fevereiro 2016

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Brincar com o Fogo


O início de noite em Belém prometia ser calmo e aprazível. Um golo madrugador, outro oferecido pelo sportinguista Tonel e aparentemente estavam reunidas todas as condições para uma vitória tranquila. Aparentemente...




Acabei o jogo aos gritos com as paredes, a morder os lábios e com vontade de insultar todos os que naquela altura vestiam de branco sobre o relvado do Restelo. Não, não foi nada tranquilo.

Ainda antes do final da primeira parte, o arruaceiro Martins deixou um aviso com um grande livre que explodiu no poste e depois foi Juanto, em boa posição, a atirar ligeiramente ao lado. Entre os dois, Brahimi viu o seu segundo da noite desviado por um defesa azul.

Mas até aqui tudo bem, reação natural da equipa que se encontrava nessa altura fora do jogo e nós a procurarmos o golpe final em saídas rápidas. O problema é que a segunda parte foi uma coisa completamente diferente, ao ponto de chegar a ser desesperante de assistir, impotente, ao regresso de um Caeiro qualquer para nos tramar de vez.

Voltamos a ter mais oportunidades para chegar ao terceiro (duas flagrantes e outras mais que não chegaram a sê-lo porque a assistência não saiu ou porque o pé errado no sítio errado se transformou em trambolhão). E se tivesse entrado uma delas, certamente até a reação do Belenenses perderia fulgor. Mas nada disto explica a hecatombe que equipa sofreu após o intervalo. 

Parte do problema esteve, claramente, na falta de pernas. E mesmo descontando André - que parecia já estar cansado mesmo antes de o jogo começar - a grande maioria caiu a pique na segunda parte. Poupanças com o Dortmund? Certo...

Mas e como explicar "o resto"? Meio campo simplesmente desintegrou-se enquanto tal. Funcionava cada um por si e quase sempre mal. A sair para o ataque menos mal, mas em termos de organização defensiva, marcações e ocupação dos espaços... minha Nossa Senhora! Não quero nem vou ignorar a importância que o mérito adversário teve neste volte-face, mas caramba, é o Clube de Futebol Os Zero-Onze! Mexeu bem sim senhor o treinador deles, mas então e nós? Deixamos de jogar? Incapazes de nos reorganizarmos a partir do banco?

Chegou a ser um sufoco. Aqueles últimos 10 minutos (descontos incluídos) passei-os com o credo na boca. Sem necessidade nenhuma, digo eu. No final, o essencial foi conseguido. Ganhámos. Mas suspeito que se continuarmos a brincar com o fogo, um destes dias acabaremos por nos queimar. Haja coração por estes dias.


Notas DPcA:


Dia de jogo: 28/Fev/2016, 18h15, Estádio do Restelo. CF Os Belenenses - FC Porto (1-2).


Melhor em Campo Casillas (7): Foi uma daquelas noites em que justificou o que ganha. Foi o verdadeiro guardião dos três pontos. 

Maxi (6): Mais um que denotou falta de ar para aguentar noventa minutos sempre a pedalar. E desta vez até deu abébias defensivas que não lhe são normais. 

Ángel (5): Já desisti de magoar os nós dos meus dedos a esmurrá-lo. Além de doer, cansa. É de outra galáxia e para lá há-de voltar. 

Marcano (6): Parecia Ramsés II (com cerca de 2 mil anos e devidamente ligado) no golo sofrido e noutros lances, mas acabou por chegar a positivos graças a tudo o resto que fez e que contribuiu para não sofrermos o segundo. 

Chidozie (6): Outro jogo, outras falhas complicadas. No golo e numa outra jogada pela direita belenese em que foi ultrapassado como se se tivesse desmaterializado de repente. Mas a verdade é que depois se recompôs e acabou por ser importante em vários momentos com cortes decididos e provavelmente decisivos. 

Danilo (6): Não sobressaiu como nos jogos mais recentes, mas também não esteve nada mal. Ou então sou eu que já me habituei ao muito que faz de bom e subi (injustamente) a fasquia da exigência.

<-74' André (5): Não está em condições de jogar. Não sei por que motivo(s), mas não está. E portanto convinha que não jogasse até que volte a estar. 

Herrera (6): Chega a cansar vê-lo desgastar-se como um iniciado na sua primeira oportunidade, que quer ir a todas e raramente vai a propósito. Agora deu-lhe para isto. Enfim, também jogou e tal, só dois passes à Errera... ok, mínimos conseguidos.





<-62' Corona (6): Hoje não achei que estivesse mal, pese ainda não ter recuperado por inteiro a necessária objectividade que o seu jogo terá de ter. Correu, combinou e foi ajudando a defender. Apenas q.b. Mas vendo à posteriori o que jogou quem o substitui, fico a pensar que nunca deveria ter saído... 

<-88' Brahimi (7): Boa primeira parte, onde conseguiu um golo e inventou mais um, além de desgastar a paciência aos contrários. Na segunda afundou-se com a equipa até ser substituído, perto do fim, por lesão.

Suk (7): Se Herrera cansa, este extenua. O homem corre, corre, corre, salta, bate, luta e depois volta a correr. Ficou perto do golo, que diga-se teria sido justo prémio (para ele e para nós). Não exultei com a notícia de que Abou tinha sido relegado para o banco, mas verdade seja dita que provavelmente teria feito bem menos que o coreano.

->62' Marega (4): Não defendeu o lateral, aquele corredor parecia um passador a partir da sua entrada. A atacar foi uma autêntica nódoa, variando entre falhar por completo a abordagem e escorregar na hora h. E quase a acabar ainda perdeu um despique de cabeça que poderia ter sido fatal. Tudo mal feito, tudo ao contrário. Há dias assim, mas que só se aceitam pela sua raridade. Capisce?

->74' Evandro (6): Voltei a achar que acrescenta pouco à equipa. Não esteve propriamente mal, mas é tudo tão medianozinho... Quo vadis Sérgio Oliveira?

