abril 2017

sábado, 29 de abril de 2017

Jogo Offline "Polvo Encarnado" Seduz Jovens Árbitros


Há um novo flagelo a colocar em perigo a honorabilidade dos jovens aspirantes a árbitros em Portugal.


#i_am_octopus_orelhudus


"Polvo Encarnado" é o nome do jogo offline que alicia jovens árbitros de várias modalidades a enfrentar uma série de desafios que, se superados com sucesso, lhes proporciona ascensões fulgurantes na carreira e até para lá delas, com promessas de bons empregos em vários meios de "informação" como opinadores especialistas ou como vendedores de pneus albinos.

Todos os desafios propostos aos imberbes juízes têm um denominador comum: beneficiar ilegalmente os sem-vergonha. O jogo funciona em grupos secretos e fechados e envolve tanto os insiders de cada modalidade (nomeadores, avaliadores e observadores dos árbitros, decisores dos órgãos de disciplina e organizadores das competições) como os outsiders (jornaleiros e paineleiros avençados, elementos subservientes das forças de segurança e investigação criminal, magistrados corruptos e políticos... políticos).

Para lá das promessas de glória rápida e vida facilitada, o que fica realmente é um conjunto significativo de auto-mutilações da honradez e do amor-próprio de cada juiz e, nos casos mais extremos, o suicídio das suas reputações de pessoas idóneas e de bem.

O presumível criador do jogo é um criminoso de colarinho branco, um conhecido de longa data das autoridades, graças a um vasto rol de prevaricações que vão desde o furto de pneus ao tráfico de estupefacientes, passando pelo apoio e encobrimento de gangues criminosos. Até ao momento, não há notícia de nenhuma detenção, nem sequer de uma investigação ao referido meliante digna desse nome. Será que o caso já assume proporções tão dantescas a ponto de envolver toda a máquina da Justiça deste país?

O DPcA junta-se ao conjunto de entidades sérias e sóbrias que lutam por um país e por um desporto livre de corrupção e lança este alerta a todos os jovens árbitros e candidatos a árbitros: observem bem a pouca-vergonha que está a ser este campeonato de futebol, as arbitragens habilidosas em jogos-chave das modalidades e fixem estes exemplos como a antítese do que deve ser um juiz competente, honrado e digno da sua actividade.


[N.d.r.] - Não confundir este jogo com outro igualmente popular nesta altura, denominado "A Mala de César" e que afecta sobretudo jogadores, técnicos e dirigentes dos clubes que defrontam os sem-vergonha a cada jornada.


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O "jogo" "Baleia Azul" é um fenómeno que tenho dificuldade em entender mas onde não me atrevo a julgar quem se deixa por ele seduzir. É tamanha a perversidade humana que não é assim tão complicado admitir que crianças e jovens adolescentes com experiências de vida traumáticas procurem algum sentido em algo tão absurdo. E há de traumas de muitos tipos.

Gostaria imenso de poder dizer que isto não se compara ao que também se vai passando com a arbitragem em Portugal, mas na verdade há pontos comuns e divergentes.

Se, por um lado, a gravidade em termos da colocação em perigo de vidas humanas aconselha a sobrevalorizar em absoluto o fenómeno Baleia Azul, por outro, é mais compreensível que crianças e adolescentes vulneráveis se deixem "levar" do que adultos supostamente bem formados (é o mínimo que se deve exigir a um juiz, seja do que for, não é?) se deixem coagir em troca de ascensões meteóricas ou de simplesmente não serem excluídos da actividade, o que, no fundo, é a essência deste "Polvo Encarnado".



Do Porto com Amor,

Lápis Azul e Branco 



segunda-feira, 24 de abril de 2017

É Para Continuar a Fingir?


Terminada que está a jornada no que nos diz respeito, só tenho uma pergunta a fazer, com várias terminações possíveis: é para continuar a fingir que...

... o futebol em Portugal é uma competição séria, onde o melhor pode mesmo ganhar?

... os jogadores do Porto têm de se comportar como máquinas sem sentimentos, quando sabem que nem o "treinador" nem os árbitros lhes permitem jogar o que sabem e podem?

... que Nuno Espírito Santo é treinador de futebol com categoria suficiente para a primeira divisão?

... que a direcção liderada por Pinto da Costa (presumo eu) ainda tem condições (capacidade e vontade) para combater e derrotar este sistema mafioso montado pelo #clube dos sem-vergonha?




Se é, está bem, eu aguardo mais quatro jornadas. 

Não tenho a mínima vontade de escrever sobre o jogo de hoje. Quem tiver interessado, que leia a crónica do jogo contra o Setúbal (lá ou cá, tanto faz). Ou contra os #sem-vergonha. Ou contra este mesmo Feirense, Belenenses e Moreirense na taça da liga. Ou contra o Braga. Ou contra o Tondela. Ou contra o Chaves. Enfim, muito por onde escolher.

Exibições sofríveis que ainda assim geraram oportunidades suficientes para ganhar cada um desses jogos, houvesse arbitragens minimamente isentas. Pronto, é isto. 


Notas DPcA 

Dia de jogo: 23/04/2017, 20h15, Estádio do Dragão, FC Porto - CD Feirense (0-0).

Nota (7): Alex Telles, Danilo, Otávio
Nota (6): Iker, Maxi, Felipe, Marcano, Jota
Nota (5): André André, André Silva, Soares, Rui Pedro, Herrera
Nota (4): Óliver
NES (3): Não consegue pôr a equipa a jogar com objectividade, não conseguem motivar os jogadores para não abdicarem da primeira parte, não consegue mexer no jogo com as alterações e, principalmente, não consegue preparar mentalmente a equipa para acreditar apesar das arbitragens. 

Ponto único a seu favor: tem uma quota-parte muito reduzida de responsabilidade nas arbitragens (pequena parte essa que tem a ver com a postura lamentável que manteve durante quase toda a época, preferindo ficar bem na fotografia da corte do que apontar o dedo à miséria que nos foram causando, jornada após jornada).




 
Outros Intervenientes:


Parabéns ao Feirense pela manutenção. Para o ano, a ver se também se esforçam por jogar futebol.

