Momentos Marcantes de 2018/19

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Momentos Marcantes de 2018/19


Este texto já vem um pouco fora de contexto, porque atrasado, mas ainda assim não quis deixar de gravar em pedra digital o resultado da minha reflexão sobre os momentos mais marcantes da época que já terminou. 




Não encontrarão nada de transcendental, por certo concordarão com a grande maioria deles, mas aposto que quase ninguém me apoiará naquele que considero o mais decisivo de todos. Já lá iremos.

Procurando apresentar estes momentos de forma cronológica:

1) Continuidade de Sérgio Conceição (Junho 2018)


A melhor notícia que o Clube nos poderia dar, garantir que o herói de 17/18 seguiria ao leme da nossa nau. Fosse qual fosse o motivo, perder Conceição e colocar novo treinador no seu lugar implicaria recomeçar do zero, o que por si só é sempre um retrocesso, mais ainda quando o FPF ainda apertava o pescoço azul e branco. Mas tardou um pouco a confirmação, como tardou também a SAD a dar resposta ao plano apresentado pelo treinador para a próxima época. Mas disso falaremos no ponto seguinte.


2) Contratações de verão (Agosto 2018)


Primeiro sinal de que a época iria ser turbulenta. Um mini-verão quente, com o treinador a ameaçar sair a caminho do estágio de pré-temporada e jogadores a serem devolvidos à proveniência sem sequer poderem mostrar o seu (eventual) valor. Como e porquê, só quem viu e ouviu pode dizer. Deste lado, apenas especular e deduzir (especulando). Mas o que realmente importa são as consequências. 

Quando o mercado finalmente fechou, o que se viu foi a saída de Ricardo e Dalot a não serem devidamente compensadas, facto aliás que foi também ele determinante na época, como a chegada de Pepe bem demonstrou. A ausência de um titular indiscutível - um Telles à direita - obrigou o treinador a improvisar e nem sempre se saiu bem. O mesmo se poderia dizer à esquerda, embora Alex tenha disfarçado, mesmo jogando em sub-rendimento durante grande parte da temporada.

Chegou Militão, a contratação da época. A única, digo eu.  Chegou, viu, venceu e... foi para a direita!


3) Lesão de Aboubakar (Setembro 2018)


Momento dramático para o jogador e para a equipa. Sem possibilidade de recrutar um substituto, todo o esforço de concretização se concentrou em Soares e Marega. Deu m*rda. Soares continuou irregular, a marcar um a cada cinco oportunidades e o Super-Marega da época anterior já tinha dado de sola, ficando no seu lugar um tosco-premium mal-amanhado, que ainda assim tem os seus seguidores e interessados (venham, por favor, não sejam tímidos). O que é factual é que a capacidade de finalização da equipa foi, no mínimo, insuficiente - sobretudo nos jogos "grandes". Mesmo alegando que Abou também não é um matador, a verdade é que três seria muito melhor que dois (sim, Fernando, não conto contigo rapaz).


4) Derrota na Luz (Outubro 2018)


Um jogo mal jogado da nossa parte (como quase todos os Clássicos) em que desta vez a sorte sorriu ao adversário, que pouco melhor foi. A importância deste desfecho verteu para os dois lados da contenda: para nós, deixou-nos a duvidar se seríamos melhores; para eles, deu-lhes a possibilidade de admitir que talvez não fossem piores. Em termos de campeonato, deixou-nos em desvantagem no confronto directo, algo que talvez tenha pesado durante o jogo de retorno, sobretudo quando o resultado já nos era desfavorável.


5) E-toupeira (Dezembro 2018)


Numa decisão que nenhum comum mortal, leigo mas bem-intencionado, consegue entender, uma tal de Ana Peres, por acaso juíza, por acaso lampiã, decidiu que a SAD sem-vergonha não iria a julgamento, optando por levar apenas o seu funcionário Paulo Gonçalves. Haveria tanto para dizer sobre isto que um post inteiro não chegaria, pelo que me limito a afirmar convictamente que não se fez Justiça. Caso até para dizer que a toupeira pariu uma rata.

