novembro 2015

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Onde está a bola? #11 - Paços de Ferreira


Cá está mais uma edição do "Onde está a bola?" e com ele a oportunidade de ganhar dois bilhetes para o jogo contra o Paços de Ferreira FC, a disputar no próximo dia 5 de Dezembro.

O vencedor da última edição - o estimado leitor António Teixeira - teve a oportunidade de assistir com um amigo ao amargo de boca que foi o jogo com o Dínamo de Kiev, mas que ainda assim certamente valeu pela ida ao nosso Dragão e pelo convívio. 

No final, pese embora a desilusão, ainda teve a amabilidade de partilhar connosco esta foto. Obrigado António e continue a concorrer, da próxima que ganhar vai assistir a uma vitória com certeza!


E agora, sem mais demoras, eis a imagem "mascarada" para vossa análise:

Onde está a bola? #11

Já descobriu o estimado leitor qual a resposta certa? Arrisque numa delas, não perde nada e pode ganhar 2 BILHETES!



Para se habilitar, basta acertar qual das respostas à seguinte pergunta é a correcta:

Onde está escondida a verdadeira bola de jogo?

1 - Bola Azul
2 - Bola Preta
3 - Bola Laranja
- Bola Púrpura
5 - Não há nenhuma bola escondida na imagem.

Já tem o seu palpite? Então é só responder na caixa de comentários.


As regras são as habituais:

1 - Descobrir na imagem acima onde está escondida a bola de jogo verdadeira (ou se não está lá de todo) e escrever na caixa de comentários deste post qual a resposta certa, indicando igualmente um nome e um email válido para contacto em caso de vitória (pode comentar como "anónimo" desde que no comentário inclua estes dados).

2 - Entre os que acertarem, será sorteado o vencedor (através de uma app geradora de sorteios).

3 - Para ser elegível para os bilhetes, o concorrente deverá fazer o obséquio de registar e confirmar o seu email para receber notificações de novos posts e seguir o FB e o Twitter do DPCA (basta clicar nos links e "gostar" ou "seguir"). Sim, quem não tiver conta na(s) referida(s) rede(s), não será excluído por isso... mas cuidado porque o Lápis irá investigar :-)

4 - Apenas será aceite uma participação (a primeira) por cada email válido.

5 - Cumpridos todos os critérios, será anunciado o vencedor, que receberá instruções no seu email sobre como e quando levantar os bilhetes.

6 - Mesmo que já tenha Dragon Seat ou outro tipo de acesso, poderá oferecê-los a um amigo ou familiar que não tenha a mesma sorte.

6 - Este passatempo termina às 22h00 de dia 3 de Dezembro e o vencedor será anunciado até ao final de dia 4.

7 - Se o vencedor não reclamar o prémio até à data referida no email que receberá, será feito novo sorteio entre todos os que tiverem acertado na resposta (e assim sucessivamente até se encontrar um vencedor que reclame o prémio).


E é só! Mais simples não podia ser. Concorra e divulgue!


Do Porto com Amor


domingo, 29 de novembro de 2015

Dia de jogo: CD Tondela - FC Porto (0-1)


Desinspiração. Descontrolo. Desacerto. Desconfiança. Brahimi. Casillas. Três pontos.

"Anda cá Sarinha que já não me escapas!"

Podia ficar-me por aqui que o filme ficava bem resumido.

Mas como os estimados leitores merecem muito melhor do que a exibição de ontem justifica, vamos lá ao filme completo.

Primeiro, o contexto.

Um treinador que no final da época passada oscilava na consideração dos adeptos entre o génio injustiçado pelo #colinho e o medíocre suportado pelo presidente e financiadores do clube, mas que hoje parece oscilar apenas entre o "é mau mas é com ele que temos que ir até ao fim" e o "já chega de Lopetegui, venha outro e depressa".

Uma equipa muito renovada que, também ela, tem oscilado entre boas vitórias (Benfica e Chelsea) e falhanços rotundos nos jogos "a doer", com a derrota da última terça à cabeça.

Jogadores que, cada vez mais, dão sinais claros de estarem entregues a si próprios, desconfiando do plano proposto pelo seu líder de circunstância e dispostos e seguirem o seu instinto de sobrevivência.

Uma derrota que deixou feridas ainda por cicatrizar na confiança dos jogadores no seu jogo colectivo e também na sua capacidade individual de neste momento se exibirem na plenitude das suas habilidades.

Com tudo isto somado, nunca iria ser fácil este jogo contra o último classificado. Ou contra outro adversário qualquer. É que nesta altura o maior problema parece ser endémico e não dependente de quem defrontamos a cada jogo.

E assim lá assistimos à mais do que previsível entrada no jogo em lume brando. Não que não se observem "bolsas de resistência" a cada momento, em que um ou mais jogadores tentam exibir aquilo de que sabem serem capazes. A questão é que são isoladas, sem um fio condutor que as ligue umas às outras e lhes dê um sentido comum. Pelo meio, medos e equívocos.

Por estes dias observamos jogadores que revelam excessiva dureza, fazendo faltas despropositadas e inacreditável desconcentração nos passes. A uma defesa que fica demasiado recuada, num claro instinto de auto-preservação. E a incapacidade (esta já habitual) de conseguir construir jogo com propósito e objectividade.

Aos 23 minutos de jogo a transmissão televisiva brinda-nos com uma estatística reveladora: Tondela, um remate, Porto... zero. E zero porquê? Porque decidiram não contabilizar (e bem) uma tentativa de remate de Brahimi cortada à nascença por... Herrera, num lance de apanhados que define bem o actual estado de coisas.

Ainda assim, saída do nada e para nossa felicidade, ao minuto 27 saiu uma obra-prima dos pés de Brahimi que resultou no único golo da partida, naquele que foi o nosso primeiro remate à baliza (após pseudo-assistência de Bueno). Dois minutos depois, Rúben começa a aquecer... Porquê?

Aos 34' a expulsão de Lopetegui. Difícil perceber se justificada, mas pouco importa. Foi para a bancada comandar a equipa, beneficiou a estética do espetáculo.

Surpreendentemente ou não, após o golo sofrido o Tondela aparece mais subido, a começar a pressionar à entrada do meio-campo e depois mesmo logo na nossa defesa, Casillas incluído. Com o seu 4-5-1 disposto no seu meio-campo, conseguia ser mais acutilante, incluindo nas bolas paradas. O nosso meio-campo de ontem não funcionou, apenas Danilo perto dos centrais para pegar no jogo, com Herrera e Bueno demasiado longe e escondidos para serem alternativas viáveis de progressão. Só com o recuo do "extremo" André se ia conseguindo progredir com mais facilidade.

Quase a acabar a primeira metade, dois lances de perigo na área do Tondela. Primeiro foi André, que após boa finta quase fica na cara do redes para rematar, mas Kaká corta in extremis. Depois, uma boa jogada colectiva (a única?) com Bueno a assistir Abou para um remate enrolado e ao lado. E assim chegou o intervalo.


