Hoje joga o Porto! (vs Boavista)

O primeiro jogo do resto das nossas vidas.

Bruno Sousa

Se houver jogo, entenda-se. Olhando pela janela, tenho sérias dúvidas. Chove desalmadamente. Custa-me a crer que o frágil batat... relvado do Bessa reúna as condições mínimas à hora do jogo. Em todo o caso, lá estarei.

Gosto do Boavista. E nisso devo pertencer a uma minúscula minoria entre os portistas, mas questões afectivas familiares levaram-me a também gostar dos senhores que são uma rotunda apesar do meu Porto. Aliás, deve ter sido o primeiro relvado que pisei na vida, o do antigo Bessa. Quando a bola ainda era quase do meu tamanho. Ou eu do dela. Outros futebóis, mas o facto é que fiquei (para) sempre com uma simpatia pelos Karpovs & Kasparovs de Ramalde.

Adicionalmente, gosto de todos os clubes da cidade por defeito (sim, mesmo do Salgueiral). Como ainda hoje escrevi noutro contexto, é muito mais o que os une do que aquilo que os separa. Por muita rivalidade que exista, há sempre "inimigos" comuns, da cidade e da região, que justificam que a ponham (temporaria ou esporadicamente) de lado e juntem forças pelo bem comum portuense e nortenho. Cada um pelo seu bairro, todos pela sua cidade.

Dito isto, o jogo de re-estreia de Rui Barrinhos Barros ao leme da nossa nau (vai dar jeito a metáfora marítima). Vinda de uma série de tempestades consecutivas, apresenta umas velas rasgadas, alguns mastros em pré-colapso e uma tripulação descrente e temerosa. Tendo já atirado o antigo capitán borda fora (pela prancha, para acrescentar drama), resta-lhes seguir o novo timoneiro. E logo em águas (literalmente) tão agitadas como as dos mares do rival Boavista, mas a vida é mesmo assim. Se querem ser primeiros, tem que ultrapassar todos os adversários. Havendo jogo, estou confiante. O único naufrágio que prevejo para hoje é o do veleiro "Ban".

O meu onze:

Vamos a eles (com barbatanas)!

Do Porto com Amor