junho 2016

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Soltas de Verão #1


A fundo na Silly Season, destaque ao que de mais relevante (e menos silly) se tem passado.


Bruno Sousa


Começo pelo inevitável, a noite de terror em Istambul.

Já escrevi sobre as idênticas tragédias de Paris e de Bruxelas pelo que não me vou repetir - não que a as mensagens não sejam pertinentes ou não mereçam ser passadas até à exaustão, mas simplesmente porque o caro leitor as poderá (re)ler clicando nos links acima.

Seria hipócrita da minha parte dizer que o sentimento é exactamente o mesmo neste caso e nos anteriores. Não é. Istambul (uma das minhas cidades preferidas) e a Turquia ficam um pouco mais distantes, não geograficamente, mas culturalmente. Os turcos são menos iguais a nós do que os franceses ou os belgas no que concerne ao seu modo de ser e de viver. E por isto, o sentimento de ameaça imediata ao meu dia-a-dia é inferior.

Mas terminam aqui as diferenças. A indignidade, a ignomínia e a covardia são exactamente as mesmas. O grau de inocência das vítimas de ontem é precisamente igual ao das de Paris, de Bruxelas, de Madrid, de Londres, de Tóquio, de Bali, do Iémen, do Iraque, da Nigéria e de todos os cantos do mundo. Precisamente iguais. E por isso, junto-me ao imenso coro daqueles que à distância se solidarizam com as vítimas e as famílias do atentado criminoso de ontem. Days of Fire estes em que vivemos.


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Por cá, é de terrorismo ético que se sofre.

Noticiou o Expresso (que apesar de contar com gentalha reles, também é capaz de fazer bom jornalismo) que um dos nossos estimados governantes optou por manter como residência fixa uma casa que tem no Algarve (onde, segundo o próprio, residia por motivos profissionais até ser convidado para o executivo do bom do Costa) para assim poder beneficiar do subsídio de deslocação. São €735 que o Secretário de Estado Carlos Martins recebe a mais à pala deste malabarismo. Suja-se por pouco, mesmo acreditando na sua versão e consequente diminuição do grau de chico-espertismo. Um entre muitos, certamente. Malabarismos e malabaristas. É disto que esta nação é feita. Ou se não for, pelo menos é por estes que é governada. E isto é que custa realmente absorver e aceitar impavidamente.

A prova mais cabal do conformismo a que este povo (sim, porque a maioria não merece ser distinguida como cidadão, tal o desconhecimento do que é a cidadania) se vetou é a falta de consequências desta denúncia jornalística, carimbada pela inacreditável emenda do senhor secretário de estado. Atente-se nas palavras utilizadas: 

"Com a absoluta consciência da legalidade da atribuição do subsídio de alojamento, porque este injusto caso se alastra e com o objetivo de preservar a minha imagem, o bem-estar dos meus, e a normalidade do funcionamento do Ministério do Ambiente, irei, a partir de hoje prescindir do subsídio de alojamento".

Como se o problema fosse a legalidade da questão. Não, senhor secretário, não é. É a imoralidade, o mau exemplo que um governante dá aos seus governados. Quanto à preservação da imagem, esqueça por favor. A única atitude que poderia ter tomado para a preservar seria apresentar a sua demissão. Para que os seus parceiros de governo e futuros governantes ficassem avisados. Como não o fez, a sua imagem passou de "invisível" a "nódoa negra". E porque a culpa nunca morre solteira, obviamente que a imagem do primeiro-ministro António Costa ficou ainda um pouco mais denegrida. Ou reforçada, se preferirem.


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E agora, Hélton.

Terminou com um magro e seco comunicado a ligação de onze anos ao clube. Vá lá que foi conjunto...

Não tendo conhecimento dos factos envolvidos neste desfecho, posso apenas reportar-me ao que consigo observar. Estando NES em funções há já várias semanas, por que raio não tiveram esta conversa há mais tempo, mantendo o guarda-redes na dúvida até ao primeiro dia da pré-época?

Adrego Design
Para muitos portistas, Hélton é desde há algum tempo uma pedra no sapato. Isto porque após 8 ou 9 épocas a dizer "ámen" a tudo e a todos, decidiu mudar de postura após alguns atropelos de que considera ter sido vítima. Atropelos ao próprio mas também ao clube. As coisas agudizaram-se com o basco e foi aí que Hélton subiu muito na minha (já razoável) consideração. Sendo o único jogador do plantel com passado firme no clube para perceber como se ganha(va) e credor de respeito (de todos, desde dirigentes a adeptos, passando pelo treinador),  optou por não se calar, dando conta não só da sua revolta como também do mal que se estava a fazer ao clube, perante a complacência dos "mestres". Essa atitude será sempre merecedora do meu respeito e admiração, mesmo percebendo que pelo meio se estava a defender a si próprio.