Recomeço no mesmo registo desconcentrado e desconfiado, com Marcano a acertar num adversário no que seria um passe ofensivo. Sem pressas nem pressão. Ramerrame do costume acrescido de desconfiança.

A partir dos 55' o Tondela volta a pressionar logo na saída de bola, nos centrais e laterais. Os nossos cantos continuam inofensivos. Aos 66' remate à figura de Tello. Aos 70' lance perigoso de Baldé, com Rúben a falhar a cobertura ao lateral e a ficar nas covas (fez alguma impressão vê-lo, impotente, a tentar alcançar o avançado durante 30 metros).

A saída de Brahimi por Maicon foi momento quase fatídico. Pela saída do maior obstáculo psicológico ao "crescimento" do Tondela no jogo. E pelo estapafúrdio penálti (mais um) cometido por Maicon. Não sendo claríssimo, é uma aborgdagem imprudente e de facto parece-me que em primeiro lugar tocou no adversário. Valeu-nos San Iker.

A partir daí, o Tondela, qual candidato ao título, veio para cima, como se estivéssemos em último. Quando recuperávamos a bola, tentávamos fazer a única coisa que temos mecanizada, aquela posse de bola inócua. Desta vez a propósito. Depois de sentir a vitória fugir por entre os dedos quando foi assinalado o penálti, deu jeito ter um mecanismo de autodefesa.

Acabámos o jogo a queimar tempo junto à bandeirola de canto. Contra o Tondela. Mais do que problemático, é sintomático do estado actual da psique portista.

"Joguem à bola...", ouviu-se logo após o apito final. Déjà vu. 


Notas DPcA: 


Casillas (8): O que dizer de um GR que tem a sorte e o mérito de evitar o empate a oito minutos do fim, defendendo uma grande penalidade? Apenas "obrigado" e esquecer as pequenas coisas que não fez bem. 

Layún (5): Na primeira metade esteve apagado e pouco inspirado. Lutador e mais activo na segunda, mas sem conseguir sair da mediocridade. Destaca-se também pela negativa a quase total ineficácia dos vários cantos por si marcados. 

Maxi (5): Continua em modo slo-mo. Desde uma das recentes idas à sua seleção, regressou assim. Coincidência ou não, que o digam os experts na matéria.

<-68' Marcano (5): Típico jogador que cresce/diminui com a equipa. Nesta fase, está no seu pior. Perde duelos aéreos na sua zona, levou um cartão desnecessário, teve vários passes perdidos. Mas não vira a cara à luta nem regateia esforços. O que já é bastante. 

Martins Indi (6): Discreto, duro e simples, lá segue o Martins sem ninguém dar por ele. Nesta altura é melhor central da equipa, digam o que disserem. 

Danilo (6): Bem a defender e sempre o primeiro a pegar na bola. Ainda assim, mais passes falhados do que o habitual. Serviço mínimo. 

Herrera (4): Apetecia-me recitar Sting, mas não os quero maçar. É um OJNI: objecto jogador não identificado (com nada). 

<-56' Bueno (6): Sentiu dificuldades em ligar-se ao jogo da equipa (assumindo que existe um), sempre longe ou a destempo na primeira fase de construção. Bem melhor em terrenos mais adiantados, a combinar, movimentar-se e a dar jogo aos companheiros. Saiu cedo do jogo. Merece mais minutos. 

André (6): Por uma vez, Luis Freitas Lobo disse algo acertado num comentário em directo: "anda sempre à procura da equipa para a ajudar". Excelente resumo, nem acrescento mais do que as situações de (quase) finalização que criou. 

<-77' Melhor em Campo Brahimi (8): Tem que ser valorizado, goste-se ou não do estilo e da atitude. Neste momento, é dos poucos - se não o único - que vai fazendo a diferença. Um golaço magistral para constar no álbum dourado da sua carreira. E muitas tentativas de fazer mais. Ao sair, o adversário cresceu de forma automática. 

Aboubakar (5): Outro que se tem afundado com a equipa, embora (insisto) me pareça que há algo mais a afectar o seu rendimento em campo. Vários silly offsides, sem instinto matador, falha passes, perde ressaltos e remata sem convicção. 

->56' Tello (5): Entrou cedo no jogo mas não o mudou, foi absorvido por ele. Destaque positivo para os dois remates de longe, em especial o segundo que criou algum perigo. Pouco.

->68' Rúben Neves (5): Entrou fora de ritmo e quase comprometia num lance em que deveria ter dobrado Maxi mas ficou nas covas a ver Baldé passar e depois nunca mais o conseguiu apanhar. Está a ceder à pressão negativa que a equipa exerce sobre ele e sobre todos. 

->77' Maicon (2): Quem não o conhecesse, diria que entrou para colocar o último prego no caixão do treinador. Quem o conhece, sabe que Maicon é isto quando não está no seu melhor. Logo a seguir à defesa do penálti, a bola sobra para ele que, em vez de passar rápido a um companheiro, tem uma das suas velhas travadinhas e chuta contra o adversário. Por sorte a bola ressaltou para fora. A equipa estava contemplativa à beira do precipício e ele entrou a dar-lhe uma forte palmada nas costas que a empurrou ribanceira abaixo. Valeu-lhe San Iker. 

Lopetegui (2): Não gosto de bater em quem já está no chão. Mesmo que justamente arriado, quando todos o começam a culpar de tudo tenho um instinto que me leva a não seguir na onda. Mas é difícil argumentar em seu favor, para além do tal contexto que listei no início (que é muito culpa sua, também). Muito difícil perceber os motivos que o levam a mais uma vez mexer tanto no onze inicial, bem como as subsequentes substituições e a insistência em obrigar jogadores a saírem das suas posições naturais. Mexer constantemente numa equipa tremida e desconfiada de si mesma só pode servir para lhe aumentar a ansiedade. Não estamos numa fase gloriosa onde se possa rodar para motivar. Não. Estamos com medo da nossa sombra, precisamos de estabilidade. Previsibilidade. Sobre a expulsão, não consegui ver com clareza se foi ou não justificada, pelo que não vou confundir o alívio visual que é não ser forçado a assistir àquele esbracejamento descontrolado com a justeza da decisão do árbitro. Em todo o caso, se noutros jogos se pode queixar de falta de sorte, neste só tem(os) que agradecer a Casillas por não sair de Aveiro com mais um degradante empate. Além de teimoso, parece claramente desorientado, a disparar em todas as direções (erradas). Em queda livre. Alguém que o ampare, por favor, porque a época nem a meio vai... 



Outros intervenientes: 


Não desgostei da exibição do Tondela - recém promovido (pela primeira vez) e na cauda do pelotão - que não deixou de procurar chegar à nossa baliza a espaços e teve coragem para assumir riscos na fase final do jogo. São uma equipinha (sem desprimor), mas talvez tenham futebol para escapar aos últimos lugares. Sem destacar individualmente, a malta do Seixal pareceu-me muito motivada e com talento extra face aos demais. 