Este Rui Costa é um daqueles que nunca, jamais, deveria ter chegado ao topo da arbitragem. Sem postura, sem critério, fraco técnica e disciplinarmente. Chegou onde chegou por ser irmão de um ex-árbitro, nada mais. Mesmo não sendo um dos acólitos dos #sem-vergonha, conseguiu apitar ao mesmo nível. Dois penaltis clamorosos (sobre Otávio aos 48' e sobre Marcano aos 73'), qualquer um deles suficiente para garantir os três pontos (os dois juntos, ainda mais) e outro duvidoso já nos descontos (bola na mão ou mão na bola). Muita lenha fogaceira sem castigo adequado, demasiado tempo perdido sem a devida compensação. Mais um a espetar a faca no Dragão (que eles querem) moribundo. Fica registado.


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Eu preferia que o meu Clube tomasse uma posição definitiva e radical, como se recusar a disputar os jogos que faltam. Descíamos de divisão? Que fosse. Os craques iam embora? Faríamos outros. Mas o Mundo ficava a saber, talvez até quisesse saber porquê. Talvez a própria UEFA, tão embaraçada por todos os escândalos que se têm produzido no seu ventre, se sentisse compelida a intervir. Talvez.



Mas temo que no meu Clube se continue à espera que pare de chover, passando por tolos encharcados. Continuemos a fingir, pois. Já falta pouco.


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Nota Importante

De hoje em diante, e até que a situação mude, passo a tratar este Benfica e todos os seus apoiantes como #sem-vergonha. Porque é o que eles são. Desde a liderança composta por burlões, traficantes de estupefacientes (não confundir com estúpidos, que é uma actividade paralela) e criminosos violentos a todos os que os patrocinam e se congratulam com os resultados obtidos. 

Eu tenho, tinha, muito respeito pelo clube, enquanto maior adversário e grande instituição que é(ra). Rival eterno, mas com o respeito típico de um (adepto de um) grande que sabe admirar outro grande.

No entanto, desde que este caloteiro vigarista é presidente, a maneira de actuar, a forma desonesta que encontrou para voltar a ganhar, não merece o mínimo respeito de ninguém. Repito, de ninguém, seja qual for a cor clubística. 

Quem festejar este tipo de "vitória", é igualmente vigarista. Quem quer respeito, que se dê ao respeito. #Sem-vergonha, todos eles, os que fazem, os que apoiam e os que festejam assobiando para o lado. 

Ah, e os burros também. Aqueles que se atrevem a dizer "joguem mas é à bola", quando a sua equipa há meses que não joga nada e só tem os pontos que tem à custa de arbitragens vergonhosas e crimes sem castigo.

Por mim, até abdicava do futebol, se começasse a fazer justiça pela própria Justiça.



Do Porto com Amor,

Lápis Azul e Branco




sexta-feira, 21 de abril de 2017

República Popular do Portugalistão - Parte I


Boa noite. Seja bem-vindo ao 90 Minutos e 57 Segundos, o seu programa de jornalismo investigativo de referência nas Nações Admiráveis e Tecnologicamente Avançadas (N.A.T.A.). Hoje trazemos até si uma reportagem impressionante sobre um dos países mais obscuros e atrasados de metade inferior do planeta que, como é sabido, se organizam sob a designação Países de Indivíduos Farfalhudos Insolentes e Obsoletos do Sul (P.I.F.I.O.S.).




O país em causa é o Portugalistão, uma pequena nação periférica com pouco mais de 11 milhões de habitantes, dos quais pelos menos 14 milhões são apoiantes do regime lampiânico do General Ventoinhas, que o desgoverna com orelhas de ferro desde há quatro anos.

A reportagem é da autoria de Johnny B. Gode - um dos jornalistas de investigação mais premiados da NATA - que foi obrigado a filmar com uma câmara oculta, dada a extrema repressão exercida pelo regime lampiânico.

Sem mais demoras, vamos ver a reportagem "Portugalistão Encarnado: Um Polvo de Muitos Tentáculos", com o aviso de que pode conter cenas e linguagem eventualmente chocantes.


(Genérico)


Acabei de aterrar no Aeroporto Zébio da Silva Tremoço, na capital Carnidul, e a primeira impressão é a de estarmos num qualquer país em vias de desenvolvimento, um daqueles mais fraquinhos da nossa amada NATA. Infra-estruturas modernas, boa rede de transportes públicos, trânsito infernal. Tenho a sorte de ter sido criado por uma empregada portugalesa, pelo que a língua não me é estranha. Optei por seguir de táxi para o meu hotel, liguei a câmara oculta e registei a conversa com o taxista:


- Ora boa tarde, para onde deseja ir o shôr
- Boa tarde, vou para o Hotel Túnel da Luz, em Al-Lampião, sabe onde fica?
- Atão não sei shôr, um grande hotel como nome desse mítico lugar! Fica é um bocado longe, não vai ficar barato...
 - Pois, entendo, é o que tiver de ser. 


Tinha feito o meu trabalho de casa e sabia que o hotel não ficava a mais de 10 quilómetros do aeroporto, o que deveria representar um custo entre €15 e €20. Deixei-me ir sem questionar.


- Atão shôr, não é portugalês, certo? Nota-se pela roupa. Nem uma peça vermelha...
- Não, não sou, venho de Brexitland, um dos estados-membro da N.A.T.A. 

- Ui, é gente fina... E o que o traz por cá? Não é um daqueles que vem tentar contaminar as cabeças da nossa juventude com ideias perigosas como a democracia e assim, poi'não? Ou enchê-las de mitos como a honestidade e a honradez, poi'não?
- Não, não, longe de mim (engulo em seco) ... venho apenas fazer turismo. Apreciar a vossa excelente gastronomia e o bom clima.

- Ainda bem! Por momentos, pensei que ia ter de fazer uma chamadinha... 
- "Chamadinha"? Para quem?

- Para um amigo da Polícia de Intervenção do Regime Orgulhosamente Caceteira e Abusadora (P.I.R.O.C.A.), sabe como é... para lhe fazer umas "perguntinhas"... mas não se preocupe, já vi que vem por bem.
- Claro...

- A propósito da boa comida, deixe-me oferecer-lhe um voucher para uma das cantinas do Estado... 
- Cantinas do Estado? A comida é gratuita??
- É. Quer dizer, para alguns. Se for gente do interesse do nosso querido líder Ventoínhas, tem direito a um voucher familiar, uma vez por semana. É ou não é um país maravilhoso?