Quanto ao jogador, foi um bom guarda-redes. Não excepcional, mas q.b. para merecer ser titular do Porto durante tanto tempo. São incontáveis as vezes que me fez arrancar cabelos com as suas paragens cerebrais com a bola no pé e escabrosa a dúzia de perus com que nos brindou em momentos decisivos. Mas tudo isto é muito pouco, comparado com onze anos de dedicação à profissão e de grandes (ou suficientes) exibições, semana após semana. Por tudo isto, obrigado Hélton. E a melhor das sortes (o que por definição, implica ser longe daqui).


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Quase de "saída", registo o regresso à actividade de Lopetegui, desta vez cedendo os seus valiosos préstimos ao portento futebolístico que dá pelo nome de Wolverhampton. Vai portanto debater-se com outros génios do futebol moderno como Carlos Carvalhal. Uau. Assim sendo, inauguro aqui o contador "How many days until he gets sacked (again)?".


Termino com uma boa "notícia": todos os que, como eu, têm sido privados de assistir ao Porto Canal pelo facto de serem clientes da NOS vão finalmente poder voltar a fazê-lo, já, já a seguir! No entanto, no meu caso não lhes perdoo. Não isto, mas a "traição" do patrocínio. Assim que ficar esclarecida a questão das transmissões e se, como prevejo, qualquer operador tiver acesso a todos os jogos, mudarei de imediato para a MEO.



Do Porto com Amor



terça-feira, 28 de junho de 2016

Roupa Nova e Cara Lavada


É o hoje o primeiro dia. Do resto da nossa época.


3 Cores, O Mesmo Amor.


Abrem-se oficialmente as portas da nova oficina, a do (espero que seja) Mestre Nuno. Só por coincidência algo de relevante se registará neste dia. O nosso Espírito Santo já estará a trabalhar nas suas ideias desde o dia em que o presidente lhe ligou e o empresário o abençoou. E muitos jogadores  gozam ainda imerecidas férias, outros nem sequer as tiveram por ora e outros estão ainda longe de sonhar ter o privilégio de vir a jogar de dragão ao peito. Ou a incon$olável trist€za de deixar de o fazer. Quase tudo por definir, portanto.

Trata-se portanto de assinalar o começo da nova época. Um novo começo. E com ele, o renovar de todas as esperanças.

É quase tão impossível esquecer tudo o que de mau aconteceu nas épocas anteriores como mudá-las. Sigamos pois em frente, sem olhar para trás, mas com os acidentes de percurso bem vivos nas nossas memórias. Ou melhor, nas memórias deles, dos que decidem dentro e fora do campo (árbitros excluídos). 

À semelhança do que fiz no ano passado, nos próximos dias vou publicar a minha avaliação do plantel que terminou a época passada, devidamente acompanhada pelas estatísticas pontuais do blogue. E tratarei de dar o meu veredicto sobre o futuro de cada um (ah pois, quem manda aqui sou eu). De seguida, um olhar sobre o exército de salvação que são os nossos "emprestados". Quem poderá regressar, quem está definitivamente fora e quem são as incógnitas. Um pouco mais adiante, já com saídas e entradas mais alinhavadas no horizonte, analisarei o plantel 2016/17 com que abordaremos a primeira metade da temporada.



Uma temporada que começa com elevada exigência competitiva e financeira. O terceiro lugar do campeonato passado empurrou-nos para a pré-eliminatória da Champions League (desculpem, amigos sportinguistas, termos tomado de assalto o lugar que é vosso), que será absolutamente decisiva para o nosso futuro próximo. 

Falhar a presença na única competição que permite "aconchegar" os nossos alavancados orçamentos será um golpe muito rude e um péssimo prenúncio do que se seguirá. Não se trata de ser profeta da desgraça, mas sim realista: esta pré-eliminatória ameaça ser decisiva para determinar que Porto vamos ter nesta e quem sabe nas épocas seguintes. Teremos pois que a encarar com toda a competência, determinação e confiança (desculpem, amigos sportinguistas, agora já estamos a ir por caminhos opostos).

Mas antes que se saiba quem será o nosso oponente nesse duelo, já teremos as contas anuais encerradas, com a guilhotina do fair-play a reluzir esfomeada sobre as nossas cabeças. O que trocado por miúdos (pun intended), significa que até final deste mês de Junho teremos que vender um ou vários dos nossos jogadores com mais e melhor mercado. Fala-se de Herrera há semanas, de Aboubakar há alguns dias, mas infelizmente também se falará, com grande probabilidade, de um dos nossos (ex-)futuros portadores da mística. Um daqueles saídos do nosso ventre, vendidos à melhor oferta para que o resto da família não morra de fome... Quem? Já saberão, se finalmente se confirmar...


Quero Todas! E vou oferecer algumas...