Manuel Mota teve decisões complicadas para os dois lados, daquelas que sendo erradas lhe derretem a exibição. Nessas, parece-me que acertou (não me consigo pronunciar sobre a expulsão de Lopetegui). Em várias outras, menores, esteve mal. A seu favor tem o facto de ser regularmente contestado pelos três grandes, mas quase sempre com a razão do seu lado - parecendo que não, dá-lhe imensa credibilidade.



Deste jogo apenas sobram o golo, a defesa e os 3 pontos. Já a seguir, o acerto de calendário com o União, no estádio onde jogaremos duas vezes em poucas semanas. Muito em jogo. Haja fé e homens dela. 


Do Porto com Amor




sábado, 28 de novembro de 2015

Hoje joga o Porto! (vs Tondela)


Pela primeira vez e em rigoroso exclusivo DPcA, com tradução simultânea português/castellano.


New Balance style


Blá blá blá Dynamo/Rebrov e sus cabrones blá blá blá descalabro/de p*ta madre.

Blá blá blá Tondela/Tondiela blá blá blá adversário dificílimo/por qué no te callas blá blá blá ganhar/ganar.

Não ganhar hoje/não gañar hoy blá blá blá, blá blá blá RUA!/Hasta la vista, baby!


E pronto. Está tudo dito. Vamos então ao meu onze:




Blá blá blá jogue quem jogar/no hay imprescindibles blá blá blá ganhar/ganar. Blá.


Vamos a eles!


Do Porto com Blá Blá



quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Dia de jogo: FC Porto - Dynamo Kyiv (0-2)


"Para a história fica o 2-2 final, um ponto que poderá vir a ser importante ou curto, conforme as coisas evoluírem no grupo. E um jogo em que poderíamos ter ganho, mas sem ter feito muito para o merecer."


Lembra-se o estimado leitor do contexto desta frase? Lembra pois, jogo de Kiev e aquele empate consentido em cima do apito final.

Lamentavelmente, agora podemos (quase) concluir que aqueles dois pontos teriam feito toda a diferença após o descalabro de hoje. Sim, foi um descalabro. "O" jogo mal conseguido. Independentemente das razões, que detalharemos já a seguir, é normal acontecerem, de quando em vez, estes jogos. E por isso mesmo é que não se pode desperdiçar pontos valiosos da forma como o fizemos naquele jogo em Kiev. Lá se fazem, cá se pagam.


De volta ao presente.

Quinto jogo do grupo e 10 pontos amealhados até então, que nos deixavam a um empate no jogo de ontem da qualificação. Difícil pedir melhor contexto para uma abordagem confiante e decidida a esta partida. No entanto, não foi suficiente.

Mais uma entrada passiva no jogo, como que dizendo ao adversário para estar à vontade, que ali ninguém lhe faria mal. Uma espécie de campo neutro, somos uns cavalheiros! Os primeiros cinco minutos foram então de "estudo mútuo", destacando-se apenas um remate fraco e ao lado de Danilo (2').

Cedo se vislumbrou que o Dínamo de Kiev (DK) colocava sempre muitos jogadores no lado da bola nas suas situações ofensivas (6 no mínimo), pressionando logo na primeira linha de construção do nosso meio campo e a toda a largura do campo. Com o seu desenho táctico sempre em mutação (4-3-3, 4-1-4-1, 4-5-1 e até 4-4-2) em função das nossas movimentações, logo se percebeu que traziam a lição bem estudada.

Aos 6m uma cabeçada fraca de Danilo num canto, aos 8' o primeiro remate de longe do DK e um minuto depois o primeiro sinal de descontrolo emocional. Abou chuta o defesa junto à bandeirola, após disputa de uma bola que acabou por sair. Dos 10 aos 20 minutos tivemos o nosso melhor período da primeira parte, com posse de bola a toda a largura acompanhada de construções ofensivas com nexo e alguma objectividade, ainda que incapazes de criar real perigo devido a más decisões (ou execuções) no último passe.

Aos 20' o jogo começou a mudar, despoletado por um remate de longe do DK que passou por cima e possivelmente consolidado pelo inofensivo cruzamento de Layún, que terá reforçado as convicções dos ucranianos. Aos 22' novo remate do DK, agora desviado para canto. Aos 24' Yarmolenko é apanhado em offside já frente à Casillas e ainda no mesmo minuto novo remate (agora por Derlis e perigoso) para boa defesa de Iker. O jogo tinha definitivamente mudado a favor do Dýnamo. Rúben Neves estava a ser muitas vezes surpreendido pela desmarcação nas suas costas de Garmash, que aproveitava para criar desequilíbrios.

Aos 27' mais um excelente lance individual de Yarmolenko pela direita, a cruzar com açúcar para Garmash cabecear com estrondo à barra, que devolveu a bola para Júnior Moraes desperdiçar por milagre de Nª Srª dos Aselhas. Os avisos estavam todos dados, adivinhava-se o golo dos ucranianos. Que surgiu pelo inevitável Yarmolenko aos 33' na conversão de um penálti inacreditável de Imbula, primeiro a deixar-se ultrapassar por Rybalka e depois a fazer uma falta ridícula e infantil no limite lateral da grande área.

A nossa reacção foi (surprise, surprise...) amorfa e inofensiva até ao intervalo, como se tudo estivesse controlado. Ou talvez, como se reconhecendo que nada éramos capazes de controlar. Perdidos e ausentes. Aos 39' um remate de longe de Rúben mas à figura. Aos 42' novo ameaço de Yarmolenko através de um remate cruzado para defesa difícil de Iker. E lá chegou o imerecido descanso.


Enorme jogador. Enorme.



Regresso do intervalo com um dos momentos mais caricatos do jogo. Conforme se poderia prever, entrou André. Mas o anúncio de quem havia saído deixou o estádio boquiaberto: Maxi Pereira. No momento apenas admiti uma coisa: lesão. Sem mais nenhum defesa no banco, seria impensável outro cenário. Aliás, mesmo que houvesse outro defesa no banco, seria impensável retirar Maxi do jogo se não fosse por lesão ou, no limite, por fadiga inultrapassável. Não que o uruguaio tivesse feito uma boa primeira parte, mas tirar Maxi apenas porque sim (Lopetegui dixit no final), obrigando com isso a mudança de posição de outros três jogadores e mantendo o infeliz Imbula (a quarta mudança de posição, já agora) em jogo, é de facto incompreensível.

Coincidência ou não, regressamos ao jogo outra vez apáticos, desconcentrados e (pareceu-me que) até descrentes, à espera do que o jogo nos pudesse dar de mão beijada. André tentou pegar no jogo mas teve dificuldade sobretudo porque o Dínamo já sabia como ele joga e procurou ter sempre um jogador a acompanhá-lo quando se posicionava entre linhas.

