Mais uma escuta exclusiva DPcA, recolhida por alturas da nomeação dos árbitros para a 2ª jornada da Taça da Liga:
Escuta #5
- 'Tou João?
- Fontelas... como vai o meu amigo?
- Tudo jóia... olha, vais reencontrar os teus "amigos" na Taça da Liga...
- Ui, vou eu ao Dragão? Boa...
- Sim pá, o homem achou que estiveste muito bem em Setúbal (risinho cínico) e quer mais do mesmo!
- Oh pá, até fico corado assim... mas claro, contem comigo, vou fazer o meu melhor... tu sabes...
- Sei pois, por isso te escolhi...lhemos hehe...
- Ok, fica tranquilo, a final four acaba de ficar muito mais distante para uma certa criatura mitológica (risada parva, interrompida por um engasganço salivar)
- Ó Pinheiro, estás bem pá?
- Sim, sim, foi da emoção... eles bem podem pregar no deserto... hahaha...
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Travar Brahimi? É fácil... |
À segunda jornada da Taça da Liga, novo e comprometedor empate caseiro, desta vez com o insuspeito Feirense.
Início da partida a baixa rotação, acelerado pelo espectacular lance de Brahimi que morreu na trave. Nuns campos a bola entra às três tabelas, noutros só após meter requerimento selado e carimbado.
Seguiu-se um jogo morno, sempre de sentido único, mas com o Feirense relativamente confortável pela falta de intensidade (sempre ela...) e caudal ofensivo que levasse real perigo para a sua baliza. Tivemos um par de possibilidades de marcar até ao intervalo, mas quase se adivinhava que o nulo se iria manter - até porque o apitador de serviço resolveu, uma vez mais, aplicar leis "diferentes" para os lances que envolvem o Porto.
Sem absorver os sinais, regressámos do balneário apáticos, descansadinhos da vida, como se o golo acabasse por surgir, nem que fosse aos noventa e dois. Pois até chegou bem mais cedo (tolada oportuna de Marcano ao minuto 49'), pelo que mais descansadinhos ficamos. Erro crasso. Já o havia escrito: "esta
sequência de vitórias assenta em momentos de superação, raros e caros.
Não se pode contar sempre com eles para ganhar jogos, há que estabilizar
a produção da equipa.". Detesto ter razão, mas... eu avisei. Não quisemos o segundo golo "o suficiente" e acabámos por sofrer o empate num lance de bola parada. E depois, não houve superação que nos safasse.
Registo com muito agrado a excelente moldura humana (41.350 alminhas) que esteve presente no Dragão nesta quinta-feira, demonstrando uma vez mais que as pessoas reagem bem a estímulos positivos - e que, a bem do ambiente no estádio, mais vale vender 40.000 bilhetes a €5 do que 10.000 a €20.
Notas DPcA
Dia de jogo: 29/12/2016, 19h15, Estádio do Dragão, FC Porto - CD Feirense (1-1).
José Sá (7): Pelo menos duas grandes defesas e sem hipótese no lance do golo. Saldo final bem positivo, relevando ainda a dificuldade de estar muito tempo sem competir.
Maxi (6): Sempre muito ligado ao jogo, deu tudo o que tinha... que, a espaços, já se revela não ser assim tanto, sobretudo quando a palavra-chave é "velocidade". Em todos os outros domínios está já doutorado e dificilmente recebe lições de alguém dentro de campo.
Alex Telles (6): Foi um dos que me pareceu menos concentrado do que seria exigível, mas não se poupou a esforços em todo o caso. Tentou apoiar Brahimi mas nunca chegou a envolver-se a sério nas nossas ofensivas. Apenas q.b.
Marcano (6): Muito desconcentrado, falhou passes e cortes e foi um dos réus (talvez o principal) no golo sofrido. Só fica em "positivos" graças ao golo que marcou.
Marcano (6): Muito desconcentrado, falhou passes e cortes e foi um dos réus (talvez o principal) no golo sofrido. Só fica em "positivos" graças ao golo que marcou.
Boly (6): Procurou evidenciar calma e qualidade técnica, mas não foi especialmente feliz. Em alguns lances mediu mal o tempo de "intervenção" e acabou ultrapassado. Suficientezinho e nada mais.
Rúben (6): Pronto, lá o puseram atrás outra vez. Mas enfim, pelo menos "calçou". A produção é que não foi brilhante, apenas foi cumprindo sem nada de especial registo. Hoje não ganhou pontos, digo eu.
< 79' Herrera (5): Apesar da nota, não foi o pior dos nossos. Foi o segundo pior. Consegue alternar passes decentes e um ou outro de qualidade com disparates. Faz uma trivela vistosa que sai a rasar a baliza e logo a seguir "recusa" meter o pé para ganhar o lance. É isto. Sobe, desce, sobe, desce. É isto.
< 79' JC Teixeira (7): Mesmo sem ter sido dos que mais participou no jogo, foi dos que melhor fez quando teve a oportunidade, particularmente na primeira parte. Na segunda, escondeu-se ou o jogo fugiu-lhe, não sei, mas saiu bem, precisamente pela inoperância que crescia com o avançar do cronómetro. Em todo o caso, mostrou que podemos contar com ele. O que não é pouco.