O que já está definido e com muita classe e bom gosto são as nossas segundas peles. Que me lembre, é a primeira vez que não tenho dúvidas em qualificar os três equipamentos como magníficos. Que bom que a chuva de lágrimas levou aquele cocó(a) de Lopetegui. Agora temos azul e branco (com um toque nostálgico), preto (com um toque cósmico) e amarelo (com um toque de... alegria)!

Absolutamente bonitas, meus caros amigos da New Balance! Parabéns e obrigado por isso!

E pronto, assim todos pipis já não há desculpas para se continuarem a borrar todos ou a fazer cocó(a)s a cada passe ou remate. Agora é vestir a imaculada, enchê-la de suor, relva e sangue adversário em todos os jogos. Para que possam sair de campo como entraram, imaculados.



Do Porto com Amor (e High Hopes)



P.S. - "CAPITÃO HELTON NÃO INTEGRA PLANTEL DE 2016/17". Com meia dúzia de frases assertivas se dá nota da saída (por "comum acordo") de um dos jogadores mais importantes da última década, quer pela riqueza do palmarés, quer pela própria duração da sua passagem pelo clube. Mais seco era difícil. Tempus Fugit



sábado, 25 de junho de 2016

Mete o Quaresma, ó palerma!


Jogo fraco, exibição medíocre e a habitual inabilidade do seleccionador.




O "meio-campo do Sporting" confirmou tudo o que são, ou melhor, o que não são. Dois jogadores vulgares e um acima da média, que nem com uma época inteira de rotinas conseguem impor-se a jogadores que começaram a treinar juntos à menos de um mês.

Valeu-lhes Quaresma mas não o merecem, em especial Fernando Santos. Patrício ainda tentou levar os croatas para os penaltis mas já não foi a tempo. E sim, a entrada de Renato Sanches foi essencial para nos manter à tona. Não altero uma vírgula ao que disse, porque temos outras soluções equivalentes dentro da selecção, mas hoje aproveitou a "carta branca" para contribuir positivamente.

Já vi outras equipas ganhar competições a jogar menos, mas ainda assim duvido que Portugal tenha qualidade de jogo para chegar à final. Segue-se Lewandowski e os amigos. Já veremos.



Do Porto com Amor




quinta-feira, 23 de junho de 2016

Euro News #1



Terminada que está a primeira fase do Euro 2016, é tempo para uma breve análise sobre a competição. E de olhar para o andamento da nossa Liga Fantasy.


Albânia: uma estreia cheia de argumentos... mereciam ir mais longe!


Cá estou de regresso, após uma ausência inusitada, eventualmente longa para alguns e demasiado curta para outros. Seja qual for o seu sentimento, caro leitor, prometo tentar não repetir a graça.

Acabou há minutos a última partida da fase de grupos do Euro 2016. O que sobra destes 36 primeiros jogos?

 - Equilíbrio. Ao contrário do que foi profetizado, o aumento do número de seleções presentes não se traduziu em jogos e grupos desnivelados. Bem pelo contrário, vários dos "pouco habituais" deram água pela barba aos históricos dos EUROs. País de Gales, Eslováquia, Hungria e Irlanda do Norte surpreenderam e ofereceram férias antecipadas a russos, ucranianos e austríacos. Mas foi o País de Gales quem brilhou com mais intensidade, bem secundado pela Croácia (pobre de quem os enfrentar a seguir...) que relegou a Espanha para a segunda posição. Só não gosto do sistema encontrado para emparelhar os quatro melhores terceiros e acredito que uma competição com 32 equipas ainda venha a ser testada.

 - Enfado. Com honrosas excepções, onde se incluem os dois últimos jogos de Portugal e uns quantos mais, houve uma mediania entediante na maior parte das partidas. E nem o desgaste dos jogadores após uma longa época serve de desculpa, basta comparar com o que se tem assistido na Copa América. O problema está na cabeça dos treinadores e por consequência, dos jogadores. Com o elevado nível de bagagem táctica e conhecimento dos adversários que todos os misters possuem, é bastante mais fácil optar por anula-lo do que correr o risco de o tentar surpreender. Assim, assistimos a jogos com equipas amarradas uma à outra na maior parte do tempo, à espera de um lance de génio ou de sorte (ou de ambos).

 - Street Fighting. Absolutamente deplorável o que se tem passado nas ruas das cidades anfitriãs do evento, com as forças de segurança a revelar bastante dificuldade em controlar o fenómeno. O que motiva esses animais é-me indiferente, falta é começar a tratá-los como tal. Por mim até lhes alugava uma arena para que se pudessem espancar à vontade, fazia-se um campeonato só para eles em que ganhava quem matasse mais. Resolviam-se assim dois problemas de uma vez só: deixavam o futebol em paz e libertavam-se recursos preciosos da Mãe Terra para quem merece viver.

