Analisado o desempenho colectivo da equipa, é tempo de olhar para as prestações individuais dos jogadores do plantel principal.
Como já vem sendo hábito, esta minha análise tem por base os dados estatísticos, as notas DPcA e a sempre subjectiva reflexão sobre os dois primeiros. Desta vez, vou também analisar em separado o valor acrescentado que trouxeram os "reforços" da época.
Começando pela quantidade, isto é, pela utilização efectiva, atente-se às zonas coloridas do quadro seguinte.
A leitura mais imediata que se pode fazer é do total de minutos jogados, ordem pela qual os jogadores estão dispostos no quadro.
Destaquei os seis primeiros porque contam com muito mais minutos do que os restantes (o sétimo da lista - Óliver - tem 460 minutos a menos do que o sexto). Sem surpresa, são os elementos da defesa que maior representação têm neste top 6, a que se juntam Danilo e André Silva.
A surpresa está na lateral direita. Maxi e (sobretudo) Layún têm bem menos minutos do que na época passada, facto que se deve dois motivos: primeiro, a chegada triunfal de Alex Telles; segundo, as lesões que têm acossado ambos. Ainda assim, o registo defensivo é bastante positivo, pelo que é seguro afirmar que não causou mossa esta irregularidade. Já a nível ofensivo, haveria pano para mangas para discutir - e por lá passaremos, ao de leve.
De positivo, as entradas de rompante de Óliver, Otávio e Jota, relegando para segundo plano primeiras figuras da época passada. E claro, André Silva - embora esta seja também uma utilização forçada, pela declarada falta de alternativas.
Pela negativa, registo o decréscimo de utilização de André André, Brahimi, Rúben e Sérgio Oliveira, entre os "velhos", e de Depoitre, JC Teixeira e Boly, entre os que chegaram esta época.
Outras notas:
- Em termos de jogos completos (em que o jogador participa de princípio ao fim), destaque para a quase inacreditável marca de Otávio (apenas 3 jogos completos em 20), seguido de perto por Jota (4 em 22), Corona (6 em 26) e Óliver (8 em 24). Se por um lado é normal serem os jogadores mais ofensivos os mais refrescados, por outro parece-me haver uma clara tendência de Nuno para "sacrificar" sempre os mesmos - e nem sempre (ou poucas vezes!) de forma acertada, sobretudo tendo em conta a "falta de banco" para os substituir à altura.
- Como curiosidade, mas também de certa forma sintomático, o menino André Silva é o jogador com a maior série de jogos consecutivos: foram 20 partidas sem folgar. Com alguma surpresa (minha), seguiu-se Marcano (19) e Alex Telles (17), mas também fruto do mesmo sintoma de AS: falta de alternativas credíveis ou, se quisermos ser optimistas, falta de afirmação das alternativas credíveis.
Avançando para a produção ofensiva, materializada em golos e assistências, a liderança de AS é inequívoca com 16 golos, com o segundo (Jota) a uma enorme distância (-11) e os terceiros com menos um (4 golos). Aqui reside um dos nossos problemas: por um lado, são poucos golos como um todo; por outro, há uma dependência grande face ao melhor marcador, que é um "menino" com ainda pouca resistência mental para enfrentar períodos de "seca".
Pela negativa, todos os outros avançados (Depoitre e Adrián), cuja produção é manifestamente escassa. Rui Pedro não é deste plantel, pelo que não o incluo na análise. E jogadores com uma produção demasiado escassa no campeonato, sendo Corona um dos "piores" exemplos nesse sentido.
A nível das assistências, Otávio é o sucessor de Layún, mas com uma produção bem inferior. Telles era o segundo no final da primeira volta e havia um trio com três passes para golo.
O terceiro vector desta análise assenta na pontuação atribuída nas análises aos jogos, onde a lógica sugere que quem tem mais minutos, tem mais pontos. Marcano, um dos dois jogadores com mais minutos, lidera a tabela, mas AS consegue ficar à frente de Felipe (o outro mais utilizado). No entanto, os maiores destaques estão mais abaixo: Corona, com menos 700 minutos de utilização do que Casillas, consegue somar mais um ponto do que o espanhol no final da primeira volta; Jota e Otávio também se destacam pela mesma medida, nos nono e décimo lugares da tabela.