- Parece... e quem paga esse sistema? Não causa mossa nas contas do Estado?
- Ó amigo, isso já não sei. Ele há coisas que nem interessa saber! O nosso grande líder sabe como gerir a nação, é um especialista em coisas bancárias, tá a ver? 
- ...
- Cá entre nós, eu acho que o homem tem uma impressora de notas, ehehehe! Fala sempre em grandes empréstimos e negócios e depois nunca se sabe o que acontece... mas a nação pula e avança! G'anda maluco o Ventoinhas!


- Certo. E diga-me uma coisa, é um país seguro?
- Seguro?? Seguríssimo! Desde que aquela corja da resistência terrorista foi corrida nunca mais houve problema. Quer dizer, pelo menos aqui, em Carnidul. Se for para a província, já não garanto nada, sobretudo lá para as badlands do Norte. Aquilo é só selvagens e terroristas... nunca ouviu falar do Francisco Che Marques


- Não...
- Shhhh... nem se pode dizer esse nome. É o selvagem mais procurado pela P.I.R.O.C.A. Um agitador mentiroso que anda há meses a difamar o nosso querido Ventoinhas e outros ilustres membros do governo da nação. Um mentiroso, enganador, um grande filho do Pinto é o que é!


- Entendo, não se enerve... vou ficar pela capital, então.
- Faz muito bem. Até porque o resto é paisagem mesmo! (riso boçal)

- Então como se está a dar com a nova concorrência trazida pela UBER?
- U cuê?
- As aplicações de serviços de transporte. A UBER, Cabify, etc... Não há cá?
- Qual quê! Nada disso. Ainda andaram por aí uns tempos, armados ao pingarelho, mas o grande Ventoinhas acabou com essa pouca-vergonha. Quer dizer, "diz que", porque não é oficial. Consta que tomou o assunto em mãos e criou uma tasca force especial p'á acabar c'aquilo: os Negligência Necessária. Em seis meses limparam-lhes o sebo a todes. Profissionalões, é o qué. Um órgulho.
- Limparam-lhes o sebo? Como assim? Recorreram à violência... ou pior?
- Violência? Não me faça rir. Aquilo é gente séria, do melhor que há por cá. Apenas lhes fizeram ver os perigos de desenvolver aquelas actividades! Foi... como se diz... uma acção pneumática!
- Seria profiláctica?
- Ou isso. Olhameste, a achar-se melhor que eu só porque vem do estrangeiro...
- ...

(vinte minutos depois) 

- Ora cá estamos.
- Demorou um pouco... meia hora para cá chegar?
- Eu avisei shôr. Ora... são €75, já incluindo os suplementos de bagagem, guia turístico e a contribuição audiovisual da LampiõesTV. 
- €75???
- Quer que ligue ao meu amigo da P.I.R.O.C.A.?...
- Deixe estar, aqui está. Factura, por favor?
- Não, obrigado. E pode tirar a sua mala, já abri a bagageira. Depois feche-a, se não se importa, que sofro da coluna. E até breve. NeeeeeeNfiiiiiicaaaaaa!


Não tinha demorado muito para começar a perceber que a normalidade era mesmo aparente. Logo no primeiro contacto, fui ameaçado, coagido e autenticamente roubado. Por um taxista, veja-se bem. Decidi comer qualquer coisa ligeira no hotel, tomar um bom duche e descansar. O dia seguinte ia ser longo.


- Boa tarde, senhor, seja bem-vindo ao Túnel da Luz! Posso levar a sua mala por si?
- Sim, agradeço. O check-in?...
- Siga-me, por favor.

- Boa tarde, senhor, seja bem-vindo ao Túnel da Luz! Tem reserva?
- Tenho sim, aqui está.
- Muito bem, senhor B. Gode, o seu quarto é o 1893. Lamento informar que houve uma avaria no sistema de ar condicionado, pelo que de momento não está em funcionamento
- A sério? Então e não me pode mudar de quarto?
- Não, lamento.
- Lamenta? Mas então eu é que fico prejudicado pelos vossos problemas técnicos?
- Pois, lamento senhor. Estamos cheios. A não ser que...  
- A não ser que?...
- Estou a ver aqui no sistema uma reserva que ainda não foi confirmada. Normalmente, eu não poderia fazer nada para o ajudar, mas se o senhor me ajudar a mim também...
- ?...
- "Ajudar a mim também"...
- Ah, estou a ver. E de quanto seria essa ajuda? 
- Creio que €50 desbloqueariam a situação, senhor. Em dinheiro vivo.


Estavam mais de 30º nesse dia, pelo que imaginei que no quarto rondasse os 40º. Paguei os €50 e subi ao quarto. O ar condicionado estava a funcionar, tinha valido a pena ser extorquido, pensei. Mas cedo demais. Não havia água quente no quarto. Liguei para recepção, já antecipando a resposta:

- Sim, boa tarde, estou a ligar do 1904. Acabei de me instalar e reparei que não há água quente. Podem resolver o problema, por favor?
- Deseja mudar de quarto, senhor?
- Não pago nem mais um cêntimo, minha senhora!
- Pagar? Quem falou em pagar? Obviamente que será sem qualquer custo adicional, senhor!
- Ok, então está bem... mas espere, nesse novo quarto, o AC está a funcionar?
- Isso é que já não garanto, senhor.
- Esqueça.

Entretanto, batem à porta do quarto. Espreitei, era o camareiro com a minha mala.

- Entre. Pode deixar aí ao fundo, por favor.
- Muito bem, aqui está. São €20, senhor.
- Desculpe??
- Taxa de transporte, senhor. Eu perguntei se podia levar a sua mala, o senhor disse que sim, logo aceitou o serviço.
- Mas você não me disse que me ia custar dinheiro!!
- Ora, o senhor não perguntou. €20, por favor. Detestava incomodar a segurança do hotel com...
- Sim, já sei. Tome lá e desapareça.


Estava há três horas no Portugalistão e já tinha sido roubado três vezes, em plena luz do dia, com cobertura "legal" e sempre com a espada do "regime" a pairar sobre a minha cabeça. Só de imaginar o que me poderiam fazer ao jantar, perdi o apetite. Tomei um duche de água fria e fui-me deitar.

