Na Hora da NESpedida

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Na Hora da NESpedida


Nenhum encanto, vos garanto. A despedida, pois claro.

Como se já não bastasse o desfecho de época deprimente ao nível do jogo jogado pela equipa, eis que decidiram fechar com "chave de ouro": uma derrota humilhante em Moreira de Cónegos.




Para ser claro, a humilhação é toda deles, jogadores, treinadores, directores e presidente. Uma verdadeira amostra da situação actual do clube, onde apenas alguns - uma pequena minoria - parecem ter ainda presente o que significa ser do Porto.

Já esperava que não houvesse muita motivação nos jogadores, em especial naqueles lances de vida ou de morte, porque do nosso lado já nada havia para decidir. A honra, claro, de vestir esta camisola - mas não nos enganemos, hoje em dia essa pertence sobretudo a nós, os Portistas desinteressados.

Será um tema para voltar daqui a uns tempos, por agora fica o essencial: não é razoável continuarmos a sonhar com mística e afins neste tempo dos likes. Gone with the wind (of times).

Os jogadores, sejam portugueses ou não, da formação ou não, Portistas ou não, querem é chegar ao topo da sua profissão. Um lugar distante deste nosso campeonato.

Treinadores, idem.

Dirigentes, não exactamente, porque o mercado de transferências é quase inexistente. Mas o objectivo é claro: assegurar a permanência no poleiro pelo maior número de mandatos possível, para com isso estabilizar a vidinha e construir ainda mais pontes para o futuro. Note-se que não me refiro apenas ao Porto, mas a todos os clubes profissionais.

Dito isto, não entendo a escolha de Nuno.

Disse-o aquando da contratação, digo-o agora ainda com mais veemência. ERRO MONUMENTAL.

Vindo de alguém como Pinto da Costa, só a consigo entender como uma de duas situações (ou ambas):

1) Julgar-se eterno e inamovível por tudo o que já fez pelo Clube, dando-se ao desplante de arriscar em zeros à esquerda após três anos de insucessos;

2) Cedência a outros valores que não ao do interesse superior do Clube.

Mau, péssimo, terrível. 

Juntando a tudo isto à total incapacidade para se opor ao polvo corrupto dos sem-vergonha de Vieira, o que sobra? Nada. Zero.




Somos um clube à deriva em alto mar, assaltados anualmente pelos Piratas de Carnide, liderado por um comandante com traços de assombração. Pior, sem novos candidatos no horizonte para devolver o navio a bom porto. 

Sim, meus caros, este é seguramente um dos piores momentos da história do nosso Clube. Dentro da era Pinto da Costa, garantidamente o pior. Mas, animem-se, para o ano há mais...

Sendo eu um eterno passageiro deste navio, só posso desejar que, não sendo possível mais, pelo menos NES seja atirado borda-fora de imediato. Muitíssimo bem amarrado da cabeça aos pés para que não sobre a mais pequena hipótese de regresso a tona. 

IDIOTA.

Mais uma vez, pouco há a relatar sobre o jogo.

Compreensivelmente, o Moreirense apresentou-se no pico da sua capacidade emocional e competitiva, disposto a morrer em cada lance se necessário.

Compreensivelmente, o Porto apresentou-se amorfo, apático, desmotivado e desinteressado. À lá NES, mas ao quadrado. O que não se compreende nem aceita é a falta de brio demonstrada por praticamente todos. Desta vez, os jogadores são também réus sem absolvição possível. Mesmo que quisessem expressar, de forma mais ou menos consciente, o quanto estão desalinhados com o seu treinador.

A ténue reacção lançada com as entradas de André Silva e Corona foi de pouca dura, porque realmente ninguém da nossa equipa queria estar ali àquela hora. Sorte teve Casillas, que foi poupado de participar em mais este triste espectáculo. Se bem que, assistir ali de tão perto, também não deve ter sido grande coisa.

Uma derrota inaceitavelmente normal após uma exibição deprimente. Dá para acreditar? Que remédio, é a realidade nua e crua. 


Notas DPcA 

Dia de jogo: 21/05/2017, 18h00, Estádio Comendador Joaquim Almeida Freitas,  Moreirense FC - FC Porto (3-1).