Nota final para algo que felizmente nunca muda: o colorido das bancadas, repletas de flores frescas e viçosas. Recomendo uma visita a esta compilação de 100 dos melhores bouquets deste europeu. São rosas Senhor, são rosas. 


getty images


Quanto à "nossa" SeleNão, não é fácil resumir ou explicar os três empates. Mas vamos lá tentar.

- Fernando Santos. O grande (i)responsável material pelo desfecho. Esteve mal logo na convocatória (Eliseu é um perfeito anormal e um qualquer Antunes - sem desprimor - com mialgia nas orelhas seria melhor; Renato Sanches não mereceu ser chamado e não está lá a acrescentar nada de útil; André Silva merecia o bilhete e a falta de avançados exigia-o), mas o problema começou muito antes. Mais concretamente, no dia da sua apresentação. Eternamente grato por ter sido o escolhido (quem não gostaria de ter o seu emprego?), capitulou desde logo a sua autoridade, transferindo-a para o mais melhor do mundo, o "nosso" CR7. Desde então, tem vivido às costas do capitão, escondendo-se nelas. 

Não surpreende portanto que seja incapaz de o pôr na ordem. Não está em causa a qualidade de Ronaldo - é um grande jogador, um atleta de eleição e uma máquina de fazer golos (o segundo de hoje é magnífico) - mas sim a sua atitude perante os seus companheiros. Não há jogo em que não dê asas ao seu superego, totalmente deslocado e prejudicial a quem pretende ter uma "equipa" no verdadeiro sentido da palavra. Para Ronaldo, os outros dez só lá estão porque precisa deles. Quando a jogada não passa por ele, amua. Quando é outro a fazer o golo, tem pena. Se pudesse jogar sozinho nem hesitava. Precisa, portanto, de quem o ponha no seu lugar, começando por entregar a braçadeira a outro. Mas em Portugal não há ninguém para o fazer.

- Aselhice. 17 remates contra a Islândia, 16 contra a Áustria e 18 contra a Hungria. 1 golo marcado no primeiro, zero no segundo e (finalmente) três no último. Se pensarmos que em cada jogo tivemos uma mão cheia de oportunidades desperdiçadas (com destaque para o jogo com a Áustria), explica-se parte destes três empates. Mas não nos esqueçamos do nome e valia dos adversários: Islândia, Áustria e Hungria. Para enfatizar a aselhice, obviamente.

- Infortúnio. Não gosto nada de atribuir à sorte ou à falta dela o desfecho de um jogo de futebol. Mas há excepções e parece-me justo reconhecer que Portugal tem tido pouca sorte. Não apenas no que depende de si (bolas aos postes e traves, penálti falhado, etc.), mas também no que não depende (golos de ressalto, por exemplo). Mas, como se costuma dizer, a sorte dá muito trabalho. E a produtividade desse trabalho depende sempre da sua organização, acrescento eu.


Seguem-se os oitavos-de-final, onde além do Croácia-Portugal se destaca o "impensável" Itália-Espanha e um tragicómico País de Gales-Irlanda do Norte. Logo veremos no que dá. Se passar, Portugal defrontará o vencedor do Suíça-Polónia...



Quanto à Liga Do Porto com Mística do Fantasy Euro 2016, começo por realçar a grande participação registada: 72 inscritos!




Após três jornadas, o actual líder e grande vencedor da fase de grupos é o Luciano Silva, que ao comando do Maldito EC, soma já 187 pontos. Em segundo, a uns respeitáveis 15 pontos, segue o LIMAerpool de Paulo Lima e em terceiro e quarto dois dos especialistas de UEFA. 

Ainda nem estamos a meio da competição, pelo que ainda todos podem aspirar a vencê-la. Basta continuar atento e começar a acertar mais nas apostas!



E por hoje é tudo. Voltarei no feriado para me debruçar sobre aquele que verdadeiramente me representa, o nosso Futebol Clube do Porto. Até lá, muitas sardinhas a pingar na broa e ainda mais marteladas... bom São João (mesmo aos que cá não estão!).



Do Porto com Amor




sábado, 11 de junho de 2016

A Minha Seleção (e um reforço?)


Começou hoje o Euro 2016 - e eu continuo sem saber por quem torcer.




Não será exactamente assim. Nunca "torcerei" por nenhuma outra seleção que não seja a Portuguesa. A questão é que carrego dentro de mim um conjunto de sentimentos que conflituam entre si e me deixam em dúvida sobre o que vou sentir, quando o primeiro apito soar. Imagino não ser o único, pelo menos entre Portistas.

Nós nunca fomos muito à bola com a Seleção. 