A chegar aos 50' de jogo conseguimos um canto e o público despertou. Esperava-se o início da reacção que nos levaria até ao empate (pelo menos). E ela até começou por acontecer, mas tímida e sobretudo inócua. Aos 52' o caso do jogo. Pediu-se penálti por mão de um defesa ucraniano num lance com André. No estádio apenas me pareceu que André se atirou para o chão. E na realidade atirou-se, e talvez com isso tenha distraído as atenções dos árbitros da discreta mão na bola do ucraniano. Em rigor deveria ter sido marcado penálti. Mas percebo que não era fácil de se ver. O árbitro não marcou, para nosso infortúnio, e o jogo prosseguiu. Com o Dynamo bem posicionado atrás, a resolver com relativa facilidade as nossas investidas. A melhor das quais quando Brahimi começou por não dar o melhor seguimento a uma desmarcação e que culminou com o remate à figura de Tello (sim, ele esteve em campo hoje!).

À hora de jogo, boa oportunidade para Garmash frente à Casillas. A partir daqui, o Dínamo voltou a disputar o jogo mais adiantado, mas sem perder o bom posicionamento defensivo. Como o jogo lhe corria de feição, Lopetegui permitiu-se esperar até que já fosse tarde demais. Após "brilhante assistência" de Brahimi, Derlis arrancou com a bola no meio campo e passou por Danilo como faca quente por manteiga (Layún tinha subido à espera do passe de Brahimi) e rematou cruzado e alto, para uma estranha e defeituosa defesa de Casillas que amorteceu a bola para que, num caprichoso arco, entrasse na sua baliza pela segunda vez.

Em desespero, o treinador lança Osvaldo e Corona de uma assentada para dentro do campo, retirando o contrariado Brahimi e o infeliz Imbula. Não sem que antes Derlis voltasse a ensaiar novo remate por cima da baliza. Se as coisas já não fluíam como se exigiria até então, com a entrada destes dois "corpos estranhos" tudo piorou ainda mais. Desconcentrados, precipitados e incapazes de criar perigo. Consequentemente, cada vez mais precipitados, até que finalmente resignados à nossa frustrante incapacidade.

As excepções chegaram pelos pés de André, que por duas vezes enviaram a bola aos ferros da baliza de Shovkovskiy. Não entraram, mas ainda que uma delas tivesse, não acredito que fosse suficiente para nos re-galvanizar de modo a conseguir o empate. Porque foi um penoso arrastar até ao final do jogo o que assistimos, e (pelo menos eu) sempre com a sensação de que o terceiro estava mais perto do que um golo nosso. 
Se, como tudo indica, cairmos sem honra nem glória para a Liga Europa, pelo menos passaremos a competir num nível bem mais adequado à competência de Lopetegui.  Demasiado mau para ser verdade.

"Ups, fiz mierda da grossa..." - Getty Images


Notas DPcA: 


Casillas (4): Mal com os pés e com as mãos, não ajudou a tranquilizar a equipa. Precipitado e a arriscar muito nas reposições com adversários por perto. O melhor que fez foram aquelas duas defesas a remates de Derlis e Yarmolenko. Claramente insuficiente para compensar tudo o resto. Noite infeliz.

Layún (5): Quase inoperante ofensivamente e demasiadas vezes suplantado por Yarmolenko e companhia. Nem a falta de apoio do seu extremo o salvam da pior exibição com a nossa camisola. Salvou-se apenas a abnegação. 

<-45' Maxi (5): Estranhamente apático, com pouca rotação e pouca velocidade. Mas ainda assim fez o flanco e tentou ajudar a chegar à baliza adversária. Fico com a pulga atrás da orelha para saber o que se passa/passou com ele.

Marcano (5): Revelou a sua pior faceta, a tal que o impede de ser um central de topo. Desta vez não foi só a precipitação a jogar com a bola no pé, mas também a falta de calma (classe) a limpar lances para a bancada quando poderia (deveria) tentar ficar com ela jogável. Além disto, teve abordagens demasiado suaves que o arredaram da disputa dos lances corpo-a-corpo. Demasiado frágil para central, digo eu.

Martins Indi (6): Um dos melhores da equipa, discreto mas concentrado e com vontade de ajudar a equipa a subir. Na segunda parte foi para a lateral e sentiu mais dificuldades, mas nem por isso deixou de subir no terreno na procura do empate. Dos poucos que justificam nota positiva (ainda que apenas isso).

Danilo (4): Não começou mal e no primeiro tempo cumpriu razoavelmente. O recuo para central foi-lhe fatal e a nós também. Ao contrário de outros jogos, não conseguiu jogar bem no centro da defesa, ficando irreparavelmente marcado pelo lance do segundo golo.

Rúben (5): Na primeira parte esteve bem com a bola, sendo um dos mais esclarecidos a procurar companheiros nos espaços vazios, mas mal sem ela, deixando-se surpreender demasiadas vezes pelas incursões dos médios adversários nas suas costas. Na segunda afundou-se com o jogo, perdendo discernimento e falhando passes fáceis. Também é assim que se cresce. Crédito quase inesgotável, no worries kid.

<-67' Imbula (3): No meio daquelas investidas desajustadas e desesperantes, conseguiu sobressair o penálti absolutamente infantil, ridículo e absurdo que cometeu. Quase tudo mal feito. Mau de mais.

Tello (3): Incrível como uma exibição tão inconsequente a atacar e tão displicente e penalizante a defender teve carta branca para se prolongar por 90+ minutos. Incrível mesmo. Contratação em definitivo? Assim não, obrigado.

<-67' Brahimi (4): Entrou motivado, como é seu normal na montra europeia, mas pouco inspirado. Tentou mas quase nunca decidiu bem. E foi o primeiro responsável do segundo golo, pela entrega da bola numa bandeja dourada a Derlis González. Mas nem por isso merecia ter saído, sobretudo mantendo-se Tello em campo. E já agora, estou um bocado farto dos teus tiques de vedeta, ó rapaz. Se nem ao Quaresma, que é um dos nossos, tolerava a insolência, certamente não será a ti que a vou tolerar. Põe-te fino, ó argelino. 

Aboubakar (5): Pouco e mal servido pelos companheiros, deu a sensação de estar com a cabeça noutro sítio qualquer. E revelou uma agressividade desnecessário que até hoje lhe desconhecia. Problemas pessoais? Algo vai mal no reino do Rei Bakar... 

->45' André (6): O melhor do Porto, mas obviamente não o melhor em campo. Uma parte foi suficiente para fazer mais que muitos e muito mais do que alguns. Ao perceber que iria ter dificuldades pelo meio, investiu nos flancos (o direito em especial) e criou quase sozinho as melhores oportunidades de golo em todo o encontro. Pode não ser um génio, mas é dos nossos. 

->67' Corona (2): Entrou para quê? Para nada. 

->67' Osvaldo (2): Entrou para quê? Para nada.