Porque ainda era cedo e o sono ainda não tinha chegado, aproveitei para fazer zapping pela televisão local:

Canal 1
Canal 2
Canal 3
Canal 4
Canal 5
Canal 6
Canal 7
Canal 8
Canal 9
...
Canal 97
Canal 98
Canal 99 

Optei por ler um livro até adormecer.


(fim da primeira parte)



Do Porto com Amor,

Lápis Azul e Branco



Continua em: Parte II





terça-feira, 18 de abril de 2017

Onde Está a Bola? #42


Avança mais uma edição do "Onde Está a Bola?" para oferecer dois bilhetes para o jogo contra o CD Feirense, a disputar no próximo domingo dia 23 de Abril pelas 20h15.

Como habitualmente, para se habilitar a ganhar basta que o estimado leitor descubra onde está escondida a bola original na imagem abaixo (ou se não está lá de todo). É fácil, barato e dá bilhetes!


Onde Está a Bola? #42



Respostas possíveis #42 (Feirense):

A - Bola Azul
B - Bola Verde 
C - Bola Laranja
D - Bola Púrpura
E - Não há nenhuma bola escondida 


Já descobriu? Então deixe o seu palpite na caixa de comentários, tendo em atenção as seguintes regras de participação:


1 - Escrever a resposta que considera acertada na caixa de comentários deste post, indicando igualmente um nome e um email válido para contacto em caso de vitória.

2 - Entre os que acertarem, será sorteado o vencedor através da app Lucky Raffle (iOS).

3 - Para ser elegível para receber os bilhetes, deverá fazer o obséquio de:

   a) Comprometer-se a enviar-me duas ou mais fotos da sua ida ao estádio (com pelo menos uma selfie) nas 48h seguintes ao jogo;

   b) Registar e confirmar o seu email (nas "Cartas de Amor", na lateral direita do blogue);

   c) Seguir o FB e o Twitter do DPcA (basta clicar nos links e "gostar" ou "seguir"). 
   Quem não tiver conta nesta(s) rede(s) não será excluído, mas... cuidado porque o Lápis vai investigar :-)

4 - Apenas será aceite uma participação (a primeira) por cada email válido.

5 - Cumpridos todos os critérios, o vencedor sorteado será contactado através de um email onde encontrará instruções sobre como e quando levantar os bilhetes.

6 - Se já tiver Dragon Seat ou outro tipo de acesso, poderá oferecê-los a um amigo ou familiar que não tenha a mesma sorte.

7 - A edição #41 deste passatempo termina às 23h00 de 21 de Abril e o vencedor (a quem será enviado um email logo após o sorteio) terá de reclamar o seu prémio até às 13h00 de dia 22.

8 - Se o vencedor não reclamar o prémio até à data e hora referidas no ponto anterior, será contactado o primeiro suplente. Se o primeiro suplente não reclamar o prémio até ao prazo limite indicado no email de contacto, será contacto o segundo suplente (e assim sucessivamente até que um sorteado reclame o prémio).

E é só! Concorra e divulgue, queremos o Dragão sempre cheio!


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Falta ainda dar conta do vencedor da edição anterior, a #41, onde se foi batido outro recorde, o das respostas certas (50!), o que diminuiu em muito as possibilidades de cada um em ser o escolhido. E o verdadeiro sortudo é...


#41 - Belenenses

 

Resposta certa: E - Não há nenhuma bola escondida

 

Vencedor: Pedro Azevedo!



Primeiro, a comparação entre imagem original e modificada.



A seguir, os (muitos!) candidatos ao sorteio e respectivo vencedor.



E por fim, a compilação das fotos enviadas pelo Pedro, que nem por um segundo consegue disfarçar o imenso orgulho em vestir de Azul e Branco!





Agora toca a concorrer, porque os jogos até final são para vencer e a equipa precisa de todos. Vamos lá encher o estádio mais uma vez!



Do Porto com Amor,

Lápis Azul e Branco



segunda-feira, 17 de abril de 2017

F A R T O !


"Estamos tristes e desiludidos. Queríamos os três pontos mas não conseguimos. Temos que continuar a acreditar e a trabalhar para ganhar os jogos que faltam.

Estou farto de ouvir esta lenga-lenga de merd@. Farto até aos átomos do meu ser Portista. Farto!




Mas tenho de aguentar, pelo Clube, até ao final da época. Ou até ao final da nossa época, que, espero bem, coincidirá com a de todos. Por isso, adiante - fica entupido, mais uma vez, até que tudo esteja decidido.

Acabei de ouvir Rodolfo Reis no P(l)ay-Off e - quem diria! - a sua opinião sobre a forma de jogar do Porto em Braga coincide exactamente com a minha. Sem mais demora, aqui fica o excerto relevante:

(o vídeo começa com a referência a Jorge Simão, para introduzir depois a análise ao Porto)



(programa completo aqui)


É isto o Porto de NES, salvo raras excepções em que acontece uma de duas coisas: 1) o adversário joga de uma forma que não se dá bem com o nosso sistema ou é manifestamente mais fraco ou 2) os jogadores estão maioritariamente inspirados. Nesses casos, o nosso jogo chega até a parecer brilhante. Mas não é, nem nunca foi.

E a questão também não é essa: desde que estivemos praticamente arredados da luta e voltámos "à vida", a única coisa que se pedia é que a equipa fosse pragmática e jogasse como fosse preciso para ganhar os jogos. Nem sistemas inovadores nem special twenty-nine, apenas práctico e objectivo, sem sermões aos peixes, flipcharts ou citações foleiras inspiradas em livros de auto-ajuda.

Porque já todos sabíamos, por experiência, que hoje em dia não nos basta ser tão bons ou apenas ligeiramente melhores do que a concorrência, temos de ser muito melhores, na qualidade e na vontade - porque, durante anos a fio, a nossa direcção andou a dormir à sombra das conquistas e deixou-se ultrapassar pela teia de podridão e compadrio que o Benfica de Vieira montou em todos os quadrantes de sociedade portuguesa, com destaque óbvio para as instituições que supervisionam as competições desportivas.