A ilusão da vitória |
Brahimi (7):
Foi o primeiro a criar perigo e merecia ter visto a bola entrar naquele lance com o seu selo de qualidade. A motivação que daí possa ter resultado não foi suficiente para repetir a graça, mas, à sua maneira, foi dos que mais jogo desbloqueou. Pena que não houvesse em campo um árbitro sério para punir adequadamente as constantes faltas de que foi vítima - assim, não adianta ter jogadores melhores que os outros em campo, basta que saibam bater mais forte.
Corona (6): Outro jogo de pouca inspiração, salvou-se pela quantidade de jogo que
assegurou, não pela qualidade. Precisa realmente de maior concentração
competitiva e regularidade exibicional, seja contra que adversário for.
Depoitre (5): Foi o "velho" pinheiro, trapalhão e perdulário, quem subiu ao relvado hoje e não aquele avançado oportuno e decisivo que apareceu contra o Chaves. Qual deles prevalecerá?
> 79' Óliver (5): Entrou tarde, com a equipa sobre brasas e já não conseguiu fazer a diferença.
> 79' Rui Pedro (5): Também entrou tardiamente e demonstrou por que motivo ainda é júnior e não se deve privá-lo de cumprir todo o processo formativo. Está verde, verdinho e Natal é só uma vez por ano. Chegará o seu tempo, desde que continue no bom caminho que o trouxe até aqui.
> 79' Rui Pedro (5): Também entrou tardiamente e demonstrou por que motivo ainda é júnior e não se deve privá-lo de cumprir todo o processo formativo. Está verde, verdinho e Natal é só uma vez por ano. Chegará o seu tempo, desde que continue no bom caminho que o trouxe até aqui.
Nuno Espírito Santo (4): Começo já por dizer que hoje fomos infelizes muito por culpa de hiper-eficácia do adversário e da cegueira selectiva. Digamos que metade da coisa escapou ao controlo do treinador. No entanto, a sua metade deveria ter sido cumprida com distinção, para impor voto de qualidade na resolução do empate técnico. E não foi. Não tenho nada a apontar ao onze escolhido, nem às consequentes dificuldades de ligação que dele resultaram, mas custa-me entender como se demora tanto tempo a mexer na equipa. O golo de Marcano veio na altura certa para dar tranquilidade à equipa mas acabou por adormecê-la, pelo que cabia a Nuno dar-lhe um safanão e avisá-la de que um golo de avança não garante nada... como veio a acontecer. É isso que se espera de um treinador durante um jogo, que consiga exercer influência (positiva) sobre a forma como a sua equipa se comporta. E Nuno não conseguiu - uma vez mais, as substituições foram incompreensivelmente tardias e desta feita nem sequer as esgotou. Empatado em casa...
Outros Intervenientes:
No Feirense chamou-me a atenção um nigeriano de seu nome Peter Etebo, uma gazela esbaforida mas com propósito, e o guarda-redes Vaná que teve um conjunto muito bom de defesas, alternadas com a já habitual ronha vigarista que consta do cardápio de habilidades de qualquer guardião que não se preze. E a sorte que hoje os protegeu, ao contrário do que se passou no jogo da Feira a contar para o campeonato.
Quanto ao senhor João Pinheiro e seus comparsas, assistimos a mais uma digressão do Circo Benfiquense, onde só actuam artistas do mais alto gabarito e sempre com o propósito único de agradar ao homem que mais influencia o seu futuro na arbitragem.
Claro que houve lances capitais, como pelo menos uma grande penalidade evidente sobre Herrera - o Porto já se queixou de três, todas defensáveis à luz do que tem sido apitado a favor do Benfica - mas o que irrita realmente é a arrogância e o desprezo com que apitam cada lance contra nós, muitas vezes em gritante conflito com uma decisão imediatamente anterior (ou posterior) num outro lance em tudo semelhante.
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Os dragões nem sequer existem... amarelo por mentir! |
Este estado de coisas dá-me a volta ao estômago e um dia não sei o que poderá acontecer. O "facto" é que, muito provavelmente, amanhã o senhor João Pinheiro seguirá alegremente na sua vidinha, sem que nada ou ninguém o importune por mais este "infortúnio". E eu pergunto: até quando?
Um dia, pode mesmo correr mal para um destes artistas, se um de nós perder a cabeça surgindo a oportunidade. Mas, quem sabe, se não será a partir desse dia que o infeliz e todos os seus comparsas começarão a ser mais ponderados e "felizes" nas suas arbitragens?
O Clube continua a denunciar em cima do acontecimento, mas parece que está mesmo a pregar no deserto, porque nenhum dos camelos da arbitragem lhe liga puto. Se não tomar uma posição de força em breve, muito dificilmente conseguiremos ganhar o que quer que seja em Portugal.
Daqui a cinco dias vamos a Moreira de Cónegos com o
credo na boca, porque além de ser obrigatório ganhar, teremos de o fazer
por uma margem superior à do Belenenses, caso estes também vençam o seu
jogo. Amaldiçoada competição de um raio, algum dia haveremos de a
vencer - mas de forma limpa, não à Benfica. Nunca à Benfica. Que seja já esta época - apetecia-me ir molhar os pés ao Algarve.
Lápis Azul e Branco,
Do Porto com Amor