Lopetegui (1): Bastava um empate. E para isso bastava jogar para ganhar. E para isso bastava ter motivado os jogadores. E para isso bastava ter preparado uma estratégia ofensiva e ajustada para este adversário. E para isso bastava estudado convenientemente o adversário. Mas nem isso. Quando finalmente me fez o favor de jogar com dois extremos, resolveu deixar André de fora. E esqueceu-se de explicar aos dois extremos que tinham que defender o seu lateral. Com o jogo a não nos correr de feição, entrou em parafuso e resolveu fugir para a frente. Inovando. Com total despropósito. Não consigo atingir a substituição de Maxi (e ele não quis explicar), nem tão pouco o risco contínuo em não ter um único defesa no banco. Hoje pagou, pagámos esse preço. Carote, digo eu. Em queda livre, meteu dois macacos lá para dentro, a ver se faziam aquilo que o piloto não conseguia. A ver se havia milagre. Não houve. Ainda falta um bocado para o Natal. E para terminar em beleza, fugiu do campo mal o árbitro apitou para o final, esquivando-se a no mínimo cumprimentar o seu homólogo (admitindo que não conseguiria nunca dar-lhe os parabéns pelo banho de bola que levou) e deixando os SEUS jogadores sozinhos a sentirem na pele a justificadíssima insatisfação do Dragão. Deplorável.


Adivinha: qual deles não teve a decência de repetir o gesto no final do jogo? - Getty Images
 

Outros intervenientes:


Rebrov, um treinador a sério que fez o seu trabalho de casa e acertou em cheio nas opções que fez. Mereceu ser feliz, por muito que isso nos custe.

Yarmolenko, um grande craque (melhor do que qualquer um dos que moram hoje no Dragão) mas ainda assim com a humildade e inteligência suficiente para perceber que tem que ajudar o seu lateral a defender (ao contrário dos nossos extremos) e (também) por isso Layún não teve metade do espaço que costuma ter, sobretudo nesta competição. 

Garmash foi um pequeno monstro em campo a atacar e a defender, belíssima exibição deste médio que eu mal conhecia até hoje.

E o Derlis do costume, sempre predisposto a molhar a sopa contra nós.

Mas para ser justo – em especial com Rebrov – a grande vedeta de hoje foi a equipa de Kiev, que fez que tudo bem. Inclusive perder tempo e quebrar ainda mais o nosso baixo ritmo. Não é bonito mas foi eficaz. Tivéssemos nós tido este engenho no jogo de Kiev e hoje estaríamos a rir-nos (amarelamente) desta derrota. 


E agora, desincha e passa. Tem que passar. Sábado temos "o jogo mais importante da época até ao momento", contra o Tondela. Há que tocar a rebate e vencer o jogo, dê por onde der, mesmo apesar de potenciais invenções ou desvarios de Lopetegui. Para reequilibrar.



Do Porto com Amor


Até o Antunes sabia


Primeiro foi Rebrov, na antevisão do jogo.

"O FC Porto tem alguns pontos fracos, apesar de ainda não ter perdido. Conhecemos bem a equipa. Tem problemas defensivos que se vêm a olho nu".

"Boa Rebrov, já lhes deste um grande motivo adicional para te provarem errado. É disto que nós gostamos!" - terão pensado muitos portistas.

Mas não Lopetegui, por certo. Como habitualmente, confiou cegamente na sua sapiência para ganhar (ou pelo menos não perder) o jogo.

É, correu mal.




No final, foi Antunes a confirmá-lo.

"O FC Porto pensava que não íamos jogar de igual para igual. Acabámos por fazer um jogo muito bem conseguido, aproveitámos as poucas lacunas que esta equipa do FC Porto tem. Acabámos por ser felizes e merecedores desta vitória".

E ainda acrescentou, perante a insistência do jornalista da sporttv:

"Tínhamos estudado o FC Porto (...) As costas dos laterais estão bastante abertas porque jogam homem-a-homem, acompanham bastante os extremos e quando os centrais não compensam há espaço no meio entre os dois centrais, há espaço entre as linhas do meio-campo e as linhas avançadas e basicamente foi isso que aproveitámos."

"Acompanho o campeonato português e acho que o FC Porto joga sempre da mesma maneira. Tem um jogo muito bom na posse de bola mas acaba por ser um pouco lento. Cada equipa tem as ideias do seu treinador (...)"

E já não foi pouco.

Até ele sabia como ganhar a Lopetegui.

E ainda teve a delicadeza (pouco importa se sentida ou não) de dizer que o seu desejo "é que passe o Dínamo de Kiev e o FC Porto" porque é "português, não inglês".

Por agora é isto. Assim que possível, a análise habitual ao inusitado descalabro desta noite.


Do Porto com Amor 



terça-feira, 24 de novembro de 2015

Hoje joga o Porto! (vs Dynamo Kyiv)


Tempo de decisões. Carimbamos já hoje o passaporte para os oitavos? E o Maccabi, dá um empurrãozinho?


Decisões, decisões. Quem não gosta de as tomar? Os indecisos, suponho. Azar deles, porque é o tempo delas.

A começar pelas decisões de Lopetegui para este jogo, possivelmente das mais fáceis de tomar e até adivinhar. É a nossa zona de conforto, onde jogadores, técnicos e dirigentes gostam realmente de estar. E muitos adeptos também. E assim sendo, iremos mais uma vez a jogo com o que de melhor temos para oferecer ao futebol: arte, engenho e empenho. Uma bela mistura rumo a uma vitória que nos garante desde já estar no sorteio dos oitavos de final. Em rigor, até um empate será suficiente. As contas são simples: 

a) Qualquer resultado no Dragão que não seja a vitória do Dynamo garante-nos os oitavos;

b) Fazer um resultado melhor do que o Chelsea garante-nos os oitavos (mesmo perdendo);

c) A combinação dos dois anteriores significa assegurar desde já o primeiro lugar no grupo.


Cá para mim, no final do jogo vais meter a espada onde o Sol não brilha...
Já os de Kiev poderão não estar muito de acordo com os nossos propósitos, até porque mantêm ainda legítimas aspirações a qualificar-se. Aliás, basta passar pelo seu website para constatar o entusiasmo e a importância que atribuem a este jogo. Ainda assim, vão certamente refugiar-se no seu meio campo, procurando aguentar as nossas investidas e lançando as suas sempre que possível. 

Por uma vez, a retórica do treinador vai dar jeito... "É O JOGO MAIS IMPORTANTE DO ANO ATÉ AGORA" disse o mister na sua antevisão del partido dé tchampions.

E já que o é, mais uma vez apelo a treinador e/ou jogadores para entrarem em campo a mandar no jogo, dando um sinal claro de que o pior ainda estará para chegar...


A propósito de jogadores, aqui fica o meu palpite para o onze:




Sejam estes ou outros, têm tudo para vencer. Assim o queiram e o demonstrem.

Vamos a eles, carago!


Do Porto com Amor



segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Onde está a bola? #10 - VENCEDOR!


Está encontrado o vencedor de mais uma edição do mais melhor passatempo da Bluegosfera - o "Onde está a bola?" - que chega ao bonito registo da dezena de edições.