Ontem, uma vez mais, tivemos contra nós uma arbitragem hostil - o inverso do que sucede em 99% dos jogos do Benfica, onde raramente se lhes mostram cartões - e se mostram, são amarelos, e é porque era caso para vermelho ou o jogador não está em risco de suspensão. Já tinha alertado para a "precisão" da nomeação deste Miguel para o jogo de Braga e, infelizmente, não me decepcionou. 

Uma arbitragem com dois critérios disciplinares, o da condescendência para o Braga e o do rigor implacável para nós. A expulsão do Brahimi, a ser verdade o que se diz por aí, é tão ridícula, inaceitável e enervante que me pergunto se não haverá nenhum Portista que conheça o animal (porque é isso que este quarto árbitro é) e tenha a coragem de o abordar sem rodeios, para tirar satisfações. Estou farto de ver o meu Clube a ser comido por lorpa! Farto
 
Tenho elogiado, sem grandes reservas, o grande trabalho liderado por Francisco J. Marques na denúncia do polvo lampião (nome científico octopus orelhudus), mas talvez esteja na hora de apontar mais acima. Até agora, os visados são essencialmente peões e um ou outro cavalo (sim, era fácil fazer a piada), mas fica claro que são apenas cócegas no cefalópode. 

É preciso desfiar o novelo que conduz ao centro de toda esta podridão bafienta, estimular denúncias que sirvam de prova em sede criminal, para que se comece a fazer alguma justiça. E talvez até nem fosse pior começar por aí, pelos senhores investigadores, comandantes, desembargadores e juízes que não estão ao serviço da Lei, mas que dela se aproveitam para a corromper e minar a partir de dentro do sistema.




Notas DPcA 

Dia de jogo: 15/04/2017, 20h30, Estádio AXA, SC Braga - FC Porto (1-1)


Casillas (6): Bem mas com pouquíssimo trabalho, excepto com os pés, onde numa e noutra vez complicou para lá do desejável.

Maxi (6): Muito envolvido desde o primeiro minuto, a exibição valeu mais pela quantidade do que pela qualidade. Era ele quem estava com Pedro Santos no lance do golo, mas embarrou noutro adversário e ficou fora do lance. E mais ninguém ajudou. Mas a raça, essa, sabe sempre bem.

Alex Telles (6): Muito nervoso desde o início, do que resultaram várias perdas de bola e marcações deficientes, com destaque para o lance que terminou com o golo de cabeça do "gigante" Pedro Santos. Fica em positivos pela entrega e pela assistência, mas esperava muito mais num jogo desta importância.

Marcano (7): Dos mais lúcidos e concentrados a fazer o seu papel, uma referência que sempre foi dando alguma tranquilidade aos companheiros mais "descontrolados". O farol defensivo da equipa.

Felipe (6): Outro que entrou incompreensivelmente nervoso, desconcentrado e a abordar mal os lances. Demorou a recompor-se mas conseguiu, não dando nem mais uma oportunidade para o Miguel o pôr na rua.

Danilo (6): A primeira parte foi o exemplo perfeito da sua baixa de forma, passes mal medidos, mal posicionado e abordagens displicentes, a que se juntou desta vez um inesperado nervosismo. A sorte dele (e nossa) é que é um enorme jogador, pelo que até em baixo de forma consegue manter-se relevante. Melhorou após o intervalo, já foi mais Danilo e aguentou-se num meio campo a dois durante trinta minutos, mas aquela cabeçada a acabar...

< 55' Óliver (4): Tudo lhe saiu mal, desde o início do jogo até à substituição, com destaque para o penálti. Há dias assim, mas neste jogo não havia espaço para dias assim. Aos trinta minutos já deveria estar no duche, a reflectir nos porquês. Arriba hombre!

< 84' André André (7): Mais uma vez, foi dos que se manteve à tona no pior momento da equipa, quando muitos dos companheiros se afundavam como se tivessem uma bola de ferro agrilhoada ao tornozelo. Mesmo quando Nuno lhe exigiu ainda mais (com a entrada de Corona para o lugar de Óliver), manteve-se forte e deu tudo o que tinha. Saiu esgotado.

< 84' Melhor em Campo Brahimi (8): Não foi genial, mas é o paizinho da equipa. Ainda para mais quando todos os outros tremem como varas verdes, é tudo à procura do Yacine para lhe entregar a bola escaldante. E ele nunca recusou o desafio. Pegou sempre na redondinha e procurou levá-la para a zona da felicidade. Não conseguiu, mas foi sempre ele a criar e a semear o pânico na defesa contrária. Muito Brahimi para tão pouca equipa. Talvez por isso, pelo desgaste, saiu aos 85 com o resultado empatado. Só pode ter sido por isso, certo? Sim, só pode. Nem Nuno se atreveria a... ou atreveria?




André Silva (6): Uma primeira parte horrível, perfeitamente descrita por Rodolfo no vídeo acima. Sempre perdido, alienado do jogo, incapaz com a bola no pé. Melhorou muito a partir do momento em que Corona entrou - obviamente - porque regressou ao seu ambiente natural. Aí sim, gostei de o ver, com alguns momentos à AS. Muito mais vítima do que vilão.

Soares (7): Marcou um golo à ponta-de-lança e desperdiçou um à jogador da distrital. Muito bem a cabecear para o empate, horrivelmente mal ao não dar a bola ao isoladíssimo André Silva para empatar ainda na primeira parte. Um momento de egoísmo que só prejudicou a equipa, a rever com muita urgência. Para lá destes dois momentos, um jogo de entrega total e muita combatividade entre os defesas adversários.

> 55' Corona (7): Entrou bem, como que a esfregar na cara de NES que a titularidade deveria ter sido sua. O espalha-brasas do costume, foi essencial para empurrar o Braga ainda mais para trás e conseguir chegar pelo menos ao empate. Se a vitória não chegou, não terá sido por ele.

> 84' Otávio (5): Quando está em jogo um campeonato, todos os minutos servem para fazer a diferença, por poucos que sejam. Otávio não conseguiu.

> 84' Herrera (6): Ainda que em campo apenas durante dez minutos, entrou bem e ajudou a elaborar as últimas tentativas de chegar ao segundo golo. Parecia outro, tal como contra o Belém.

NES (3): Ponto prévio: não acredito que tenha montado a equipa em função de qualquer comentário do Simão do Azeite. O que significa que foi mesmo por convicção. Esta mistela híbrida (que o Rodolfo tão bem descreveu) não é nada, digo eu. É tirar do jogo os dois avançados, neutralizar as suas melhores qualidades. É idiota, Nuno.