Nota (7): Maxi 
Nota (6): Sá, Danilo, Brahimi (<64'), André Silva (>46')
Nota (5): Alex Telles, Marcano, André André, Herrera (<46'), Otávio (<46'), Soares (<67'), Corona (>46'), Rui Pedro (>67')
Nota (4): Felipe
NES (-): Dead man walking




Final de uma época vergonhosa a muitos níveis, com indisfarçável relevo para o escabroso roubo de que o Futebol Clube do Porto foi alvo por parte dos sem-vergonha do slb

Noutro plano menor mas também importante, a vergonha tem outro nome: Nuno Espírito Santo, aposta pessoal do presidente para tirar o Clube do fundo. Pois Nuno, o Coveiro, conseguiu a proeza de nos deixar uns níveis mais abaixo, rumo ao centro da Terra. 

RUA. JÁ. Sozinho ou acompanhado, é como preferirem.



Do Porto com Amor,

Lápis Azul e Branco



[Adenda]: A saída de Moreto Cassamá para o Borussia M'Gladbach aparenta ser mais uma decisão de lesa-clube. Não o afirmo peremptoriamente porque suspeito que a vinda dele e do outro "sócio" para o Porto, foragidos da lagartagem, tivesse já este desfecho como condição. A questão que coloco é: para quê e a servir os interesses de quem? Vamos tomar nota, acompanhar a carreira do Moreto na Alemanha e ver o que vai suceder.




11 comentários:

  1. moreto na alemanha vai ser muito pior que sanchez, mesmo num clube de terceuro plano raramente vai jogar.

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  2. O Moreto afinal era carimbado dos rebuçados de vitória? 3 milhões é mau negócio? Sabemos que é 10 vezes melhor que o anão espanhol que todos reclamavam e que custou 20. Mas alguém dará sequer 1 por ele?

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    1. Não sei, meio Depoitre? O que acha?

      (quem deu os 20M pelo Óliver, terá sido o Antero? Ou o NES?)

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    2. Não foi exigência dos adeptos? Tal como Layun? Tal como Silva?
      E o afastamento de Quaresma, Brahimi, Quintero, Herrera, os tais adeptos não tiveram nada com isso?
      Quem deu 20 milhões pelo Oliver, correspondendo à berraria de muitos entendidos, infelizmente foi o Porto.

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    3. O lápis deve ter por aí um post bem em que se escrevia que com um meio campo com Oliver, André André o Porto era candidado a ganhar....bola, a não ser que os adversários nos oferecessem de bandeja algum troféu.
      Reafirmo o mesmo, com um meio campo com jogadores como Oliver, André André e Otávio, nem o Canelas subia aos nacionais.
      Treinador é muito importante, mas enquanto insistirmos em jogadores dessa estirpe, só por milagre se ganhará alguma coisa.

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  3. Para esclarecimento das Almas, valha-vos Eu:
    É bastante parvo estar a comparar um moço que completa o +ultimo ano de junior com outro com idade para ser quase seu avô. Mesmo que acreditemos na idade do Renatinho, quando saiu era a "estrela da companhia". O Moreto ia jogar o primeiro ano na B.
    Sim, na minha opinião, é um dos melhores da sua geração. Para além de tudo, revela grande maturidade. Creio que o contrato se aproximava do fim e que esse é um dos motivos da sua saída. O senhor Catió, seu empresário, não é o melhor exemplo de tipo colaborante. Antes três milhões, que a ponta de um corno. Menos que isso valeu o Idrisa...
    Agoooora, não vale a pena tapar o negócio com o Torres, digo, o Sol com a peneira. Matámos com ferros e com ferros morreríamos. Venham de lá os milhões. Mas não se faça de conta que são belos negócios.
    Drop the mic.

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    1. Sr. Silva, quanto menos guito no negócio, menos comissões, não é verdade?
      Como é que fica a narrativa dos franco atiradores que dizem que é só negociatas para encher os bolsos desses seres tenebrosos da SAD?

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    2. Vá lá, não me dececione. Vamos vencer o Brahimi por um Sumol e uma sandes americana, para pagar apenas um bolinho de bacalhau de comissão? Sendo que no caso em apreço acho mesmo que estivemos "refens" do Catió. Some you win, some you learn ;)

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  4. Acredito que se vendermos o Brahimi será por bem mais que uma laranjada e uma sandes de presunto. Só que vendendo-o, sujeitamo-nos a lutar com o Tondela ou com o Estoril, para a Liga Europa.
    O mal não é o Brahimi. O mal é conseguir impingir a algum clube, essa tenda de jogadores de banda desenhada, que nem embrulhados nos fatos do Manuel Luis Goucha, conseguiremos despachar.

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