Na prática, este foi o foguete luminoso lançado sobre os céus da podridão encarnada, anunciando a todos que poderiam retomar as suas vergonhosas vidinhas a beneficiar ilegitimamente os sem-vergonha sem que nada lhes acontecesse. Se durante a primeira metade da época se viram arbitragens más (sempre más) mas equilibradas nos benefícios e prejuízos, daí em diante foi o fartar lampionagem do costume. Um dos campeonatos mais vergonhosos de que tenho memória, a par com o do túnel.


6) Final Four Taça da Liga (Janeiro 2019) 


Desses dois jogos que disputámos resultaram três consequências importantes:

a) Vitória sobre os sem-vergonha. Vindos de uma mudança de treinador e com atraso significativo no campeonato, creio que essa vitória confirmou a ideia de sermos muito superiores e de estarmos a salvo de qualquer percalço no jogo do Dragão. Não creio que daí tenha resultado algum tipo de sobranceria nem nenhum facilitismo de forma consciente, mas admito que no subconsciente de jogadores e sobretudo equipa técnica se tenha catalogado como "arrumados".

b) Derrota nos penáltis na final. Uma vez mais, mas não a última, como todos sabemos. Arrisco, portanto, dizer que a final do Jamor se perdeu em Braga. É já um trauma que é urgente tratar e eliminar de vez. Contra mancos...

c) Sobrecarga dos jogadores mais utilizados, que poderá ter penalizado o desempenho da equipa no restante da temporada. Note-se que não sou dos que discordam dessa decisão, acho que fizemos o que era nossa obrigação, jogar na máxima força para ganhar. Se faltou profundidade ao plantel, a questão é outra e a origem das responsabilidades também.


7) Derrota no Dragão contra os sem-vergonha (Março 2019)


Desportivamente, no que aos nossos jogos diz respeito, foi o falhanço da temporada que determinou quem seria o novo campeão. Não porque não fosse possível ou provável que os sem-vergonha perdessem pontos, mas sim porque jamais seria permitido que perdessem. Como ficou demonstrado.

Uma derrota que se consumou pela falta de objectividade e eficácia na procura da baliza, mas em minha opinião muito alicerçada em dois pilares condenados a ruir: 1) o foco na Champions e 2) o tal subconsciente colectivo de que jamais perderíamos aquele jogo e muito provavelmente ganharíamos, mesmo com o "Quim das Couves" a titular. Correu mal e foi Sérgio Conceição quem mais falhou, sentado no banco e sem poder chutar à baliza.



Então e qual destes foi o mais decisivo? Todos impactantes, mas... nenhum deles. Para mim, o momento decisivo de 2018/19 foi a não contratação de Bruno Fernandes.

Um jogador brilhante, Portista por opção, que só estava à espera do "sinal" para rumar ao Dragão (digo eu). Teria certamente feito toda a diferença: no campeonato perdido, nas taças perdidas e até no "peito" com que poderíamos ter enfrentado o agora campeão europeu Liverpool. Mas a parte europeia pouco importa, porque não acredito que alguma vez pudéssemos ser nós os vencedores da competição. O que me importa mais (sempre e em cada ano) é o campeonato e depois as taças. E aí creio que Bruno Fernandes teria acrescentado um valor fundamental para os conquistar, além de naturalmente enfraquecer brutalmente o Sporting.

Recuemos até ao ataque a Alcochete, que legitimamente despoletou a rescisão de contrato por parte de um conjunto relevante de jogadores do Sporting. Insisto, legitimamente, por muito que isso doa aos sportinguistas e certamente nos doeria a nós, caso tivesse sido no Olival. Sem entrar em tecnicidades jurídicas, que desconheço, parece-me evidente que qualquer jogador que alegasse não ter condições psicológicas para continuar a trabalhar no clube veria as suas pretensões atendidas em tribunal.