Um rácio que ajuda a relativizar o tempo de utilização e a destacar a qualidade das exibições é o dos pontos por jogo disputado: e aqui é Danilo quem lidera, com uma média de 6,55 pontos/jogo, seguido de perto por Otávio, AS e Brahimi, que aproveitou quase sempre bem as "poucas" vezes em que foi chamado.
Pela negativa, mas sem qualquer surpresa, as piores médias são de Depoitre e Herrera (Varela não "conta", tão escassa que foi a sua utilização).
A terminar, destaque para as distinções de "Melhor em Campo". Mais uma vez, AS lidera com 6 nomeações, o dobro do que os segundos classificados Corona e Otávio conseguiram. E, mais uma vez, se observa a excessiva dependência do sucesso desta equipa da produção do jovem ponta-de-lança. No total, foram 10 os jogadores agraciados com a distinção.
Em jeito de conclusão, vamos isolar os jogadores em maior destaque (positivo e negativo) nesta primeira metade da época.
Em destaque pela positiva:
- André Silva (golos, pontos e utilização)
- Danilo (utilização, pontos por jogo)
- Marcano (utilização e pontos)
- Alex Telles (utilização e assistências)
- Diogo Jota (assistências e pontos)
- Otávio (assistências e pontos)
- Corona (pontos e pontos por jogo)
- Felipe (utilização)
E pela negativa:
- Depoitre (golos, utilização e pontos por jogo)
- Herrera (utilização e pontos por jogo)
- André André (utilização, assistências, pontos)
- Boly (utilização)
- Sérgio Oliveira (utilização)
- Layún (utilização)
- Maxi (utilização)
Daqui se pode deduzir um diagnóstico do que correu bem e (especialmente) menos bem, para que se perceba o que tem de ser rectificado, na medida do possível, neste mercado de inverno.
Já a seguir, a terceira parte desta avaliação intercalar, onde se analisa o impacto dos reforços que chegaram no verão de 2016.
Começando pela quantidade, isto é, pela utilização efectiva, atente-se às zonas coloridas do quadro seguinte.
Quadro 1 - Utilização individual (clicar para ampliar) |
A leitura mais imediata que se pode fazer é do total de minutos jogados, ordem pela qual os jogadores estão dispostos no quadro.
Destaquei os seis primeiros porque contam com muito mais minutos do que os restantes (o sétimo da lista - Óliver - tem 460 minutos a menos do que o sexto). Sem surpresa, são os elementos da defesa que maior representação têm neste top 6, a que se juntam Danilo e André Silva.
A surpresa está na lateral direita. Maxi e (sobretudo) Layún têm bem menos minutos do que na época passada, facto que se deve dois motivos: primeiro, a chegada triunfal de Alex Telles; segundo, as lesões que têm acossado ambos. Ainda assim, o registo defensivo é bastante positivo, pelo que é seguro afirmar que não causou mossa esta irregularidade. Já a nível ofensivo, haveria pano para mangas para discutir - e por lá passaremos, ao de leve.
De positivo, as entradas de rompante de Óliver, Otávio e Jota, relegando para segundo plano primeiras figuras da época passada. E claro, André Silva - embora esta seja também uma utilização forçada, pela declarada falta de alternativas.
Pela negativa, registo o decréscimo de utilização de André André, Brahimi, Rúben e Sérgio Oliveira, entre os "velhos", e de Depoitre, JC Teixeira e Boly, entre os que chegaram esta época.
Outras notas:
- Em termos de jogos completos (em que o jogador participa de princípio ao fim), destaque para a quase inacreditável marca de Otávio (apenas 3 jogos completos em 20), seguido de perto por Jota (4 em 22), Corona (6 em 26) e Óliver (8 em 24). Se por um lado é normal serem os jogadores mais ofensivos os mais refrescados, por outro parece-me haver uma clara tendência de Nuno para "sacrificar" sempre os mesmos - e nem sempre (ou poucas vezes!) de forma acertada, sobretudo tendo em conta a "falta de banco" para os substituir à altura.
