(clicar na imagem para melhor definição)
Conforme prometido, cá está a 3ª e penúltima parte do comparativo FCP vs. SLB, tendo como objecto de análise a disciplina, aqui medida em cartões recebidos.
E é também aqui que a realidade objectiva começa a descolar dos números, mas já lá iremos.
Começando pelo número total de cartões da competição (recebidos por estes 19 jogadores de cada um dos clubes), observamos mais um vermelho para o Porto (3 vs. 2) e mais amarelos para o Benfica (62 vs. 75).
O jogador que de menos minutos necessitou para ver um cartão foi Casemiro (166), que todos sabemos ser impetuoso e às vezes imprudentemente agressivo, mas que não chega nem perto da violência perpetrada regularmente por Maxi (261), Samaris (181) ou Enzo (183). No entanto, as estatísticas são estas e daqui a meia dúzia de anos já "ninguém" se lembrará de como tiveram origem.
Se analisarmos os defesas (jogadores mais sujeitos aos cartões), verificamos que os laterais foram os mais penalizados e estranhamente (digo eu), os centrais foram uns meninos do coro. Ou será que não foram? Ou apenas alguns não foram? Vejamos as estatístiscas: os 3 centrais mais utilizados pelo Porto somaram 10 amarelos e 1 vermelho (directo), enquanto que os 3 do Benfica apenas somaram 5 amarelos e 1 vermelho. Será que estes números traduzem o que se passou em campo? Hummm...
Ora, quem não tiver acompanhado a liga 14/15, poderá extrapolar que os encarnados até foram mais penalizados pelas arbitragens, ao serem "carregados" com mais 21% de cartões amarelos do que o Porto. Mas o que infelizmente aconteceu foi que o Benfica, também no aspecto disciplinar, foi muito protegido pelos árbitros e apenas por isso os números ainda são relativamente próximos.
Sem grande esforço de memória nem de pesquisa, lembro-me de pelo menos 2 expulsões perdoadas a Samaris (ambas em casa, contra Guimarães e Arouca), a segunda com vermelho directo. E obviamente, a piada disciplinar da liga, os 32 jogos combatidos por Mad Maxi, que mais uma vez termina o campeonato sem uma única expulsão! Mas para que não pareça que estou a ser faccioso, olhando apenas para os "pecados" vermelhos, no post final da análise da época farei a avaliação de perdas e ganhos com factos e logo veremos se faz sentido ou não.
E para que conste, sou apreciador do Maxi como jogador, mas não enquanto lutador de MMA dentro de um jogo de futebol. Se tiver a ousadia de sair para uma liga mais competitiva, vai deixar de ser metade do jogador que é... ou então vai deixar de jogar metade dos jogos.
Em resumo, há quem diga que os números não mentem, mas eu digo que também não dizem toda a verdade.
Do Porto com Amor
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