->88' Varela (-): Entrou para o lugar do lesionado Brahimi. Sem tempo suficiente para justificar nota.

Peseiro (6): Tenho que considerar positivo pelo resultado. Ganhámos e nada mais importava. Ou melhor, nada mais tinha a mesma importância. O problema é que quase não ganhávamos e isso depois de termos chegado a uma confortável vantagem de dois golos aos 18 minutos. Não sei o que foi dito ao intervalo mas o facto é que a equipa de desconjuntou e passou a caminhar sobre o relvado de modo errante e (de novo) temerosa que o céu lhe caísse em cima. As substituições também não ajudaram. Marega entrou horrivelmente e parece-me que demasiado cedo. Já André saiu demasiado tarde (houve até quem jurasse não o ter chegado a ver...) e Evandro foi incapaz de religar a equipa e serená-la no processo. Enfim, ganhámos. E os outros ainda não. Aguardemos com este conforto de missão cumprida.



Outros intervenientes:


Estava eu a pensar "mas que raio de cromos são estes os de Belém" após o autogolo do Stromp Tonel para meia hora depois ter que engolir tudo. Tenho dificuldade em perceber onde acaba o mérito de Julio Velásquez e começa o nosso demérito, mas seja onde for certamente que ele existe (o mérito do espanhol). Ao trocar o goleador Tonel por Miguel Rosa e reorganizar a equipa (confesso que não prestei atenção a como o fez), conseguiu fazer sobressair a qualidade de passe e de construção ofensiva de Carlos Martins e Bakic (interessante), a propensão ofensiva dos seus laterais e as boas características dos avançados Juanto e Sturgeon. Eu sei que são muitos destaques, mas caramba, a certa altura pareceu-me que o Belenenses estava a jogar com uns vinte ao mesmo tempo! Não estava?...

Sobre o árbitro capelão, confirmou-se o que tinha previsto. Está demasiado escaldado pelos favores ao Benfica para ter margem para continuar a fazê-lo à descarada. Houve alguns erros de análise, sobretudo por parte de um dos bandeirinhas, e a habitual e contrastante mão pesada para com os nossos jogadores. Mas nada que marcasse o jogo.


Segue-se o Gil e a confirmação do Jamor. Obviamente, nem me passa pela cabeça outra coisa. Que joguem os menos cansados. É que no próximo domingo vamos a Braga.



Do Porto com Amor




sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Onde está a bola? #16 (e vencedor #15)


Estamos numa altura de muitos jogos sucessivos e por conseguinte aqui fica lançado o desafio para que possa ganhar mais 2 bilhetes para o Dragão, desta vez para assistir à segunda mão da meia-final da Taça de Portugal contra o Gil Vicente, que se disputará no próximo dia 2 de Março. 

Como sempre, os dois bilhetes ficarão ao alcance de quem conseguir deslindar onde está a bola verdadeira na imagem que se segue.




Já descobriu? Então deixe o seu palpite nos comentários!

Quero aproveitar para deixar uma nota adicional e introduzir uma novidade no passatempo. Tenho plena consciência de que há "apostadores" que semana após semana tentam a sua sorte mas que ainda não foram contemplados com o prémio. Pois é especialmente para esses "resistentes" que fica a mensagem: não desistam, não deixem de continuar a tentar, porque um dia destes haverá uma edição especial do passatempo onde o "azarado mais persistente" acabará por sorrir. E mais não digo...


Para se habilitar a ganhar, basta acertar qual das respostas à seguinte pergunta é a correcta:

Onde está escondida a verdadeira bola de jogo?

1 - Bola Laranja
2 - Bola Azul
3 - Bola Verde
4 - Bola Púrpura
5 - Não há nenhuma bola escondida na imagem.

Já tem o seu palpite? Então é só responder na caixa de comentários.


As regras são estas:

1 - Descobrir na imagem acima onde está escondida a bola de jogo verdadeira (ou se não está lá de todo) e escrever na caixa de comentários deste post qual a resposta certa, indicando igualmente um nome e um email válido para contacto em caso de vitória (pode comentar como "anónimo" desde que no comentário inclua estes dados).

2 - Entre os que acertarem, será sorteado o vencedor (através de uma app geradora de sorteios).

3 - Para ser elegível para os bilhetes, o concorrente deverá fazer o obséquio de registar e confirmar o seu email (nas "Cartas de Amor", na lateral direita do blogue) para receber notificações de novos posts e seguir o FB e o Twitter do DPcA (basta clicar nos links e "gostar" ou "seguir"). Sim, quem não tiver conta na(s) referida(s) rede(s), não será excluído por isso... mas cuidado porque o Lápis irá investigar :-)

4 - Apenas será aceite uma participação (a primeira) por cada email válido.

5 - Cumpridos todos os critérios, será anunciado o vencedor, que receberá instruções no seu email sobre como e quando levantar os bilhetes.

6 - Mesmo que já tenha Dragon Seat ou outro tipo de acesso, poderá oferecê-los a um amigo ou familiar que não tenha a mesma sorte.

6 - Este passatempo termina às 21h00 de dia 1 de Março e o vencedor será anunciado até às 12h00 de dia 2.

7 - Se o vencedor não reclamar o prémio até à data e hora referidas no email que lhe será enviado, será feito novo sorteio entre todos os que tiverem acertado na resposta (e assim sucessivamente até se encontrar um vencedor que reclame o prémio). 


Nota importante: dada o pouco tempo disponível para a realização desta edição do passatempo, é fundamental que todos os concorrentes estejam atentos ao seu email a partir das 21h15 de dia 1, para que caso vençam o concurso, possam confirmar o interesse e receber os bilhetes para o jogo do dia seguinte!



E é só! Mais simples não podia ser. Concorra e divulgue!


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Quanto à edição #15, referente ao jogo Porto - Dortmund, a grande vencedora foi a Carla Patrícia Costa que assim pode fazer uma grande surpresa ao marido e ao filho que juntos assistiram ao grande jogo europeu.