Antes de ter o prazer de revelar o vencedor, vamos "descobrir" qual a resposta acertada através da comparação da fotografia "mascarada" com a original :






Duelo entre Checoslováquia e R.D.A.na final do torneio olímpico de Moscovo (1980)

Assim se conclui que a resposta certa era... a BOLA LARANJA!

De entre os que acertaram na resposta, o feliz contemplado foi um já veterano concorrente que finalmente viu a Dona Sorte piscar-lhe o olho:




Parabéns António! Está confirmada a reclamação do prémio, pelo que agora basta entrar em contagem decrescente até que chegue a hora de ir para o estádio... e testemunhar mais uma grande noite europeia no nosso Dragão!

O meu agradecimento a todos os participantes e uma menção especial aos que continuam a acertar na resposta mas ainda não foram favorecidos pela Lady Luck, aos quais envio um incentivo adicional para continuarem a tentar... porque um dia será o seu!



Nota final: o DPcA tem finalmente activo o sistema de subscrição por email, que permite que o estimado leitor seja notificado na sua inbox sempre que um novo artigo é publicado. O pessoal que tem concorrido a este passatempo fica por defeito adicionado, basta clicar no link do email de confirmação que já receberam para finalizar o processo (se não recebeu, p.f. procure no spam/junk ou em "promoções" no gmail). Se desejar remover-se basta clicar no link apropriado no final do email (ainda que eu não consiga imaginar porquê...). A todos os demais, recomendo vivamente que o façam inserindo o seu email no campo apropriado aqui a direita... não é aí, é lá em cima junto ao título do post... isso mesmo, nas "Cartas de Amor"!



Do Porto com Amor (e bilhetes e subscrição por email!)


domingo, 22 de novembro de 2015

Dia de jogo: SC Angrense - FC Porto (0-2)


Missão cumprida. Sem brilhantismo nem sobressaltos, apenas cumprida.


Bem bueno, Alberto!


Não quero com isto dizer que foi mau. Nem bom tão pouco. Foi como apenas mais um dia da vida de um zeloso funcionário público que se dedica exclusivamente a carimbar papéis. Dever cumprido. Rumo ao anonimato na História.

Um onze sem nenhuma rotina ou experiência de jogo em conjunto, excepto talvez nos treinos contra os habituais titulares, que ainda assim deu perfeitamente conta do recado sem qualquer arrelio imprevisto. O adversário confirmou o seu estatuto no ranking do futebol nacional e os nossos jogadores também. 

No final, missão cumprida. Além da passagem à eliminatória seguinte, apenas a afirmação de Bueno relevará para o futuro. E perante a falta de assunto no que concerne ao jogo colectivo, o melhor é mesmo analisar pela perspetiva individual de cada jogador.


Notas DPcA: 


Helton (6): Uma tarde tranquila na bucólica paisagem açoriana, onde o que mais se destacou foi o seu bom carácter e simpatia no final do jogo. Obrigado por isso, meu chapa!

Victor Garcia (6): A promoção de Lopetegui. Um jovem venezuelano que revela algumas qualidades interessantes, ainda que por confirmar se suficientes para jogar no Porto. A estreia não foi má, longe disso. Tirando um calafrio proibido, cumpriu bem, revelando atenção e velocidade a acompanhar os adversários. E ainda se aventurou na frente um par de vezes. Sem deslumbrar, não hipotecou oportunidades futuras.

Jose Angél (6): Um dos jogadores mais em jogo, a espaços chegou a lembrar-me uma daquelas máquinas que "cospem" bolas de ténis a um ritmo cadenciado. Cruza mal pode e sempre da mesma maneira... umas vezes sai bem (primeiro golo, ainda que com a colaboração do GR adversário), noutras nem por isso. A cabeça é para usar, caro Angél, não apenas para fazer peso em cima dos ombros.

Lichnovsky (5): Confirmou as impressões deixadas contra o Varzim. Parece ter qualidades mas falha em ocasiões proibitivas, colocando a equipa em risco. Dá a sensação de ainda não ter evoluído para o ritmo superior do jogo na Europa.

Marcano (6): Jogo tranquilo, desta vez sem auto-mutilações. Venha o próximo.

<-82' Imbula (7): Pegou bem na batuta do meio campo defensivo, garantindo que nada de grave se passasse no seu turno. Adversário de menos para a sua qualidade, mas ainda assim não regateou esforços, fazendo o que tinha de ser feito.

<-73' Sérgio Oliveira (6): Primeiro jogo oficial da época em meados de Novembro... enfim, mais vale tarde. Obviamente sem ritmo, sentiu dificuldades na primeira parte, até porque um dos seus pontos fortes (o passe) ainda não estava afinado. Melhorou após o intervalo, a tempo de proporcionar boas desmarcações aos companheiros. Eu queria ver mais vezes o Sérgio a pegar no jogo da equipa. Serei o único?

<-65' Evandro (6): Ainda outro jogo onde falhou em evidenciar as suas qualidades. E é uma pena, porque as tem. Não esteve mal mas pouco acrescentou ao jogo colectivo. Se calhar começa já a entrar numa espiral viciosa que o impede de se afirmar de azul e branco. A confirmar de futuro, assim volte a ser chamado.

Melhor em Campo Bueno (8): Cá está ele outra vez, a perguntar alto e bom som por que raio não tem mais oportunidades. O jovem Alberto foi de longe o melhor em campo, pelos dois golos claro (o segundo num grande gesto seu), mas também pelo que tentou jogar e fazer jogar os companheiros. Merece claramente oportunidades em jogos mais complicados do que os da taça. Muito profissional da sua parte.

Varela (6): Outra exibição so-so, com algum suor mas pouco jeito. Cumpriu os mínimos, mas não pode esperar regressar às opções principais à custa desta exibição.

Osvaldo (6): Muita parra e pouca uva. O Pablo corre, luta pela bola, ensaia fintas de artista mas... no final, o sumo do seu jogo não dá para um copo raso. E continua sem fazer golos, mesmo perante boas oportunidades. Não sei se estará mesmo de saída (espero que não), mas a cabeça ainda não assentou convenientemente sobre os ombros.

->65' Herrera (5): Entrou e não se deu por ele, nem para o bem, nem para o mal. Está na mó de baixo.

->73' Tello (6): Entrou com o jogo mais do que decidido mas ainda esboçou alguns lances ofensivos. Sem consequência de relevo.

->82' Rúben Neves (-): Nada a relevar nos 10 minutos que esteve em campo.


Lopetegui (6): Arriscou mudar nove jogadores e deu-se bem. Que é como quem diz apostou e ganhou. Só tenho de reconhecer que arriscou bem. Mas não sem alertar que se um dia correr mal em circunstâncias idênticas, a responsabilidade vai ser inteiramente sua. Cada um escolhe as linhas com que se cose. Desta vez, saiu um fatinho à medida.


Outros intervenientes: 


Não sei se amaldiçoados pelo emblema, mas o Angrense foi apenas e só um mero figurante neste jogo. Não se pode dizer que é exclusivamente pela diferença de valores porque em muitas outras situações pequenos Davides morderam os calcanhares aos Golias (quando não os fizeram mesmo tombar).