Não por vontade própria, mas antes por ela tradicionalmente ser apenas uma extensão do centralismo que nos menoriza a todos. Sempre foi a SeleNão de Lisboa, dos clubes de Lisboa e sobretudo dos interesses concentrados em Lisboa - não da cidade ou dos lisboetas, mas sim dos que se governam governando-nos.

Ainda assim, a generosidade que nos caracteriza sempre fez com que cada jogo da equipa nacional disputado no nosso estádio recebesse um apoio extraordinário, único, genuíno. Até que a dupla Madaíl/Scolari assumiu o protagonismo. Esse foi o ponto de ruptura para muitos de nós, onde aliás me incluo. Não deixei de assistir ao vivo a todos os jogos de Portugal do Euro 2004, de torcer e vibrar, até que o guarda-redes de Scolari nos destruiu o sonho (o tal que ocupou o lugar de Baía, o então campeão europeu de clubes, o único que o merecia - sem culpa, mas com demasiado pedantismo). Sofri com a derrota, como todos. Talvez com menor duração do que a maioria, porque a certa altura o inevitável raciocínio assumiu protagonismo: "pelo menos somos campeões europeus de clubes - um feito em si mesmo extraordinário, que se lixe o cabrão do brasileiro e todos os que o apoiaram apenas para atingir o Porto.". E nos torneios seguintes, o sentimento manteve-se. Com a diferença de já não termos o consolo extra.

Desde então, pouco ou nada mudou. Apesar das expectativas que Fernando Gomes suscitou, cedo se percebeu que se trata apenas de mais um político a fazer pela vida. Não tardará a embarcar em definitivo para a UEFA ou FIFA. E como bom (mau) político que é, sabe que teclas tocar para garantir os apoios de que necessita. Não quero desmerecer o seu trabalho na Federação (até porque tendo Madaíl como termo comparativo, seria impossível não fazer muito melhor - basta não ser invertebrado), mas o que é certo é que pouco ou nada fez para reaproximar os Portistas da SeleNão.

O mesmo se pode dizer em relação a Fernando Santos, homem bom e figura simpática, mas de má memória para as nossas cores. Conseguiu sozinho perder dois campeonatos - ainda com Jardel no primeiro e já com Deco no segundo - o que não era fácil. E nem a passagem pelo Benfica serviu para se redimir, embora tenha feito por isso. Aliás arrisco-me a dizer que se viu grego para ter sucesso com treinador. Regressou (bem) para orientar Portugal e tem feito um trabalho positivo até à data. Foi portanto uma pena ter-se espalhado ao comprido com a escolha dos 23. Ficou com o rabo de fora...

Com isto tudo na bagagem, não é fácil para um Portista abstrair-se e apoiar incondicionalmente, sem reticências ou mágoas. Cada um sabe de si, evidentemente, uns apoiarão sem dificuldade, outros recusar-se-ão a fazê-lo (contrariando a sua vontade). Eu confesso que não sei. Vou mesmo ter que esperar até ao primeiro jogo para o saber. Não o que digo ou o que desejo, mas o que realmente vou sentir.  

A presença de Danilo, mas também de Ricardo Carvalho, Pepe, Moutinho, Quaresma e até Bruno Alves são uma grande desculpa para apoiar a equipa deles e esquecer-me do resto. Deve ser por aí. Mas uma coisa é certa: se por acaso ganharem o campeonato, ninguém me verá a festejar. Não por vergonha ou teimosia, apenas por não me identificar. E se naturalmente não o ganharem, no pasa nada

Seja como for, espero poder desfrutar de jogos emotivos e de bom futebol. Venha de lá esse Euro pois então!


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Quanto ao que realmente interessa, chegou-me aos ouvidos o rumor da iminente contratação de João Teixeira (médio de 23 anos do Liverpool). Não sabem quem é? Eu também não sabia, ou quase, porque creio lembrar-me de ter visto uma e outra reportagem sobre a sua adaptação a Inglaterra. Ou então foi sobre outro. É, também não sabia... mas se for bom (e verdade), que venha ele.



Do Porto com Amor




quarta-feira, 8 de junho de 2016

Ligas Fantasy e Fantasias de Verão



É chegado o momento de encerrar as contas da "época regular" das competições fantasy das Ligas Do Porto com Mística, uma parceria entre os blogues DPcA e A Mística Azul e Branca. E de lançar a próxima competição, o Euro 2016 Fantasy Football.




Começando pela prova rainha de clubes da UEFA e menina dos nossos olhos, a nossa liga da UEFA Champions League Fantasy Football registou um espectacular total de 87 participantes, certamente aliciados pela possibilidade de ganhar uma imaculada camisola oficial do FC Porto 2015/16.

No entanto, como dizia Connor McLeod e os seus "amigos", there can be only one! E esse one seria o vencedor final da liga. Após muitas jornadas de domínio e algumas ameaças à sua liderança, Pedro Amorim conduziu mesmo os seus Red River FC à vitória final, subindo assim ao Olimpo da fantasy DPcM como o seu primeiro grande vencedor. 



