dezembro 2015

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Adeus 2015 (e até nunca mais)... Olá 2016!


O ano que testemunhou a estreia deste vosso Do Porto com Amor foi padrasto para a nação portista, pelo que vê-lo partir é mais do que um alívio, é uma esperança renovada.




De facto, 2015 foi um dos piores anos da nossa equipa sénior na era PdC, pelo simples facto de que temos tantos troféus a 31 de Dezembro como os que tínhamos a 1 de Janeiro... é verdade, zero conquistas. Tal como em 2014, o que aumenta a gravidade da situação... Como se não bastasse, nas outras modalidades e escalões as coisas não foram muito melhores. Com a honrosa excepção do Andebol e do Bilhar, pouco mais se safou... Bloody year!


Palavras chave do ano portista:

#colinho - 2015 assistiu envergonhado ao culminar de uma das mais desavergonhadas manipulações e consequente adulteração dos resultados desportivos, consagrando o SLB como um falso campeão nacional, tal a quantidade de ajudas ilegais que recebeu das arbitragens em muitas das suas vitórias que, sem as quais, não o seriam. Uma vergonha sem fim do futebol português, que todos os portistas de bem farão questão de passar de geração em geração até à eternidade.

Lopetegui - chegou com o benefício da dúvida de ser escolha presidencial, apesar de desconhecido de 99,9% dos portistas, mas rapidamente se encarregou de se tornar persona non grata no Dragão. Se em 2014 ainda passou mais ou menos incólume, em 2015 conseguiu uma trajetória quase sempre ascendente em termos das reações alérgicas que foi criando nos portistas, com destaque para este último mês do ano, onde inclusivamente muitos pedem a sua cabeça. Não vejo nenhuma linha em que 2016 possa ser melhor, mas pelo menos tem ainda a possibilidade de sair campeão.

Munique - noite de puro horror que marcará para sempre a passagem do basco pelo nosso clube. Tendo assistido ao vivo, imagino que ainda tenha sofrido mais (ou pelo menos, durante mais tempo) do que quem televiu a hecatombe. É a definição do inferno com chuteiras.

Sporting - teve o seu melhor ano desde que o fanfarrão de Carvalho assumiu os destinos do clube, conquistando a Taça de Portugal com Marco Silva e a Supertaça com JJ. E termina o ano em grande, apesar da queda recente para o segundo lugar do campeonato e da eliminação da taça às mãos do Braga.

Jorge Jesus - teve um ano em cheio o mestre da pastilha. Festejou o campeonato e a taça da liga pelo SLB e mudou-se para o Sporting, fazendo estremecer a nação encarnada e rejubilar os leões. Goste-se ou deteste-se, o que é factual é que desde então já limpou o sebo por três vezes à antiga equipa e está na luta pelo campeonato. É pouco? Para mim, chegava...

Hola Mexicana  - e de repente, fomos invadidos por uma horda de jogadores mexicanos, sendo já cinco os contratualmente ligados ao clube: Herrera, Corona, Layún, Gudiño e Reyes.

Benfica - mesmo subtraindo a vergonha que foi o #colinho, ainda sobrou muito de positivo para contar, com destaque para as conquistas nas várias modalidades ditas amadoras. Por muito que me custe (e custa), 2015 foi um ano bom para o SLB.

Andebol - mais um ano extraordinário da nossa equipa de andebol, conquistando títulos a nível interno e respeito e simpatia no exterior. Como expoente máximo desta equipa, o fabuloso Gilberto Duarte. E o feito mais importante, a passagem de testemunho "sem" sobressaltos de Obradovic para Ricardo Costa.

Brahimi - é porventura o nosso maior craque da actualidade e foi concerteza o jogador do ano de 2015. Um desequilibrador nato, sempre disposto a arriscar, e que ainda tem margem razoável de progressão. Foi muitas vezes o salvador da equipa e noutras o seu impulsionador.

Debandada - Óliver, Jackson, Danilo, Casemiro e Alex Sandro, só para nomear os mais sonantes, deixaram o clube no defeso, obrigando à reconstrução do plantel. Foram muitos titulares a sair de uma vez só, algo de que deveria fazer pensar os responsáveis do clube.

Maxi - a transferência do verão, a par de JJ, foi um autêntico dois-em-um: por um lado, substituímos Danilo sem ficar a perder, por outro, foi um belíssimo punhal cravado nas costas dos nossos amiguinhos vermelhoszzz.

André André - menos sonante mas não menos impactante, desta feita no jogo colectivo da renovada equipa. Chegou e impôs-se surpreendendo até quem melhor o conhecia, granjeando de imediato o carinho da massa adepta, por ser identificado como um dos potenciais portadores da tal mística.

Layún - uma enorme surpresa, que tem aumentado praticamente de jogo para jogo, ao ponto de hoje ser um dos mais influentes na manobra da equipa. Destaque especial para as assistências nas bolas paradas. Espero que já esteja "fechada" a sua contratação em definitivo.

FIFA - finalmente, as suspeitas foram substituídas por acusações formais, detenções e afastamentos. Com Blatter no topo da lista dos vigaristas, quem realmente perdeu foi a credibilidade deste desporto. Espero que ao menos sirva para fazer uma verdadeira revolução dentro do organismo. A acompanhar em 2016.

Platini - o tal que se armou aos cucos aquando da vergonhosa cilada que a infame dupla SLB - Guimarães nos montou na UEFA, procurando afastar-nos da competição onde (como sempre) chegamos por mérito próprio. Um dos episódios mais vergonhosos do nosso futebol, com autores bem identificados, a apadrinhado por este palerma que afinal... é apenas mais um "padrinho", que se vende por um milhão ao ano. É mesmo caso para repetir: "largos dias têm cem anos"... 

Do Porto com Amor: pois claro, teria que terminar assinalando que este (vosso) blogue nasceu a 18 de Maio de 2015. E vejam só como cresceu viçoso! :-)





E do mundo em geral:


FC Barcelona - ainda outro ano de quase-absoluto domínio do futebol mundial de clubes, liderado pelo tridente Messi - Neymar - Suárez, a que nem o Bayern de Guardiola resistiu. Um registo absolutamente histórico.

