Uma deslocação mais difícil do que parece. Daremos resposta à altura?
Quando terminou o sorteio e ficamos a saber quais os adversários a enfrentar na fase de grupos, rapidamente se concluiu que a visita ao terreno (emprestado) do Maccabi Tel-Aviv seria a mais acessível das deslocações, onde seria quase obrigatório vencer para as restantes três equipas, as candidatas ao apuramento.
Decorridas que estão três das seis jornadas, mais importante se tornou vencer hoje em Haifa. Porquê?
Porque o Dynamo já aqui venceu, com um resultado enganador segundo rezam as crónicas dessa partida, mas a realidade é que levou os três pontos para Kiev.
Porque o Chelsea tem falhado o seu papel de favorito e com isso transformando a luta pelo apuramento numa disputa a 3, o que por um lado abre boas perspectivas de conseguirmos o primeiro lugar (se cumprirmos as expectativas, lá está) mas por outro nos coloca ao alcance de duas equipas se as coisas não correrem conforme o desejado.
À mesma hora jogarão igualmente Chelsea e Dynamo em Stamford Bridge, jogo não definitivo mas muito decisivo para as aspirações dos londrinos. Uma derrota caseira significaria a quase eliminação se o Porto vencer o seu jogo. Um empate deixaria as coisas igualmente complicadas, ainda que susceptíveis de serem corrigidas na jornada seguinte, quando o Chelsea se deslocar a Israel. Já a vitória significaria a ultrapassagem do Dynamo, vantagem no confronto directo e regresso à luta pelo primeiro lugar.
Nós, que lideramos com 2 e 3 pontos de avanço sobre ucranianos e ingleses (respectivamente), vencendo ficaremos sempre muito perto da qualificação, seja qual for o resultado no outro grupo. O empate só será menos mau se igual resultado se verificar no outro jogo. Já uma impensável derrota deixaria-nos de novo a lutar pela sobrevivência e a ter que "fazer tudo de novo" frente aos outros dois candidatos nas duas últimas rondas. E aqui convém não esquecer que terminamos a fase de grupos em Londres, jogo onde tudo indica o Chelsea necessitará de vencer.
Resumindo, nenhum resultado que se verifique amanhã será decisivo mas uma vitória nossa será um passo colossal rumo ao primeiro lugar do grupo.
Com as ausências forçadas de Osvaldo, Maicon e sobretudo Brahimi - o habitual abono de família nesta competição - fica claro que não estaremos na máxima força. Ainda assim, com qualidade mais do que suficiente para chegar, ver e vencer.
Conforme escrevi na crónica do jogo no Dragão, o Maccabi foi para mim uma agradável surpresa em termos de qualidade de jogo e da facilidade com que criou várias situações de envolvimento ofensivo, sendo a sua maior lacuna a (in)capacidade de finalização, certificada pela ausência de golos nesta competição até ao momento. No entanto, sabemos que têm jogadores que sabem fazer golos de várias maneiras e feitios. Sobretudo Zahavi (8 golos em 9 partidas da liga doméstica), mas também os dois Ben Haim e o defesa espanhol Carlos Garcia. Tudo somado, têm a bonita média de 2 golos por jogo no campeonato israelita. Outros adversários, é certo, mas a ter em consideração.
Regressando ao que interessa - Porto - eis o meu onze:
Sem dúvidas quanto ao quinteto defensivo, as variações poderão surgir do meio para a frente. Optei por manter o trio do costume no meio, mas apenas porque me parece que Danilo servirá como resguardo para eventual necessidade de substituir um defesa. Houvesse um defesa de raíz no banco, colocaria-o com Rúben e André porque Imbula não está em bom momento. Na frente, a única dúvida seria colocar André no lugar de Tello e Bueno atrás de Aboubakar. No entanto, receio que Herrera possa voltar. Já veremos daqui a umas horas qual a escolha de Lopetegui.
Sejam eles quem forem, os que jogarem têm tudo para vencer. Que façam jus às suas posses. Vamos a eles, carago!
Do Porto com Amor
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