Como recompensa, a imaculada:

Azul e Branco é o coração

Parabéns Pedro Amorim! O Azul, que bem que te fica, tu vais...


Quanto à liga DPcM da UEFA Europa League, o registo de participantes foi naturalmente mais modesto, mas nem por isso a emoção foi menor! No final, o McLeod foi o Ricardo Abrantes e os seus Ricardense 04, que conquistaram o troféu com uma margem já muito confortável sobre o segundo classificado.


Mais uma vez, parabéns Ricardo!



A nível nacional, a Liga Record DPcM foi brilhantemente conquistada pelo FK Qäbälä de Fajões do mister pedromiguelpacheco, que passeou a sua superioridade pela prova, vencendo com mais de 150 pontos de avanço sobre o segundo!


Parabéns pedromiguelpacheco! Na próxima época contamos adoptar outro formato de jogo, muito mais evoluído e higiénico (sem recos pelo meio).



Encerradas as contas destas ligas, é tempo de desafiar todos os misters virtuais a participarem na nossa competição de verão, que nos vai entreter a barriga enquanto o futebol a sério não regressa. Falo evidentemente do Euro 2016, onde como se sabe participará a SeleNão de todos eles. 

A UEFA teve o bom senso de dar continuidade ao fantasy da fase de apuramento, lançando agora o McDonald's Fantasy '16 relativo à fase final. Como não poderia deixar de ser, vamos ter uma Liga Do Porto com Mística!

O código para adesão é este: 23989QHK. Basta clicar neste link, fazer uma equipa (pode ser aleatória de início e depois mudada sem restrições, até ao início da competição) e aderir à nossa liga. Não deixem de participar, velhos e novos nestas andanças, até porque pelo formato "curto" da competição, será o ideal para baptismos de banco!



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Deixando agora de lado as fantasy, algumas notas que também nos remetem para o reino da fantasia...

Os tribunais cíveis decidiram pela nulidade das decisões de há uma década atrás da (in)justiça desportiva, obrigando a FPF a reintegrar o Gil Vicente na divisão principal do nosso futebol. Sabe-se que havia possibilidade de recurso por parte da Federação, o que segundo consta teria efeitos suspensivos relativamente à próxima época. No entanto, a opção da FPF foi a de acatar a decisão do Tribunal e recomendar igual atitude à Liga (falta saber se o Belenenses intentará alguma coisa, mas acredito que o ridículo tenha limites, mesmo para o clube satélite em que se tornou). E não tardará a fechar mais um acordo sigiloso com o visado para enterrar de vez o assunto. Estranho? Nem tanto. 

Julgo haver no seio do mundo futebolístico e da Federação em particular a noção clara da aberração de várias das decisões desses meninos que por essa altura tomaram de assalto os órgãos de justiça e disciplina do futebol português. Foi o Gil Vicente, foi o Boavista, foi o infame Túnel da Luz e foram os sumaríssimos (já para não falar da tentativa de justiça europeia para afastar o Porto da Champions). 

Descontando o caso actual (até ver...), todos os demais tinham um alvo em comum (o Boavista foi um dano colateral, um meio para tentar chegar ao fim último). A questão está muito bem lançada pelo José Manuel Ribeiro (O Jogo) neste artigo de opinião. Como seria de esperar, uma gota no deserto. Bem pode Fiúsa clamar por punição para a "máfia de Madaíl". Parece que ainda não sabe que os paladinos da justiça dourada são vesgos! Ou serão as linhas das portas que lhes tolhem o discernimento? Lucky Them.


E para terminar, as danças de treinadores. Eu bem dizia que se para mais não servisse (e não serviu), a vinda de Peseiro para o Porto teve o condão de o voltar a colocar na memória dos prasidentes do nosso futebol. E então não é que foi o mestre de obras Salvador que o foi recrutar para o seu Braga? O mesmo que venceu a Taça a expensas do seu novo treinador? Ele há coisas do carago. Fés inabaláveis. Obras de Santa Engrácia...

Com isto, quem ficou a ver buques foi o bom do Julen, que afinal aqui já não arranja tacho-Mendes. Fala-se agora do portentoso Granada, mas como segunda escolha. Realmente, era mesmo eu que estava a ver mal as suas imensas qualidades como entrenador.



Do Porto com Amor



Post-scriptum: grande entrevista do nosso Quaresma na SIC. Quem não viu, que veja aqui. Ainda hoje me dói ao relembrar que tantos portistas tenham aceitado que ele fosse sacrificado no altar do basco, perante a complacência impassível da SAD.