Para condizer com o adversário, a resposta certa só poderia ser... a Bola Amarela! Se ficou com dúvidas, comprove na imagem original abaixo.















Por último, eis duas das fotos enviadas pela Carla:



Grande ambiente e grande sorriso, apesar do desfecho final. Agora quem quiser celebrar ao vivo o apuramento para a final da Taça, já sabe... concorra!



Do Porto com Amor



Not Sporting Lisbon


Definitivamente, José Peseiro ainda não percebeu onde caiu de paraquedas. Em todo o caso, é bom que seja perspicaz e lesto a fazê-lo, caso contrário terá vida ainda mais curta do que muitos vaticinaram aquando do anúncio da sua contratação.


Impotentes à partida e à chegada. Ou então alguém perdeu o anel.


E pronto. Com esta horrível eliminatória europeia o mister Peseiro fez questão de explicar a todos por que motivo vinha tendo a carreira que todos conhecemos. Por ser pequenino, neste caso concreto demasiado pequeno para estar no FC Porto.

Peseiro, sozinho, perdeu 1/3 desta eliminatória.

Logo na abordagem que fez na antevisão da primeira mão, mostrou-se subserviente, temeroso e não conseguiu descortinar nada mais ousado do que apelar aos jogadores para não se deixarem derrotar por muitos. Disse e cumpriu, com a equipa que apresentou em campo mas principalmente com a forma de encarar o jogo. Mas esse jogo já foi devidamente escalpelizado.

Após um resultado que até se poderia considerar lisonjeiro face à exibição, sobrava esta segunda mão para demonstrar que a primeira tinha sido uma pálida amostra da capacidade desta equipa e, mais importante - muito mais importante do que isso, mostrar aos filhos da Merckel e a todos os que seguiram com infundado entusiasmo este duelo de champions (um sorriso amarelo) que o Porto é, ou melhor, continua a ser um clube especial.

Especial porque não sendo o que tem mais adeptos no país, é o que tem os melhores adeptos. 

Especial porque não tendo tido nunca orçamentos que se equiparem aos "rivais" europeus - onde se enquadra este Borussia Dortmund, nunca deixou de fazer das fraquezas força e minimizar essa décalage financeira com uma atitude insuperável. Sobretudo em casa.

Especial porque tinha o melhor presidente do mundo, que sabia escolher bem com quem se rodear, não hesitando em reparar um erro se assim o identificasse.

Mais uma vez, Peseiro preocupou-me na abordagem pré-jogo. Vamos ter calma, dizia ele. Um jogo de paciência, insistiu. Poderia até ser uma mensagem positiva, se nas entrelinhas não estivesse já o que eu mais temia: uma segunda dose de temor e subserviência. O que se confirmou em pleno.

E depois, entrou em jogo aquela dualidade tão típica do treinadorzinho português: ora encara o papão cheio de medo, ora, em acto de pura loucura, enche o peito de ar e a cabeça de minhocas e desata a reinventar o futebol mundial, promovendo alterações sem fim na equipa base para mostrar a todos quão genial sabe ser. 


"Que merd@ é esta?" pergunto eu...

Tantas foram as vezes a que já assisti a este filme que deveria ser-lhe indiferente. Mas não consigo. E suspeito que nunca conseguirei. Porquê? Porque sou do Porto. E ser do Porto não tolera nunca a cobardia disfarçada de prudência nem a palermice mascarada de genialidade.

Ainda no carro e a queimar etapas para chegar ao Dragão a horas, eis que de repente perco a pressa. Tomei conhecimento do onze inicial. Nem vou perder muito tempo com isto, apenas fazer uma afirmação: não estando Herrera e Brahimi lesionados, não há NADA que possa justificar a sua relegação para o banco. Nada. Fim de conversa.

Excepto, claro, a tal genialidade do portuguesinho, que para evitar que se notem as cuecas borradas decide vestir-se todo de castanho. O problema é que ainda assim tresandava... a medo. E a parvoíce, já o disse?

O jogo foi o que desde então se esperava, pois claro.  

E nem me venham acenar com o golo deles em fora-de-jogo ou qualquer outro erro de arbitragem. O grande erro, o colossal erro foi do nosso treinador. Ponto. Tivessem eles marcado ou não, tivesse o golo sido invalidado como deveria, não acredito que o desfecho fosse diferente. Porque na cabeça dos jogadores já estava bem estampado o carimbo da pequenez e da impossibilidade.

E reparem que por desfecho refiro-me ao deste jogo, nem sequer vou à eliminatória. Essa estava perfeitamente à mercê de ser perdida depois do resultado de Dortmund. O que nunca poderia ter acontecido foi este triste espectáculo de não sermos Porto. De não respeitarmos, uma vez mais, a nossa identidade. E de, enfim, passarmos mais uma triste figura para o palco europeu.

E já agora, mister, os aplausos no final não foram para reconhecer o "vosso" esforço. Aliás, aos 75 minutos começou a debandada do público que, tendo ficado até final, provavelmente não teria aplaudido. Depois, aquela cantoria autista das claques deve ter mais a ver com a recém-descoberta de que poderiam brilhar no Festival Eurovisão de Cânticos do que com satisfação propriamente dita. E por último, se houvesse esforço a reconhecer seria exclusivamente dos jogadores. Tivesse ficado sozinho no relvado e logo veria o que muitos pensaram da sua "exibição".

Lembram-se que comecei por dizer que Peseiro perdeu 1/3 da eliminatória sozinho? Pois, faltam os outros dois terços.


O segundo terço terá de ser evidentemente atribuído, qual medalha cavaca, à SAD na pessoa de Antero Henrique, o arquitecto-mor do nosso futebol profissional. E a Pinto da Costa, pois claro. As ridículas insuficiências de que padece o plantel são de um amadorismo que até há bem pouco tempo se julgaria impossível no Porto. 

