como eles fizeram tão bem em discordar!
    Afinal de contas e tal como nos nossos locais de trabalho, os jogadores tem é de ser competentes, e não serem amigos intimos uns dos outros, mesmo que andem aos beijinhos com treinadores adversários.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro Felisberto

      Seja bem vindo!

      Estou de acordo "cien por cien".

      Deixo só uma nota quanto às "crucificações", porque às vezes posso parecer demasiado radical ao escrever: não gostar de um qualquer dirigente, treinador ou jogador significa para mim que gostaria de o ver substituído por outro para desempenhar as suas funções. Apenas e só.
      No dia em que venham a dar-me essa satisfação (ou me convençam a mudar de opinião sobre eles, como também já aconteceu), a minha "zanga" com eles termina. Estamos a falar de futebol e nada mais.
      Tirando casos muito raros, nem mesmo aos jogadores dos rivais desejo algum mal, quanto mais aos que com maior ou menor sucesso trabalharam por nós.

      Eliminar
    2. Quando falo em crucificações, refiro-me apenas e só aqueles que não gostamos, não admiramos e até achamos incompetentes, e que apontamos a dedo. É isso que desestabiliza um balneário, os treinadores e/ou jogadores saberem que tem uma massa adepta contra em vez de a favor, e não uma entrevista de um jogador do Norte a um jornal do Sul.
      Foi isso que se passou com Paulo Fonseca que tinha um balneário destroçado e que nós ainda mais o dinamitamos. Daí, que neste aspecto acho que é necessário sermos "hipócritas", ou mais consensualmente dar o nosso "apoio institucional" a essas pessoas.
      Também não admiro determinada pessoa que anda nos pincaros da Lua entre nós, mas enquanto lá andar terá o meu apoio. Mas claro é apenas a minha opinião e como disse e bem, estamos a falar de futebol e nada mais.

      Eliminar
    3. Concordo genericamente quando refere que ter os adeptos contra não ajuda.

      Mas tenho a impressão que no Porto ninguém tem os adeptos contra até que o mereça. O público do Dragão é por vezes demasiado exigente e impaciente, mas raramente "lê" mal os sinais que jogadores e treinadores lhes dão.

      Lopetegui, como Paulo Fonseca, foram recebidos de braços abertos, com um voto de confiança. Se com o decorrer das épocas os portistas se foram (re)voltando contra eles e respectivas equipas, foi por culpas próprias. Provaram não serem merecedores da confiança que neles depositamos.

      Eu não acredito em mudanças de treinador a meio da época, pelo que desde que começa até que acaba publicamente faço o (im)possível para os incentivar, por muito que só me apeteça apertar-lhes o pescoço.

      Para mim, esta altura é a ideal para se analisar sem restrições nem contenções o que foi feito e projectar da mesma forma o que se segue.

      Eliminar
  7. Primeiro que tudo não sou Lopeteguista (ou Quaresmista), sou portista.

    Mas há algo que não consegui ainda entender dos 'lopeteguistas' (sem qualquer sentido pejorativo), porque raios defendem a sua continuidade ?? É que eu não consigo ver nada útil ou positivo para nós nele. Com o melhor plantel que há memória (de longe o melhor de Portugal) consegue a proezar de vencer zero.

    Todos merecem o benefício da dúvida, mas Lopetegui já mostrou largamente o que é e do que é capaz. Não virou UM resultado que fosse quando se apanhou a perder; conseguiu perder em casa, na mesma epoca, com os 2 rivais de Lisboa; andou com rotatividades antes de ter equipa e no final da época havia jogadores com um número brutal de minutos de utilização, que já se arrastavam.

    Enfim, os recordes negativos acumulam-se.

    E o positivo, jogávamos bem ? Lembro-me do Bayern em casa, do Basileia e talvez do hat-trick do Tello quando devorámos os lagartos. Na meória tenho estes, houve mais ??

    Já de resultados e exibições sofríveis...nem sei por onde começar...

    Digam-me por favor porque defendem a sua continuidade ?? E não vale dizer que é pela estabilidade (porque de estável só coisas negativas...e a pressão este ano será tremenda), não vale dizer "because THEY decided so", há que ser auto-crítico e ter opinião.

    Enfim. O Quaresma não é nenhum Salvador da Pátria, mas apontar-lhe o dedo a ele (ou a Fabiano...) quando houve um artista com muita mais responsabilidade que chumbou todos os exames e que conseguiu a melhor nota do ano (3-1) muito graças a Quaresma....nem sei que diga...

    Abraço a todos, Rui Pina

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro Rui Pina, isso é que é intrigante.
      Confesso que gosto do homem nas conferências de imprensa, mas que diabo, não foi para isso que foi contratado.
      Eu juntaria a esses 3 jogos que referiu, o jogo cá com o Bate Borisov e o jogo em Bilbau, mas, mais nada.

      Eliminar
    2. Caro Rui Pina

      Seja bem vindo, antes de mais.

      Eu também tenho muita dificuldade em engolir a continuidade de Lopetegui, por tudo o que claramente já expôs.
      Sou no entanto um pouco mais optimista, porque acredito que tem margem e capacidade para melhorar (só pode).

      É certo que raramente alguém teve segunda oportunidade no Porto depois de tamanho desastre, mas há vários outros aspectos a considerar (brevemente vou escrever sobre isto de forma mais detalhada).

      Por agora, resta-me dizer que entendo perfeitamente a sua "dor", porque a partilho.

      Eliminar
    3. Exacto, caro anónimo. Para treinar, orientar e pôr a equipa a jogar futebol que se traduza em títulos (de campeão nacional, no mínimo). O resto só poderá ser valorizado enquanto acréscimos à sua missão principal.

      Eliminar

Diga tudo o que lhe apetecer, mas com elevação e respeito pelas opiniões de todos.