Miguel Oliveira - a mais jovem promessa portuguesa do motociclismo afirmou-se como um piloto de topo (ainda em ascenção) e queimou mais uma etapa rumo ao MotoGP. Para continuar a seguir com muito interesse

Refugiados -  na Europa, nenhuma outra única palavra definiria melhor o ano de 2015. Vagas sucessivas de migrantes chegaram às fronteiras do continente, vindos de locais assolados pela guerra e pela falta de futuro. Pelo caminho, milhares pereceram em naufrágios, abafados em camiões e em outras mais situações macabras, qual delas a mais indecorosa. Quo vadis, Europa?

Síria - um (ex-)país devastado pela guerra civil, onde ninguém é inocente ("amigos" estrangeiros incluídos) excepto a população civil. Uma vergonha para a Humanidade, que assiste impávida.

Charlie Hebdo - um atentado terrorista ao jornal satírico que gerou uma enorme onda de solidariedade mas que pouco ou nada mudou, excepto para os que perderam familiares e amigos naquele dia.

Paris - ainda a refazer-se do ataque ao Charlie Hebdo, novo atentado, desta vez em vários locais públicos em simultâneo, a fazer centenas de vítimas e - aqui sim - a obrigar os parisienses, franceses e europeus em geral a alterar alguns dos seus hábitos. 

Grécia - a debacle helénica, a viragem à esquerda e o regresso ao centro. Uma verdadeira tragédia grega em vários actos.

Bancos - mais uma tragédia, desta vez para os contribuintes portugueses. BES e BANIF. E ninguém está preso. E ninguém está acusado. E ninguém foi apedrejado em público. Quo vadis Portucale

New Horizons - 2015 assistiu à chegada da missão não-tripulada da NASA ao seu destino primordial, Plutão, sendo a primeira a sobrevoar o planeta-anão e fixando assim um marco na investigação espacial.

Episode VII - um fã da saga Star Wars como eu jamais poderia deixar de fora o lançamento do sétimo episódio, o primeiro sob a chancela da Disney e por sinal, muito bom.

Obituário: Manuel de Oliveira, Leonard Nemoy (Mr. Spock), Christopher Lee (Drácula), Omar Sharif, B.B. King, Jonah Lomu


Estas são as minhas escolhas, selecionadas de forma quase espontânea. E as suas, estimado leitor, quais são? O que acrescentaria a esta lista?

Fico a aguardar pelas respostas, enquanto recebo o novo ano de braços abertos e lhe desejo, estimado leitor, que tenha em 2016 um excelente ano! (e que a Força esteja convosco - sou geek, querem o quê?)



Do Porto com Amor (e esperança renovada)




quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Marítimo e os fantasmas de Verões passados


Início desastrado e desastroso da caminhada na Taça da Liga, contra um Marítimo orientado por um treinador que já esteve demitido ou demissionário...

zerozero.pt


Uma vez mais, quando tudo se parecia conjugar para uma trajetória ascendente, deixámo-nos assombrar por velhos fantasmas da ganadaria Julen Lopetegui. 

Poupanças normais, onze inicial perfeitamente aceitável, tudo "no sítio" para se conseguir a vitória esperada. Tudo? Tudo menos... a roleta cósmica. Hoje os astros não se alinharam para que a vitória nos sorrisse. E como todos sabemos, é mesmo preciso que eles se alinham para que o nosso estilo de jogo se traduza em vitórias.

Na actualidade, é quase normal que as equipas adversárias nos pressionem alto, sem receio de serem surpreendidas por uma recuperação nossa, simplesmente porque... não temos velocidade de progressão. Tudo nesta equipa é demasiado pausado, previsível, quase robotizado. Não existem rasgos criativos que promovam desmarcações sucessivas. Ou melhor, existem mas são raros, demasiado espaçados, claramente insuficientes.

Claro que se tivéssemos um Deco, um Laudrup, um Ronaldinho ou um Zidane, esses lances de ruptura acabariam por surgir naturalmente graças ao seu talento individual. Aliás, o próprio Óliver deu-nos uma pequena fracção dessa genialidade na época passada. Este ano não temos ninguém que demonstre ter essas características e assim sendo, a equipa sucumbe demasiadas vezes no beco sem saída que é o modelo de jogo de Lopetegui. 

O esforço criativo dos nossos médios não encontra no sistema de jogo um ambiente propício para se tornar eficaz e portanto quase tudo se resume aos passes laterais, curtos e longos, às triangulações quase de rua entre lateral, médio (ou avançado) e extremo. A equipa não se comporta enquanto tal nestes processos de conquista de espaços e progressão rumo à baliza contrária.

Falta intensidade, falta frequência, falta sentido de urgência em chegar à vantagem no marcador. Quase tudo, portanto.

Neste quadro, quando o adversário a) nos conhece, b) está disposto a correr pelo menos tanto como nós e c) não tem receio de pressionar alto, a nossa probabilidade de vencer reduz-se drasticamente.

Juntando a estes três "requisitos" a eficácia do adversário e erros inadmissíveis, temos um resultado como o de ontem. E aos poucos que ainda possam acreditar que perdemos sobretudo por estes dois últimos factores, sou obrigado a explicar-lhes o óbvio: se jogássemos à Porto desde o primeiro minuto, teríamos grandes hipóteses de chegar ao intervalo deste jogo a vencer por dois ou três golos, e portanto, já a salvo de eficácias alheias e erros próprios.

O jogo da noite passada, tal como vários outros no consulado de Lopetegui, começou a ser perdido no momento que o basco apertou mãos com Pinto da Costa. A nossa primeira parte foi "normal", mesmo sem jogar especialmente bem controlamos quase sempre o Marítimo, atacamos ao "nosso" ritmo e poderíamos ter marcado numa ou noutra ocasião. Mas também não chocou ninguém o nulo ao intervalo. É assim este Porto, demasiado à mercê da fortuna. "Se der, deu. Se não der... não deu".

Ontem não deu. Um golo maritimista madrugador lançou a equipa num incompreensível pânico e o caos tomou por completo conta de toda a (des)organização defensiva. Depois, bastou Marcano oferecer o segundo para que todos no Dragão tomassem consciência de que a derrota seria o desfecho mais provável. O canto do cisne foi o falhanço de Abou na cara de Salin. Depois disto, todos ficaram com a certeza de que iríamos mesmo ser derrotados. O que se passou depois, até final da partida, já pouco interessava.