Mas, por outro lado, até há bem pouco tempo a SAD não era nem uma sucursal das Doyens desta vida nem um palco de batalha entre Antero Henrique e Alexandre Pinto da Costa, o primeiro a distrair-se das suas responsabilidades para contrariar o regresso do filho pródigo (em disparates), o segundo a fazer um jogo sujo de guerrilha e a minar o mais possível o terreno que o primeiro pisa. Quem permite que isto aconteça é o mesmo de sempre, que também foi responsável pela imensa obra que todos conhecemos. E com tudo isto, perde o clube e perdemos nós, os que sofremos com ele.


Ide em paz e que o senhor dos futebóis vos acompanhe...

O último terço pertence justamente ao Borussia Dortmund, que além de ter uma boa equipa e um bom plantel, é um clube verdadeiramente especial. Como nós costumávamos ser, aliás. Também não são os maiores do seu país (há vários clubes com mais adeptos e mais museu e depois há o colosso Bayern a anos-luz de distância), mas estão seguramente entre os melhores. 

Tive a oportunidade de constatar na Alemanha como o clube está organizado para os seus adeptos nos mais variados pormenores. E claro, nada estranhamente, eles correspondem em campo. Com a maior média de assistências da Europa e com um apoio notável à equipa. E sabem que mais? Não há pipocas mas há pretzels e salsichas. E não é por isso que deixam de estar com a equipa de princípio a fim. E culminando com aquela comunhão entre jogadores e adeptos a que hoje todos (os que ficaram até final) puderam assistir. Não é exclusivo deles, já tinha assistido ao mesmo na derrocada da Munique, mas também não é isso que interessa, pois não? 

Até o seu jovem mas brilhante treinador foi de uma enorme delicadeza no final, não chamando a si ou à sua equipa todos os créditos deste sucesso. Por tudo isto, deixo-lhes os meus sinceros votos de sucesso para o que resta da competição.


Vamos a notas em modo compacto, mas com uma ressalva: quando tudo já estava condicionado pela estratégia, não seria justo penalizar em demasia os jogadores.


Notas DPcA: 


Dia de jogo: 25/Fev/2016, 20h05, Estádio do Dragão. FC Porto - BVB Dortmund (0-1).

Nota (7): Danilo

Nota (6): Casillas, Layún, Maxi, Marcano, Evandro, Marega, Suk

Nota (5): Ángel, Varela, Rúben, Abou, Brahimi, Herrera

Nota (1): Peseiro


Acabo como comecei. Peseiro teve um comportamento absolutamente deplorável na forma como encarou a eliminatória e cada um dos seus jogos. Apesar do primeiro erro, teve hoje uma oportunidade para se redimir. Mas atirou-a pela janela sem hesitar. 

Relembro que desde meados de Dezembro que defendo que a nossa única prioridade deve ser o campeonato (a que posteriormente juntei a taça, pela sequência de resultados). Portanto, nunca lhe iria cobrar o que quer que fosse na Liga Europa... excepto isto! Ser eliminado seria sempre mau, mas nunca dramático - contra qualquer adversário e ainda menos com o favorito dos bookies para vencer a competição. Mas sair de cena enxovalhado e diminuído é que nunca poderia esperar nem aceitar. E foi precisamente o que aconteceu. E isso não lhe perdoo. Caso ainda não tenha percebido, isto não é o Sporting. Isto é o Porto!

Para terminar em beleza, mais uma nota negativa para a política de preços definida para este jogo. A segunda desilusão da noite foi chegar finalmente ao estádio e reparar na grande quantidade de cadeiras vazias. Aparentemente, apostou-se em fazer muito com poucos, em vez de se apostar em encher o estádio através de preços acessíveis. Duplo erro: além de não ter o Dragão em plena força, a receita acabaria por ser a mesma ou até superior. Tanta asneirada num só dia...



Do Porto com Amor


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

TAP - Transmissão Assertiva do Presidente


E de repente, eis que o presidente que todos reconhecemos e de que o clube necessita, deu um ar da sua graça.




Foi um regresso no seu melhor estilo: lacónico, assertivo e multi-facetado. Em pouco mais de três minutos, conseguiu tocar em vários tópicos relevantes e, em minha opinião, na direção certa.

Começando pela TAP, que apelidou de "Transportadora Aérea da Portela", aproveito para partilhar a minha opinião que, suspeito, não diverge muito da da grande maioria dos portuenses e nortenhos em geral. 

Este assunto da supressão de rotas do Aeroporto Francisco Sá Carneiro foi trazido para as luzes mediáticas pelo presidente da câmara do Porto. Aliás, não fosse a insistência do edil e rapidamente teria voltado a cair no esquecimento. É que a imprensa centralista tem zero interesse em dar eco a este tipo de incómodos que os parolos lá de cima de vez em quando se lembram de suscitar. Caladinhos e de olhos no chão é que estaríamos bem. Até ao dia.

Não sou dos maiores fãs de Rui Moreira, mas neste assunto coloco-me inteiramente a seu lado. É absolutamente escandaloso que pela infinitésima vez os impostos de todos os portugueses sirvam para financiar uma empresa de capitais públicos (50%, fazendo fé nas últimas declarações do governo) que depois não se dispõe a cumprir o seu desígnio enquanto tal: prestar serviço público, que por definição deverá promover o bem-estar da população de forma universal, em conformidade com o princípio da generalidade que consagra.

Se as rotas em questão não são lucrativas mas ainda assim se prova serem essenciais para a economia da região Norte, não pode haver dúvidas em mantê-las, sendo esse prejuízo absorvido pela participação do Estado na empresa. Querer fazer passar a ideia que são este tipo de operações que levaram a TAP a sucessivas falências não é apenas ignorância, é também maledicência. Se não querem fazê-lo, pois muito bem: venda-se a totalidade do capital da empresa a privados, extingam-se os subsídios públicos à empresa e cada um que siga o seu caminho.

