Rebuscada abordagem à questão pendente do sponsor das camisolas (e quem sabe se de algo mais).
Fazendo fé no "evangelho programático" do hilário Mestre Faisal - também conhecido na Amadora Antiga como Abel, o Xavier - que teve a inesquecível epifania que nos permitiu ficar a saber que "o TREINADOR é aquele que TREINA a DOR", devendo ainda ser um LUTADOR (que luta com a dor) e um VENCEDOR (que vence a dor), podemos extrapolar para a questão premente que titula este post:
PATROCINADOR é aquele que PATROCINA a DOR.
Brilhante, não é?
Ora, como nós dores já vamos tendo de sobra, desde o colinho dos outros à incompetência própria, a que se somam agora os assobios injustos que nem a sonolência que nos envolve a cada partida consegue adormecer, está assim explicada a ausência de patrocínio nas nossas camisolas!
Naturalmente que a questão será vista de forma diferente conforme o tipo de pessoa:
O PURIFICADOR: Ah que eles sabem o que fazem
O NEGOCIADOR: Ah que estamos a negociar o mais fabulástico contrato de sempre
O RECRUTADOR: Ah que decidiram esperar até fechar o mercado para ver a que país íamos "sacar" o sponsor
O NEGADOR: Ah que mais vale não ter do que aceitar tostões
O MATADOR: Ah quero lá saber do patrocínio, quero é ser campeão!
O GOZADOR: Ah mas são verdes
Excluindo a última, para mim todas as demais são plausíveis, mas nenhuma desmente o facto de até ao momento não ter sido anunciado nenhum contrato de patrocínio.
Não estou sequer a tecer uma crítica, porque tenho consciência da realidade em que vivemos. Tenho a certeza que se estivéssemos dispostos a aceitar o que já nos ofereceram, há muito que teríamos um nome na camisola. Se não temos, é porque a nossa direção acredita que pode conseguir mais e melhor.
É uma estratégia com a qual tendo a concordar, partindo do pressuposto (que não sei se é verdadeiro) que nos podemos "dar ao luxo" de correr o risco de passar uma época sem o correspondente encaixe financeiro.
Mas em todo o caso, é uma realidade nova e que não deixa igualmente de me causar estranheza e algum desconforto. Esperemos para ver.
P.S. - e já agora, desde que tive contacto com o Mestre, dediquei-me a ser DADOR, ESBANJADOR, ENGANADOR e até CANALIZADOR. Tudo à luz dos seus ensinamentos, claro está...
P.P.S. - quando será que nos transformamos num país evoluído e temos a coragem de tomar decisões como esta? É que a nossa é tão, mas tão feia, que até dói (pelo que dava jeito um TRATADOR).
Do Porto com Amor (mas sem PATROCINA A DOR)
Abel Xavier é o ser mais mítico de todos os tempos.
ResponderEliminarQuanto ao patrocínio: forma engraçada de abordar a questão. Aproveitando o seu raciocínio, diria que estou na classe do 'Acreditador'.
Acredito na competência da SAD para tratar o assunto, até porque a bola está do lado de quem quer ver o seu logótipo a passear nos oitavos/quartos da Liga dos Campeões.
Abraço, Lápis.
Também é plausível!
EliminarMas que estamos a 2 de Setembro e não temos patrocinador, é inegável.
Quanto a ver a putativa marca nos quartos da champions, quem sabe... pode ser uma marca que também patrocine outras equipas :-)
Estou a gostar de ver as sagradas camisolas com a frente e costas imaculadas!!!!
ResponderEliminarAliás aproveito mesmo este momento até que um dia surja um patrocina a dor com o nome estampado no cú dos calções!!!
Não acho a nossa bandeira feia. Apenas as cores é que deveriam ser outras....
Em termos de beleza, é indiscutível que a camisola é sempre mais bonita sem nada por cima. O problema é o que isso nos custa... Se houver deslocação para os calções, como chegou a acontecer no hóquei, talvez a Renova aposte em nós...
EliminarEu gosto muito da bandeira monárquica, vá-se lá saber porquê... esta soa-me sempre a uma qualquer ditadura pós-revolucionária africana, se é que me entende.
A dificuldade em arranjar patrocinador é directamente proporcional com a dificuldade em contratar Lucas Lima.
ResponderEliminarNão sei que línguas aprendeu a Directora de Marketing no Instituto Superior da Maia, mas que está com dificuldades, lá isso está.
Ou então, ao contrário do que dizem os zelotas, a nossa carreira europeia não foi assim tão famosa como querem fazer crer e levar 6 numa Liga dos Campeões, afasta de imediato alguém que não se revê em ver o seu nome associado a humilhações dessa natureza.
Sem dúvida a bandeira monárquica, mas isso nem se discute.
Está a ser mauzinho agora..
EliminarQuanto à senhora em questão, nem sei quem é, quer ter a honra das apresentações?
E em relação aos 6 de Munique (a que assisti ao vivo...), foi mau de mais para ser verdade, mas acontece a todos (todos, sem excepção - encontre um que não tenha uma destas no CV...). Não creio que haja relação directa entre as duas coisas, mas provavelmente o caro Anónimo também não. Será ainda uma catarse da hecatombe, a que me associo sem hesitar...
Um abraço portista