Mais uma vez, uma parte dos adeptos revelou a sua impaciência desde bem cedo e com isso, acabou por contagiar outros tantos no processo. Não me vou sequer referir a justeza ou não desse descontentamento, porque não é para mim o mais importante. Relevante para mim é que as pessoas não se preocupem com o impacto dos assobios e lenços brancos, não só neste jogo mas também no(s) próximo(s).

Já todos sabemos que o futebol de Lopetegui é isto. É mau e não dá mais. MAS É O QUE TEMOS! 

Portanto, na minha perspectiva, restam-nos duas opções: assobiar loucamente até final da temporada e dificultar ainda mais o que, por si só, já nunca será fácil; ou apoiar a equipa incondicionalmente DURANTE os jogos e reservar os assobios para o final de cada um deles. 


Eu continuarei sempre a apoiar nos maus momentos (hoje doem-me as mãos de tanto ter aplaudido na segunda parte) e a abster-me nos bons, deixando esse "espaço" para quem mais dele necessita. Espero que não venhamos a ter portistas contra portistas nas bancadas da nossa casa, fruto deste ambiente que se começa a tornar irrespirável. E se achar que devo pedir explicações a alguém, será ao presidente e no final da época. Porque Lopetegui para mim é apenas um qualquer figurante de The Walking Dead. 



Notas DPcA: 


Hélton (6): Na função de GR esteve bem, sem excelências nem reparos. O que me interessa descrever é a sua atitude: extraordinária. Com a saída de Quaresma, passou a ser definitivamente o único que percebe e merece usar a braçadeira. Obrigado Hélton e que nunca te doa a voz. 

Victor Garcia (6): Mais uma chamada e para mim até foi aquela em que esteve melhor. Não lhe consigo apontar responsabilidade na derrota. Justifica mais avaliações na primeira equipa. 

Ángel (5): Alternou coisas boas com coisas más, sendo um dos "culpados" pelo caos em que se transformou a nossa defesa após o primeiro golo. Esteve melhor na primeira parte, depois afundou-se com a equipa. 

Maicon (4): Continua a exibir o seu lado lunar e já muitos perderam a paciência para o aturar. Faz passes absurdos e demora eternidades até... falhar os passes. E defensivamente também não dá confiança a ninguém. Só o facto de ter Marcano como comparação o faz parecer menos mau... 

Marcano (1)Eu quero-o fora da equipa. Eu quero-o fora da equipa. Eu quero-o fora da equipa. Espero que a combinação mágica seja esta e ele desapareça. Até que se recomponha. Get your shit together coño. Or get lost. 

<-46' André André (6): Está  recuperado da misteriosa lesão e voltou para ganhar ritmo. Sim, porque quem sai ao intervalo mesmo estando a ser dos melhores, não pode ter sido lançado a pensar neste jogo. 

<-67' Sérgio Oliveira (7)Mais uma boa exibição a pedir mais oportunidades. Por outro lado, é dos poucos que tenta sair fora da cartilha lopeteguiana, acrescentando imprevisibilidade e velocidade, e isso poderá sair-lhe caro... 

Evandro (5): Por oposição a Sérgio, é hoje um autómato rendido ao espartilho do treinador. Tic Tac Click Clack. Abdica de pensar diferente o jogo, de ousar criar. É cinzento tudo o que faz. Não só não acrescenta como subtrai ao jogo da equipa. Assim, não gosto e não quero. 

<-75' Varela (5): Jogo discreto, sem garra nem gás. Começou a acelerar mas rapidamente desapareceu. M.I.A. até à substituição. 

Tello (5): Esteve melhor do que em muitas das suas participações anteriores, mas ainda assim abaixo do exigível. Tal como Ángel, esteve bem na primeira parte mas na segunda revelou-se incapaz de ajudar na necessária recuperação. 

André Silva (6)Finalmente teve a sua estreia, mas por certo longe do que tinha sonhado. Não só a equipa perdeu como a sua exibição denotou nervosismo e ansiedade que o impediram de fazer pelo menos um golo em condições favoráveis. Nada de grave para o seu futuro, obviamente. Mas o caminho faz-se caminhando. Lutou sempre é foi recompensado no final com uma boa assistência para o nosso golo de honra, que lhe garante um ponto extra. 

->46' Imbula (2)45 minutos pouco mais do que miseráveis, com responsabilidade directa no primeiro golo sofrido. Entrou para "6" e a equipa desintegrou-se a nível defensivo... E a atacar, quase nada. Muito fraco.

->67' Corona (5): Entrou já em desespero de causa e começou por agitar as águas, mas não o suficiente para impulsionar a equipa para outro patamar. Tentou, lutou, mas não brilhou. 

->75' Aboubakar (6): Poderia ter sido o impulsionador da reviravolta, se não tivesse falhado na cara de Salin aos 76', quando "apenas" perdíamos por dois. Ainda assim, fez o seu golo e isso é sempre bom para a confiança. 

Lopetegui (5): Hoje não teve sorte, mas francamente não merece tê-la. A troca de André por Imbula acabou por ser ruinosamente decisiva. Mas insisto, esta derrota deve-se muito mais à sua ideia (?!) de jogo do que às opções tomadas para esta partida. E, mais uma vez, foi o primeiro a refugiar-se no balneário mal soou o apito final, abandonando os seus jogadores no relvado, que assim enfrentaram sozinhos o natural descontentamento do Dragão. Será que ele percebe por que motivo alguns como Hélton foram ovacionados apesar da derrota? 



Outros intervenientes:


 Devo obviamente felicitar o Maritimo pela sua primeira vitória em nossa casa (mais um achievement de Lopetegui...), mas sobretudo porque acabou por merecê-la em função da eficácia que revelou. Os dois avançados, Marega e Dyego Sousa, são bons de bola e chegam e sobram para uma dupla de centrais como a nossa de ontem. Outros estiveram bem, como o lateral Patrick que saiu lesionado, mas no geral toda a equipa se comportou à altura. Parabéns por isso a Ivo Vieira.