Portanto, total solidariedade da minha parte para com Rui Moreira e Pinto da Costa nesta questão. E quanto ao presidente do FC Porto, fiquei muito contente por ter voltado a marcar posição sobre assuntos importantes para a cidade. Nunca nos podemos esquecer que, por muito que doa a alguns, o FC Porto é a grande bandeira de toda uma região.

E quanto a mim, é simples, já tomei a minha decisão: #naovootap





Avançando para o futebol nacional, Pinto da Costa foi de Fafe a Paços de Ferreira em dez segundos, deteve-se por mais alguns e arrancou a toda a velocidade para a sede da FPF, onde se reúne este infame Conselho de Arbitragem, sobrando-lhe ainda "gás" para parar em Coimbra - terra do tal Ferreira Nunes - no regresso ao Dragão.

Não posso concordar com a demarcação que não fez sobre a visita dos Super a Fafe. Se não estava a par do que iria suceder, deveria tê-lo dito reprovando a atitude. Uma coisa é o que os membros da claque decidem fazer, outra é terem cobertura do presidente. Pelo que é descrito na imprensa, não chegaram a fazer nada mais do que intimidar o pai do lárapio Ferreira - compreendo e até subscrevo o interesse de fazer passar a mensagem ao árbitro, mas discordo que se tenham servido do pai para o fazer. Nestas coisas sou sempre a favor das abordagens directas, os familiares não podem servir de pontos de pressão sob ameaça de se tornarem danos colaterais. 

Por outras palavras, se quem apita é o filho, deveria ser ele a levar com o livro de reclamações. Mas já agora, pergunto: onde andaram os SD durante todo o ano passado? Nunca tiveram oportunidade de se cruzar com Vitor Pereira, Ferreira Nunes, João Capela, o próprio Jorge Ferreira, entre vários outros promotores do andor? Foi só agora que arranjaram tempo para intimidar um velhote?

Actualização: o comunicado dos SD sobre o episódio. Bonzinho, diga-se, indo até bem mais ao detalhe do que, por exemplo, o Dragões Diário, no que toca a expor a brilhante carreira do lampião de Fafe, mas que não me faz alterar nada do que já havia escrito. É óbvio que sabiam onde iam "jantar".


Chutado para canto o assunto, seguiu-se a referência à arbitragem vergonhosa de Paços. Disse o que tinha que dizer e pronto. Foi bom, mas deveria ser mais frequente - vindo do presidente ou de alguém da direção. E logo de seguida, comentou a nomeação para o jogo do Restelo - o serviçal Capela. Fez bem em jogar na antecipação, porque depois de derramado já não se consegue salvar o vinho - não gosto de leite, ok? Ainda que não me assuste muito esta nomeação, precisamente por ser tão descarada. Este árbitro já está tão conotado com o #colinho que dificilmente terá margem para se enganar contra nós. Ainda assim, ficou o reforço preventivo.

Seguiu-se a exposição do ridículo que assola a estrutura dirigente da arbitragem. Sem meias palavras, Pinto da Costa afirmou "Há coisas incompreensíveis. Há duas semanas, fui recebido pelo Conselho de Arbitragem para esclarecer determinadas questões e fui surpreendido com o facto de haver uma Comissão de Nomeações, formada por três membros - o senhor Vítor Pereira, o senhor Luis Guilherme e o senhor Lucílio Baptista -, sendo que em todas as reuniões dessa comissão, o senhor Luis Guilherme e o senhor Lucílio Baptista se abstêm, porque não estão de acordo com a forma como está a ser gerida a arbitragem, nomeadamente pelo senhor Ferreira Nunes, de Coimbra, que é quem controla as classificações dos observadores. E assim cairmos na situação ridícula em que o árbitro escolhido para a final da Taça de Portugal do ano passado tenha depois descido de divisão". 


Um deste dois é Ferreira Nunes, descubra qual!


Eu confesso que "também" não sabia disto. E não havendo um desmentido dos visados nas próximas horas, só poderemos considerar que é preciso o relato. E inacreditável. Como é possível isto? As duas múmias que se abstêm, em vez de se demitirem, estão lá a fazer o quê? Na fila para o tacho seguinte? Inacreditável. Ou melhor, inaceitável, porque de facto não é nada complicado de acreditar. E explica a facilidade com que Vitor Pereira gere a arbitragem ao sabor dos interesses do Benfica.


Por último, a referência a Maicon. "Toda a gente sentiu que depois daquele jogo ele não tinha condições para continuar a vestir a camisola do FC Porto". Só foi pena ninguém ter sentido, ainda antes deste episódio, que precisávamos de contratar um grande central. E a garantia que regressará no final desta época, ainda que suspeito (e desejo ardentemente) que seja apenas para picar o ponto e voltar a zarpar.


Tardou, mas reapareceu. E mais vale tarde do que nunca, não é verdade?



Do Porto com Amor



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Onde está a bola? #15 (e vencedor #14)


De volta com mais 2 bilhetes para oferecer ao leitor mais perspicaz e afortunado.

Desta vez para o jogo da missão (im)possível - a esperada remontada contra o Borussia Dortmund, que se joga já na próxima quinta-feira (dia 25) pelas 20h05.

Como sempre, para ter a possibilidade de ganhar os bilhetes, terá que decifrar onde está escondida a bola verdadeira na imagem abaixo - ou se não existe de todo.

Concentre-se, analise e arrisque o seu melhor palpite, vai ver que não dói nada!

Onde está a bola? #15


Para se habilitar a ganhar, basta acertar qual das respostas à seguinte pergunta é a correcta:

Onde está escondida a verdadeira bola de jogo?

1 - Bola Azul
2 - Bola Amarela
3 - Bola Verde
4 - Bola Púrpura
5 - Não há nenhuma bola escondida na imagem.

Já tem o seu palpite? Então é só responder na caixa de comentários.


As regras são estas:

1 - Descobrir na imagem acima onde está escondida a bola de jogo verdadeira (ou se não está lá de todo) e escrever na caixa de comentários deste post qual a resposta certa, indicando igualmente um nome e um email válido para contacto em caso de vitória (pode comentar como "anónimo" desde que no comentário inclua estes dados).