Post post-scriptum: acabou de ser criada outra liga DPcM, desta vez na versão euro da Liga J. O código da liga (chama-se "grupo" neste jogo) é o 132 e a password é "X3PE6". Link aqui.




sexta-feira, 3 de junho de 2016

Expresso Curto, Inveja de Longa Data


"Estaria Bruno a pensar que ainda jogava no FC Porto, no início do século, com os árbitros desse tempo? Ou julgava que já tinha voltado a jogar no FCP, com os árbitros de hoje?"


Se Mestre Yoda o diz, está dito!


É desta forma que o senhor Miguel Cadete, Director-Adjunto do Expresso (doravante "o imbecil": que ou o que é fraco de espírito = IDIOTA, PARVO, TOLO), aborda na newsletter Expresso Curto de hoje a expulsão de Bruno Alves contra a Inglaterra.

Não está obviamente em causa a justeza da crítica ao desvario de Bruno Alves, que num dos seus momentos de paragem cerebral, deixou a equipa a jogar com 10 sem que nada o justificasse. Talvez até possa servir de "referência" a quem estiver por esta altura apostado em contratá-lo.

Também não faço ideia se o referido imbecil gosta ou não de futebol, se é ou não adepto de um clube (embora suspeite), mas o certo é que conseguiu numa única frase reavivar todo o esplendor do espírito do Estado Novo e dos gloriosos e geométricos tempos do Sporting Lisboa e Benfica, em que o campeão era decidido por decreto e repartido entre Benfica e Sporting através de um rácio perfeitamente definido.

O imbecil reportou-se ao FC Porto do "início de século" sem especificar, pelo que fiquei na dúvida se se referia logo aos primeiros anos, em que curiosamente também atravessamos um deserto de três anos sem ganhar o campeonato (imenso para os portistas, insignificante para os demais adeptos), em boa parte graças à influência das (más) arbitragens; ou se pretendia já incluir as nossas vitórias na Taça UEFA e Liga dos Campeões - coisa que o imbecil nunca teve o privilégio de ver o seu clube conquistar, seja ele qual for. Em todo o caso, não estaria a falar de Bruno Alves, que apenas se fixou na equipa principal a partir de 2005/6.

Mas a gravidade maior das suas declarações encontra-se na nauseabunda insinuação de que o Porto venceu à custa dos árbitros (desse tempo... e de hoje, pasmem-se!) ou, no mínimo, era ilicitamente por eles ajudado, nomeadamente no capítulo dos perdões disciplinares. E aqui volto a sentir-me confundido. Afinal, qual foi o clube vítima da diarreia de sumaríssimos que o afastou da luta pelo título? E qual foi a equipa que ficou privada de dois dos seus jogadores por largos meses (um deles, o mais influente da equipa) para à posteriori ver esses castigos reduzidos a meia dúzia de jogos de suspensão? Aguardo pela resposta, prezado imbecil.


Aviso de Segurança: pode ter efeitos hipnóticos sobre diversas espécies de imbecis


Eu bem sei o que o(s) apoquenta. O que, por muitas taças e tris pré-fabricados que festejem, lhes enche o sapato de pedregulhos e lhes dá urticária nas partes baixas. Eu bem sei. Mas é um sentimento muito feio, menino imbecil - os seus paizinhos nunca lhe ensinaram que é feio ser invejoso? 

E ao contrário do que estão apostados em conseguir há tantos anos, uma mentira repetida muitas vezes nunca se transformará numa verdade. Pelo menos enquanto não formos todos uma manada de boçais, como alguns gostariam (aposto que por afinidade).


Fica também o meu alerta para o Director do Expresso, na expectativa de que, ao contrário do seu adjunto, tratando-se de uma pessoa correcta e de um profissional responsável, apresente de imediato um pedido de desculpas a todos os portistas em nome da publicação que lidera. Vindo de um assumido benfiquista ferrenho (que cumprimento em sadia rivalidade), será ainda mais relevante. Se não o fizer, estará a dar cobertura ao seu imbecil-adjunto e a corroborar as suas calúnias.



Do Porto com Amor




quinta-feira, 2 de junho de 2016

Em nome do pai e do Espírito Santo


Começo este artigo com a mesma pergunta com que terminei o anterior (pré post-scriptum):

Estando Nuno Espírito Santo disponível aquando do despedimento de Lopetegui, por que motivo não serviu na altura e serve agora para treinar o FC Porto?


Bruno Sousa


Lopetegui foi corrido ao pontapé (e nem me chamaram para lhe dar um dos meus, com biqueira larga) sem que antes se acautelasse o futuro imediato, ou seja, que fosse encontrado o seu sucessor. Um clube altamente profissionalizado, liderado pelo presidente mais vencedor da história e por uma estrutura que o acompanhou em todos esses sucessos, sempre pagos a peso de diamante, permitiu-se anular a sua própria fé de poucos meses antes e avançar para o desconhecido de olhos fechados. Não sei se foi um impulso incontrolável, se foram pressões externas ou se foi o Espírito Santo (o sagrado) que apareceu em sonhos ao presidente, o certo é que se passou assim.