Vasco Santos saiu mal na fotografia e com claríssimo prejuízo para o Porto. Erro clamoroso ao não expulsar Alex Soares pela agressão a Evandro e muitas dúvidas (quase certezas) em dois lances merecedores de grande penalidade cometidos por maritimistas, um em cada parte. Lances com influência directa no jogo e que poderiam ter ditado outro resultado final. Desta vez saímos claramente prejudicados pela arbitragem. Acontece.

Em contraste, chegou-me o resumo para constatar as escandalosas decisões de João Capela no jogo SLB-Nacional. Uma expulsão e um penálti evidentes perdoados, ambos cometidos por Lisandro. Num jogo que terminou com o resultado de 1-0.

O historial deste árbitro com o SLB fala por si: 13 jogos, 12 vitórias e 1 empate. 33 golos marcados, 0 golos sofridos. Este não tenho o mínimo pejo de apelidar de corrupto: mesmo que não retire benefícios materiais das suas maquinações, vai para casa com a satisfação de ter ajudado a sua equipa a ganhar. E isso só se admite a jogadores, treinadores e adeptos. CORRUPTO.


Tudo espremido, ficamos praticamente fora desta competição e vamos a Alvalade sobre brasas, desperdiçando de forma incrível a upper hand que a chegada à liderança nos tinha oferecido.

Já veremos como a equipa vai digerir esta derrota e que sinais dará para o clássico. Para já, concentremos esforços em oferecer uma despedida condigna a 2015 (de patins e uma palmada nas costas). 


Do Porto com Amor
 


segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Números Mágicos de Natal - 14, 78 e 457


Que rica prendinha de Natal. Aliás, diria até que o velhote adormeceu ao volante do trenó e se esbardalhou de frente contra o Dragão, deixando por lá o carregamento todo (de presentes, não confundir com os carregamentos da série Narcos da Netflix/Porta18).


Exclusivo DPcA: imagem capturada logo após o acidente!


Por esta eu não esperava. 

Não tão cedo e não desta magnitude. Quatrocentos e cinquenta e sete milhões e quinhentos mil euros.

Mesmo estando ainda detalhes importantes do contrato por esclarecer, parece seguro glorificar já o óbvio: é um excelente negócio para o Porto.

Mesmo diferido no tempo em dois anos e meio, é excelente. Mesmo incluindo o patrocínio das camisolas por sete épocas e meio, é excelente. E também por dar um alcance global ao Porto Canal, é excelente. Só terei pena de deixar de ver a nossa segunda pele ao natural, sem "tatuagens" de terceiros.


Como não podia deixar de ser, mal se começou a saber do acordo, começaram de imediato as comparações entre este negócio e o do SLB. Tal como vaticinei na altura, aquele contrato (além de ser excelente) seria um pioneiro que desbravaria caminho para os outros grandes. Mas esse é assunto que não me interessa, se querem medir quem tem o maior, que o façam em urinóis públicos.

O que é evidente e inegável é que o valor global anunciado é superior. Tudo o resto, sem saber todos os detalhes de ambos os contratos, é falar de cor. Bem como o facto de, pese embora ter uma marca menos valiosa e um público alvo inferior, o Porto ter conseguido um negócio da mesma magnitude. Isso sim, é para mim muito relevante e revelador. Eu sei que dói muito a muita gentinha, mas é a vida: aguenta e não chora. E quanto aos que ainda nada têm, o conselho é o mesmo.

Por último, uma palavra para a Porto Comercial. Fica assim provado que a estratégia adoptada - de não vender nada ao desbarato - foi a correcta. Se em variadas vertentes o clube têm ainda um caminho a percorrer, neste estão de parabéns (ou se preferirem, num tom de maior exigência, cumpriram com distinção as funções para as quais foram contratados).

E já agora, não se preocupem. Tirando as inevitáveis intervenções plástico-ortopédicas a Rudolfo e demais parceiras, está tudo bem. O velhote usava airbag frontal, que lhe amorteceu o impacto no concreto do estádio e mal chegou o trenó de substituição, regressou ao trabalho bem a tempo de terminar o serviço sem atrasos de maior.


Uma prendinha de 457,5 milhões... Bruno Sousa

Termino endereçando enérgicos parabéns ao presidente Pinto da Costa, que hoje cumpre o seu 78º aniversário. Uma bonita soma de invernos que teve como primeiro presente o tradicional jantar de recandidatura, promovido pelos mesmos de sempre e mais alguns, confirmando disponibilidade para continuar a liderar o clube naquele que será o seu mandato nº 14, se a maioria dos sócios assim o entender.

Um gesto que reforça a minha convicção de que Pinto da Costa só deixará o clube em um de dois cenários: ficando física e/ou mentalmente inapto ou quando os sócios escolherem outro candidato (onde estais vós, a propósito...). Até lá, só lhe peço - aliás, exijo, porque sei que ele não quereria menos - que continue a colocar o clube acima de tudo o resto. Se assim for, estaremos sempre muito perto de continuar a ganhar. Largos mandatos têm cem anos...



Do Porto com Amor (e parabéns)




quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Votos Natalícios


Os (pouco) tradicionais votos da época, em tons de azul e branco.




Caro leitor, 

Não me sinto confortável, com tanto de indecente, imoral, desumano e abjecto que se passa por este nosso mundo fora, a desejar-lhe um "Feliz Natal" sem me referir a essa imensa maioria que não terá nem natal nem felicidade. Nem sequer um tecto, ou o que comer, o que vestir ou - no mínimo - o afecto de um outro ser humano. Não vale a pena e não é justo para eles fazer de conta. Eles (elas, velhos, novos, brancos, pretos, amarelos, vermelhos) existem e alguns estão mesmo diante de nós. Passámos por eles muitos dias, todos os dias, como se fossem invisíveis. Falo por mim, claro.

Tenho consciência de que faço pouco, muito pouco por essas pessoas. Faço alguma coisa, mas poderia fazer muito mais. É este o desafio que lanço a mim próprio para 2016 e que aqui partilho convosco. Fazer mais pelos outros, os que realmente precisam.

Dito isto, desejo-lhe que tenha a sorte de passar bem esta quadra festiva, rodeado de quem lhe diz muito e a saborear os pequenos prazeres da época. 

E para desanuviar o ambiente, reproduzo esta anedota natalícia, uma das minhas favoritas de todos os tempos. Desculpem o vernáculo, mas tem mesmo que ser assim.


