Sleazy Pizzi e o Circo de Anões

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Sleazy Pizzi e o Circo de Anões


Não vi o Benfica - Rio Ave, tal como na maior parte das vezes em que eles jogam. Primeiro, porque não gosto deles. Segundo, porque não aprecio resultados tendencialmente viciados, seja pelos árbitros ou pelos próprios adversários.


 

Vi sim, como quase sempre, o resumo que alguém achou por bem construir como a amostra representativa desse mesmo jogo. E já pelo resumo (da BTV!) fiquei com a pulga atrás da orelha, porque dos da casa vi os dois golos (o primeiro típico, aos repelões; o segundo, um grande golo) e mais uma série de ataques - tudo na primeira parte. Na segunda... quase nada, e ainda assim quase tudo ataques (inócuos) do Rio Ave. Então não quiseram mostrar as inúmeras oportunidades desperdiçadas pelo "justíssimo" líder do nosso campeonato na segunda metade do jogo? Hum...

Logo de seguida, fez-se luz, ao ler as declarações pós-jogo do insuspeito Tarantini:

"Os primeiros 15 minutos marcaram a diferença. Depois veio o melhor do Rio Ave, na última meia hora da primeira parte. Na segunda parte batemo-nos de igual para igual, mas já estava 2-0. 
(...) 
Nem diria que o Benfica entrou forte, nós é que não entrámos como queríamos. O jogo ficou pior porque o Benfica controlou de uma forma… Muitas vezes ficam preocupados que as equipas pequenas fazem aquele tipo de jogo, mas hoje o Benfica agiu dessa forma também. Não valoriza nada o futebol."


Pois, o Benfica é isto. Um grande clube com uma equipa de mentalidade pequena, uma espécie de circo de anões amestrados que fazem sempre os mesmos truques, devidamente amparados, em cada terra onde montam a tenda.

Já se sabia que sempre que vêm ao Dragão (tirando uma ou outra história excepção - e não me refiro ao resultado final, mas sim à forma de jogar) não passam de um Salgueiros pós-dissolução, encolhidos, fechados, a espreitar o contra-ataque e a queimar tempo logo na primeira parte. 

Já se sabia também que na Europa jogam como equipa pequena. Ganharam dois jogos ao Dynamo como equipa pequena, perderam dois jogos com o Napoli como equipa pequena e deixaram-se empatar nos dois jogos contra o Besiktas como a equipa de mentalidade pequena que realmente são.

Nada de novo.

O que surpreende é um jogador do Rio Ave acusa-los de jogarem assim, pequeninos, após os ter defrontado no seu Estádio da Luz. Caramba, estão a exagerar, não?

Então como se explica estarem confortavelmente instalados no primeiro lugar após 15 jornadas?

Vejamos a receita:

- 3/10 Mérito
- 2/10 Sorte
- 2/10 Favorecimentos arbitrais
- 3/10 Prejuízos arbitrais aos rivais

Contra os dois primeiros ingredientes, nada. Contra os últimos dois, tudo. Vivemos o período mais negro do futebol em Portugal desde que vejo futebol, tal é a desvirtuação da competição sempre em favor do mesmo. É factual, não se trata de especulação. Até no Record o reconhecem, pelo amor da Santa!




Bem podem os carneiros lampiões vomitar frutas e cafés com leite como justificação do injustificável. Aliás, é tão ridículo que, se parassem um pouco para pensar, tomariam consciência de que agora aplaudem o que antes criticavam, ainda que apenas baseados em suposições e nas magnânimas "escutas" - pena não terem assistido à superioridade que o Porto passeava dentro de campo, ano após ano, campeonato após campeonato;  bem como a rebaldaria que reinou dentro da sua própria casa durante tantos anos a fio.

Mas a gravidade está em que muitos lampiões já pararam para pensar e ainda assim se vangloriam das suas "conquistas" actuais. Só assim se explica essa "moda" que actualmente os trespassa, onde fazem circular de uns para os outros memes de situações negativas e/ou ilegais que logo passam para segundo plano porque "vão ser campeões". O verdadeiro "não importa como, o que interessa é ganhar". Tenho esperança que não seja a maioria deles a pensar assim, mas não apostaria nem um euro nisso.

Em resumo, a pequenez de espírito é o maior elo de ligação entre o benfiquista-tipo e a sua equipa. Lovely.

Regressando à pequenez da equipa, importa salientar que não começou este ano: desde que nos apagaram a luz após conquistarmos o campeonato no sítio onde mais lhes dói (e continua a doer, eu sei que sim) que passou a reinar naquela "instituição" esta forma de estar que em nada faz jus à grandeza histórica do clube. Mas enfim, o que lhes interessa é ganhar, mesmo sabendo que ninguém fora do benfiquismo lhes reconhece mérito na vitória.