O árbitro e sua equipa andaram por lá, a cumprir o seu papel.

E um registo com satisfação pelos milhares de portistas (inexistentes, segundo alguns idiotas) que apoiaram a sua equipa na ilha Terceira.


Foi uma espécie de Porto C, portanto. O verdadeiro futebol regressa já na terça contra os de Kiev, no Dragão à hora do costume. Quem quiser bilhetes ainda tem mais algumas horinhas para concorrer...



Do Porto com Amor



sábado, 21 de novembro de 2015

Hoje joga o Porto! (vs Angrense)


Após séculos e séculos sem futebol, ei-lo que regressa pela mão da senhora taça!




Aviso prévio aos jogadores: pessoal, estas são OUTRAS ilhas ok? Não há cá maldições ou sequer superstições. E já agora, o adversário é o respeitável mas "quase-amador" Sport Club Angrense, da ilha Terceira.

Tenho que começar por salientar o terrível mau gosto que presidiu à elaboração do emblema dos açorianos. Credo! Fazem-me lembrar os verm... os verm... ah? O quê? São mesmo uma filial dos verm... do SLB? Então para cima deles carago! Sem dó nem piedade! Menos que 15 a zero é empate! Ah, nós não somos fanfarrões como eles, pois não? Para nós, todos os adversários são para respeitar. Aliás, actualmente quaisquer onze gajos que se juntem em cima da hora para nos defrontar nos van a traer inmensas dificultades...

Pois eu sugeriria algo pelo meio... não, não vamos defrontar uma equipa temível nem sequer razoável, mas vamos seguramente encontrar 14 jogadores motívadíssimos para o jogo e a querer espreitar uma oportunidade de subir na vida à custa de uma boa exibição. Por isso, facilitar só a partir dos 14 a zero, ok?

João Costa, Victor García, Lichnovsky, José Ángel, Sérgio Oliveira e Alberto Bueno estão de regresso às opções de Lopetegui, que decidiu deixar no Porto cinco futebolistas que estiveram recentemente ao serviço das respetivas seleções nacionais. São eles Maxi Pereira, Miguel Layún, Danilo Pereira, André André e Jesús Corona. (in zerozero.pt)

Quem me lê regularmente já sabe o que penso de mudanças drásticas no onze base, seja quem for o adversário. Apesar de ser contra uma equipa a anos-luz da nossa, também são gente. E vão querer muito ganhar. Mudar os dois laterais em simultâneo, sem os ter sequer no banco, é sempre um risco. Calculado, pensará Lopetegui. Percebo a ideia, mas preferia ter pelo menos um deles no banco. Já as demais mudanças não me chocam. É tempo dos menos utilizados mostrarem que merecem mais oportunidades. Assim sendo, vamos ao meu onze para hoje:




Sejam estes ou outros, o importante é respeitarem os pergaminhos do clube e exibirem-se no máximo das suas capacidades. E uma questão final: onde pára Cissokho? Nem contra o Angrense?...

O espírito da taça já começou ontem com o Portimonense a eliminar o Belenenses no último suspiro do jogo. Veremos se hoje não se revelarão outros tomba-gigantes como o Angrense ou até... o Sporting.

Vamos a eles!


Do Porto com Amor



quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Onde está a bola? #10 - Dynamo Kyiv


E pronto, sem dar por isso, eis que num ápice chegamos à décima edição deste magnífico passatempo!

Onde está a bola? #10


E para celebrar, o DPcA vai oferecer 2 bilhetes para o jogo (que poderá ser) decisivo da fase de grupo da Champions, a recepção ao Dynamo Kyiv no dia 24 de Novembro.


Na edição anterior, tivemos finalmente uma senhora a vencer: a estimada Cláudia Cardoso, que teve a gentileza de partilhar connosco a sua visão do espetáculo que é o nosso estádio!


Agora pode ser a sua vez de ir ao mágico Dragão apoiar o nosso Porto contra os ucranianos. Atenção que desta vez a duração do passatempo é mais reduzida, pelo que não arrisque deixar esgotar o prazo, participe !


Para se habilitar a ganhar, basta acertar qual das respostas à seguinte pergunta é a correcta:


Onde está escondida a verdadeira bola de jogo?

1 - Bola Azul (e branca)
2 - Bola Verde
3 - Bola Laranja 
4 - Bola Amarela
5 - Não há nenhuma bola escondida na imagem.


Já tem o seu palpite? Então é só responder na caixa de comentários.


As regras são muito simples:

1 - Descobrir na imagem acima onde está escondida a bola de jogo verdadeira (ou se não está lá de todo) e escrever na caixa de comentários deste post qual a resposta certa, indicando igualmente um nome e um email válido para contacto em caso de vitória (pode comentar como "anónimo" desde que no comentário inclua estes dados).

2 - Entre os que acertarem, será sorteado o vencedor (através de uma app geradora de sorteios).

3 - Para ser elegível para os bilhetes, o concorrente deverá fazer o obséquio de registar e confirmar o seu email para receber notificações de novos posts no blogue e seguir o FB e o Twitter do DPCA (basta clicar nos links e "gostar" ou "seguir"). Sim, quem não tiver conta na(s) referida(s) rede(s), não será excluído por isso... mas cuidado porque o Lápis irá investigar :-)

4 - Apenas será aceite uma participação (a primeira) por cada email válido.

5 - Cumpridos todos os critérios, será anunciado o vencedor, que receberá instruções no seu email sobre como e quando levantar os bilhetes.

6 - Mesmo que já tenha Dragon Seat ou outro tipo de acesso, poderá oferece-los a um amigo ou familiar que não tenha a mesma sorte.

6 - Este passatempo termina às 21h00 de dia 22 de Novembro e o vencedor será anunciado até ao final de dia 23.

7 - Se o vencedor não reclamar o prémio até à data do anúncio, será feito novo sorteio entre todos os que tiverem acertado na resposta (e assim sucessivamente até se encontrar um vencedor que reclame o prémio).


E é só! Mais simples não podia ser. Concorra e divulgue!


Do Porto com Amor


quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Dicionário Político Português Contemporâneo


Ainda antes da prometida abordagem ao actual panorama político nacional, nada como um dicionário técnico para clarificar conceitos.


Edições DPcA - LAeB
 

Dicionário Político Português Contemporâneo (D.P.P.C)


- A -

A-ní-bal
a) Há o dos elefantes, mas não releva para o caso.
b) O mesmo que (o.m.q.) "Cavaco".

As-sis, Francisco
a) o.m.q. "ainda não é desta".
b) o.m.q. "Rei dos Leitões".


- B - 

Blo-co
a) Se for de Esquerda, é o habitat natural das esganiçadas.
b) Malta que fuma coisas porreiras e gosta de partir a Louçã toda.
c) Conjunto organizado de foliões carnavalescos que desfilam pelas ruas cantando e dançando [Brasil].
d) No voleibol, manobra de defesa junto à rede, com os braços levantados, para impedir que a bola a transponha.