"Querido Pai Natal,

Acharás estranho que te escreva hoje, 26 de Dezembro, mas quero esclarecer umas coisas que me ocorreram desde que te enviei a carta cheia de ilusões, na qual pedia que trouxesses uma bicicleta, um comboio eléctrico, uma consola e um par de patins.

Quero dizer-te que me matei a estudar todo o ano, tanto que, não só fui dos primeiros da minha turma, mas também tirei 20 a todas as disciplinas e não te estou a enganar. Ninguém se portou melhor do que eu, nem com os pais, nem com os irmãos, nem com os amigos, nem com os vizinhos. Fiz recados sem cobrar, ajudei velhinhas a atravessar a rua e não houve nada que eu não fizesse pelos meus semelhantes e mesmo assim... que grande lata, ó Pai Natal...

É que deixar debaixo da Árvore de Natal um cabrão dum pião, uma merda duma corneta e um car@lho dum par de meias... fod@-se... quem é que pensas que és... barrigudo do car@lho!?

Pois é, porto-me como um camelo a merda do ano inteiro, para vires com essa merda de prendas e como se não bastasse, ao paneleiro do filho da vizinha, esse otário estúpido como o c@ralho que grita com a vaca da mãe e é um pandemónio lá em casa, tu deste-lhe tudo o que ele pediu.

Agora quero que te fod@s e que venha o car@lho de um terramoto e nos engula a todos, porque um Pai Natal incompetente como tu, não faz falta a ninguém.

Mas não deixes de regressar no ano que vem, porque vou rebentar à pedrada as put@s das tuas renas e hás-de vir bater com os cornos cá em baixo, que te hás-de f@der.

Vou começar pela tua rena Rudolph, que tem nome de maricas, e hás-de andar a pé, já que a merda da bicicleta que pedi era para ir pra escola, que é longe comá merda.

Ah!!!...É verdade...não me quero despedir, sem te mandar para a put@ que te pariu, pois tu és um filho da put@. E aviso-te que para o ano vais saber o que é bom, pois vou f@der o juízo a toda a gente o ano todo.

P.S.- Quando quiseres, podes vir buscar o pião, a corneta e as meias, mas acorda-me para eu te enfiar essas merdas todas pelo cu acima."


Reflectindo sobre este ano de 2015, bem que poderia ser a carta de um qualquer portista para o Pai Natal dos futebóis...

Quanto aos votos para 2016, ainda cá voltarei antes de 31 de Dezembro para os formular.

Para já, tenha um bom Natal, caro leitor.




Lápis Azul e Branco

Do Porto com Amor


segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Dia de jogo: FC Porto - AA Coimbra (3-1)


É Natal, É Natal,

Sininhos e luz,

Já caiu, já caiu

O Sporting do Jesuuu-ús!


Getty Images


Foi ao som desta linda melodia natalícia que os nossos entraram hoje em campo para defrontar a  frágil Académica, que atravessa mais uma época conturbada.

E desta vez - quem sabe se já devidamente imbuídos do espírito da quadra - os nossos meninos entraram decididos a não voltar a desperdiçar prenda tão saborosa, com os cumprimentos do União da Madeira. E assim deram-me a prenda que mais tenho pedido ao longo da época, assumirem sem reservas o seu estatuto de favoritos desde o apito inicial.

Soltos, leves, velozes e com ganas, agarramos o jogo pelos cornos e fomos para cima dele(s) sem contemplações. Nenhum vendaval ofensivo, obviamente, mas o suficiente para encostar o adversário e quase não lhe dar tempo para respirar. 

Foi com naturalidade que ao minuto sétimo Layún (quem mais?) voltou a assistir de canto para o golo inaugural de Danilo, que respondeu bem de cabeça ao convite do mexicano. Tudo a correr de feição.

Apesar da vantagem, continuamos a praticar um futebol positivo - a espaços até entusiasmante - e a procurar chegar ao segundo. A Académica nada fez durante a primeira meia hora, apenas depois começou a tentar chegar perto de Casillas em ataques rápidos. Mas nada que o incomodasse verdadeiramente. 

O intervalo chegou com uma vantagem curta para a diferença de andamentos. No recomeço, novo assalto à baliza adversária, procurando conseguir um segundo golo que nos pusesse a salvo de qualquer percalço. Boa atitude (de novo) e velocidade de circulação foi suficiente para encostar de novo o adversário à sua área defensiva. Ao minuto 54 Layún voltou a ser decisivo, desta vez a partir de um livre na esquerda, assistindo para a cabeça de Aboubakar. Dois zero, tudo sobre rodas.

O treinador da Académica não perdeu tempo e esgotou as três substituições até aos 70', mas de nada lhe serviu porque aos 72' chega o momento alto da noite: a trupe do sombrero decidiu homenagear o calcanhar de Viena, recriando-o numa interpretação personalizada à su manera. Pela direita, Corona parte os rins ao seu marcador e desliza em direcção à linha final, fazendo no momento certo um passe mortífero para... (tcham tcham tcham tcham) Hector Herrera, que com toda a classe que nunca teve, fez um brilhante golo de calcanhar. Magnífico. Out of (t)his world...

Com três golos de vantagem, chegaram finalmente as substituições. Primeiro Evandro e depois Tello. Nenhum dos dois entrou mal e a expectativa cresceu no Dragão em relação à última mudança disponível. Muitos anteciparam um final de jogo apoteótico, com a estreia e quiçá golo de André Silva, arredado da equipa B para estar presente neste jogo.

No entanto, quer Lopetegui, quer a Académica tinham outros planos. Primeiro foram os estudantes a estragar a festa, através do seu golo de honra por Rui Pedro, que finalizou uma bela jogada de entendimento com Rabiola (mas em fora-de-jogo). Depois, logo de imediato (creio que até antes do recomeço), o público apercebe-se que o terceiro elemento a entrar seria Bueno e não o caçula. Monumental coro de assobios em vários andamentos e lá se foi o felizes para sempre. Antes do apito final, ainda uma boa oportunidade para o 3-2 que não se concretizou. Três pontos e de volta ao nosso lugar de eleição, o primeiro.