Acresce a isto a incapacidade (óbvia, pelo que se viu) em preparar mentalmente os jogadores para o jogo. O nervosismo que consumia mais de metade da equipa quando o jogo se iniciou é pouco compreensível a este nível, mesmo que a idade média seja baixa. O aspecto psicológico é fundamental para se competir e também se treina.

Terceiro, esperou demasiado para mudar um jogo onde só a vitória servia. Não se aceita o desperdício completo de uma parte sem fazer nada para mudar o rumo dos acontecimentos. Falta de coragem? De visão? Ambas? Não sei, mas o resultado final foi um empate.

Tivemos duas, no máximo três, boas situações para fazer o segundo golo, mas muito à custa da crença e da vontade dos jogadores, pela disponibilidade para dar o litro, não porque o treinador os tenha ajudado a resolver com maior facilidade os problemas colocados pelo Braga. E não nos esqueçamos que o Braga falhou um penálti no final da primeira parte, que bem poderia ter destruído a psique da nossa equipa. Acertada a entrada de Corona (já lá devia estar desde o início), mas Otávio (ou Herrera) tinha de ter entrado ainda na primeira parte para o lugar de Óliver. E já nem vou falar de saída de Brahimi, porque desconheço o motivo.

Muito pouco para quem aspira a ser campeão contra este polvo sujo





Outros Intervenientes:


Sem o matrafona do costume, este Braga até parece uma equipa séria. Viril, sem dúvida, mas com algumas ideias de jogo. Os excessos dessa virilidade são da responsabilidade de quem ajuíza o jogo. No entanto, é apenas uma equipa mediana, formada a partir de um plantel várias vezes inferior ao nosso. No jogo de sábado, destacaram-se Cartabia, Battaglia e o "velho" Baiano, pela qualidade e pela vontade com que abordaram a partida.


Quanto à arbitragem liderada por Hugo Miguel, mais uma pouca-vergonha. A dualidade de critérios foi tão gritante que fere à vista desarmada. Não me refiro aos lances capitais - que os houve e quase todos em nosso prejuízo, mas sim ao inclinómetro de que o Miguel abusou desde o primeiro apito. E da atitude. Aquela severidade com que avaliava cada acção nossa, em contraste com a bonomia com que acariciava as prevaricações bracarenses. Se não está totalmente coagido pelas "diretrizes" que decidem sobre as suas ambições de carreira, então é terrivelmente incompetente e não serve para apitar jogos profissionais.


No Reco(rd), veja-se bem ao que isto chegou...


Estive em Braga, no meio da minha gente, vibrei, sofri e saí de lá desiludido e cabisbaixo, como todos os demais. Mas nem por isso me deu para partir e incendiar cadeiras, uma coisa inacreditável, perpetrada por apenas meia dúzia de animais, que deveriam estar enjaulados e que, não estando, continuarão a provocar prejuízos materiais e sobretudo reputacionais ao Porto. Este tipo de gente - e não interessa nada de que clube são - está a mais numa sociedade onde não sabem estar em liberdade. Uma vergonha. Farto deles também. Farto!

Neste momento, dependemos totalmente da capacidade do Sporting para derrotar os sem-vergonha. Em minha humilde opinião, algo muito difícil de suceder, por tudo o que já sabemos e pelo próprio Sporting.

Mas, admitindo que sim, que por uma improvável conjugação de factores o Sporting vence mesmo, faço a pergunta: será a equipa liderada por NES capaz de garantir cinco vitórias até final da competição? Responda quem souber, que eu estou farto de tentar mas não consigo.



Do Porto com Amor,

Lápis Azul e Branco




quarta-feira, 12 de abril de 2017

Aveiras, Braga e Cartilha - O ABC do Crime



Vamos levar com o Hugo Macron Miguel em Braga. Havia piores? Havia. Mas o histórico deste senhor árbitro com o Porto é tudo menos positivo para o nosso lado. Quem não se lembra do empate em Tondela esta época ou da derrota em Alvalade na anterior? Até quando vencemos o mesmo Sporting no Dragão, em meados de Fevereiro, o campo pareceu demasiado inclinado em nosso desfavor.

 

Um árbitro que se farta de apitar jogos do seu cliente Sporting, mas que "curiosamente" quase nunca apita o Benfica. Esta época, apenas dirigiu a mais do que sempre garantida vitória no Restelo. Na anterior, apadrinhou a vitória dos lampiões de Lisboa contra os de Braga... precisamente na pedreira. Ele há coincidências...

Desta vez, sabendo que o seu cliente Sporting torce pela não-conquista do tetra da treta, será pelo menos imparcial? Ou outros valores falarão mais alto? Nomeação de alto risco para o Porto, é o que é. E sabendo que do outro lado vamos apanhar o vigarista Marafona, fico muito, muito preocupado. 

É essencial que os jogadores sejam bem preparados para o que os espera.

Nada assentaria melhor aos cartilhados do que ir a Alvalade com o conforto proporcionado por um deslize nosso em Braga. Só nós o poderemos impedir, jogando o que for preciso para garantir a vitória. E pode ser preciso muito.


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Já agora, um aparte quanto ao anti-jogo: desta vez, foi o Rio Ave quem se queixou do jogo sujo do Setúbal e de Bruno Varela, o que desmente a minha ideia de que o problema seria mais do jogador do que de Couceiro, o treinador. Esta reincidência dá razão ao senhor Silva, que logo gritou "premeditação" aquando do jogo no Dragão. Vergonhoso.


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Ontem assistimos a mais uma reveladora emissão do Universo Porto - da Bancada, onde foram divulgados os nomes dos paineleiros que recebem a cartilha. Paineleiros e não só: desde o próprio Ventoinhas aos reputados jornaleiros Rui Pedro Braz e José Nunes, passando pelo passarão do Rola, todos são contemplados com a cartilha (na íntegra ou avulsa, conforme o caso).



