Kremlin de Gala, Circo, Taça e Fogaças

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Kremlin de Gala, Circo, Taça e Fogaças


Vai de vento em popa a nossa campanha 2018/19 na Liga dos Campeões. Finalizada a primeira volta do grupo D, seguimos na frente com uns meritórios sete pontos e com o bando inteiro na mão para garantir o primeiro lugar no final desta fase.




Já lhes dei conta da falta de tempo e menor disposição para manter a regularidade da escrita nesta fase, pelo que não os vou maçar mais com isso. Avanço directo para o já longínquo jogo caseiro contra o Galatasaray, onde conseguimos talvez o resultado mais importante de todos rumo ao apuramento para os oitavos. Vitória tangencial mas a valer os mesmos três pontos de qualquer goleada. Jogo difícil contra uma equipa talvez menos equilibrada mas seguramente não inferior à nossa, o que ainda valoriza mais o feito. Não são nenhum papão, mas nós também não - nunca fomos e hoje ainda mais distantes de o ser.

Seguiu-se a barraca da temporada (até ver), na ida à Luz. De tão chateado com f que fiquei, não fui capaz de escrever sobre o assunto sem ensaiar um chorrilho de asneiras. Fiquei-me por um singelo tweet e hoje ainda não me apetece escrever muito mais: não jogámos nadinha, eles pouco mais e acabaram por ter a sorte que nós tivemos no jogo da época passada. 

Como quem não sabe perder também raramente sabe ganhar, os criminosos de Carnide que tomaram aquele clube de assalto passaram música de tourada no final do jogo, o que me deixou na dúvida: estariam simplesmente a celebrar à sua maneira ou confundiram com aquela musiquinha muito semelhante que normalmente toca nos circos, acompanhada de palminhas? Vou mais pela segunda, dado o contexto e a enormidade de palhaços que por ali tinham passado.

Saímos de lá vergados pela nossa incompetência e remetidos para um obscuro terceiro ou quarto lugar. Seguiu-se mais uma absurda pausa para Seleções e Taça (e já vem outra a caminho), onde cumprimos a obrigação de seguir em frente contra os briosos amadores do Vila Real. Destaque maior para o inédito poker do zombie Ádrian e side note para o regresso de Fabiano à titularidade.

O regresso à "alta competição" deu-se na monumental e acolhedora cidade de Moscovo, onde tive o prazer de estar a acompanhar ao vivo mais uma vitória na Champions, desta vez contra o Lokomotiv local. Vitória da melhor equipa num jogo onde quase tudo nos correu de feição (San Iker!) e contra um dos conjuntos mais fracos de que tenho memória de defrontar nesta competição. Bem sei que estavam sem vários dos habituais titulares, mas só me posso referir ao que vi neste jogo. Seja como for, cumprimos, vencendo. Ainda sem convencer.

E assim "chegámos a ontem" de volta a casa, ao nosso Dragão. Embalados com a surpreendente derrota dos sem-vergonha às mãos da ex-SAD do Belenenses (melhor definição que encontrei até que arranjem novo nome), arrancámos determinados em recuperar a liderança do campeonato. Do outro lado, o Feirense, uma equipa bem organizada e capaz de estender o jogo ao ponto de criar perigo junto da nossa baliza mais do que uma vez. 

Fomos suficientemente melhores para vencer, mas só perto do final pudemos descansar quanto à distribuição de pontos. Pelo meio, muitas peripécias arbitrais (quase todas em nosso benefício) e o regresso de Óliver às exibições de corpo inteiro, completas e de nível elevado. 

Tudo somado, cerca de um mês de futebol findo o qual mantemos intactas as aspirações em todas as competições e inclusive recuperamos a liderança do Campeonato após derrota na Luz. O nível de segurança que o jogo da equipa transmite é ainda baixo, mas fundamental mesmo é ir ganhando nos entretantos, enquanto se trabalha para melhorar. Convém é não deixar de o fazer (melhorar), porque um dia a "sorte" pode nos virar as costas.



Notas DPcA 

(por ordem cronológica)



Dia de jogo: 03/10/2018, 20h00, Estádio do Dragão, FC Porto - Galatasaray (1-0)




Nota (8): Iker

Nota (7): Militão, Danilo, Otávio (<80'), Marega, Brahimi 

Nota (6): Maxi, Telles, Herrera (<89'), Corona (<69'), Óliver (>69'), André Pereira (>80') 

Nota (5): Felipe

Nota (-): Oliveira (>89')

Sérgio Conceição (7): Vitória fundamental para relançar a nossa candidatura aos oitavos, conseguida muito à custa do coração, aquele que se agigante e nos enche de orgulho. Os turcos tiveram as suas oportunidades para sair do Dragão com pontos e não vejo como o treinador poderia ter feito mais ou melhor para o impedir. Correu-nos bem mas fizemos por isso. Sérgio Conceição já se pode apelidar de treinador com tarimba de Champions...