Os festejos do primeiro golo da noite


Notas DPcA: 


Casillas (6): Noite quase tranquila e respondeu bem ao "quase". Sem responsabilidades no golo.

Melhor em Campo Layún (8): Além de cumprir bem as suas missões específicas, mais duas assistências! A sério, não podemos de forma alguma banalizar estes feitos que se sucedem jogo após jogo. É cada vez mais decisivo, em especial no aproveitamento das bolas paradas. 

Maxi (7): Ei-lo que regressa do seu estado semi-vegetativo! Outra vez com velocidade, força e disponibilidade para se envolver na construção ofensiva. Seja bem regressado, uma vez mais...

Maicon (6): Pouco trabalho, sem percalços de maior. A queda de rendimento perto do fim foi mal geral, pelo que não será justo culpar ninguém em particular.

Martins Indi (6): Muito semelhante ao seu companheiro de armas, cumpriu sem problemas de maior.

Danilo (8): Andava eu a "queixar-me" que o rapaz estava sempre bem defensivamente mas que pouco contribuia nas missões de ataque e pronto, decidiu calar-me com um golo e um quase, naquele bom remate de longe. Ponto extra pelo golo.

<-73' Rúben (7): É o equilibrador da equipa, vai buscar jogo aos centrais e distribui quase sempre bem e a propósito. Cresce a olhos vistos. 19 aninhos...

Herrera (7): Não lhe contei mais do que DOIS passes errados. Resultou bem a sua colocação perto de Abou, atrás dos médios e junto aos centrais adversários. Contribuiu positivamente para o jogo da equipa! Golo à Madjer (com ponto extra). Estou estúpido.

<-85' Corona (7): Mais um que cresce de jogo para jogo. Conta já com um série de boas exibições bem jeitosa. Tem muito talento e parece estar a começar a perceber como o deve colocar ao serviço da equipa. Excelentes jogadas individuais e de entendimento, com destaque óbvio para a do terceiro golo. 

<-78' Brahimi (7): Mesmo sem marcar, fez um bom jogo, perfurando várias vezes a defesa academista. E gostei muito da sua atitude: esforçado a defender, disponível para o jogo e aplausos devolvidos ao público na substituição. É Natal mesmo...

Aboubakar (7): Mais um golito e uma exibição melhor que as anteriores. Não está já no pico mas continua a subir a montanha de onde caiu abruptamente. Progressos, portanto.

->73' Evandro (6): Entrou para refrescar e cumpriu.

->78' Tello (6): Entrou e fez coisas positivas. Se já estava chocado com a contribuição de Herrera, fiquei quase catatónico com a não-nulidade deste espanhol. Será que já lhe cheira a Sporting?

->85' Bueno (-): Sem tempo útil para ser avaliado. Mas note-se que entrou bem, apesar dos absurdos apupos com que foi presenteado (mesmo não sendo ele o alvo, certamente também os sentiu na pele).


Lopetegui (7): Ganhámos. Por uma vez, não desperdiçamos o trambolhão de um adversário directo. Passamos para a liderança isolada, uma estreia absoluta do basco. E a jogar um futebol bem razoável. Tudo se conjugava para uma noite boa para Lopetegui. Não fosse ele próprio o seu pior inimigo. Não teve a astúcia (ou o bom senso) de antecipar a reação do público à não inclusão de André Silva no jogo e com isso expôs Bueno a uma injustíssima vaia aquando da sua entrada. Ainda por cima com um golo sofrido de fresco, para agravar a irritação. Note-se que a mim me pareceu bem a entrada de Bueno. Seguiu a hierarquia normal, provavelmente reservando o "miúdo" para a taça da liga. A única crítica que poderia fazer teria a ver com o tardar das substituições. Mas sabendo ele que por esta altura são "muito poucos" os portistas que lhe dão crédito, optou por ignorar os previsíveis efeitos colaterais. It's your funeral, man (but please, die on your own).


Fumo no ar após o truque de magia de Hector, o Grande Herrera...


Outros intervenientes:


A Académica revelou-se frágil e pouco ambiciosa, apenas reagindo após o terceiro golo. Conseguiu reagir, mas não se pode elogiar quem espera até levar 3 tiros para se decidir a entrar no combate. Ninguém a destacar também.

Quanto ao árbitro, gostei do estilo "deixar jogar" com que ajuizou a maior parte do tempo. Dúvidas numa bola na mão/mão na bola de Layún na nossa área, golo da Académica precedido de offside e cartão amarelo injustificado a Danilo. Não o tenho como grande valor da arbitragem, mas hoje esteve globalmente bem e sobretudo sem influência na atribuição dos pontos.

Não poderia nunca terminar esta crónica sem me referir a quem assobiou Lopetegui aquando da não-entrada de André Silva. Quero dizer-lhes, a todos os que o fizeram, que foram umas bestas. Na minha opinião, é simplesmente estúpido que o tenham feito. 

Desde logo porque se tratava de uma opção sem influência previsível no resultado - estávamos a ganhar com margem folgada, não estávamos a perder ou empatados, a necessitar de "virar" o resultado. 

E depois, porque não gosto de ouvir assobios a despropósito. Bem sei que há sempre um ou outro anormal que assobia aos 20 segundos de jogo, ao terceiro passe da equipa que não é de desmarcação. Eu sei, faz parte, é estatístico.  Mas não significa que eu tenha de gostar.

Por último, e talvez mais importante, foram de uma insensibilidade atroz para com Bueno, que tem atravessado um pequeno calvário em função das opções do treinador e que, nas poucas oportunidades que teve, correspondeu bem. Mesmo admitindo que o jogador teria capacidade para discernir naquele momento que os assobios não eram para ele, certamente que não o iriam ajudar a entrar bem no jogo. Felizmente para ele e para mim, entrou. 

Como sempre defendi, todos são livres de se expressar como bem entendem. Não admito censuras de algum tipo. E é alinhado por esse diapasão que os crítico, a todos os que hoje assobiaram no Estádio do Dragão. Se pelo menos um dos que o fizeram, vier a refletir após ler isto, já terá valido a pena escrevê-lo.


E pronto, quanto ao campeonato, acabou por este ano. A 2 de Janeiro vamos a Alvalade consolidar a liderança. Mas antes, teremos a Taça da Liga contra o Marítimo, dia 29, no Dragão.
 


