Dia de jogo: SC Angrense - FC Porto (0-2)

domingo, 22 de novembro de 2015

Dia de jogo: SC Angrense - FC Porto (0-2)


Missão cumprida. Sem brilhantismo nem sobressaltos, apenas cumprida.


Bem bueno, Alberto!


Não quero com isto dizer que foi mau. Nem bom tão pouco. Foi como apenas mais um dia da vida de um zeloso funcionário público que se dedica exclusivamente a carimbar papéis. Dever cumprido. Rumo ao anonimato na História.

Um onze sem nenhuma rotina ou experiência de jogo em conjunto, excepto talvez nos treinos contra os habituais titulares, que ainda assim deu perfeitamente conta do recado sem qualquer arrelio imprevisto. O adversário confirmou o seu estatuto no ranking do futebol nacional e os nossos jogadores também. 

No final, missão cumprida. Além da passagem à eliminatória seguinte, apenas a afirmação de Bueno relevará para o futuro. E perante a falta de assunto no que concerne ao jogo colectivo, o melhor é mesmo analisar pela perspetiva individual de cada jogador.


Notas DPcA: 


Helton (6): Uma tarde tranquila na bucólica paisagem açoriana, onde o que mais se destacou foi o seu bom carácter e simpatia no final do jogo. Obrigado por isso, meu chapa!

Victor Garcia (6): A promoção de Lopetegui. Um jovem venezuelano que revela algumas qualidades interessantes, ainda que por confirmar se suficientes para jogar no Porto. A estreia não foi má, longe disso. Tirando um calafrio proibido, cumpriu bem, revelando atenção e velocidade a acompanhar os adversários. E ainda se aventurou na frente um par de vezes. Sem deslumbrar, não hipotecou oportunidades futuras.

Jose Angél (6): Um dos jogadores mais em jogo, a espaços chegou a lembrar-me uma daquelas máquinas que "cospem" bolas de ténis a um ritmo cadenciado. Cruza mal pode e sempre da mesma maneira... umas vezes sai bem (primeiro golo, ainda que com a colaboração do GR adversário), noutras nem por isso. A cabeça é para usar, caro Angél, não apenas para fazer peso em cima dos ombros.

Lichnovsky (5): Confirmou as impressões deixadas contra o Varzim. Parece ter qualidades mas falha em ocasiões proibitivas, colocando a equipa em risco. Dá a sensação de ainda não ter evoluído para o ritmo superior do jogo na Europa.

Marcano (6): Jogo tranquilo, desta vez sem auto-mutilações. Venha o próximo.

<-82' Imbula (7): Pegou bem na batuta do meio campo defensivo, garantindo que nada de grave se passasse no seu turno. Adversário de menos para a sua qualidade, mas ainda assim não regateou esforços, fazendo o que tinha de ser feito.

<-73' Sérgio Oliveira (6): Primeiro jogo oficial da época em meados de Novembro... enfim, mais vale tarde. Obviamente sem ritmo, sentiu dificuldades na primeira parte, até porque um dos seus pontos fortes (o passe) ainda não estava afinado. Melhorou após o intervalo, a tempo de proporcionar boas desmarcações aos companheiros. Eu queria ver mais vezes o Sérgio a pegar no jogo da equipa. Serei o único?

<-65' Evandro (6): Ainda outro jogo onde falhou em evidenciar as suas qualidades. E é uma pena, porque as tem. Não esteve mal mas pouco acrescentou ao jogo colectivo. Se calhar começa já a entrar numa espiral viciosa que o impede de se afirmar de azul e branco. A confirmar de futuro, assim volte a ser chamado.

Melhor em Campo Bueno (8): Cá está ele outra vez, a perguntar alto e bom som por que raio não tem mais oportunidades. O jovem Alberto foi de longe o melhor em campo, pelos dois golos claro (o segundo num grande gesto seu), mas também pelo que tentou jogar e fazer jogar os companheiros. Merece claramente oportunidades em jogos mais complicados do que os da taça. Muito profissional da sua parte.

Varela (6): Outra exibição so-so, com algum suor mas pouco jeito. Cumpriu os mínimos, mas não pode esperar regressar às opções principais à custa desta exibição.

Osvaldo (6): Muita parra e pouca uva. O Pablo corre, luta pela bola, ensaia fintas de artista mas... no final, o sumo do seu jogo não dá para um copo raso. E continua sem fazer golos, mesmo perante boas oportunidades. Não sei se estará mesmo de saída (espero que não), mas a cabeça ainda não assentou convenientemente sobre os ombros.

->65' Herrera (5): Entrou e não se deu por ele, nem para o bem, nem para o mal. Está na mó de baixo.

->73' Tello (6): Entrou com o jogo mais do que decidido mas ainda esboçou alguns lances ofensivos. Sem consequência de relevo.

->82' Rúben Neves (-): Nada a relevar nos 10 minutos que esteve em campo.


Lopetegui (6): Arriscou mudar nove jogadores e deu-se bem. Que é como quem diz apostou e ganhou. Só tenho de reconhecer que arriscou bem. Mas não sem alertar que se um dia correr mal em circunstâncias idênticas, a responsabilidade vai ser inteiramente sua. Cada um escolhe as linhas com que se cose. Desta vez, saiu um fatinho à medida.


Outros intervenientes: 


Não sei se amaldiçoados pelo emblema, mas o Angrense foi apenas e só um mero figurante neste jogo. Não se pode dizer que é exclusivamente pela diferença de valores porque em muitas outras situações pequenos Davides morderam os calcanhares aos Golias (quando não os fizeram mesmo tombar).

O árbitro e sua equipa andaram por lá, a cumprir o seu papel.

E um registo com satisfação pelos milhares de portistas (inexistentes, segundo alguns idiotas) que apoiaram a sua equipa na ilha Terceira.


Foi uma espécie de Porto C, portanto. O verdadeiro futebol regressa já na terça contra os de Kiev, no Dragão à hora do costume. Quem quiser bilhetes ainda tem mais algumas horinhas para concorrer...



Do Porto com Amor



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