Evidentemente que o que está em causa não é a existência da cartilha (também apelidada de Al-Carnidão), mas outras coisas muito graves:

1) O seu conteúdo propagandista, incendiário, mentiroso e sectário;

2) A proliferação da doutrina lampiânica oficial através dos seus papagaios, que praticamente apenas se limitam a transmiti-la, abdicando de elaborar o seu pensamento próprio - condição fundamental sobre a qual se apresentam em cada um dos seus espaços de intervenção;

3) O desmascarar da mentira tantas vezes repetida por todos os paineleiros benfiquistas de que não havia concertação de discurso nem uma imposição de cima para baixo;

4) O envolvimento directo do presidente do Benfica, que também é um dos maiores devedores do falido BES, como António Costa e Mário Centeno bem sabem.


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"Graves", evidentemente, para quem se preocupa em ser reconhecido como uma pessoa/instituição honrada, credível e de bem. Para os demais, são peanners.




Afinal, quando uma instituição tão omnipresente na sociedade portuguesa como é o SL Benfica tem conhecimento daquilo que as suas claques ilegais fazem a cada deslocação ao Norte do país e mesmo assim as continua a financiar - transporte, combustível e portagens, o que se pode esperar e exigir dos Canelas que proliferam por esse Portugal a fora?

E já agora, como qualificar essa postura do SL Benfica perante o seu gangue privado de arruaceiros criminosos?

E o que pensar do que é confessado por Hugo Gil, um reconhecido propagandista lampiânico?

E que associação fazer ao que tem revelado o blogue sportinguista Mister do Café, aqui e aqui, por exemplo?

E que relação tem todo este establishment com a não-instauração de um processo sumaríssimo a Samaris que o impediria de jogar os próximos jogos?



Meus amigos, Portistas, benfiquistas ou de outra nação qualquer: não há coincidências. E agora, já só não vê quem não quer mesmo ver. Fica a dica para a auto-reflexão.


Ah, falta ainda a piada do dia: Nuno "Ferrari vermelho" "deixa lá marcar um penálti que já está 5-0" Almeida é o nomeado para a previsivelmente complicada visita do Marítimo à Luz. Só mesmo a rir em tons de amarelo é que isto se aguenta.   



Do Porto com Amor,

Lápis Azul e Branco




segunda-feira, 10 de abril de 2017

Três Pastéis e Polvo à Lampião


Três pontos no saco, liderança provisória reconquistada. Era tudo o que importava, mas podemos falar do resto também.




O "resto" foi um jogo com uma primeira metade pobrezinha, aborrecida e a espaços desesperante, pela inércia e falta de soluções para chegar ao golo. 

O Belenenses não foi mais do que um saco de pancada, que se deixou estar quietinho a ver se não lhes batíamos muito. Não se pense que nos facilitaram a vida, afinal o seu amor é pluribus unum e nada mais. Montaram uma resistência férrea, defenderam com vigor e galhardia, simplesmente não tiveram a necessária ousadia para nos causar mossa em termos ofensivos.

Faltava saber se e quando seríamos nós capazes de lhes fazer mossa a eles. 

Fizemos, mas tardou. E, aquando da primeira das três batatas com que os presenteamos, fiquei até com aquela impressão de "olha, calhou bem...", porque não estávamos propriamente a asfixiar. Mas foi limpinho e serviu para o propósito único de vencer o jogo.

O regresso foi marcado pela apatia e logo o jogo de Setúbal tomou conta do meu pensamento. Queres ver que vamos ficar à espera de sofrer um golo e depois vamo-nos ver gregos para voltar a marcar? Felizmente o guião foi outro, trazido pela irreverência de um pequeno speedy Jesus, mais conhecido por Corona. Entrou e assistiu para o tranquilizador segundo golo que, não matando o jogo, o deixou muito bem encaminhado para os nossos intentos.

A equipa absorveu esse boost de confiança e soltou-se ainda mais, pelo que a chegada do terceiro golo foi apenas uma consequência natural e previsível. Foi de penálti, mas poderia ter sido de muitas outras formas e feitios. Contas encerradas, tudo certinho.

Missão cumprida, venha a próxima batalha.

Nota final para as bancadas do Dragão, mais uma vez magníficas no apoio ininterrupto à equipa, em especial na fase mais complicada. 





Notas DPcA 

Dia de jogo: 08/04/2017, 18h15, Estádio do Dragão, FC Porto - CF Os Belenenses (3-0). 


Casillas (6): Espectador atento...

Maxi (7): Ainda com o embalo do saboroso golo da semana passada, foi quem mais procurou sacudir a equipa da letargia em que se encontrava para que o golo finalmente acontecesse.

Alex Telles (6): Deve ficar espantado ao ver o que o velhinho Maxi vai fazendo no outro flanco, mesmo se as pernas já não respondem como as suas. Ajudou e cumpriu, sem se destacar.

Boly (6): Menos inspirado do que em anteriores oportunidades, em especial enquanto o nulo subsistiu, recompôs-se a partir daí e acabou a exibir a necessária segurança.

Felipe (7): Seguro e impositivo, voltou a pecar pela imprudência. Jogando neste clube, está-se a habilitar a ganhar um rótulo do qual nunca mais se livrará (enquanto cá jogar) e que lhe custará muitos dissabores. Há que trabalhar esse aspecto, com urgência p.f. E já agora, meu chapa, o objectivo do jogo é apenas o de meter a bola na baliza, não é preciso furar as redes...

Danilo (6): Está mesmo a atravessar uma fase menos boa, pouco esclarecido e sem grande sentido de posicionamento, mas marcou o golo mais importante e pode ser que isso o motive para o que sobra do campeonato. Vamos precisar dele ao seu melhor nível já na próxima semana.

< 77' Óliver (6): Muitas rotundas sem saída e passes sem ruptura, associadas à pior fase da equipa. Também melhorou com a inauguração do marcador, ainda que sem chegar a fazer sobressair a sua inegável qualidade.

André André (6): Depois de uma série de jogos de muito bom nível, entrou apático e pouco esclarecido como os demais companheiros. Cresceu com os golos, mas sem chegar a um nível exibicional superior.


< 81' Brahimi (8): É sempre para ele que todos olham quando as coisas se complicam. E ele raramente se esconde, aliás por vezes até se excede nas respostas que tenta dar, concentrando demasiado sobre as suas imensas qualidades técnicas. Neste jogo foi assim, sempre a procurar inventar qualquer coisa que pudesse desbloquear o jogo. Foi dos que mais ajudou a construir a vitória e foi premiado com a marcação do penálti que ele próprio sofreu.

