Sama é uma criança, igual a tantas outras, mas com uma história de início de vida absolutamente aterradora, que facilmente poderia ter terminado ali, no meio de um dos infernos que um punhado de vermes decidiu criar à face da Terra. Como terminou a de demasiadas outras que não tiveram a sua sorte.
Sama, o pequeno anjo que se vê na imagem, é uma criança como eu fui, como as minhas e as vossas - já criadas, nascidas ou ainda por nascer - foram, são ou serão, mas veio ao mundo por entre bombardeamentos, dor, sofrimento, terror e morte. Nasceu em Aleppo, cidade-mártir síria, onde civis inocentes são vítimas do seu próprio regime, dos jogos de poder e da indiferença de todos os demais, que podiam e deviam interceder em seu nome.
Aconteceu em Aleppo e em muitos outros lugares, em muitos outros tempos, e continua a acontecer seguramente neste momento em que escrevo e no momento em que cada um ler este texto. Acontece. Continuam a sofrer e a morrer milhares de crianças, homens e mulheres inocentes, vítimas da loucura de alguns e do desinteresse de muitos mais.
É a história do mundo, pensarão alguns. De facto, é também disto que é feita a nossa improvável História. Todavia, temos de acreditar que a passagem do Tempo nos faz evoluir e melhorar enquanto espécie e, como tal, não podemos simplesmente ignorar e aceitar que terá de ser sempre assim.
Não tenho, não temos o poder para acabar com isto de imediato - muito provavelmente, nem a disposição de sair das nossas bolhas de felicidade e tentar - mas temos todos a obrigação de ver e de sentir, de princípio a fim, este testemunho que a mãe de Sama filmou durante mais de cinco anos e especialmente durante o cerco de 2016, para que um dia a sua filha pudesse saber de onde veio e porquê.
Não há moral nesta estória, há apenas a vida que fazemos, à rebelia das de encantar. O Homem, capaz do melhor e do pior - e de ambos em cada momento. Não há um final feliz, há sobrevivência e coragem. Já assistir ao documentário não é coragem, não se enganem, é apenas necessidade e agradecimento, pago em uma hora e pico de inquietação e angústia, intercalados com alguns sorrisos de esperança. Uma gota insignificante comparado com o que esta gente experimentou.
Ver #ForSama não vai devolver às mães vazias os filhos que lhes foram roubados, pode até não salvar ninguém, mas é uma obrigação que todos nós temos. Ver, indignar, sentir náuseas, chorar, chorar muito ou simplesmente ver. Obrigar o subconsciente a tornar-se consciente - e sentir aquilo que diariamente sabemos que acontece mas que, por mecanismos de auto-defesa, nos forçamos a ignorar.
Como de forma muito bela se pode ler no site oficial, For Sama é uma carta de amor de uma jovem mãe à sua filha recém-nascida. Vejam, pela vossa humanidade. Vejam #ForSama e passem a palavra, por amor aos nossos filhos.
Lápis
no comments...................mas os islamicos tem dinheiro suficiente para tratar disso e muito mais em vez de subsidiarem daesh, al qaeda e outras organizaçoes do genero que so existem porque sao permitidas na terra deles, nao vale a pena por as mulheres e as cianças a frente para por tras semearem o caos e o terror so para poderem establecer o califado do qial o al andaluz ate faz parte.
ResponderEliminarpor ca ainda ha pouco tempo amandaram um bebe recem nascido para o lixo, nao sei se se chama salma.