Esta "introdução ao tema" interessa por é daí que vem a minha convicção de o erro histórico cometido por Pinto da Costa não tem sustentação na defesa que dele fez. A em condições normais louvável postura de não se aproveitar de um adversário em momento de fraqueza não vinga nem poderá vingar no desporto em Portugal enquanto a mentalidade dominante imperar. 

O Sporting não é em nada menos "nocivo" que os sem-vergonha, simplesmente não têm a competência suficiente para o poder demonstrar. Explico: tanto uns como outros, abominam a ideia de um Clube da província, ainda por cima do "Norte", sequer disputar com eles a hegemonia do desporto nacional, quanto mais apresentar um currículo nas últimas décadas muitíssimo melhor do que os seus (combinados). Acontece que o Sporting é uma coisa tão ingovernável (olá Portugal, somos a tua proxy) que nem chegam a poder destilar essa inveja, excepto a espaços. E quando o conseguem... veja-se o que aconteceu no andebol e depois no hóquei. Same shit, different colour. Não se pode travar uma guerra suja com as mãos limpas.

Se isto não fosse suficiente para convencer o "agora-ingénuo" nosso presidente, o facto de Bruno Fernandes ter rescindido e estar livre durante umas semanas deveria ter sido. Muitos discordarão de mim, mas insisto e assim termino: COLOSSAL ERRO HISTÓRICO.

Já a seguir, umas luzes sobre a nova temporada.



Do Porto com Amor,

Lápis Azul e Branco




2 comentários:

  1. É o FCPORTO cometeu e comete (na minha opinião) ERROS COLOSSAIS HISTÓRICOS.
    Temos um treinador arrogante que não aprende com os seus erros (estando condenado a repeti-los), que veio ensinar e não aprender (como ao longo da nossa vida não tivéssemos, que aprender, SEMPRE), que não vai aproveitar um único jogador da formação (digo eu), pois quer jogadores formados (que diabo SC lhes irá ensinar), ou seja a "papinha" toda feita, de outra forma faz "birrinha", "amua", ou então mete-se com algum adepto PORTISTA.
    Falando na política de contratações, andam a perder tempo e dinheiro atrás do Buffon, do Zé Luís, pois não conhecem o Cláudio Ramos (Tondela), Joel Tageu (ex. Marítimo), Bryan Róchez (Nacional), Maras (Chaves) e claro os talentos da formação (Diogo Leite, Diogo Queiroz, Oleg, João Pedro, Romário Baró, Gleison, João Mário, Rúben Macedo e Madi Queta). Depois se algum destes PRODÍGIOS da formação for parar aos sem-vergonha, não insultem por favor, como fizeram ao fenómeno dos 120, 80, ou 60 milhões.
    Venham pois os contentores de jogadores, como no tempo do ilusionista do País Basco, com os resultados brilhantes que se viram. É, o fair play financeiro está para ficar muitos e bons anos.
    Relativamente às derrotas do DRAGÃO, contra os sem-vergonha e o clube mustáfa, só vejo um único responsável, o genial SC.
    No processo E-toupeira, nenhum PORTISTA conhecendo o País em que vive pensava que algum juiz por muito isento, honesto e competente que fosse condenaria os sem-vergonha. Não sejamos ingénuos.
    É triste, mas vivemos num país dominado por safados.
    Não se ter contratado o Bruno Fernandes foi outro GIGANTESCO ERRO. Nisso estou de acordo consigo.
    Pois, o clube cardinal não tem competência suficiente? E NÓS, com a maioria das contratações que temos feito nos últimos tempos, fomos competentes?
    Com a competência demonstrada no futebol, nestes últimos anos, seremos sempre provincianos.

    Luís (O MEU, O TEU, O NOSSO FCPORTO)

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  2. Pergunto se tens a certeza que Bruno Fernandes é portista. Ele é do Porto (cidade), mas jogava no Boavista. Nunca vi em lado nenhum que era portista.
    Também desconheço ao certo o que se passou no hóquei e no andebol. Sobre a falta de mãos limpas só me ocorre as mãos que puseram o olho negro à mulher do dirigente sportinguista Miguel Albuquerque.

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