Do Porto com Amor


P.S. - vamos ao Bessa para a Taça de Portugal!




sábado, 19 de dezembro de 2015

Onde está a bola? #12 - VENCEDOR!


Está encontrado o vencedor da 12ª edição do "Onde está a bola?", que vai oferecer ao feliz vencedor a possibilidade de assistir com uma companhia da sua preferência ao FC Porto - AA Coimbra do próximo domingo!

Conforme anunciado, esta foi uma edição marcada pelo espírito natalício, com a apresentação de uma imagem facilmente detectável. Coincidência ou não, foi a que mais concorrentes acertaram na resposta :-). E sem demoras, a fotografia original seguida da disfarçada:


O inimitável Mané Garrincha em acção



A resposta acertada é pois a BOLA PÚRPURA!

E assim, num sorteio onde as probabilidades de cada um eram menores do que habitualmente, quem a fortuna bafejou foi...




Diogo Rocha!


O meu agradecimento a todos os participantes e uma menção especial aos que continuam a acertar na resposta mas ainda não foram favorecidos pela Lady Luck, aos quais envio um incentivo adicional para continuarem a tentar... porque um dia será o seu!



Nota final: o DPcA tem finalmente activo o sistema de subscrição por email, que permite que o estimado leitor seja notificado na sua inbox sempre que um novo artigo é publicado. O pessoal que tem concorrido a este passatempo fica por defeito adicionado, basta clicar no link do email de confirmação que já receberam para finalizar o processo (se não recebeu, p.f. procure no spam/junk ou em "promoções" no gmail). Se desejar remover-se basta clicar no link apropriado no final do email (ainda que eu não consiga imaginar porquê...). A todos os demais, recomendo vivamente que o façam inserindo o seu email no campo apropriado aqui a direita... não é aí, é lá em cima junto ao título do post... isso mesmo, nas "Cartas de Amor"!



Do Porto com Amor (e bilhetes e subscrição por email!)



quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Dia de jogo: CD Feirense - FC Porto (0-1)


Um jogo em ritmo lento, traço contínuo, monótono. E uma pequena desilusão chamada Feirense.


"Alô, Alô Ronaldinho... aquele abraço!"


Ok, confesso que sobreestimei o adversário e as dificuldades que iriamos sentir para passar a eliminatória.

Não significa isto que o Feirense não seja uma boa equipa de segunda liga nem que o jogo tenha sido fácil. Simplesmente esperava mais.

Dir-me-ão os eternos optimistas que fomos nós que não os deixámos jogar mais, mas eu discordo. É que o Feirense mostrou ser uma equipa bem organizada e com a lição bem estudada para esta partida. Nunca se desorganizou durante todo o encontro, foi combativo e certeiro nas marcações. O problema é que com tanta preocupação em bloquear o nosso jogo, quase se esqueceram de atacar. Foram pouco menos do que inofensivos.

Visto pelo nosso lado, foi um jogo que nos deu muito trabalho, obrigando os jogadores a correr muitos quilómetros. E foi desgastante também pela intensidade das marcações. Raras foram as vezes que conseguimos suplantar esse colete de forças, mérito dividido entre o adversário e a nossa habitual lentidão de processos. Passes muito previsíveis ou denunciados, excessiva lateralização e dificuldade em fazer a transição para o último terço do terreno. O costume.

Valeu-nos o regresso aos golos de Aboubakar, que aos 10' fez o golo solitário. O resto do jogo foi isso, um discurso monocórdico ocasionalmente interrompido por um "aííí" de suspense ou um "ahhhooo" de bocejo. Um jogo sem história, que rapidamente se apagará das nossas memórias, mas que valeu a passagem aos quartos de final da competição. Bem bom...



Notas DPcA: 


Hélton (7): Sempre atento, respondeu bem nas poucas vezes que foi chamado. Teve uma das suas típicas travadinhas, mas sem impacto. Ao contrário daquela defesa por instinto, no lance mais perigoso do aversário, já perto do final e que nos livrou do prolongamento.  sem

Layún (6): Sem encher o olho, foi mais uma vez dos jogadores mais influentes na manobra da equipa. É o Señor Layún.

Angel (6): Um bom regresso à equipa, contra as minhas eternas expectativas em relação a ele. Um ou outro erro menores não mancham a exibição positiva. Dos seus melhores jogos de dragão ao peito, diria.

Maicon (6): "Tenham cuidado, ele é perigoso, ele é o... Maicon Pereira Roque". Quando não está em forma, tem paragens de relógio demoradas e consecutivas, o que não raras vezes nos causa dissabores e quase sempre calafrios. Ontem pareceu estar a subir gradualmente... menos paragens e menos comprometedoras. E no resto do tempo, esteve bem a limpar a sua zona.  Nível de alerta reduzido para Defcon 3.

Martins Indi (6): Tem sido o melhor central e continuou a sê-lo ontem durante 89 minutos e 30 segundos. Nos outros 30 segundos, cometeu um erro de palmatória ao calcular mal a trajectória da bola e falhar o corte, deixando o avançado isolado na cara de Hélton. Felizmente falhou a recepção e a jogada perdeu-se pela linha de fundo. Mas poderia ter comprometido. Vamos manter a concentração, ok Bruno?

Danilo (6): Recuperou do choque que o fez sair cedo do jogo com o Nacional e manteve a titularidade, correspondendo com a habitual seriedade e acerto defensivo. É o maior músculo do nosso meio campo e ontem fez-se notar nesse capítulo. Jogo conseguido, sem brilhantismos.

<-80' Sérgio Oliveira (7): Entrou cheio de vontade e correu que se fartou até ser substituído. Não esteve tão acertado no passo como gostaria, mas compreende-se dada a falta de minutos consecutivos. Ainda assim, teve alguns bons momentos ofensivos, com destaque óbvio para o canto que marcou para a cabeça de Abou fazer o golo. Tem talento que justifica mais oportunidades. Por outro lado, não é mexicano, nem Dragão de Ouro, nem capitão...

<-90' Evandro (6): Outro que deve ter feito a meia-maratona dentro do terreno de jogo. Foi o homem dos equilíbrios, dos passes fáceis mas importantes para manter a máquina a funcionar. Continua a faltar-lhe conseguir fazer a diferença ofensivamente, mas mesmo assim é uma peça fiável com a qual se pode contar sempre. Saiu com cãibras, gosto disso.