Soares (7): Lutador, ainda que sem grande acerto. O regresso aos golos foi o melhor que lhe poderia acontecer. E a nós também. Para dar sequência, por favor.

< 69' André Silva (6): Continua bloqueado, não consegue libertar-se para jogar o seu futebol. Saiu tarde, face ao que produziu. Insisto, precisa de quem o ajude a trabalhar os macaquinhos no sótão. É um jovem craque numa fase má, nada mais. Deste jogo, fica a importante assistência para Danilo.

> 69' Melhor em Campo Corona (8): O agitador de que o jogo precisava. Um minuto depois de entrar já assistia Soares para o segundo. Daí em diante, sempre com os motores ligados, a "encher" a cabeça dos pastéis adversários. Para mim, foi decisivo para consolidar a vitória e o mais importante para o melhor período da equipa. Entra quase sempre bem a partir do banco.

> 77' Herrera (6): Entrou solto, "cabeça limpa", a procurar jogar simples e sem falhar passes que não se falham. Ai se fosse sempre assim. Sem ironia. 

> 81' Diogo Jota (6): Pouco mais de dez minutos em campo, para permitir a ovação (e algum descanso) a Brahimi, tocando em conjunto com uma banda que já pensava mais no duche do que noutra coisa. Nada a declarar, portanto.

NES (6): A "mínima nota positiva" justifica-se com facilidade. Em vez de evoluir, o futebol da equipa deu mostras de regredir. A primeira parte é francamente má, salva apenas pelo golo. Futebol desinspirado, encravado, lento, sem uma lógica perceptível para desmontar o esquema muito defensivo do adversário. O regresso do balneário "cheirou" a Setúbal, tal o encolhimento, a atitude passiva de quem aguarda para ver o que o adversário conseguia fazer. A diferença foi mesmo a entrada de Corona, mérito ao treinador por a ter promovido em tempo útil. Claro que a vitória é a única coisa que interessa daqui até final, mas a sensação que fica é a de que temos jogadores para fazer mais e melhor. E disso só pode ser responsabilizada uma pessoa. Em Braga, a resposta terá de ser outra e para melhor.





Outros Intervenientes:


Não tenho nenhum prazer em escrever sobre este Belenenses, tal a falta de pudor e promiscuidade com que se relaciona com o Benfica. Por isso, vou apenas congratulá-los por terem sido um adversário correcto, sem o anti-jogo de outros. Em campo, vi um Yebda a destacar-se da mediania e pouco mais.

Sobre a equipa de arbitragem liderada por Fábio Veríssimo, pareceu-me que quis que o jogo tivesse poucas interrupções e esteve até atento a "ameaças" de anti-jogo. 

Muitos dos meus consócios não lhe perdoam não ter marcado penálti no minuto 18, mas eu não penso assim. É evidente que a bola vai à mão/braço, mas não me parece que se justifique mais do que o canto assinalado, uma vez que o defesa estava tapado por André Silva. Poderão argumentar que "mas ao Benfica marcam estes penáltis", ao que eu respondo "então são esses que são mal assinalados". Bem sei que uniformidade de critérios é o que mais se precisa, mas a uniformizar que seja pelo bem.

No lance sobre Brahimi (minuto 62), não consegui ficar esclarecido pelas poucas repetições que vi. No penálti assinalado, decisão correcta, nada a dizer.

Falta referir que Felipe abusou da sua sorte, não pelo lance em si, mas porque facilmente poderia ter acertado no calcanhar do adversário e daí só poderia resultar expulsão. Felizmente foi apenas um toque na perna, pelo que o amarelo está correctíssimo.

Ouvi também falar sobre outros lances de que não me apercebi no estádio e sinceramente não tive paciência para ir procurar.



 
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Vi com muita atenção e alguma expectativa o jogo Moreirense - Benfica e devo dizer que fiquei surpreendido com a qualidade dos da casa, que claramente mereceram tudo menos perder. Não soubesse eu quem estava a jogar e apostaria a honestidade de Pedro Guerra em como se tratava de um jogo entre aflitos para não descer de divisão.

O Moreirense teve mais e melhores ocasiões de golo, a segunda parte foi praticamente toda "sua", faltou pontaria na hora decisiva.

Tiago Martins, o bom árbitro do encontro, optou por deixar jogar. E bater também. É verdade que prejudicou o Benfica num lance importante, já perto do final, ao não mostrar segundo amarelo a Dramé. Mas em todos os demais lances capitais, o Benfica foi literalmente ao colo do bom do Martins. 

A entrada do Luisão é para vermelho e mais do que um jogo de suspensão, mas o senhor Martins não "viu" assim. Mas viu o lance, porque marcou falta e advertiu o cabeçudo. Por mero acaso, foi aos trinta minutos de jogo, com o resultado em 0-0. Influência decisiva a favor dos mesmo de sempre.




O único golo do jogo nasce de um livre mal assinalado. Dramé entrou de carrinho e jogou a bola, tenha ou não tocado em Nélson Semedo após efectuar o corte. Entendo que o árbitro se possa enganar neste lance, apenas saliento o "azar" de o golo que decide o jogo e mantém os mesmos na liderança nasça de uma falta inexistente.

Cómico foi também o carinho de Samaris a Diego Ivo, mesmo a acabar o jogo. Também compreendo que o árbitro não tenha visto, pela confusão gerada, mas FICO À ESPERA DO SUMARÍSSIMO.

Estando em tamanha "forma", certamente que ainda o vamos apanhar a apitar-nos até final. Sai mais meia de polvo à lampião!


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Nota final: amigos Portistas, façam-me só um favor (e a vocês próprios): não caiam no erro de comparar lances do Benfica com a agressão do jogador do Canelas, nem sequer em jeito de graçola. O que se passou foi demasiado grave e mau para ser branqueado ou aligeirado. Aproveitando a deixa deles quando o Inácio assumiu que pirateava a BTV, não sejam Guerras.

Adenda: soube agora que o Canelas voltou a jogar porque houve um árbitro que furou o boicote dos seus colegas. Se algum dia esse mesmo árbitro for agredido, espero que aguente de pé sem zurrar. E que os colegas sejam, ainda assim, solidários com ele.



Do Porto com Amor,

Lápis Azul e Branco