- C - 

Ca-va-co
a) Membro fundador da ala radical "BPN" do PPD-PSD.
b) Ser vagal, incapaz de tomar decisões.
c) Que não é imparcial.
d) Grande apreciador de bolo-rei e de bananas grandes da Madeira.
e) Macho da cavaca.

Co-e-lho, P.P (lê-se Coêlho, segundo o próprio)
a) Mamífero lagomorfo da família dos leporídeos, muito prolífero, de cauda curta, orelhas e patas longas, cuja raça política se desenvolve nas entranhas da Jotócracia.
b) Que ou quem tem ares e aparência de ingénuo. = FINÓRIO, MANHOSO, VELHACO.
c) Incapacidade de pronunciar correctamente a letra "R" no início das palavras e o duplo r ("rr") a meio delas.
d) Cada um dos dois pedaços compridos de carne que se tiram dos lados do lombo do porco [Regionalismo].

Co-mu-nis-ta, Partido
a) Uma das mais notáveis e duradouras campanhas de marketing desenvolvida pelos fabricantes de cassetes (K-7s).
b) Pelos direitos do proletariado e contra o grande capital burguês.
b) Pelos direitos do proletariado e contra o grande capital burguês.
b) Pelos direitos do proletariado e contra o grande capital burguês.

Cos-ta, António
a) Espécie de molusco gastrópode univalve.
b) Apegado, afeiçoado, aferrado.
c) Demolidor de muros e vedações.
d) Grande apreciador de pastel frito de massa folhada, de forma triangular, geralmente com recheio de carne picada e muito condimentado.


- D -

De-pu-ta-do
a) Que ou quem come ou vive à custa de outro ou de outros.
b) Autómato ou boneco que se faz mover por meio de cordéis ou com a mão; títere.
c) Aquele que é comissionado para curar de negócios de outrem.

Di-as, J. A.
a) o.m.q. "ai ela falou?".
b) Alguém que agiu demasiado tarde e se despiu demasiado cedo.
c) fem. sing. de bom como uma das plantas poáceas que gera espigas e grãos.

Di-rei-ta
a) Conjunto dos partidos, agentes políticos e população que partilha doutrinas, ideologias, orientações ou princípios considerados mais conservadores.
b) Partidos políticos que quando no poder governam em função dos seus interesses (nacionais e internacionais) e assumem-no [Portugal].
c) Malta das tias, da missa ao domingo, dos pobrezinhos (quantos mais, melhor) e do "eu é que sou o dono da bola, eu é que brinco".


- E - 

Es-ga-ni-ça-da
a) Que tem voz muito aguda ou estridente.
b) Uma das meninas do Bloco.
c) Sonho reprimido do fascista típico.
d) Eufemismo de "Heloísa Apolónia".

Es-quer-da
a) Conjunto dos grupos e partidos que professam opiniões progressistas, por oposição à direita, conservadora.
b) Partidos políticos que quando no poder governam em função dos seus interesses (sobretudo nacionais) mas não o assumem [Portugal].
b) Malta do charro e do caviar, das cassetes e do "não és nada, agora é a minha vez de brincar".


- F -

Fas-cis-ta
a) Pessoa partidária do fascismo (tendência para o excesso de autoritarismo ou para o controlo ditatorial).
b) Apelido carinhoso dado pelos radicais de esquerda aos radicais de direita.
c) Todos os que ganham mais dinheiro do que eu.


- G -

Go-ver-no
a) Poder ou colectividade que dirige um Estado.
b) Grupo de pessoas com interesses comuns. = MALTA, PESSOAL.
c) Grupo de pessoas sem interesse no bem comum.


- J -

Jo-tó-cra-ci-a
a) Mais ou menos isto


- M -

M.A.C.
a) Sub-produto da Jotócracia
b) Agregador de vontades, contador de espingardas, traficante de influências e distribuidor interno de benesses (júnior)
c) Adepto incondicional do "Vale-Tudo"
d) Aspirante a Relvas

Mar-tins, Catarina
a) sinónimo da expressão popular "com esta é que eu não contava..."
b) Líder actual das esganiçadas e dos tarolos
c) Fruto da liderança bicéfala [botânica]


- N -

No-guei-ra, Mário
a)  o.m.q. "deputado".
b) O que promove rebeliões ou tumultos.
c) Oposto de "trabalhador".
d) o.m.q. "Ana Avoila"


- P -

PAN
a) o dono da flauta
b) pan-pan-pan, pan-pan-panda, é uma nova forma de se dançar
c) o.m.q. suruba (pessoas, animais e natureza, tudo ao barulho) [Brasil]

Por-tas, Catherine
a) o.m.q. vice (≠ irrevogável).
b) Pessoa que é viciada em feiras.
c) Herói da B.D. que se dedica a proteger as pensões dos velhinhos e os pobrezinhos em geral dos seus compinchas de partido.
d) Apreciador de delícias do mar, especialmente as enlatadas em submarinos alemães.


- R -

Rel-vas, Miguel
a) Um dos pais fundadores da Jotócracia.
b) Agregador de vontades, contador de espingardas, traficante de influências e distribuidor interno de benesses.
c) O mais elevado grau académico a que se pode aspirar.
d) Sósia mais conhecido de Joker do universo Batman.


- S -

Se-gu-ro, Tó Zé
a) Que ou quem demonstra falta de habilidade, inteligência ou desembaraço (ex.: ela é tão Tó Zé que nem percebeu o que aconteceu; cambada de Tó Zés!). = ATADO, NABO, PALERMA, PARVO.
b) Último secretário-geral do PS a vencer umas eleições.
c) Nada apreciador de pastel frito de massa folhada, de forma triangular, geralmente com recheio de carne picada e muito condimentado.

Só-cra-tes, José
a) Pá (≠ picareta).
b) Homem parisiense que é amigo dos seus amigos.
c) Número natural depois do 43 e antes do 45.
d) Especialista em Inglês técnico.
e) Animal político cujas notícias da sua morte foram claramente exageradas.

Sou-sa, Jerónimo de
a) Apertado entre talas.
b) Diz-se de quem usa roupa vários números acima do seu tamanho.
c) Director delegado da TDK/Verbatim em Portugal.
d) o.m.q. Forrest Gump.


- V -

Ver-des, Os
a) Os que são de uma cor produzida pela combinação do amarelo com o azul, muito espalhada no reino vegetal.
b) Os que ainda tem seiva e ainda não estão secos.
c) Os que não tem experiência.
d) Os que respeitam o meio ambiente ou princípios ambientais excepto no que concerne à poluição sonora.
e) Lar da esganiçada primordial.



Trata-se apenas da primeira versão, quase em jeito de rascunho, susceptível de ser alargada e/ou revista sempre que justificável. Contribuições dos estimados leitores são obviamente bem vindas. 


Do Porto com Amor