Perante isto, entrou Rui Barros. Para evitar o caos e levar com as balas que seriam destinadas à direcção. Fez o que pode. 

Entre a saída de Lopetegui e a entrada de Peseiro passaram várias semanas. Várias semanas. O que se deduz disto? Que o presidente passou esse tempo à procura da melhor solução para orientar a equipa. Relembro que Nuno estava livre, sem emprego, à distância do mesmo telefonema que agora recebeu.

Tendo finalmente Peseiro sido o escolhido, com tamanha demora, são várias as conclusões que se podem tirar. Destaco duas:

1) Que nenhuma das primeiras opções estava "disponível";
2) Que Nuno não era uma dessas opções.


A justificação dada hoje pelo presidente é pouco mais do que insípida. Não esclarece absolutamente nada sobre o motivo da sua não contratação em Janeiro. Mas se optar por acreditar que "na altura, nas circunstâncias," entenderam "que não era o momento oportuno para uma pessoa com o perfil do Nuno entrar no FC Porto", fico duplamente preocupado

Primeiro porque a situação hoje é claramente mais gravosa do que em Janeiro, quando ainda tínhamos todas as hipóteses de terminar a época fazendo a dobradinha e evitar os actuais três anos de jejum. 

Segundo, porque revela que a confiança no novo treinador não é ilimitada ou, se preferirem, não é para todas as situações.

Muito menos faz sentido pensar que foi Jorge Mendes que impôs o treinador como condição para reforçar a equipa. Mas fica claro que o empresário passará a estar mais próximo do clube e envolvido em muito mais negócios, o que obviamente é muito diferente de passarmos a ser mais um clube satélite de Jorge Mendes, algo impensável e inaceitável.

Será igualmente curioso perceber como vai evoluir a relação com a Doyen e, pelo meio, com Alexandre Pinto da Costa. A vaca está magra e não se afigura fácil alimentar dois (três) vitelos tão vorazes. Não me custa nada imaginar que o filho pródigo já terá saltado para a barricada de Jorge Mendes, abandonando os até agora grandes "amigos". Afinal, amigos, amigos... Mas continuaremos todos atentos aos negócios em que estará envolvido, qual o seu grau de envolvimento, qual a necessidade da sua presença e que percentagem retirará deles.

Outra conclusão que decorre do que foi dito na apresentação de hoje é que o presidente e seus pares andaram literalmente a dormir desde Janeiro até agora. Cedo se percebeu que Peseiro não tinha futuro no clube, pelo que o que seria de esperar é que imediatamente (no momento dessa constatação) se iniciasse o processo de contratação do próximo treinador. 

Não chegou ficarmos arredados da luta pelo título, nem da luta pelo acesso directo à Champions, nem as derrotas caseiras com Arouca e Tondela para que Pinto da Costa deitasse mãos à obra nesse empreendimento. Não, foi preciso esperar pela derrota na final da Taça e juntar-lhe mais uma dezena de dias para que "a administração" decidisse "com acordo total, que a passagem de José Peseiro tinha terminado" e então pensar no novo treinador. Será mesmo possível termos chegado a este ponto?

Quanto ao escolhido, já resumi o que penso dele no treinadorómetro. Não vou agora desdizer-me apenas porque foi contratado. No entanto, só depende dele fazer-me mudar de opinião. Que assim seja! Consola-me que tenha sido a primeira e única opção. Quer dizer, não consola, porque havia outros que considero melhor "qualificados", mas pelo menos o presidente não pensa assim e conseguiu contratar exactamente quem pretendia. E como ele sabe mais de futebol a dormir do que eu acordado...

Da minha parte, fica tudo dito quanto ao péssimo serviço que esta direção prestou ao clube no mandato anterior e em particular nesta última época. Para lá dos meus piores pesadelos. Não vou fingir que "já passou" e não me deixou marcas. Deixou sim, na confiança que (já não) tenho nela (na direção). Mas seja como for, está reeleita para novo mandato. E daqui em diante, só escreverei tendo em vista o que temos pela frente.

Nuno Espírito Santo é o novo treinador do Porto. Haverá tempo para abordar as suas características e feitos, ainda que para mim interesse muito mais o que vai fazer daqui em diante. Por agora limito-me a acolhê-lo na nossa família portista. Bem-vindo, Nuno, que tenhas a competência, os recursos e a sorte necessários para triunfar no banco do Dragão. O teu sucesso será indiscutivelmente o meu. 

Que o filho seja posto a milhas e que voltemos a ganhar. Em nome (do merecido legado) do pai e do (sucesso de Nuno) Espírito Santo.



Do Porto com Amor