Um dos jogos mais importantes da nossa época onde apenas a vitória serve os nossos propósitos.
Na última década de "invasões" ao D. Afonso Henriques, conquistamos o castelo por sete vezes e empatamos três, dois deles nas duas épocas mais recentes. O jogo do ano passado ficou irremediavelmente marcado por uma vergonhosa arbitragem de Paulo Baptista, num dos andamentos programados do andor lampião.
Hoje estamos obrigados a vencer. Porque o Sporting escorregou, é verdade, mas sobretudo porque o Benfica venceu e soma mais três pontos do que nós. Cair para terceiro pode provar ser um golpe demasiado forte para a actual capacidade de resposta anímica da equipa. E por isso é fundamental ganhar.
No banco vai estar pela terceira vez Rui Barros (e provavelmente a última). Será mais um teste à sua capacidade de mobilizar as tropas e de as dispor sobre o relvado de forma a potenciar as suas melhores qualidades e minorar o impacto dos seus pontos fracos. Até agora os jogadores responderam afirmativamente, pelo que não espero outra atitude em Guimarães.
O adversário está numa trajectória ascendente, apenas interrompida por mais uma arbitragem determinada no jogo contra o SLB. Tem alguns jogadores interessantes a despontar, incluindo o nosso Otávio que hoje está impedido de actuar. E a orientá-los, o homem de quem tanto se tem falado: Sérgio Conceição.
Aproveito aliás a oportunidade para, duma penada, esgotar o assunto.
Não sou especial apreciador do estilo, nem pessoal, nem profissional.
Considero-o um dos nossos, sem dúvida. Mas tende a levar aquela garra que tanto aprecio para lá do limite em que deixa de ser um factor positivo para se converter num problema. Tem problemas de temperamento e até que o consiga domar, será sempre uma bomba-relógio.
A nível técnico e táctico também não lhe descortinei ainda qualidades de excepção. No entanto, é ainda aprendiz e pode perfeitamente lá chegar. A final da Taça do ano passado foi dos piores jogos que vi um treinador fazer, quase perdeu o jogo sozinho depois de o estar a vencer de forma confortável. Disse-o na altura. Tal como disse que lhe poderia servir de lição e fazer daquela derrota um ponto de partida para o seu futuro, uma espécie de troféu negativo para afixar na parede como lembrança do que nunca mais quereria repetir.
Não tenho a noção exacta de quanto poderá ter evoluído desde então, mas é factual essa tal subida de rendimento da sua equipa. Não seria a minha escolha mas terá obviamente o meu apoio (se vier é claro).
Quanto à polémica, tão bem explorada pelos mérdia do costume, apenas tenho a dizer o que se segue. Se Sérgio se tornar nos próximos dias no nosso treinador, é evidente que os contactos já vêm de trás. E nesse caso, a única forma correcta de lidar com a situação teria sido ter assumido publicamente os contactos e o treinador já não estar envolvido na preparação deste jogo. Não por pensar que ele poderia tentar facilitar - não penso e desprezo quem o faz, mas porque à mulher de César não basta ser séria. Não podemos apontar o dedo às indignidades cometidas pelos nossos rivais para depois fazer de conta quando coisas menos claras se passam em nossa casa.
Regressando ao jogo de hoje, eis o meu onze:
Sem complicar. Os melhores disponíveis tendo em conta o adversário.
Vamos a eles carago!
Do Porto com Amor
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