Bueno (5): Jogo mais fraco do que os seus anteriores, provavelmente pela intensidade física que assumiu. O Alberto não gosta de encostos e por isso foge sempre ao choque. Ontem, sem isso, sobrava-lhe pouco para fazer. E além disso, não é jogador de ala. A rever, com novas oportunidades.

<-63' Tello (4): Sem comentários.

Melhor em Campo Aboubakar (7): Finalmente o golo voltou. Que bom, Abou. Mas fiquei com a sensação que foi uma visita de médico... importas-te de me desmentir já contra a Académica por favor?

->63' Corona (6): Com a sua entrada, passamos a jogar com 11, logo seria sempre uma melhoria. Não esteve tão desequilibrador como tem sido, mas o Feirense não estava para aturar espalha-brasas. Ainda assim agitou as águas e ajudou a suster a reação final do adversário.

->80' Rúben Neves (6): Dez minutos em campo para ajudar a controlar a bola e evitar que o Feirense pudesse acreditar no milagre. Cumpriu.

->90' Brahimi (-): Sem tempo útil para ser avaliado.


Lopetegui (6): Passamos a eliminatória controlando o jogo quase por inteiro, ainda que sem nunca o dominar. Aliás, fiquei com a sensação de estarmos a assistir a um jogo da segunda liga, tal a competitividade, com a intensidade física a sobrepor-se quase sempre à qualidade técnica. Deu para apostar em jogadores com poucos minutos e ainda assim chegar aos quartos nos noventa minutos. Não entusiasmou ninguém, mas cumpriram-se os objectivos mínimos. Já tenho visto bem pior.



Outros intervenientes:


Já me referi à boa organização e maturidade táctica da equipa de Pepa, falta apenas destacar o omnipresente Barge (será pelo nome?) e o talentoso Fabinho. Voltaremos a vê-los em breve, para a Taça da Liga.

Quase não dei pelo árbitro, não fossem aqueles olhares de mau que me fizerem pele de galinha. Ou então foi uma corrente de ar.


Domingo há mais, no Dragão, contra a Académica. Quem quiser DOIS BILHETES ainda pode concorrer aqui.


Nota: A seguir a este, assisti a outro, um grande jogo entre Braga e Sporting. Duas horas bem empregues e com final feliz. Que pena não terem tido tomates para jogar assim no Dragão, não é Sr. Fonseca? Deve ser SPT.



Do Porto com Amor




quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Hoje joga o Porto! (vs CD Feirense)


Mal a frágil jangada chegou a porto seguro e o périplo madeirense se deu por concluído, foi tempo de iniciar nova aventura. Desta vez, rumo a Santa Maria da Feira. 




Sem tempo de preparação. É assim que se pode definir o que antecedeu este jogo de hoje dos oitavos de final da Taça de Portugal contra o CD Feirense, que nos receberá em sua casa às 18 horas. E para cúmulo do azar, a equipa da FEira está a fazer uma grande temporada, tendo reduzido substancialmente a distÂncia que a separava do líder da segunda liga, a nossa equipa B, que aliás derrotou nesse processo. E sabendo-se que, por estes dias, os Bs jogam melhor do que os As, estão lançados os dados para um jogo de alto risco.

Sim, hoje sou eu a valorizar o adversário. Porque merece. Mas agora que já o fiz, vou colocá-lo no devido contexto. É uma equipa que joga na segunda divisão, ok? Não são papões, nem Messis, nem Guardiolas. São uma boa equipa no contexto da segunda liga. 

Portanto, dentro de todas as dificuldades que nos vão colocar, o único desfecho que antecipo e admito é a nossa passagem à próxima eliminatória. Apenas e só, sem mas. Para tal, será então avisado não abdicar de demasiados titulares, gerindo naturalmente a condição física de cada um. É para isso que lá está o treinador, não é assim?

Posto isto, vamos ao meu onze para hoje:




Pode parecer contraditório este onze com o meu pedido para não se abdicar de demasiados titulares, mas não é. Em todos os sectores mantive pelo menos um titular (Hélton para mim é co-titular) e no banco estão outros tantos para o que der e vier.

Antecipo um jogo muito complicado. Muito, mesmo. Espero que o nosso treinador também o antecipe e prepare a equipa de acordo.


Vamos a eles, carago!



Não termino sem antes deixar duas notas adicionais:


1) Continua a brilhante carreira do FC Porto B na presente temporada, desta feita aplicando chapa 4 aos leõezinhos da mais maior melhor academia do mundo. Não sou de forma alguma admirador de Luís Castro (bem pelo contrário), mas devo prestar-lhe justa homenagem pelo belíssimo trabalho que está finalmente a desenvolver (por oposição à miséria que foi a época passada). E salientar que gosto muito de ver esta equipa jogar (por oposição aos As de Lopetegui). Ainda bem que o basco ignorou esta equipa, poupando-a assim de se auto-destruir tentando aplicar o seu "estilo de jogo".


2) Um cretino será sempre um cretino e como tal, o melhor será sempre ignorá-lo, deixando-o a falar sozinho. No entanto, como há sempre alguém desesperado por disfarçar o indisfarçável, há que ir buscar o cretino à sua toca e pôr-lhe um microfone à frente. O de hoje é António Figueiredo - um dos promotores do Estoril Gate - um velho cretino já muito calejado nestas andanças de atirar areia para os olhos da sua populaça. Com a falta de pudor que caracteriza um cretino, o ex-dirigente do Benfica afirma que "Faltam ao Benfica os penáltis que têm favorecido, de uma forma ou outra, os seus rivais". Foi assim que rematou o seu vómito sobre o estado da sua equipa, começando por bater no treinador, omitindo como sempre o dono e terminando com os árbitros. Como se sabe, é a última mensagem que fica. Isto numa jornada em que ficou por marcar um penálti escandaloso a favor do Setúbal (no meu escandalómetro, fica apenas um nível abaixo do do Marcano e dois do do Naldo em Arouca). E no seguimento de uma época de benefícios vergonhosos como foi a anterior. Who let the dogs out?



Do Porto com Amor