E também, quando se tem o caminho tão bem iluminado pelos comparsas do apito e por alguns adversários, ao passo que aos rivais são montadas toda a espécie de artimanhas, bastam duas perninhas de anão para chegar à meta em primeiro, não é?



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Agora, Sleazy Pizzi.
Ou melhor, a expulsão sleazy de Pizzi.

Até quando se vai permitir que esta vigarice continue?





Aponto o dedo a Pizzi e ao seu mentor Rui Vitória, como aponto a qualquer outro jogador e treinador que se sirvam deste expediente. Sendo os dois em causa dá mais gozo, mas só isso.

Um jogador é punido com um jogo de suspensão ao fim de um conjunto pré-definido de advertências (5, 9, 12, etc.). Faz sentido, pretende-se punir a persistência na infracção das leis do jogo.

Por outro lado, sempre que um jogador é expulso, fica automaticamente suspenso de participar no jogo seguinte (no mínimo, e salvo despenalização posterior). Também me parece lógico, embora defenda que apenas um jogo é pouco como castigo mínimo.

Onde está a lacuna? No "seguinte". É que enquanto que o castigo resultante da acumulação de amarelos é sempre cumprido na competição que lhe deu origem, o da expulsão é cumprido no jogo seguinte, seja qual for a competição a que diz respeito. 

O chico-espertismo humano rapidamente concluiu que após ver o amarelo que dá a tal suspensão, é preferível forçar a expulsão se o jogo seguinte for de outra competição menos importante, como agora aconteceu. Ridículo, anti-desportivo e insultuoso para quem paga bilhete.

Seria realmente simples acabar com isto e são variadas as soluções possíveis.

Uma delas seria o cúmulo de penas. Atinge o quinto amarelo, fica irremediavelmente suspenso do próximo jogo da competição respectiva. É posteriormente expulso no decorrer do mesmo jogo, acrescenta a punição que dela advier à suspensão em que já incorreu. 

Mas importante mesmo seria acabar com esta palhaçada, que por definição será sempre mais apetecível por quem, semana após semana, monta o seu circo de anões amestrados.
 


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Já que estamos a falar de desonestidade e menoridade intelectual, aproveito para destacar a postura bolorenta e corporativa do Sindicato dos Jornalistas - seja lá o que isso for nos dias que correm.

Sou capaz de apostar que a cada dez indivíduos que hoje "assinam" textos como jornalistas, nove não o são. Não passam de malta com um curso feito à pressão (ou nem isso), cujas valências maiores são as do copy/paste e do elevado domínio do Google Translator (traduzam lá isto, vá, vocês conseguem).

Se nos circunscrevermos à imprensa desportiva nacional, o rácio passa a um jornalista em cada vinte (com sorte). É que à falta de formação e conhecimento sobre o que significa ser jornalista, somam a doença clubista que, em muitos casos "capitais", deve ser mesmo a porta de acesso à redacção.

É este tipo de gente que hoje domina o jornalismo, se não por deter o poder da classe, pela mera contagem de números. E isso é que interessa ao sindicato.

Sem conhecer os dois "jornalistas" em causa - a que festejou o golo do Chaves e o que entrou em "diálogo" com adeptos, não me vou alongar em comentários sobre ambos. Pode até ser que sejam jornalistas dignos do nome, que tenham tido um momento mau.

Mas tal não invalida que esse momento mau tenha existido. Ou melhor, esses dois momentos. Pelo que o tal Sindicato (só a definição já me faz comichão) deveria era apurar os factos primeiro, relatá-los e emitir opinião depois, mas nem isso foi feito. Felizmente o Porto respondeu à altura e pouco mais se me oferece dizer, a não ser: cresçam e apareçam, anõezinhos.



Lápis Azul e Branco,

Do Porto com Amor




4 comentários:

  1. https://www.facebook.com/RiseupPortugal/videos/1274185529271557/?autoplay_reason=all_page_organic_allowed&video_container_type=0&video_creator_product_type=2&app_id=2392950137&live_video_guests=0

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    1. Esse é o outro lado da moeda, aliás o original, que levou a que se chegasse a este ponto.

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  2. Pois é meu amigo. O clube da treta faz uma coisa muito simples, pelo menos, desde que eu vejo futebol: Faz as coisas SEMPRE pelo outro lado. Pelas traseiras, à sucapa. Ele são os vouchers, ele é a porta18, ele são os pasquineiros da Bolha, da Chic ou da TSF. Há anos e anos que é assim, só há uma solução: jogar o dobro deles. Grande abraço, Bom Natal e um Bom Ano à Porto.

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    1. Agradeço e retribuo, caro José Lima, sem nunca desistir.

      Basta que o Bem nada faça para que o Mal triunfe...

      Um abraço

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