2 - Entre os que acertarem, será sorteado o vencedor (através de uma app geradora de sorteios).

3 - Para ser elegível para os bilhetes, o concorrente deverá fazer o obséquio de registar e confirmar o seu email (nas "Cartas de Amor", na lateral direita do blogue) para receber notificações de novos posts e seguir o FB e o Twitter do DPcA (basta clicar nos links e "gostar" ou "seguir"). Sim, quem não tiver conta na(s) referida(s) rede(s), não será excluído por isso... mas cuidado porque o Lápis irá investigar :-)

4 - Apenas será aceite uma participação (a primeira) por cada email válido.

5 - Cumpridos todos os critérios, será anunciado o vencedor, que receberá instruções no seu email sobre como e quando levantar os bilhetes.

6 - Mesmo que já tenha Dragon Seat ou outro tipo de acesso, poderá oferecê-los a um amigo ou familiar que não tenha a mesma sorte.

6 - Este passatempo termina às 23h00 de dia 24 de Fevereiro e o vencedor será anunciado até às 14h00 de dia 25.

7 - Se o vencedor não reclamar o prémio até à data e hora referidas no email que lhe será enviado, será feito novo sorteio entre todos os que tiverem acertado na resposta (e assim sucessivamente até se encontrar um vencedor que reclame o prémio). 

Nota importante: dada o pouco tempo disponível para a realização desta edição do passatempo, é fundamental que todos os concorrentes estejam atentos ao seu email a partir das 23h15 de dia 24, para que caso vençam o concurso, possam confirmar o interesse e receber os bilhetes para o jogo do dia seguinte!



E é só! Mais simples não podia ser. Concorra e divulgue!


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Quanto à edição #14, referente ao jogo Porto - Moreirense, o grande vencedor foi o estimado leitor António Alves. E desta vez foram muitos os que acertaram na resposta certa - Bola Azul - pelo que foi preciso um pouco mais de sorte para ser o escolhido! Aqui ficam as imagens habituais para a posteridade.


















E a foto enviada pelo António:




Do Porto com Amor






Uma Aventura Perigosa


Se tivesse que descrever este jogo sem falar de futebol, falaria de um jovem e (talvez por isso) inconsciente FC Porto que resolveu dar um salto do alto de uma falésia para águas desconhecidas, só pela adrenalina da coisa. Ora essa inconsciência poderia ter-lhe sido fatal, como infelizmente tantas vezes acontece com jovens imprudentes. 


Toma!
 

Tendo avaliado mal a altura, a primeira mazela surgiu logo aquando do impacto com a água e, quase de seguida, uma segunda pancada numa pedra, invisível lá do alto do rochedo de onde saltou. Dois golpes suficientes para lhe provocar desorientação e por fim a perda dos sentidos. Foi-se então afogando ao ritmo do peso do seu corpo inerte durante meia eternidade... até que de repente alguém lhe soprou do fundo do seu ser, num grito estridente: "Acorda! Ainda estás vivo e tens a vida toda pela frente!".

O jovem Porto abriu os olhos e começou de imediato a espernear rumo à superfície, debatendo-se com todas as suas forças contra a falta de ar que lhe começava a queimar os pulmões. Esbracejou, lutou, deu tudo o que tinha e o que não sabia ter e conseguiu, quase por milagre mas ainda muito a tempo, regressar à tona da água. Ufa. "Que disparate de aventura", terá reflectido. Eu até recomendaria mais prudência da próxima vez, mas desde quando é que alguém no auge da sua juventude dá ouvidos aos mais velhos?


As virgens ofendidas (que na realidade não passam de rameiras já na reforma) com a descrição de factos que fiz ontem da grande golpada em que se transformou o Paços - Benfica, não hesitarão em apontar em tom apressado e galhofeiro que não foi ninguém do fundo do ser mas sim o árbitro Luis Ferreira quem ressuscitou o Porto no jogo de hoje. Talvez tenha sido. Porque, ainda que muito mais duvidoso do que o número falhado do Grande Jonas, sou levado a pensar que o penálti pode ter sido mal assinalado. 

E digo "pode" e não um peremptório "foi" porque o defesa do Moreirense corta de facto a bola com a perna mais adiantada mas derruba Maxi com a outra perna (recolhida). Revi o lance muitas vezes e não fico com certeza se primeiro fez o corte ou o derrube. E sim, o Maxi forçou o contacto, mas isso não significa que não possa ser falta. Assim sendo, admito todas as opiniões neste lance, mas se tivesse sido eu a decidir (após as muitas repetições que vi), não teria marcado.

Mas isto foi apenas um lance. Um penálti. Um golo. Importante para a recuperação que depois acabou por acontecer? Certamente.

Mas não foi o único lance duvidoso com potencial influência no resultado final. Houve mais um. E não, não foi no nosso terceiro golo - quem quiser ser sério e meticuloso, que analise a imagem parada que a transmissão da Sporttv oferece. Não deixa dúvidas.

O que deixou muitas dúvidas foi o lance do primeiro golo do Moreirense. Porquê? Por isto:


handmade

No estádio fiquei com a sensação de que a bola poderia ter saído. Ao intervalo, alertaram-me com mais veemência para o lance. Chegado a casa, fui revê-lo. Infelizmente neste caso a transmissão não ofereceu nenhuma imagem parada (por que será?...), pelo que tive que tirar a foto acima por meios próprios. É conclusiva? Não, até porque não consegui capturar o momento exacto em que o jogador do Moreirense toca na bola (o momento que conta para a análise). Mas fiquei perto e com muitas dúvidas, mas desta vez inclinado para pensar que a bola saiu

Portanto, se quiserem fazer aquelas contabilidades estapafúrdias, fica 1-1 em lances com influência no resultado, o que não altera o resultado final em termos de atribuição de pontos. 

