CR Quê?
As de Portugal:
- O fim do sonho dos Sub-20, ao caírem nos penáltis frente ao Brasil: consta que até foram melhores, mas "fartaram-se" de falhar golos. E depois sucumbiram nos penáltis. Tipicamente português, falta de capacidade mental para triunfar nos momentos decisivos (refiro-me ao desporto e nada mais). Mas dizem que saíram de cabeça erguida.
- Vitória sofrida sobre a Arménia: a infantilidade de Tiago e a churrasqueira Patrício quase deitavam tudo a perder, mas lá conseguiram segurar a vantagem, muito importante para garantir o apuramento directo sem sobressaltos. Mesmo sem grande exibição, saíram de cabeça erguida (menos o Patrício).
- Vítória histórica de Portugal B sobre a Itália, que dizem não acontecia há 38 anos... trivelaça de Quaresma para o primeiro de sempre de Éder pela nacional. Os italianos falharam claras oportunidades para (pelo menos) empatar, mas por uma vez foram eles a abandonar o campo de cabeça erguida.
- E o início do sonho para os Sub-21 na quinta-feira, defrontando logo uma das favoritas à vitória final, a Inglaterra. Gostei muito de os ver jogar durante a qualificação, detestei os amigáveis que se seguiram. Não tenho grandes expectativas, pelo que se passarem o difícil grupo já me surpreenderão. Pelo sim, pelo não, vou começar já a esticar o pescoço em frente ao espelho.
As que por estes dias disputam a Copa América:
- Um fabuloso jogo de futebol ontem de madrugada: Chile - México, vale a pena gastar 90 minutos a ver este jogaço, quem puder que use a box e faça replay (mesmo considerando o histérico e provavelmente surdo narrador da TVI24, vale bem a pena). Que pena não haver muito mais jogos destes, dispensaria-se erguer cabeças no final.
- Uma promessa de muita faísca, ainda que não necessariamente de grande futebol, hoje (ou melhor, amanhã) às 00H30, quando Argentina e Uruguai se defrontarem. Neste, espero que ninguém acabe sem cabeça...
- E na quinta, a última hipótese da Colômbia ainda seguir em frente, mas o adversário é... o Brasil! Pelo que vi no primeiro jogo dos cafeteros, estão em plano muito inferior ao que se apresentaram no mundial, onde deveriam ter eliminado o Brasil, não fosse o medroso do treinador alterar por completo a sua forma de jogar nesse encontro a eliminar (à la Porto na Champions, se é que me faço entender). Espero que não, mas parece-me que vão para casa ao fim do terceiro jogo com la cabeza bien alta.
Só mesmo no defeso para escrever sobre seleções, mas enfim, por alguma coisa se chama Silly Season.
Com a cabeça bem erguida,
Do Porto com Amor
Subscrevo sem excepção.
ResponderEliminarAbraço Azul e Branco,
Jorge Vassalo | Porto Universal
Eu vi o jogo do Mundial Sub-20 Portugal vs Brasil. Jogámos melhor, muito mais remates, maior domínio, e muitas oportunidades falhadas.
ResponderEliminarQuanto aos penalties, admito que não os tenham treinado. O último falhado, por Nuno Santos, parecia um remate de raguebi. Se eu fosse treinador, proibia os penalties à Penanka. Houve um assim marcado, e que contribui para a derrota.
Abraço, Verde protector
Caro Verde (não confundir com Cabo Verde :-))
EliminarSem desprezar a importância do treino dos penaltis, porque é fundamental fazê-lo regularmente para que sejam marcados de forma quase mecânica, a questão fundamental do jogador português centra-se na sua mentalidade. Se os penaltis forem contra uma equipa teoricamente mais fraca, a probabilidade de êxito é elevada. Já quando defronta um dos grandes, uma selecção tão ou mais favorita à partida, o cenário inverte-se e quase sempre falham sob essa pressão. Como referi noutro contexto, é uma espécie de fado...
Não é necessariamente fado. Portugal foi campeão mundial sub-20 batendo nos penalties precisamente o Brasil e a selecção principal já eliminou em penalties a Inglaterra por 2 vezes num passado recente. Por isso, já tivemos as nossas alegrias nos pontapés de 11 metros. Desta vez, acho que não estavam preparados para marcar, não sei se pensavam resolver o jogo no tempo regulamentar.
ResponderEliminarDe acordo, mas são excepções que me parecem confirmar a regra.
EliminarCuriosamente, as eliminações que refere foram pela mão do "vendedor da banha da cobra" de Nª Srª do Caravágio, o que ilustra perfeitamente o que eu penso. Nesse periodo, embuidos pela droga mental que Scolari lhes administrava, conseguiram resistir. Mas resultou de estarem "pedrados" e não de uma transformação real de mentalidades.
E não é exclusivo das seleções, nos clubes (sim, eu sei que ganhamos ao Once Caldas, entre outros) também se padece da mesma maleita, que para mim é fruto de fraca preparação mental.