- Como curiosidade, mas também de certa forma sintomático, o menino André Silva é o jogador com a maior série de jogos consecutivos: foram 20 partidas sem folgar. Com alguma surpresa (minha), seguiu-se Marcano (19) e Alex Telles (17), mas também fruto do mesmo sintoma de AS: falta de alternativas credíveis ou, se quisermos ser optimistas, falta de afirmação das alternativas credíveis.
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Avançando para a produção ofensiva, materializada em golos e assistências, a liderança de AS é inequívoca com 16 golos, com o segundo (Jota) a uma enorme distância (-11) e os terceiros com menos um (4 golos). Aqui reside um dos nossos problemas: por um lado, são poucos golos como um todo; por outro, há uma dependência grande face ao melhor marcador, que é um "menino" com ainda pouca resistência mental para enfrentar períodos de "seca".
Quadro 2 - Golos e Assistências (clicar para ampliar) |
Pela negativa, todos os outros avançados (Depoitre e Adrián), cuja produção é manifestamente escassa. Rui Pedro não é deste plantel, pelo que não o incluo na análise. E jogadores com uma produção demasiado escassa no campeonato, sendo Corona um dos "piores" exemplos nesse sentido.
A nível das assistências, Otávio é o sucessor de Layún, mas com uma produção bem inferior. Telles era o segundo no final da primeira volta e havia um trio com três passes para golo.
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O terceiro vector desta análise assenta na pontuação atribuída nas análises aos jogos, onde a lógica sugere que quem tem mais minutos, tem mais pontos. Marcano, um dos dois jogadores com mais minutos, lidera a tabela, mas AS consegue ficar à frente de Felipe (o outro mais utilizado). No entanto, os maiores destaques estão mais abaixo: Corona, com menos 700 minutos de utilização do que Casillas, consegue somar mais um ponto do que o espanhol no final da primeira volta; Jota e Otávio também se destacam pela mesma medida, nos nono e décimo lugares da tabela.
Quadro 3 - Pontos DPcA e MeC (clicar para ampliar) |
Um rácio que ajuda a relativizar o tempo de utilização e a destacar a qualidade das exibições é o dos pontos por jogo disputado: e aqui é Danilo quem lidera, com uma média de 6,55 pontos/jogo, seguido de perto por Otávio, AS e Brahimi, que aproveitou quase sempre bem as "poucas" vezes em que foi chamado.
Pela negativa, mas sem qualquer surpresa, as piores médias são de Depoitre e Herrera (Varela não "conta", tão escassa que foi a sua utilização).
A terminar, destaque para as distinções de "Melhor em Campo". Mais uma vez, AS lidera com 6 nomeações, o dobro do que os segundos classificados Corona e Otávio conseguiram. E, mais uma vez, se observa a excessiva dependência do sucesso desta equipa da produção do jovem ponta-de-lança. No total, foram 10 os jogadores agraciados com a distinção.
Em jeito de conclusão, vamos isolar os jogadores em maior destaque (positivo e negativo) nesta primeira metade da época.
Em destaque pela positiva:
- André Silva (golos, pontos e utilização)
- Danilo (utilização, pontos por jogo)
- Marcano (utilização e pontos)
- Alex Telles (utilização e assistências)
- Diogo Jota (assistências e pontos)
- Otávio (assistências e pontos)
- Corona (pontos e pontos por jogo)
- Felipe (utilização)
E pela negativa:
- Depoitre (golos, utilização e pontos por jogo)
- Herrera (utilização e pontos por jogo)
- André André (utilização, assistências, pontos)
- Boly (utilização)
- Sérgio Oliveira (utilização)
- Layún (utilização)
- Maxi (utilização)
Daqui se pode deduzir um diagnóstico do que correu bem e (especialmente) menos bem, para que se perceba o que tem de ser rectificado, na medida do possível, neste mercado de inverno.
Já a seguir, a terceira parte desta avaliação intercalar, onde se analisa o impacto dos reforços que chegaram no verão de 2016.
Lápis Azul e Branco,
Do Porto com Amor
Aquele apelido não engana! :)
ResponderEliminarTelles? Sim, o segundo "éle" dá-lhe alguma distinção :-)
EliminarNão pá, Sillva.
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