Mas o que importa repetir até à exaustão às rameiras reformadas é que são apenas dois lances num jogo, ambos de difícil análise e com eventual prejuízo para as duas equipas. Comparar isto com a grande farsa que foi o jogo de ontem do SLB é ser, como dizer... distraído - para não me alongar em adjectivações tão merecidas como indizíveis -, por não se terem apercebido que no jogo de Paços as decisões importantes foram todas em prejuízo dos visitados. E foram bastantes. E várias delas sem grande dificuldade de análise. 

Bem sei que este penálti de hoje deu um jeitaço aos merdia do regime, que imediatamente começaram a equiparar os dois encontros, colocando os benefícios no mesmo pé de igualdade. Acontece que só come essa palha quem a aprecia, por muitos que sejam. Eu não.

E pronto, já chega de não falar de futebol. A culpa é minha, que ontem não resisti a cutucar o vespeiro, pelo que hoje teria que me desenvencilhar das vespas furiosas. Feito. Quem não ficou satisfeito, é favor seguir adiante.


Estranhamente, mesmo a perder por dois, nunca acreditei que não fossemos ganhar. Não sei explicar objectivamente, foi aquilo que se costuma designar por sensação - que basicamente serve para explicar tudo o que não sabemos explicar.

Foi um entrada desastrada, mais uma. Eu continuo a detectar como problema maior o facto de não sermos ainda uma equipa. De não jogarmos como uma. Temos sectores, parcerias fixas e ocasionais, mas que raramente envolvem mais do que dois, três ou quatro jogadores. Faz-me lembrar o Plastic Man (será que alguém ainda se lembra destes desenhos animados?...), que ora esticava um braço 20 metros para a direita, ora deixava cair uma perna 40 para baixo, sem que o resto do corpo se movesse em consonância. Eu sei, Jorge Vassalo, estamos em pré-época. O problema é que realmente não estamos, porque o campeonato já conta com mais de vinte jornadas...

Valeu-nos que, além de mim, os jogadores e treinador também nunca deixaram de acreditar.

Mesmo com um regresso do intervalo demasiado frouxo para as necessidades. Mesmo demorando largos minutos até encontrar uma via aberta para a baliza adversária. Mesmo sem nenhum brilhantismo de alguma espécie. Tivemos coração sem perder a cabeça e conseguimos dar a volta ao jogo. E voltámos à tona, para sorver uma imensa golfada de ar puro. Até ao próximo mergulho, pelo menos...


A euforia e o alívio após o terceiro golo


Notas DPcA: 


Dia de jogo: 21/Fev/2016, 18h15, Estádio do Dragão. FC Porto - Moreirense FC (3-2). 

Casillas (6): Sofreu dois golos sem que nada pudesse ter feito para os evitar. Dizer que teve culpas no segundo é mesmo - desculpem-me a franqueza - não perceber nada de bola. De resto, esteve à altura a defender mais algumas investidas venenosas. 

Maxi (7): Cheio de gás de início ao fim, sempre disponível para participar nos assaltos ofensivos. Ficou (sem culpa) ligado ao primeiro sofrido ao não conseguir dominar um mau passe de Corona. E claro, arrancou o penálti que deu início à reviravolta. 

Layún (7): Mais um golo e uma assistência, este hombre não se cansa! Ou se calhar cansa, porque viu um amarelo estúpido que o afasta de Belém (mas o liberta para Braga). Outro bom jogo, sempre com predominância das tarefas ofensivas sobre as defensivas. 

Marcano (6): Num regresso forçado pela ausência de Indi, não cometeu nenhum disparate e cumpriu. O que para mim já me satisfaz, vindo de quem vem. 

<-63' Chidozie (5): Foi, desta vez, o elo mais fraco da defesa. Toda a sua irreverência e disponibilidade não chegam para ultrapassar a inexperiência. Cometeu várias vezes o erro fatal de dar o lado de dentro ao avançado, com destaque para o primeiro golo sofrido. Nada que não se corrija com o treino. Note-se que no segundo golo não foi réu - quem fez o golo foi um médio vindo de trás e já sem o acompanhamento devido.

Danilo (7): Outro jogo onde foi obrigado a fazer duas posições e sem que a sua exibição global se ressentisse. É, por agora, o jogador mais à Porto.

André (6): Continua desligado do jogo da equipa, ficando muitas vezes a ver a bola passar. Pode ser por motivos físicos ou porque simplesmente está mentalmente desconectado. Acontece a todos, mas convém que não dure demasiado...

Herrera (7): "Bom jogo do mexicano, mesmo considerando a habitual meia-dúzia de passes obtusos. Esteve em muitos espaços do campo, tentou pressionar alto, ganhou bolas" e ainda fez uma assistência.



"Bem está o que bem acaba"


<-46' Corona (5): Não é por falta de trabalho, é pela qualidade do mesmo. Muitas vezes em esforço, decisões erradas na altura de fintar ou passar e, acima de tudo, pouca objectividade. Mas o talento está lá, pelo que também se espera que seja uma questão de tempo e treino.

<-86' Brahimi (6): Semelhante a Corona mas com muito mais impacto nas movimentações ofensivas do que o mexicano. Até porque, mesmo parado, concentra atenções.

Melhor em Campo Suk (8): Que rica estreia a titular, ah seu Suk? Torci o nariz quando o vi no onze mas o jogo só demonstrou que o treinador estava certo e eu errado (como deveria ser sempre). Um lutador nato, aparentemente incansável durante os noventa minutos, ganhou muitas bolas e permitiu segundas ondas de assalto. E claro, o golo que faltava e que tanta falta nos estava a fazer. 

->46' Evandro (7): Que bom, Evandro! Há tanto tempo que suspirava por poder escrever bem de ti, rapaz. Será que te retiraram de vez o chip LPTG? Parece que sim, dada a pouco habitual assertividade com que ajudaste a equipa a verticalizar o jogo rumo à baliza contrária. Nada de passes e mais passes laterais ou para trás, hoje foi quase sempre para a frente e com propósito. Mereceste poder marcar o golo da vitória, mereceste sim senhor. Quero mais. 