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Dia de jogo: 07/10/2018, 17h30, Estádio da Luz, SL Benfica - FC Porto (1-0)




Nota (7): Iker

Nota (6): Danilo, Otávio (<52'), Brahimi 

Nota (5): Maxi (<70'), Telles, Militão, Felipe, Corona (>70'), MaregaSoares (<76'), Oliveira (>52'), André Pereira (>76') 

Nota (4): Herrera

Sérgio Conceição (4): Equipa amorfa, sem ideias, irreconhecível do princípio ao fim. Muito diferente da do ano passado neste mesmo jogo? Nem tanto, simplesmente desta vez "caiu" para o outro lado. Esperava muito mais do campeão em título, numa altura em que os sem-vergonha vão sendo cada vez mais expostos pelo bando de criminosos que são. Nesse sentido, foi uma dupla derrota, muito difícil de "perdoar" pela falta de vontade demonstrada. Agora já passou, mas demorou. Que sirva de exemplo do que nunca mais se pode repetir.

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Dia de jogo: 19/10/2018, 20h15, C.D. Monte da Forca, SC Vila Real - FC Porto (0-6)




Nota (9): Ádrian (<73')

Nota (7): Óliver, Bazoer, Soares 

Nota (6): Fabiano, João Pedro, Jorge, Militão, Herrera (<63'), André Pereira (<63'), Corona (>63'), Marius (>63'), Oliveira (>73')

Nota (5): Felipe

Sérgio Conceição (6): Jogo encarado com total seriedade, resultado "normal" e oportunidade aos menos utilizados. Tudo bem feito.


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Dia de jogo: 24/10/2018, 20h00, Estádio Lokomotiv Mockba, FC Lokomotiv - FC Porto (1-3)




Nota (8): Iker 

Nota (7): Telles, Danilo, Óliver (<82'), Corona (<69'), Brahimi (<82') 

Nota (6): Maxi, Felipe, Herrera, André Pereira (>69'), Marega

Nota (5): Militão, Bazoer (>82'), Ádrian (>82')

Sérgio Conceição (6): Vitória fora na Champions é sempre de valorizar, mas houve tanto "acaso" a empurrar-nos para ela que me custaria dar ao treinador uma nota mais elevada. Houve San Iker, houve árbitro amigo, houve bolas de golo que não chegaram a entrar (também por mérito de quem defendia), tudo se conjugou a nosso favor. E ainda bem.


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Dia de jogo: 28/10/2018, 17h30, Estádio do Dragão, FC Porto - CD Feirense (2-0)




Nota (8): Óliver, Brahimi (<86')

Nota (7): Iker, Danilo, Corona (<64') 

Nota (6): Maxi, Telles, Militão, Felipe, Soares, Marega (<89'), Herrera (>64')

Nota (5): André Pereira (>82')

Nota (-): Ádrian (>86')

Sérgio Conceição (7): A equipa não falhou quando o rival se espalhou ao comprido e isso é sempre de louvar. Atitude certa desde o início, pese a dificuldade em chegar ao golo. Quando o conseguiu por vias travessas, a postura manteve-se (tal como a do adversário), o que adiou a decisão do jogo para perto do seu final. Boa leitura dos acontecimentos concretizada nas substituições, em particular a entrada de Herrera. Bem também no pós-jogo.


Outros Intervenientes:


Arbitragem difícil e cheia de erros de Rui Oliveira e do VAR Vasco Santos. Baseado em todas as imagens que vi, afirmo sem hesitar que me parece fora-de-jogo o lance do primeiro golo. É por centímetros, pode ter gerado dúvidas mas nunca certezas (critério único para justificar a intervenção do VAR neste tipo de lance/decisão). Admito também que possa ter sido penálti de Telles já perto do fim, mas não é evidente. Admito como boa a decisão de marcar falta a Marega, embora também não tenha ficado com certezas. Tudo somado, foi o Feirense quem saiu com mais razões de queixa, embora não me pareça que justifique de todo a derrota.


Segue-se o Varzim para a Taça da Liga (obrigatório vencer pelo máximo de golos possível) e depois três jogos complicados para o Campeonato [Marítimo (f), Braga (c), Boavista (f)] com a recepção a Lokomotiv e Belenenses (Taça) pelo meio. Seis jogos que ficariam lindamente pintados com seis vitórias. Vamos a isso?



Do Porto com Amor,

Lápis Azul e Branco



P.S. - as minhas humildes desculpas pelo título à Markl




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