->63' Marega (6): Não dei muito pelo moço, para ser sincero, mas é factual que os dois golos aconteceram após a sua entrada. Vi-o aqui e ali a tentar perfurar o flanco e a combinar com Maxi e um dos médios e a impor a sua estampa na área. Parece-me positivo.

->86' Varela (-): Entrou para acalmar as águas e deixar o relógio correr. Sem tempo suficiente para justificar nota.

Peseiro (7): Não me posso entusiasmar quando estivemos tão perto de não ganhar o jogo. Tenho de racionalizar os dois golos adversários como parte do seu trabalho que não foi tão bem feito. Pronto, já está. Agora vou entusiasmar-me e dizer que foi também ele que deu condições à equipa para conseguir inverter o mergulho em queda livre. Além de Suk, também me deixou de pé atrás a entrada de Evandro para o lugar de Corona (não pela saída mas pela escolha para entrar). Mas tal como com Suk, acertou em cheio e demonstrou cabalmente porque se senta no banco e eu na bancada. Era fundamental ganhar e penso que passou bem a ideia. E pós-jogo (já sem contar para a nota), gostei muito das declarações que fez na conferência de imprensa. Sem se alongar em demasia, disse tudo o que devia e que eu queria ouvir. Muito bem.



Outros intervenientes:


Vinha com a lição claramente bem estudada este Moreirense de Miguel Leal. E ao contrário do Arouca de um tal (de)Lito, nunca deixou de querer que se jogasse futebol, nem mesmo a vencer por dois. Tem dois laterais e dois alas interessantes, médios com alguma qualidade, mas são Iuri Medeiros e Boateng quem se destacam dos demais. Aliás, custa-me entender como o açoriano não está ao serviço de JJ, uma vez que na minha opinião não têm ninguém melhor.

Sobre o árbitro já escrevi demasiado. Deixo apenas uma nota adicional relativa ao lance a que o presidente do Sporting se referiu do alto do seu imenso tempo livre. Aos 85 minutos houve uma descoordenação entre o juíz principal e um auxiliar, mas felizmente o árbitro é que tinha razão: a bola bateu claramente no peito de Varela. Claramente. Excepto para o Dito, que comentava o jogo na sporttv - e talvez por isso o presidente lagarto se tenha deixado entusiasmar, ou terão sido as más repetições da transmissão, não sei.


Segue-se o Dortmund e uma missão pouco possível. Mas não impossível. A ver vamos.



Do Porto com Amor




sábado, 20 de fevereiro de 2016

A Grande Farsa


Na altura decisiva do campeonato, eis que o infame #colinho regressa em força. E nós, o que fizemos sobre o assunto?


"Wendy, I can fly!"


Aparentemente nada. Porque nada mudou desde então.

Hoje houve um tal de Jorge Ferreira, um velho soldado do #colinho cirurgicamente nomeado para o jogo pós-derrota na Luz. Esta cavalgadura não me merece um pingo de respeito e por isso não o vai receber. Afirmo-o sem rodeios e nenhum receio de me enganar: Jorge Ferreira é muito mais do que um mau árbitro, é um mau árbitro com uma missão. Qual? Simples, a de favorecer o SL Benfica.

Os motivos por que o faz já me escapam e nem sequer me preocupam de sobremaneira. Seja para se manter no "topo" dos apitadeirtos nacionais, pelo amor clubistíco ou como forma de acautelar o futuro pós-arbitragem numa qualquer empresa de pneus ou construção imobiliária. 

O que é factual é que hoje adulterou por completo o desfecho do jogo Paços de Ferreira - Benfica, em benefício claro dos de Lisboa.

O lance decisivo é obviamente o da inexistente grande penalidade que marcou em cima do intervalo e que repôs a vantagem no marcador dos encarnados. Estava perfeitamente em cima do lance, com total visibilidade e não hesitou. Tal como não hesitou, momentos antes, em dar amarelo ao avançado do Paços por simulação na área contrária. Para mim nenhum dos dois seria penálti, mas a ter que marcar um, o que favoreceria os da casa seria bem mais penálti do que o segundo. Uma farsa completa.

Além disto, quase todas as decisões foram a favor dos mesmos. Incluindo o terceiro golo, em que há falta de Jardel sobre o defesa pacense e aparentemente também offside de Jonas. Tudo no mesmo lance. E para fechar com chave de ouro, outro agarrão do mesmo Jardel, agora na área benfiquista, que obviamente passou em claro.

Vou repetir: Jorge Ferreira ou é corrupto, ou é incompetente ou é as duas coisas. Eu aposto na terceira hipótese

Terá sido apenas neste jogo? Obviamente que não. Há um historial de benefícios ao Benfica e prejuízos para os seus adversários que o comprova. Agora tenho amigos à espera para jantar e o energúmeno não merece que me prive de um segundo que seja da sua companhia. Mas mais tarde completo o post com o seu vergonhoso currículo.

Luis Filipe Vieira deixou, atempadamente, o aviso à navegação , para quem o quis ouvir. 

Aparentemente, nós não quisemos. 

Hoje assistimos a mais um resultado fabricado por um energúmeno que ou é vigarista, ou é incompetente ou é as duas coisas. E amanhã a vida continuará, como se nada de anormal se tivesse passado. Com sorte, lá teremos uma penosa penada do Dragões Diário, a disparar contra o energúmeno, como se de mais um adepto sem responsabilidades se tratasse.

Pois eu digo-vos sem rodeios: estou farto de ser comido por lorpa

Se Pinto da Costa e a sua direção não sabem, não podem ou não querem lidar com a situação, então que renunciem aos seus cargos, convoquem eleições e não se recandidatem. É vergonhoso o que nos tem sido feito de fora para dentro. Para além de tudo o resto.


Do Porto com Nojo